Back to The Past

Tempo estimado de leitura: 27 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 1

    The Start

    Bissexualidade, Hentai, Heterossexualidade, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Spoiler, Violência

    Back to The Past_ Prólogo Parte 1

    Ele ainda insistia para que eu entrasse naquela maldita carruagem. Mesmo tendo insistido que eu não sou essa tal garota. Quem ele pensa que é para me tratar assim?

    Infelizmente eu não conseguia me defender, e me debatia mais uma vez, com esperanças de não ir. Não me importava quem era o “homem prometido” ou quais acordos os dois fizeram isso não tinha nada a ver comigo, nunca teve! Foi apenas um mal entendido ou simplesmente uma coincidência de nos parecermos ou algo do tipo. Eu não deveria estar aqui.

    Mas uma vez ele mando que eu entrasse na  carruagem.

    _Eu não vou entrar!

    _Eu não perguntei se você quer entrar! Eu mandei você entrar nessa carruagem agora!

    _ Você não vai me obrigar a ir. -Eu continuava me debatendo, quando ele segurou forte no meu braço e me jogou dentro da carruagem.

    _Você vai e não se conversa mais nisso! Cocheiro pode ir.

    Ele bateu a porta da carruagem com brutalidade, à mesma começou a andar e o castelo ficava ainda mais distante e ia desaparecendo, nem podia mais vê-lo. Entrávamos na densa floresta de Albadorn. Eu ainda estava assustada, mais não sabia o que fazer.

    Olhei pela janela da carruagem, ela não estava tão rápida assim.

    "Só tenho uma forma de fugir"

    Respirei fundo, e no mesmo tempo que abri a porta pulei da carruagem sem excitar.

    Para minha sorte o cocheiro não percebeu, mas acabei me machucando muito, batido minha cabeça forte em uma árvore e, desmaiando.

                                                                          (***)

    Duas sombras se aproximavam, ambas montadas em cavalos e armados, avistaram uma moça, de cabelos escuros, e com suas vestes sujas e rasgadas. Não podiam ver muito bem seu rosto, pelo fato de já estar noite.

     _M-mas o que é isso? Ela esta morta?! -Um deles se pronunciou primeiro.

     _Não, só esta muito ferida. Vamos. -respondeu,  ríspido e frio, seu companheiro.

    _ Mas um motivo para ajuda-la!

    _ Eu não me ofereci para brincar de médico.  Vamos logo e deixa-a aí!

    _ Claro que não! Ajude-me a leva-la, vou pedir para que deem uma olhada nela  -ele desceu do cavalo e pós a mão em volta da garota.

    _ Não irei ajudar. Não tenho nada a ver com ela. É você que quer dar uma de bonzinho e tratar da coitada.

    _ Não fale assim... Só quero poder ajuda-la.

    _ Tcs... -o segundo homem também desceu de seu cavalo e ajudou a pegar a moça. Puseram-na em cima de um dos cavalos, e partiram.

                                                                         (***)

    Em um castelo ao norte do ocorrido...

    A luz entrava pela janela deixando todo o cômodo iluminado. Abri meus olhos aos poucos. Minha visão estava um pouco turva, e minha cabeça doía muito. Quando pude enxergar melhor fiquei confusa. Eu não tinha sentido os lençóis em mim, ou que estava em uma grande cama. Eu estava em um quarto não tão decorado.

    Virei minha cabeça para o lado com muito esforço. Mas me arrependi de ter feito isso, pois ela começou a doer muito. Ao meu lado tinha um criado mudo com uma bandeja em cima, nela, algumas toalhas e água em uma pequena jarra. Perto do criado mudo tinha uma cadeira de madeira, não tão longe da cama, e em cima dela uma jaqueta preta.

    Não sabia ao certo onde estava. Deduzi estar no castelo do tal “homem prometido”, ou seja, eu apenas sonhei que fugi da carruagem. Isso explica tudo.

    Mas ainda havia algo estranho, se foi mesmo isso, então porque não me acordaram para recepcionar-me? Ouvi dizer que esse reino é bem conhecido não apenas pelas belíssimas galerias de artes, mas sim por recepcionarem muito bem e pelos inúmeros festivais que acolhem e agradam a todos.

    Tentei me levantar, mas não conseguia me mexer. Senti uma dor insuportável na cabeça.

    A porta do quarto abriu-se.  Dois homens, um moreno que aparentava ter uma alta idade e um albino, entraram. O moreno carregava uma maleta parecida com a que médicos usam.

    “Então esse é o tal ‘homem prometido’?”

    Ambos se aproximavam da cama, estava já pronta para dar-lhe um bom dia, e perguntar o porquê da má recepcionagem.  Mas não conseguia falar. Por mais que tentasse, por mais que eu quisesse, nenhuma palavra saia.

    _Ela vai ficar bem, senhor Faraize? _O albino perguntou.

