My Last Breath

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    16
    Capítulos:

    Capítulo 5

    A Primeira Vez

    Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

    Oi.. E então? já sabem qual a doença do ruivinho? ;) senão, aqui é revelado!

    E como foram na passagem do ano? Eu fiquei em casa u.u mas não faltou bebida.. kkk tá parei!

    Chega de papo!!

    Eu não sabia se chorava, se dava risada, se me agarrava no banco ou saia daquele carro. A senhora Akami corria como uma louca! Eu apenas rezava baixinho, pedindo a Deus para que nada aconteça durante o caminho. Felizmente teve um determinado trecho onde ela foi obrigada a reduzir a velocidade. Ainda bem! Bom... Ela só parou o carro porque tinha trânsito por causa de um acidente. Droga! Hoje realmente não é o me dia de sorte. Eu observava a sua mãe. Ela estava nervosa, segurando o volante enquanto mordia o lábio inferior com certa força. Foi só nesse momento que e acalmei bem pouco, pois ainda pensava em você, e então minha mente vagou para o passado mais uma vez, no dia seguinte em que lhe roubei um beijo na enfermaria...

    .-.-. Anos Antes.-.-.

    Era a primeira vez que literalmente caía da cama por assim dizer. Até mesmo a minha irmã não acreditou e engasgou um pouco ao me ver de pé e pronto pra mais um dia chato na escola... Se bem que... Tinha você pra me distrair lá haha. Naquela noite, todo vez que eu fechava os meus olhos, eu via cena da enfermaria. Afinal de contas... Porque sempre que eu fecho os olhos, eu vejo você e o beijo que eu roubei? Porra Seiya... Não possível que beijou um cara na BOCA!!

    - Mas olha só! Acordou com os galos hoje, Seiya? - Irmã você sabe que sou um idiota ignorante e que te dou as respostas afiadíssimas na ponta da língua, mas mesmo assim, você sempre me trata com muito amor e carinho. Mas Seika as vezes me faz abaixar a guarda... - Aqui, coma esse sanduíche! Fiz pra você. Sabe muito bem que saco vazio não para em pé. Seiya? Ei irmãozinho? Acorda... - Ela balançou a mão na minha frente e trouxe de volta a realidade. - Vai continuar no mundo da lua ou vai voltar pra Terra? - Ela acabou sorrindo e continuou. - Escute Seiya... Hoje tem a casa pra você. Volto tarde hoje. A Janta esta congelada é só colocar no micro-ondas! E mais uma coisa... Não coloque a casa abaixo. - Ela sorriu e deu uma piscada com o olho direito.

    Ela é sempre preocupada comigo e muito esforça para manter a casa, um irmão sem noção e a escola onde eu estudo. Tudo bem que a escola em tempo integral não é pra qualquer um mas... Justo integral? Sei que sou um irmão ingrato por tudo o que ela faz, ainda mais por reporvar três vezes... Bom não sei como não repeti de ano mais uma vez! Acho que não queria ficar pra trás e ainda não ter o meu algo todos os dias na sala... Bom eu sempre fui muito mal em provas e minhas notas eram as piores da turma. Não.. Da escola toda. Mas esse ano.. Bom as coisas mudaram. Menos o meu comportamento debochado...

    - Er... Desculpe Seika... Eu só pensava numa coisa aqui.. E obrigado pelo lanche. - Assim que terminei de comer, peguei minhas coisas e sai de casa. Andava distraído pelas ruas até que meu olhar se voltava a cena mais a frente, vendo um portão aberto e você do lado de fora. Só de te olhar, meu rosto ficava quente e vermelho, mas algo me chamou a atenção. Você reclamava de alguma coisa. Apenas quando cheguei perto, ouvi reclamando que não queria faltar na escola... Ou será que percebeu o que fiz? Dizia que não queria ir, mas ir pra onde?

    Foi então que ouvi seus pais falando sobre ir ao médico, consultas, exames... Agora estava explicado o porque de tante reclamação! Não era porque não queria ir a escola, mas sim ao médico! Mas porque... Nesse momento, eu lembrei do beijou que lhe roubei.. Será que aquele desmaio era coisa séria? Algo em mim me deixa desesperado em saber o que você tinha. Olhei para você e me lançou um olhar para não me preocupar, e aquilo de certa forma me aliviou. Pouco longe dali, sua mãe me olhou e acenei para ela e lhe sorri. Ela fez um sinal para que eu pudesse entrar. Ela foi pegar alguma coisa dentro da casa e eu fui até você. Neste momento, quando eu olhei cadê você? Correu para o outro lado e te vi que ia cair. Larguei minha coisas no chão e corri para te segurar antes fosse ao chão. Eis que acontece a mesma cena de anos atrás...

