Capítulo único

Fazia quanto tempo que não se viam? Uns dois anos? Talvez mais ou não... Desde que haviam se formado no Ensino Médio, à disponibilidade ia se esvaindo. 

Com à faculdade e trabalhos, o único meio de manterem contato era celulares e computadores, nas raras vezes que se comunicavam. Queriam relembrar os velhos tempos, os jogos de basquete, as conversas, risadas e até algumas brigas.

Agora, com as férias, tanto dos estudos, quanto do emprego, isso seria possível. Não fazia nem cinco minutos que Aomine Daiki tinha ligado para Kise Ryouta e marcado de se encontrarem  em uma quadra, onde praticavam o esporte aos fins de semana.

Kise, não teve nem tempo para responder pois, Daiki já havia desligado. O loiro sabia que aquilo, não era um convite e sim uma ordem, e mesmo que não fosse, teria aceitado de toda forma.

Desde que terminou à escola, Ryouta não jogou mais basquete e estava um pouco "enferrujado", mas mesmo assim iria para o local combinado.

O loiro, não demorou para se arrumar e colocar sua roupa adequada para o esporte. Do lado de fora, dava para observar o céu se escurecendo. Ryouta, olhou em direção ao relógio, constatando que eram 20:00 da noite, estava na hora de ir.

À rua só era iluminada pelos postes, o suficiente para chegar lá. Kise, chegou bem mais rápido do que havia previsto, e se deparou com uma rua deserta. Nem Aomine se encontrava.

-Aomine.- Gritou, mas não obteve resposta. Olhava para todos os lados em busca de seu ex-colega, não conseguindo encontra-lo.-Aomine, onde você está?- Gritou outra vez.

"Sério que ele me fez vir até aqui, pra no final não aparecer?" Pensou o  loiro. Se bem que, era do costume do moreno se atrasar, mas já estava escurecendo e mais um pouco poderia se tornar perigoso.

-Aomine.- Gritou outra vez e olhando para todos os lados.- Filho da puta.- Praguejou ao ver que estava sozinho.

-Olha o jeito que fala, Kise.- A voz tão conhecida por si, foi ouvida logo as suas costas. Ryouta se virou aos poucos, até ficar frete a frente com Daiki, que esboçava o seu tão costumeiro sorriso arrogante.-Você mudou bastante desde que havíamos nos visto pela última vez.

-Não posso dizer o mesmo de você, Aomine.-Disse o loiro.- Qual o motivo da demora?

-Isso não importa, acha que está apto para me vencer?- Pergunta o moreno, mesmo já sabendo que à resposta seria não, já que ninguém seria capaz de vencê-lo.

-Sempre estive.- Respondeu Ryouta.

-É o que veremos.- Diz Daiki, arremessando a bola em direção do loiro.- Você começa.

-Deixe de besteira Aomine, vamos fazer como nos velhos tempos.-Dita Kise.-Tentar a sorte.

Aos olhos de Aomine, o loiro havia mudado e muito, antigamente ele era apenas um garoto feliz de mais, que chamava a atenção por onde passava e agora estava ali, completamente diferente, do garoto que um dia já compartilhou uma vitória em seu esporte favorito.

-Como quiser, Kise.

Os garotos estavam poucos centímetros de distância, um fitando o outro. Kise joga a bola para cima e os dois não tardam em pular em busca do objeto, quando o loiro estava prestes a encostar, é surpreendido por Daiki, que pega numa velocidade anormal e sai em disparada para marcar ponto e o faz com perfeição.

-Você não mudou nada Kise, continua lento.- Critica o moreno.

-Não se gabe tanto, o jogo recém começou.

A bola retorna ao campo e o jogo reinicia, dessa vez começando com Kise, que dribla Aomine e arremessa a bola em direção à cesta, atingindo uma altura incrível. 

-É você mudou um pouco.-Diz Daiki, mas dando pouco crédito ao loiro.

O moreno continuava ágil como sempre e não demorou em recuperar a bola e ir marcar mais um ponto, mas foi impedido por Kise, sendo obrigado a parar e tentar driblar, mas não obtendo sucesso, pois a bola foi retirada de suas mãos, pelo loiro.

Kise estava com o posse da bola, que com movimentos rápidos, arremessou fazendo uma cesta de 3.

-Pra quem ficou tanto tempo sem jogar, até que está indo mundo bem.- Elogia Aomine. Realmente era uma cena impressionante e interessante, talvez Daiki pudesse tirar proveito disso e transformar o jogo em algo mais interessante.-Que tal melhorarmos um pouco, o que acha, Kise?