    _Bom, não posso garantir nada, mas... Ela acabou provocando esse corte de alguma maneira, deve ter sido através de alguma queda, como exemplo, ela pode ter caído de um cavalo. Ou então podem ter sido bárbaros, Youkais ou alguma outra espécie. Surpreendo-me como ela ainda pode estar viva.

    _Então ela... Acha que isso pode causar a morte?

    _Ela perdeu muito sangue. Mas vamos ter esperança.  Ela não vai acordar agora, e quando acordar eu recomendo que fique em repouso para que possa cicatrizar, tudo bem? Virei sempre vê-la.  Por favor, cuide dela senhor Lysandre.

    _Sim, eu cuidarei. Obrigado mais uma vez. _Ele começou a olhar pra mim.

    Mas do que eles estão falando? Eu estou acordada! Por que não consigo falar...?

    Ele se retirou do quarto junto com o outro homem com um olhar um pouco triste.

    Em um outro cômodo do castelo

    _Eai como ela está?

    _Ela esta desacordada e muito ferida.  O doutor Faraize achou impressionante ela ainda estar viva. Ele virá todos os dias para acompanhar ela.

    _Você em Lysandre... Só arrumando problema pra mim... _Castiel se levantou da poltrona e foi para a janela, chovia forte.

    _Você não é obrigado a ficar aqui. Pode ir se quiser. _Encostou-se  e em um pilar do cômodo.

    _Lysandre chegamos a tempo? Desculpa a demora é que... Foi culpa do Kentin. _Um homem loiro abriu bruscamente a porta da sala em que estavam. Aparentava estar cansado.

    _Não me culpe por algo que não fiz! _Outra pessoa entrou na sala, dessa vez um moreno, diferente do outro ele parecia estar entediado, sentando-se logo em uma poltrona qualquer que viu.

    _Vocês poderiam parar, por favor? _pediu Lysandre.

    Nathaniel olhou rápido para Castiel que deu de ombros.

    _Desculpa Lysandre. Então ela esta bem?

    _Ela não esta bem, caso contrario não teria lhe chamado Nathaniel. _Lysandre olhou para Castiel como se estivesse lhe advertindo por algo errado que fez.

    _Então? O que é que você quer que façamos? Que cuidemos dela ate que melhore?

    _Por favor,  Nathaniel. Não quero ver mais ninguém morrer na minha frente, por isso a trouxe aqui. Eu não tenho experiência com isso, já você e o Kentin.

    _Uou uou uou... Calmo ai Lysandre! _Kentin, que ate agora quieto se manifestou_  Você quer que eu sirva de baba para uma garota que nem ao menos você conhece? Ou você a conhece?

    _Bem... Não. _Ele ficou todo vermelho.

    _Tudo Lysandre, nós cuidamos dela não é Kentin? _Olhou ameaçador para o amigo, ele confirmou.

    _Obrigado Nathaniel. _Sorrio aliviado_ Venham, ela esta em um dos quartos.

    Lysandre começou a guia-los ate o quarto. Castiel apenas observava.

                                                 (***)

    Eu ainda não conseguia me mover, todo o meu corpo começou a doer. Eu queria poder gritar da algum sinal de vida, mas nem meus olhos se abriam. As dores só pioraram...

    Um rangido perturbador veio da porta. Alguém havia entrado no quarto. Logo senti a presença de três pessoas do meu lado.

    “Seriam aqueles homens de novo?”

    _O estado dela é pior do que imaginei. _Um dos homens falou, não era o mesmo de antes.

    _Nathaniel, não seria melhor chamar seu pai? Ele tem mais experiências com esse tipo de situação. _um segundo falou, também não era um dos homens de antes.

    _Ele viajou a alguns dias e só volta daqui a um mês. _Alguém pós a mão na minha testa.

    _Então nós... Nathaniel...? _Nathaniel estava assustado.

    _Kentin rápido, traga toalhas quentes, ela esta muito gelada. Traga também minha maleta que esta lá em baixo. Rápido!

    Ele saiu correndo batendo a porta.

    _Ela vai ficar bem? _Essa voz, ele é um dos homens de antes.

    _Vamos fazer nosso melhor, por favor,  Lysandre, saia. _Lysandre atendeu o pedido de Nathaniel e saiu do quarto. Nathaniel voltou para perto de mim e começou a tirar as minhas cobertas.

    Um tempo depois Kentin voltou com os instrumentos necessários, eles ficaram horas tratando a garota.

    Um tempo depois na sala...

    _Nathaniel, ela esta bem? _Lysandre correu para perto dele.

    _Lysandre, era bem pior do que imaginávamos, ela não resistiu. Desculpe.

    Ouve um minuto de silencio. Castiel sentou Lysandre em um sofá atrás dele.

    _Obrigado mesmo assim Nathaniel, vocês fizeram o que poderam.

    No quarto, Kentin cobria a garota com um lençol fazendo uma oração por ela.


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