    - Ei... Você está bem Genbu? - E você quieto, só me olhava assustado com olhos azuis e eu aflito sem saber o que fazer. Então sua mãe veio correndo querendo saber o aconteceu com você. Eu tentava explicar, mas eu entrava num estado de nervosismo quando seus pais estão por perto... - Err bem ele... Ele tropeçou e eu o ajudei para não cair...

    Desde que conheci sua mãe, ela sempre foi gentil comigo e me fez um afago no rosto, me pedindo ajuda com você para chegar no carro. Isso com você reclamando de tudo, eu obedeci sua mãe. - Você quer parar de reclamar e de ser chato? Ela está preocupada contigo! Coopere por favor! - Eu fala baixo apenas para que você pudesse ouvir. Estava para me despedir quando a senhora Akami veio com meus materiais que praticamente havia largado no chão para te socorrer. Ela me ofereceu carona e eu a todo custo, tentava recusar, mas foi em vão. Quando entrei no carro ao seu lado, eu tremia muito. Já você continuava fazendo birra, coisa que felizmente o fez não perceber meu estado... quando cheguei na escola eu agradeci pela carona enquanto me olhava com cara de “ele sabe agradecer e ser civilizado!”. Bom apenas continuei acenando com um sorriso sem graça na face até ver o carro se afastar.

    Aquele dia foi um tédio total. Tudo estava chato! Tatsumi mais chato, Pandora mais chata ainda, as aulas tanto da parte da manhã quanto as da tarde eram as mais chatas! Eu me pegava olhando para a cadeira vazia ao meu lado e suspirava. Porque eu sentia tanto a sua falta assim?

    .-.-.-. Tempos Atuais.-.-.-.

    Naquele tempo, realmente não sabia, mas você era a coisa que me fazia seguir em frente. Sem você, acho que eu estaria naquela série chata ou teria parado os estudos e viraria um marginal. Era por você que eu me esforçava. Minha motivação era você! Sempre fora você. Ainda estava preso no carro ao lado de sua mãe. Ela começou a costurar o trânsito, almentando a velocidade do veículo. Foi nesse momento que percebi que havíamos saído do engarrafamento, e sua mãe pisando firme no acelerador, e fazendo prender os dedos no banco do carro.

    Desse modo chegamos no hospital. Eu sai daquele carro tremendo dos pés a cabeça. Uma nota mental: nunca mais pego carona com a sua mãe!

    Chegamos no andar onde era o seu quarto e logo a sua mãe correu e abraçou seu pai esperando o pior. Eu já estava quase pronto para entrar em aflição e sua pai nos tranquilizou, avisando que você foi fazer alguns exames de rotina. Senti como se tirassem um peso dos eus ombros ao saber disso. Quer dizer que.. Que você está vivo!! Mesmo em minha felicidade, seu pai veio falar comigo.

    - N-não eu... Minha sala foi liberada mais cedo. - Tentava disfarçar enquanto lançava um sorriso amarelo. - Bem.. É que... E-eu fiquei sabendo que ele veio para o hospital e fiquei preocupado.. Já fazem alguns dias que eu não o vejo... E... E bem... E achei que... - Eu bem que tentei segurar as lágrimas que agora corriam solta pelo meu rosto. As dores do eu acidente co a dor de te perder se fizeram presentes que eu não aguentei. Seu pai e abraçou gentil, tentando me acalmar. Aquilo era tão bom que podia sentir que o era o meu pai ali naquele momento. Droga... Eu quero muito, te ver Genbu. E ali estou eu... um rapaz de 19 anos, chorando igual a uma adolescente... Genbu... Mas que merda... Quero te ver!

    Agora estava eu, sentado numa poutrona ali no teu quarto, enquanto uma enfereira cuidava dos meus ferimentos. Quando eu levatei a barra da calça, sua mãe se assustou com o tamanho do machucado ali.

    - S-seiya! O que foi isso??? Onde arranjou todos esses machucados? - Ela estava assustada com aquilo.

    - Aah nada demais! Apenas cai na aula de educação física...

    De certa forma, não poderia contar a verdade...

    De repente os minutos se transformaram em horas. Estava demorando muito. Eu andava de um lado para o outro quase fazendo um buraco no chão. Foi nesse momento que o seu médico entrou para dar notícias suas! Logo você entraria no quarto e disse que precisaram fazer mais alguns exames para chegarem no diagnóstico preciso.... Bom... Nós três olhamos para ele até ouvi uma coisa que nos deixou no chão.. O que você tinha não era uma anemia... Mas sim Leucemia!

    - D-doutor... I-isso só pode ser mentira, por favor... por favor.. - Vi a sua mãe procurar conforto nos braços do seu pai, chorando.

