To Replace

  • Panuch
  • Capitulos 1
  • Gêneros Hentai

Tempo estimado de leitura: 10 minutos

    14
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Exortação

    Álcool, Adultério, Drogas, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Essa fanfic é baseada no mangá Kuzu no Honkai.

    * Fanfic não recomendada para menos de 18 anos, mas cada um têm consciência do que lê.

    Boa leitura.

    De longe, eu conseguia enxergá-lo entre as pessoas. Tão sorridente, animado e… Perfeito. Os cabelos cuidadosamente arrumados para trás, enquanto black tie parecia ter sido desenhado para seu corpo. Era visível os olhares desejosos e significativos que ele arrancava por onde passava, mesmo que estivesse em um lugar preenchido por pessoas familiares e conhecidas. Itachi Uchiha, o homem mais magnífico que já conheci.

    — Nossa! Você está tão linda! — alguém falou alto para a mulher ao seu lado. Desviei meus olhos com pesar para Ino, que agradecia timidamente. Ela estava realmente bonita com aquele vestido bege na altura dos joelhos. Os cabelos loiros e longos estavam em um penteado desses modernos e despojados, e seus olhos azuis realçado por uma sombra mais escura. Era doloroso admitir, mas eles formavam um lindo casal, se não o mais bonito que eu já havia visto. Mais algumas risadas para outra pessoa que elogiara os dois, e um sorriso congelado para uma foto. Itachi puxou sua noive pela cintura e a abraçou para a pose. Meu coração deu um solavanco e eu desviei a atenção para o copo de champanhe em minhas mãos. Mas aquilo não adiantaria. Não aliviaria. O que eu estou pensando, afinal? Plantada aqui? Sentindo minha alma ser dilacerada em pedaços? Expirei, voltando minha atenção para eles. Fui incapaz de me afastar, mesmo tendo os piores dos motivos.

    — Porque não para de se machucar? — alguém parou ao meu lado, dizendo em um tom acusadoramente cordial. Não precisei olhá-lo, já sabia quem era.

    — Eu faço a mesma pergunta. — eu devolvi. Tive uma risada nasala como resposta. — Acha que temos problemas? — prossegui, encarando os dois se abraçaram em uma felicidade deprimente. Virei o rosto para Sasuke, ele estava olhando para a mesma direção. Com os mesmos olhos que o meu… Com a mesma tristeza que a minha.

    — Não me faça perguntas que eu não possa responder. — retrucou.

    — Oh, meu Deus! Se beijem de uma vez! — alguém gritou de uma das mesas e os dois se entreolharam, um pouco sem jeito, mas isso não impediu que Itachi postasse uma mão no rosto de Ino e se aproximasse bem devagar. Não consegui acompanhar a cena. Senti meu braço ser puxado para a direção oposta, Sasuke me carregava para as escadas. Alguns gritos e aplausos encheram o local, mas foram ficando longe a medida em que subíamos. Logo estávamos entrando em seu quarto, onde ele fechou a porta com mais força do que o preciso. Encarei suas costas, mas não disse nada.

    — Estamos bem aqui. — murmurou ele, virando-se para mim. Sua expressão indiferente estava lá. — Comprei alguns jogos legais hoje. Quer ver? — perguntou, passando por mim e parando próximo a TV.

    — Pode ser. — respondi. Me joguei em sua cama depois de tirar a sapatilha e encarei o teto enquanto ele arrumava o videogame. Eu não sabia definir bem o que era a nossa aproximação. Nós não tínhamos nenhum laço afetivo ou consideração, fomos apenas juntados por compartilhar a mesma dor. A dor de ver a pessoa que amamos, conviver com ela, e saber que jamais a teríamos. Estávamos fadados a se contentarmos somente com a companhia, o sorriso, a conversa. Sasuke amava Ino. E quando eu digo amar, não quero me referir a paixão adolescente ou excitação por seu corpo. Era algo intenso e profundo que o diferenciava de todos os outros garotos da escola. Não demorei para reparar o sofrimento em seus olhos durante os intervalos no pátio, e então, identifiquei seu fantasma. Concedentemente, ele era irmão mais novo de Itachi. O homem pelo qual nutria o mesmo sentimento e que também dava aula para nossa classe. É engraçado quando colocado em palavras, certo? Mas viver isso, era algo torturante. Os dias foram se passando, e o que tinha começado com simples conversa de apoio, virou o que nós tínhamos hoje. Algo como livramento. Assim como cansei de tirá-lo de sua zona de desconforto enquanto Ino o atingia de alguma forma, ele fazia o mesmo por mim. — Eu comprei esse de corrida pela metade do preço. — ele disse, sentando-se em frente a TV no chão, de costas para mim, com um controle em mãos. — Pelo que vi na descrição, parece ser legal.