-Melhorar?- Ryouta ficou confuso pela pergunta, mas percebia que não iria ser boa coisa, principalmente pelo sorriso que o moreno mostrava.

-É, já ouviu falar de Strip Basquete?- 

-Não.

-É que nem Strip Poker, mas com basquete. Se eu fizer uma cesta, você tira uma peça de roupa e vice-versa, aquele que ficar sem roupa primeiro perde.

-Qual o sentido disso, Aomine?- O jogo parecia ser divertido, mas sabia que não terminava por ai, tinha algo mais.

-O perdedor faz o que o vencedor quiser.

-Apostado.- Com à resposta do loiro, o jogo se reinicia, sem que Daiki conseguisse esconder o seu sorriso.

O jogo recomeçou com Kise com a posse da bola, mas o objeto foi roubado por Daiki, que depois do pequeno jogo sendo posto, não iria perder de forma alguma. 

Aomine continuava habilidoso e não demorou em marcar uma cesta de 2.

Como o combinado, Kise retira os tênis, fazendo com que uma expressão de decepção dominasse o rosto do moreno, que esperava que fosse retirado outra parte da roupa.

O jogo continuou acirrado, podia não ser uma competição, mas nenhum dos dois queria se dar por vencido, iriam vencer e ganhar sua recompensa. 

Às horas iam passando e os corpos já estavam suados. Aomine já se encontrava apenas com sua roupa intima, enquanto Kise ainda estava com suas roupas de baixo.

-Você melhorou muito, pra quem dizia que nunca mais havia jogado.- Comenta Aomine, realmente impressionado com à mudança de seu colega.

Kise quicava a bola de forma lenta e cansada. Desde que o jogo começou, não pensou no que iria pedir para o moreno, mas teria tempo caso isso acontecesse.

Ryouta avança em direção à cesta em que o moreno estava posicionado para defender e tenta fazer uma enterrada que foi feita com sucesso. 

-Pela primeira vez você conseguiu me vencer, Kise.- Diz Daiki, se rendendo aos poucos.- O que vai querer?

-Na verdade, eu nem pensei no que quero de você.

-Que tal vir pegar seu prêmio?- Pergunta o moreno, enquanto segurava a barra de sua cueca e depois a soltando, com um sorriso malicioso nos lábios. Ryouta entendeu perfeitamente o que ele quis dizer.

-Mas, isso é o que você quer e não o que eu quero.- Mentira, o loiro queria e muito o corpo de Daiki, mas não se deixaria levar, principalmente que estavam na rua, apesar de ela estar vazia, alguém poderia surgir e isso causaria problemas.

-Não minta, Kise.- Daiki dava passos lentos em direção ao loiro até estarem frente a frente.-Vamos lá, vai ser divertido.

-Aqui? Na rua? E se alguém aparecer?

-Isso não é mais excitante?- O moreno se abaixa até ficar de joelhos, com sua face em frente ao membro semi-desperto do loiro. Kise tinha que admitir, estava louco por isso.

Aomine começa a puxar a bermuda do ex-modelo para baixo, o deixando apenas de roupa intima. Com sua mão direita á coloca no pênis do menor e começa a massagear e dar pequenas lambidas por cima do pano, o deixando ainda mais excitado. O pano que estava entre os dois, foi retirado tomando o mesmo destino do que a bermuda do loiro.

Com o membro todo exposto, Daiki começa a dar pequenas lambidas, sendo atentamente observado por Ryouta, até que finalmente abocanha o pênis a sua frente. Fazendo movimentos de vai e vem, levando seu companheiro a loucura.

Reconhecendo que seu ex-colega de escola, logo chegaria ao seu clímax, para com as chupadas, levando seus lábios direto para o pescoço branco e sem marcas de Kise. Sem marcas até aquele momento, já que não demorou em começar a dar lambidas, mordidas, chupões e beijos nesta região.

-Eu também preciso de um pouco de atenção, Kise.- Ryouta ao ouvir o pedido do mais velho, direciona sua mão ao pênis do outro, massageando aquela área que já era tão conhecida por sí.

Sua mão entra por dentro da cueca e faz movimentos para cima  e para baixo, apenas provocando seu parceiro.

Kise, se abaixa e coloca todo o membro que não era nada pequeno na boca, começando a fazer movimentos circulares com à língua. Os movimentos eram lentos e Aomine queria que as chupadas se intensificassem, era uma tentação não forçar à cabeça do mais novo a ir mais fundo, mas deixaria que o loiro fosse em seu próprio ritmo.

