Um eterno amor

  • Yy Chan
  • Capitulos 13
  • Gêneros Shounen Ai

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    16
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Prólogo: O vizinho

    Álcool, Bissexualidade, Drogas, Heterossexualidade, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Oi gente ^^

    Sim são dois prólogos. Estranho né? Mas é que se eu os colocasse junto poderia acabar confundindo vcs...

    Espero que gostem e qualquer coisa me avisem emoticon

    Tenham uma boa leitura :3

    Há três meses, no meio das férias de verão, uma família se mudou para a casa da frente da minha.

    Mesmo não sendo nada de mais, a vizinhança ficou de fuxico, se perguntando e questionando sobre os futuros vizinhos.

    Eu não liguei muito para isso, eram apenas mais uma família dentre as outras que moram aqui, sendo assim, passei mais tempo olhando para a TV do que para a janela tentando saber sobre os meus novos vizinhos.

    O mês de janeiro passou voando, e o fim das férias chegou.

    As aulas tinham começado.

    2º ano do Ensino Médio. Admito ter ficado um pouco ansioso.

    Após eu ter me arrumado, saí da minha casa pronto para ir para a escola. No mesmo tempo a porta da casa da frente se abriu, revelando ele, o garoto que não sai da minha cabeça.

    Baixo e de rosto infantil. Branco como a neve, cabelo loiro liso e bagunçado. Os olhos dele foram o que mais me chamaram a atenção: vermelho alaranjado, quase dourados.

    Ele deve ter uns doze anos... Eu pensei.

    Olhei para o seu uniforme e fiquei surpreso. Ele é da mesma escola que eu.

    Eu só percebi o quão idiota eu estava, quando ele já estava no ponto de ônibus e eu ainda para na frente da minha casa.

    Balancei a cabeça, procurando me focar e me forcei a andar até ele. Eu não tinha escolha, já que eu tinha que pegar o ônibus.

    Eu não sei o que é que tinha acontecido comigo. Eu simplesmente não conseguia agir normalmente. Fiquei andando todo desengonçado até chegar ao ponto de ônibus e parei ao lado dele.

    Ao invés de puxar assunto, como eu faria normalmente, eu simplesmente fiquei parado olhando fixamente para frente, esperando ansiosamente o ônibus chegar.

    O que está acontecendo comigo?

    Sabe o que eu fiz o caminho inteiro até chegar à escola?

    Fiquei olhando para ele. Os meus olhos ficaram fixados nele. Cada parte de seu corpo. Seus gestos. Tudo. Eu não conseguia parar de olhá-lo.

    E uma sensação estranha me envolveu. Um tipo de frio na barriga e um aperto no coração.

    Eu já senti essa sensação antes... mas onde?

    Eu não devo ter dormido direito... Deve ter sido isso.

    O primeiro dia de aula foi tranquilo. Encontrei os meus amigos, mas infelizmente fiquei em uma sala diferente da deles. Pelo menos não foi difícil de eu me enturmar, nunca é.

    Com as conversas furadas e as aulas entediantes, eu percebi que eu tinha voltado ao normal. Deve ter sido algo de estragado que eu comi.

    O intervalo chegou e me encontrei com os meus amigos. Nós conversamos, pondo o papo em dia.

    Quando o sinal soou, marcando o fim do intervalo, nós fomos para as nossas salas, mas para chegar até lá passamos pelo corredor do 9º ano, e eu o vi.

    O meu vizinho entrando em uma das salas do 9º ano. E de novo aquela sensação surgiu. Como se uma neblina invadisse o meu cérebro, bagunçando todos os meus pensamentos, e a única coisa em meu campo de visão fosse ele.

    Ele não tem doze anos...

    Foi a única coisa que eu consegui pensar.

    O caminho de volta pra casa foi insuportável.

    Eu realmente não conseguia parar de olhar para ele. E o pior de tudo era que ele estava tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Se fosse qualquer outra pessoa eu iria puxar assunto, ou pelo menos cumprimentar, mas é ele. Simplesmente eu não consigo ser eu mesmo perto dele.

    Isso se repetiu no dia seguinte, e no outro dia, e no outro e no outro.

    Eu não entendo o porquê disso. Se fosse uma garota eu até entenderia, eu estaria apaixonado, mas é um garoto!

    Então eu tomei uma decisão!

    Eu vou me esforçar ao máximo para parar de ser tão fixado nele!

    Três meses se passaram desde aquela promessa que fiz para mim mesmo, e sabe onde estou agora?

    Sentado no fundo do ônibus olhando para a nuca dele e pensando como os seus fios loiros balançam tão lindamente conforme o vento vindo da janela.

    Pois é... Eu não consigo parar de pensar nele.


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