Caminhos Do Coração

  • Finalizada
  • Aelita
  • Capitulos 27
  • Gêneros Bishoujo

Tempo estimado de leitura: 6 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 3

    Capitulo 3

    Hentai, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Sora POV

    Quando saímos do apartamento, ele trancou a porta e andamos até o elevador. Pouco tempo depois chegamos ao terraço. A porta do elevador abriu-se e andamos até seu carro. Ele procurou um pouco suas chaves no bolso da calça. Quando as encontrou, desativou o alarme e destravou o veículo. Antes de entrarmos no carro ele falou:

     – Ah, desculpa, mas, antes de te levar, podemos passar em outro lugar? Não vai demorar muito.

     – É claro, não me importo. Além disso, fico grata por você me levar para casa. Sou visita, você dá as ordens

     Ele sorri e abre a porta para que eu possa entrar. Acomodo-me no banco da frente enquanto ele dava a volta para outro lado. Quando ele entrou, colocamos o cinto de segurança.

     – Vamos

     Ele começa a dirigir. Eu não sabia para onde estávamos indo, então fiquei apenas olhando a paisagem do outro lado da janela. Quando me dou conta vejo que estamos na frente do shopping. Ele estaciona o seu carro em uma vaga, e então desce e abre a porta pra mim novamente.

    Assim que saímos do veículo entramos no shopping. Ficamos andando até que paramos em frente a uma joalheria. Quis ficar do lado de fora, então ele entrou e foi ate o balcão.

    Sentei num banquinho a frente da loja e comecei a observar o lugar. A joalheria tinha uma vidraça na frente com o nome da loja. Do lado de dentro tinha outra, onde apareciam diversas joias, uma mais linda que outra, era anéis de ouro, com rubis, colares de safira nos manequins, braceletes esmeraldinos e vários tipos de joias simplesmente lindas. Deviam ser caríssimas. Por dentro as paredes eram brancas, e nos cantos sem prateleiras da loja apareciam manequins inteiros carregando algumas das belas peças.

    Yuri  POV

    Quando chegamos a joalheria ela me fala que queria ficar do lado de fora da loja e me espera sentada em um banco, bem em frente ao lugar. Quando entro o recepcionista me atende cordialmente.

    – Bom dia senhor. Posso em ajuda-lo em alguma coisa?

     – Bom dia. Vim buscar o relógio que deixei semana passada para ser arrumado.

     – Ah, claro senhor. Vou dar uma olhada para ver se já esta pronto. Não vai demorar muito, apenas alguns minutos. Qual é seu nome completo?

     -Yuri killian  .

     Enquanto o recepcionista foi buscar o relógio, fiquei olhando a loja, como se eu tivesse procurando alguma joia pra alguém. Fico olhando em volta, até que vejo um colar de ouro branco com o pingente de gatinha, que tinha detalhes pequenos e singelos em baixo relevo. Olhei para a garota de cabelos loiro e pensei “Isso ficaria ótimo nela”. Nesse pequeno tempo que estive com ela, pude perceber que ela não é igual às outras garotas, que se preocupam excessivamente com a beleza exterior e estar sempre na moda. Fiquei pensando nisso até que fui tirado de meus devaneios pelo recepcionista que me chama.

     – Aqui está senhor. – O homem mostra uma pequena caixa para Yuri, onde estava um relógio masculino - É este mesmo?

     – Sim, obrigado. Ah. Você poderia me fazer um favor? Gostaria de levar aquele colar com a gatinha.

     Quando saio da loja vejo-a em pé me esperado. Chego perto dela e acaricio seu cabelo, bagunçando-o. Ela me olha e cora.

     – E então, vamos? Mas ah, espera, antes quero te dar isso.

     Sora  POV

    Ele me estende uma pequena caixa cor de vinho com detalhes verdes e coloca-a em minha mão.

     – Obrigada, mas... Não precisava... – Estico minha mão para devolver o presente, mas ele nega.

     – Não – ele nega com a cabeça – Eu comprei pra você.

     – Mas... Mas...

     – Sem mas.

     Ele pega a caixinha da minha mão e a abre, revelando um lindo colar. O pingente era uma gatinha linda, de um material muito bonito para ser prata. Ele abre o fixo, e diz pra me virar. Afasto o cabelo e ele coloca em meu pescoço.

    – Obrigada – falo meio corada, virando novamente – Desculpa. Não querendo ser curiosa, mas você não veio só pra comprar isso para mim né?