    Minha ficha também caiu. Não me contive e comecei a chorar mais uma vez. Sem dizer nada, saio correndo do quarto para longe... Aquilo não podia ser verdade... Por favor... Não seja verdade... Cheguei no terraço me ajoelhando em qualquer canto, com minhas mãos cobrindo meu rosto. Eu nunca fui de chorar assim. Você sim era um chorão... Mais uma vez, me deixei levar pelas lembras de quando você chorava...

    .-.-. Anos Antes.-.-.

    Eu tinha meus 17 anos e seus 14 e ainda era um bebê chorão! Estava te provocando com o teu lanche em mãos te vendo pular para pegar. Era bem engraçado. Mas você tinha a Saori pra cuidar de você. As vezes me pergunto como seria se eu não tivesse repetido tanto... estaria na mesma sala da Saori, último ano do ensino médio... Mas acho que nunca teria te conhecido.. Ou será que sim?

    - Bebê chorão calma! Tá aqui oh! - Entreguei o teu lanche depois de receber um belo tapa nas costas da minha amiga. - S-Saori sua chata. Isso dói... Ao menos o teu tapa dói mais que o desse franguinho aí haha... - Te vi se irritar e correu para me bater. Ou melhor... Tentando já que não doía nada!

    Tinham se passado três anos desde o dia em que te dei o selinho, e então eu venho me convencendo de que aquilo é pura maluquice! Nunca mais cheguei a fazer fazer nada. Já estava convencido de que EU não gostava de nenhum cara, principalmente você! Para esquecer esse beijo, e o dia em que fiz isso, saí com uma ou outra menina durante esse tempo. Apenas não entendia o porque de você ficar me olhando como se fosse errado. Cara sai de mim. Vê se me erra!!! Você tornou-se um mistério pra mim.

    Em uma tarde comum na escola, nosso querido professor de artes, Afrodite, passou u trabalho em dupla para o dia seguinte, e ele mesmo iria sortear as duplas. Antes dele falar isso, eu pensava em fazer com a enina mais gostosa da sala... E qual a minha surpresa? O professor sorteou VOCÊ para ser a minha dupla... Justo a ruivinha chorona!! olhei pra você e sooriu maldoso, juro que seria divertido. Iria te zoar o final da tarde toda! Acabei combinando que seria lá em casa. Estaremos sozinhos e podemos fazer a bagunça que quisermos! Afinal Seika só voltaria mais tarde! Te esperei ligar para seus pais informando sobre o trabalho que seria na minha casa. Pouco tempo depois, você veio para o meu lado e fomos embora fazer essa merda pra amanhã...

    - Vamos logo mocinha!! Desse jeito, só chegaremos na minha casa amanhã de manhã haha! - Eu adorava te provocar. E finalmente deu certo pois começou a correr, tentando me alcançar, dizendo mil coisas a meu respeito. Após essa corrida, ambos chegamos ofegantes. Você estava bem mais que eu, porém disse que estava bem. E entramos em minha casa.

    - Então o meu quarto é lá em cima. O último a esquerda! Pode ir na frente enquanto eu levo um lancha pra gente. Ah deve ter tinta e pincéis na gaveta da mesa do computador. - Ele estava bem tímido em ficar sozinho comigo na casa. Foi nesse momento que a lembrança do beijo se instalou na minha mente. Isso me deixou nervoso. Balancei a cabaça tentando afastar essa lembrança. Porra Seiya! Tu é homem e prefere mulheres! Com belas curvas, seios enormes, coxas grossas... É melhor você parar antes que 'acorde' um conhecido teu!

    Pego o lanche que Seiya deixou, uma jarra de suco e subi para o quarto. Assim que cheguei, e deparo com uma criatura perplexa com a minha bagunça. Espero que eu não tenha esquecido as revistas suspeitas de Ikki em cima da minha cama ou outras coisas que não deveriam estar ali naquele momento! Deixo a bandeija numa mesinha de centro que o Genbu deve ter ajeitado para fazer o trabalho.

    - E então, por onde começamos? - Dei um sorriso mais gentil que eu poderia dar, mas eu te virar um pimentão de tão vermelho que ficou com alguma coisa, porém não disse nada. Peguei um caderno que deve ser teu pela letra caprichada e comecei a ver as anotações que o professor queria.

    .-.-.X.-.-.

    Droga! Esses exames não terminam nunca? Eu quero voltar para o quarto e dormir uma pouco. Estou muito cansado disso tudo. Iria fazer apenas alguns exames, não milhares! Na metade deles, acho que devo ter dormido. Não aguentava mais. Queria ir embora. Talvez para o quarto ou para sempre. Mais uma vez, meus pensamentos vagaram para o passado. Você sempre me irritando e roubando minhas coisas. Ai como eu odiava aquilo, mas não conseguia viver sem isso.

    .-.-.-. Anos Antes .-.-.-.