-Kise, chega.- Ordena o moreno, que de imediato foi obedecido.- Fica de quatro.

-Não, eu ganhei o jogo, dessa vez eu vou ser o seme.- Diz Kise. Nas épocas do colégio, era normal ele e Daiki trocarem carícias e ir muito mais além do que isso, mas sempre era o uke. Queria saber como era à sensação de estar dentro do moreno.

-Kise, sem essa. Você sabe que vai ser melhor para nós dois, se eu for o seme.- Era mais que óbvio que o pênis de Daiki era maior e que o garoto tinha mais experiência, mas tinha tanta vontade de saber como era.- Agora, fica de quatro pra mim.

Kise estava tão excitado e precisava de alivio o mais rápido possível. Sabia que Aomine não iria concordar em ser seu uke, então se virou de costas para o maior e ficou na posição em que foi ordenado.

-Ótimo.- Sussurra o maior.

Aomine se abaixa, até que seu rosto fique perto da parte traseira do loiro e com sua língua começa à adentrar o corpo do mais novo, que gemia baixo.

Ah como sentiu falta do gosto do ex-modelo, era realmente delicioso.

Após deixar à entrada do garoto bem molhada, insere um dedo. No ínicio Kise achou extremamente desconfortável à sensação. Fazia tanto tempo que não se deitava com outro homem. Na verdade, Daiki foi seu primeiro e também o único. 

Quando começou a se acostumar com o dedo intruso, o moreno enfia um segundo, fazendo movimentos de tesoura e alargando, para algo muito maior que estava por vir.

Kise tinha que concordar que, Aomine sabia usar muito bem seus dedos. Aquela sensação de incomodo ainda era presente, mas junto vinha o prazer que sentia, era maravilhoso.

-Ao-Aomine.- Ryouta gemia conforme que os dedos de seu companheiro iam aumentando  de ritimo.

-Aominecchi. Me chame de Aominecchi.- Ordena o moreno.

-Aomi-Aominecchi.

Daiki inseriu um terceiro dedo, estava louco para preencher o loiro com o seu membro, mas sabia que teria que esperar. Queria sentir prazer, mas também ficaria feliz em oferecer o prazer.

-Aominecchi...Já chega...Pode colocar.-Ryouta não precisou pedir mais que uma vez para que Daiki retirasse seus dedos, o deixando com uma sensação de vazio, mas que logo passou, pois sentiu algo duro tocar sua intimidade e forçar sua entrada. Quando conseguiu por fim preencher o loiro, começou com movimentos lentos. Kise sentia aquela dor insuportável, queria pedir para o moreno parar e deixar que se acostumasse, mas quando foi para se pronunciar, sua próstata foi atingida. O prazer que sentiu, se sobrepôs na dor. 

Às lágrimas que escorriam de seus olhos não eram de sofrimento e sim de algo muito maior, o prazer. Queria que Daiki fosse mais rápido, mais fundo. Queria que seu "ponto especial" fosse atingido mais vezes.

-Mais...rápido.- Pediu entre gemidos, o que lhe foi concedido. 

-Kise...Kise. - O moreno também não conseguia segurar mais os seus gemidos, que eram quase berros. Não se importaria se alguém aparecesse e os pegassem nessa situação tão constrangedora e maravilhosa que se encontravam.

Ryouta começou a sentir um certo formigamento sem sua parte de baixo e sabia o que estava por vir, então começou a se tocar. Devido a pouca força que tinha, os movimentos eram lerdos, mas o suficiente para que chegasse em seu clímax. Seu ânus se contraiu, o que fez Daiki revirar os olhos de prazer e sujasse o interior do loiro. 

Estavam cansados de mais para se moverem, então o moreno apenas deitou sua cabeça nas costas de Ryouta e ficaram descansando, ofegantes. Quando um certo tempo se passou, resolveram que era hora de ir embora. 

Aomine se retira de dentro do ex-modelo e observa com gosto, seu liquido branco escorrendo pelas pernas fartas de seu companheiro, que tinha certa dificuldade em se levantar.

-Sabe, Kise.- Disse chamando a atenção do loiro. - Devíamos repetir mais vezes.

Apesar da dor no traseiro que sentia, Ryouta, finalmente conseguiu se levantar e começou à juntar suas roupas do chão. Na hora do sexo, era uma maravilha, mas depois tinha essa dor, que era horrível e o impedia de andar direito. Mas não era como se odiasse, na verdade, adoraria repetir, quantas vezes lhe fosse permitido.

-Deveríamos mesmo, Aominecchi.