     – Bom, eu vim buscar um relógio meu que deu problema.

     – Um relógio? Então ele teve ter algum significado para você né? Digo, as pessoas costumam jogar fora os objetos sem valor, quando eles quebram.

     – É, é isso mesmo. Ele tem um grande significado pra mim.

     Ele me dá um sorriso, e apenas sorrio de volta. Nunca ganhei nada de ninguém antes, incluindo meus pais. Foi um grande e lindo presente para mim, ou melhor, presente de aniversario, já que amanhã faço 16 anos.

    – Obrigada. Vou considerar o seu presente como um presente de aniversario. - Dei um largo sorriso, e sei que ele ficou meio sem graça do que eu tinha falado.

    – Aniversario?

     – Isso mesmo. Amanhã é meu aniversario.

     – Parece que adivinhei.

     “Sem perceber eu estava rindo. Ele também. Nunca tinha rido assim antes. Desde que eu me lembro, nunca tive um amigo que eu pudesse conversar, confiar, já que pelo o que passo não quero que as pessoas sintam pena de mim. Odeio esse sentimento de pena, que pensem que sou uma ‘coitadinha’.”

    – Ah – ele falou, parando de rir – Queria ter te perguntado isso ontem, mas já que estamos falando agora, o que você estava fazendo na rua sozinha, naquela chuva e no meio da noite?

    – É... Bom... “Não posso falar a verdade, que eu tava andando só pra não ir pra casa ontem.”

     – Ei. Tudo bem se não quiser me falar. Seus pais devem está preocupados com você .

    Yuri  POV

    “No momento ela gaguejou. Parecia que não queria me contar. Tudo bem, deve ter sido uma briga com os pais. Pode ter acontecido isso, mas pela sua expressão quando eu falei que seus pais deveriam estar preocupados, ela me olhou com um olhar frio e distante. Alguma coisa acontecia, só não sabia o que.”

    Quando reparo nela vejo-a com uma expressão preocupada, uma que também percebi quando saímos do meu apartamento. Olho-a de novo e vejo que ela estava retirando o colar de seu pescoço.

    – Porque você esta tirando o colar? Por acaso você não gostou dele?

     – Não é isso. Eu gostei muito dele, só que prefiro guardar. Do jeito que eu sou, digo, muito estabanada, não quero perde-lo.

     – Então tá bom.

     Ele dá a caixinha pra Sora, que guarda o colar de volta e coloca na sacola de papel onde estava à caixa antes de Yuri tira-la.

     – Olha só a hora! Já é meio-dia. Que tal você almoçar comigo, e daqui a pouco eu te levo para casa?

     – Mas não seria muito incômodo para você?

     – Não, que isso. Vamos lá. Além disso, você já está me fazendo um grande favor, me acompanhando até aqui.

    Yuri  POV OFF

    Assim, Sora e Yuri vão para praça de alimentação. Yuri insiste que Sora escolha alguma coisa. Foi inútil a teimosia dela. Ele acabou pedindo curry. Quando ele perguntou se ela gostava, ela apenas disse que ele pode escolher o que quiser que ela não se importava, qualquer coisa era boa. Ele pediu curry pra ela também, e depois começaram a conversar. Yuri contou sobre o relógio. Ele foi do pai dele, que deu para ele antes de morrer. Era o único objeto pessoal paterno que tinha para se recordar do pai. Quando os dois terminaram de almoçar, ele paga a conta e pergunta onde Sora mora.

    – Eu moro na zona norte, na rua XXXX-XXXX.

    SORA POV

    Voltamos para o carro. Nunca me passou pela cabeça ter um dia todo alegre. Queria que o tempo parasse. As horas que tive com esse homem de belos cabelos loiros belos olhos azul claro foram ótimos. Quando penso no inferno de minha casa, meu coração se aperta, é como se ele murchasse.

    Já no carro, ficamos em silêncio o percurso todo. Quando me dei conta já tinha chegado em casa. Meu coração palpitava descontroladamente, e minhas pernas estavam trêmulas. Nós dois descemos do carro.

    – Muito obrigado mesmo por ontem – fiz uma pequena reverencia agradecendo a ele.

    – Que isso. Toma. Aqui está o numero do meu celular. E também, se precisar de alguma coisa, sabe onde me encontrar.