    — Hm. — murmurei, ficando de lado na cama para ver a tela. Mas eu estava muito além daqueles gráficos. Minha cabeça acompanhava o resto do noivado, mesmo que eu não estivesse lá. E eu sabia, que Sasuke também estava pensando nisso. Ele estava disfarçando. E sabia fazer isso muito bem. Vozes abafadas, palmas e risos ecoaram dentro do quarto. Percebi que o carro do jogo de Sasuke começou a ficar desgovernado e ele rapidamente perdeu a partida. De repente me senti ainda pior. Como se algo esmasse meu peito e me deixasse sem ar. Escorreguei para fora da cama, dando alguns passos desnorteados em direção a Sasuke, que reiniciava sua partida após segundos de silêncio. Me joguei em suas costas, o abraçando forte contra mim. Sasuke virou o rosto, encontrando o meu, próximo. Doía. Ele sabia.

    — Está triste? — perguntou. Sua mão baixou até que o controle estivesse apoiado no chão.

    — Você não? — respondi. O silêncio se instalou. Nós dois eramos apenas pessoas sofrendo por pessoas que agora pertenciam uma a outra. Minhas lágrimas surgiram, sem com que eu pudesse impedi-las e ele viu.

    — Você não precisa chorar. — sua voz rouca invadiu meus ouvidos, mas ele também queria fazer isso.

    — Mentiroso. — eu retruquei, sentindo suas mãos percorrem meus braços envoltos de seu pescoço.

    — Você não precisa chorar. — ele repetiu, virando o corpo o suficiente para ficar de frente para mim. Eu o encarei, embargada, e mesmo que sua feição estivesse indiferente, eu conseguia ver a dor cintilando em seus olhos escuros. Sasuke pousou uma mão em meu rosto, deslizando o polegar até o final do meu queixo, onde o levantou. Ambos pensamos a mesma coisa, então. Ele aproximou os lábios dos meus, mas nossos olhos pareciam tão distantes… Tão opacos. Meu coração ainda doía. Eu queria me livrar disso. Droga, eu queria me livrar disso! Fechei os olhos e o beijei de uma vez. Foram poucos segundos apenas encostados, o suficiente para ser considerado um beijo. Ele me olhou sugestivo quando se afastou. Meu rosto estava um pouco quente com a nova informação que minha mente produziu.

    — Esse foi… Esse foi o meu primeiro beijo. — eu disse, caindo na percepção mais comum que por segundos havia me esquecido.

    — Sério? — ele ficou surpreso.

    — É. — assenti, sem saber ao certo o que deveria pensar a respeito.

    — Eu não sabia. Foi mal. — Sasuke desviou os olhos.

    — Eu não te contei. E não fale como se eu estivesse te repreendendo.

    — O primeiro beijo é importante pra vocês garotas, não é? Acho que deveria ter feito isso com alguém que realmente goste.

    — Eu gosto do seu irmão. — eu disse, atingida. — Se depender disso, vou morrer sem beijar. Ele soltou uma risada nasalada, voltando a atenção para mim.

    — Já que é assim… — sua mão agora foi para trás da minha cabeça, segurar minha nuca. — Posso continuar?