    Eu dou tchau pra ele. Respiro bem fundo antes de entrar em casa. Quando entro só estava minha mãe fazendo o almoço. Ela me olha de esguelha, como se eu não tivesse passado uma noite inteira e mais meio dia fora de casa. Ela me pergunta se eu queria almoçar. Balanço a cabeça digo friamente “não estou com fome”. Minha sorte é que o nojento do meu pai não estava em casa. Subo até meu quarto e me jogo na cama. Acabo adormecendo. Quando acordo já era umas cinco e meia da tarde. Começo a me arrumar para a escola. Pego a sacola onde esta a caixinha com o colar que Yuri me deu e a abro. Assusto-me quando vejo que não era o colar e sim o relógio dele.

    “Tenho que devolver para ele. Assim que eu sair da escola vou até a casa dele. Mas, pensado bem, vai ser muito tarde, então amanhã eu levo.”

    – Devo ter pegado a sacola errada já que as duas eram iguais.

    YURI POV

    Assim que ela diz onde é a casa percebo que onde ela mora é um dos lugares mais pobres da cidade. Quando me despedi dela, tive uma sensação ruim. Volto pra casa para descansar um pouco antes de ir trabalhar, até que meu celular toca.

    – Alô.

    – Olá YURI... Espera! Não desliga! Poderíamos conversar, por favor, me dê outra chance, eu te imploro!

    – Angelina, não temos mais NADA para conversar. Quer que eu te dê outra chance né? Só pra você me fazer de idiota novamente e me trair com outro.

    – Yuri, espera eu posso de explicar...

    – Angelina, já chega. Eu não sou idiota. E me faz um favor: Some da minha vida.

    ...Tum Tum Tum...

    [Angelina] – como... Como ele pode desligar na minha cara assim... [Angelina off]

    Já basta o dia que tenho que enfrentar, agora Angelina me liga para que eu a aceite de volta. Não sou burro. Pego ela com outro na cama, e agora quer que eu a aceite de boa. Desde que a conheci, nunca senti que podia confiar nela. Sempre senti isso. Olho em volta da minha sala e vejo a hora no relógio que está pendurado na parede. Levanto-me e vou tomar um banho. Acabando o banho, coloco uma blusa social branca e visto um terno preto. Pego o meu violino, vou até a sala e pego a chave do carro.

    Quando chego ao automóvel, pego sacola onde estava o meu relógio, mas assim que a abro me deparo com o colar que dei para Sora. Acho que trocamos as sacolas por engano antes de eu levar ela pra casa. Fiquei pensando e decidi: vou para o trabalho agora; como ela disse que estuda a noite, às onze horas mais ou menos ela já deve estar em casa. Quando voltar do serviço passo lá para destrocar os objetos.

    SORA POV

    Saindo da escola volto para casa. Já era umas dez e quarenta e cinco da noite. Entro em casa e vejo apenas minha mãe. Dou boa noite e subo para o meu quarto. Enquanto me troco escuto gritos vindos do andar de baixo. Era o meu pai. Chegando em casa bêbado de novo, pra variar.

    – CADÊ AQUELA GAROTA MULHER.

     – Calma querido. Vai tomar um banho para se acalmar e dormir.

     – Cala a boca. E cadê aquela garota?! Tenho assuntos pendentes pra tratar com aquela vadia – E então ele dá um tapa em sua mulher.

     – Ela tá em lá cima, no quarto dela – A mãe de Sora apenas olha para baixo

     Ele sobe as escadas furiosamente, e abre a porta do quarto da filha com tudo

     – Escuta aqui garota – ele chega perto dela e aperta seu braço, com Sora tentando se soltar a todo custo – Temos assuntos pra tratar, e hoje você não me escapa. – Sora se solta e vai pro canto do quarto.

    – Sai daqui. NÃO CHEGA PERTO DE MIM!

     – Não mesmo. - e ele dá um sorriso malicioso.

    YURI POV

    Saio do trabalho e vou até a casa da Sora. Dirijo-me até a porta da frente. Bato palmas e chamo alguém, e a porta se abre.

    – Desculpa incomodar a essa hora, mas, a Sora está?

     – bom, ela... Ela não está agora. – A mãe dela diz, –fitando tudo menos meus olhos.

     – Bom, é que eu queria fazer uma troca com ela, nós acabamos trocando umas sacolas por engano.

    Enquanto isso...

    O pai de Sora abusava e batia nela, até um momento que ela não aguenta mais e solta um grito.

    Enquanto lá em baixo a mãe de Sora atendia Yuri na porta, ele acaba escutando um grito terrível vindo do andar de cima da casa.

    – O que... Isso foi um berro agora? Essa voz é da...


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