    Não respondi, apenas esperei com que ele viesse de novo. Sasuke veio com mais pressa, parando a milímetros da minha boca, roçando seus lábios levemente nos meus, e então, os colocou. Sua língua entrou em minha boca e deduzi que seria melhor acompanhar seus movimentos, até entrarmos em sincronia. Era bom. Não fazia meu coração disparar… Nem minha pele ficar quente e elétrica… Mas era um bom beijo. Ele cheirava a hortelã e sua boca era macia. Meu corpo foi pesando para trás a medida em que Sasuke se colocava sobre mim. Não protestei. Estava tudo bem. Nós estávamos sozinhos, procurando melhorar de alguma forma. Minhas costas chegou ao chão sem demoras, e logo abri os olhos, encontrando os pretos e intensos dele me fitando.

    — Ei. Eu sei que não é a mesma coisa. — ele disse, baixo e parecendo desapontado — Não é como se você estivesse beijando meu irmão, ou eu a Ino. Mas isso, de alguma forma, está aliviando o que eu sinto.

    — Sim. — eu soprei, em concordância.

    — Está tudo bem pra você?

    Assenti, acompanhando seu rosto se aproximar novamente. Mas o alvo dessa vez não foi minha boca, pois me arrepiei quando seus lábios encontraram meu pescoço. Eu estava fazendo algo que jamais conseguiria fazer com Itachi. Sasuke passou a ponta da língua em meu lóbulo e eu estremeci, agarrando suas costas. Eu queria muito que fosse ele aqui.

    — Você pode fingir que sou ele. — como se compreendendo meus pensamentos, a voz de Sasuke soou perto do meu ouvido. — Eu vou fazer o mesmo.

    Eu… Eu conseguiria? Não emiti nenhum som, apenas assenti, o tendo de volta em meu pescoço. Poderia ser tão fácil assim imaginá-lo ali? Sua boca voltou para a minha e seu quadril abaixou até ficar entre minhas pernas. Aquilo enrijecido que se encostava em mim … Significava que Sasuke estava gostando? Senti sua ereção se esfregar em mim com mais força e fechei os olhos. Nossas línguas se embolavam, em um movimento não tão rápido, mas ágil. Sua mão desceu por minha cintura, apertando cada parte do meu corpo, até que parou próximo a minha calcinha. Me contorci, tentando deixar minha mente livre. Mas não dava. Aquele rosto… Aquele cabelo curto… Eu não conseguia me desligar que era Sasuke ali, e não Itachi. Ele afastou o rosto, como se percebesse o quanto eu estava desconsertada e me virou de costas — Tudo bem assim? — soprou em meu ouvido. — Você não pode ver meu rosto agora.

    Era incrível. Sasuke parecia mesmo me compreender. Fechei meus olhos, então suas mãos voltaram a me tocar, a onde havia parado, tateando por meus seios por cima do tecido do vestido, e indo em direção a minha intimidade. Não conseguia entender se era angustia, insegurança, receio ou vergonha. Mas aquela mistura estava me desconcentrando de pensar no noivado, e imaginá-lo ali... Comigo. Um gemido involuntário soltou meus lábios quando ele apertou os dedos contra o meio da calcinha, começando movimentos que me faziam se contorcer. Eu não podia gemer. Tampei minha boca para impedir que algum som escapasse… Ou ele também notaria que não era Ino ali, e sim eu. Nós eramos apenas substitutos um do outro. Foi isso que percebi. Quando um de seus dedos estava prestes a penetrar, o som do meu celular soou pelo quarto. Me coloquei sentada, puxando o celular da roupa o mais rápido que consegui, após reconhecer aquele toque. Somente o número de Itachi tinha aquele toque. Uma nova mensagem de Itachi Eu a abri, exasperada. "Não estou te vendo por aqui… Teve que ir embora?" Ele havia sentido minha falta. Involuntariamente, amassei o celular contra o peito, dando um sorriso alienado ao imaginá-lo me procurando pelas pessoas.

    — Quer voltar pra lá? — a voz de Sasuke me chamou de volta para a realidade. Eu o olhei. — De qualquer forma, acho que é o suficiente por hoje. Ele desviou os olhos para um canto qualquer. — Vai continuar querendo fazer esse tipo de coisa? — continuou, me dando sua atenção novamente. Parecia um robô de tão mecânico. Eu tinha certeza que, negando ou aceitando, não faria tanta diferença. — Ou quer parar por aqui?


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