    - Seiya me devolve o meu lanche, seu idiota! - Eu ainda chorava por causa dessas coisas. E você sempre correndo fazendo isso. Saori sempre cuidava de mim quando você fazia qualquer gracinha pra me irritar. Sou sempre grato ela. Ele era um grande idiota. Mais eu não vivo sem esse grande idiota.

    Desde que passaram três anos, eu comecei a te querer mais perto de mim. Eu não entendia o porque, mas o queria pra mim. Só pra mim. E quando eu o via com uma ou outra menina com você eu não gostava. Ficava muito bravo e triste com isso. Uma ou outra garota vinha querendo algo comigo. Eu tentei ficar com uma menina, mas nunca tive coragem. Eu sequer havia beijado alguém. Não sabia como se fazia, ou como deveria me portar nessa hora. Eu sempre falava que não queria nada com elas. Algumas garotas ficavam chocadas e outras, tristes. Umas já vinham falando que se eu fosse virgem, elas tiravam minha virgindade. Eu ficava de todas as cores possíveis, mas nunca dava esperanças para elas.

    Bem no meio da tarde, o professor deveria estar maluco. Disse que o trabalho deveria ser feito em dupla. Eu estava preste a escolher uma pessoa que conversa em sala sobre as matérias. Shaka era bem parecido comigo. Mas assim que eu ouço o nome do crápula que eu deveria fazer um par, meu mundo desabou. Olhei para o loiro que me devolveu o olhar e vimos discretos, para a pessoa que eu iria trabalhar: Seiya! Shaka fez dupla com quem ele sempre quis. Um tal de Aiolia. Eles eram bem amigos. Eu acho. Nunca rolou nada entre eles. Afinal, o loiro indiano iria se casar quando fizesse dezoito anos com uma indiana. Ainda bem que eu não sou indiano. Se não teria que me casar com uma noiva arranjada.

    Desse modo, voltei meus belos olhos azuis no “trombadinha” da minha sala. E lá vinha ele com aqueles sorrisinho mecretrefe. Virei meu rosto emburrado para outro lado. É não tinha como mudar a dupla. Pois acabaram de perguntar para o Afrodite e ele apenas veio com um sorriso medonho, e disse que NÃO com um sorrizinho pior do que do sujeito ao meu lado. Tive que ligar para meus pais falando desse pequeno contratempo e que não chegaria para o café da trade por conta desse trabalho. Minha mãe foi ótima para compreender e não me fez mais perguntas.

    - Quer parar de me irritar. Isso cansa Seiya! - Acabei correndo para dar uns belos cascudos nele. Eu ia resmungando como sempre e ele rindo. Ah maldito. Você me paga! Ele chegou primeiro no portão e eu logo cheguei mais ofegante do que ele. Mas lhe garanti que estava bem.

    - “Então o meu quarto é lá em cima. O último a esquerda! Pode ir na frente enquanto eu levo um lancha pra gente. Ah deve ter tinta e pincéis na gaveta da mesa do computador. ”. - Eu estava tímido. Era a primeira vez que eu ficava a sós com ele. E então me dou conta do pesadelo que tive uns anos atrás. Um calafrio cortou meu corpo, descendo por minha coluna. Respiro fundo e conto até dez para me acalmar. Afinal, fora só um sonho.

    Eu vou para seu quarto ainda me perguntando, se eu realmente deveria estar ali. Assim que eu entro em quarto, eu me deparo com... Com... Com algumas coisas suspeitas em sua cama. Parecia... Parecia... Camisinha... U-usada? Meu rosto se avermelhou ao imaginar com quem ele deve ter usado aquilo e por que. Genbu... Pare de pensar nisso! Ele já tem 17 anos e você é uma criança, um pirralho aos olhos do Seiya.

    - "E então, por onde começamos?". - Por onde começamos? POR ONDE COMEÇAMOS? Ele ainda tem a cara de pau de perguntar? A minha vontade era de ir embora o mais depressa possível, mas minhas pernas não respondiam ao comando de meu cérebro.

    - Q-que tal começar l-limpando seu q-quarto enquanto e-eu ajeito o que usaremos n-no trabalho? - Ótimo Genbu! Que bela hora para começar a gaguejar! Você merece o troféu Nobel de “O Idiota Gago”! É isso o que precisa.

    Seiya olhou para sua “bela” bagunça e por sorte (ou azar) minha, ele começou a ajeitar mesmo que contragosto. Eu tentava me concentrar no material que iríamos usar. Quando eu levei um susto e o senti atrás de mim. O que você fazia ai eu não sabia. Quando você estica sua mão para o prato, pegando um lanche que havia trazido. Não sei explicar, mas eu fiquei feliz e ao mesmo tempo, magoado por ver que você simplesmente pegou o lanche e não fez mais nada.

    Eu olhei para você de relance, e via comendo com tanto gosto que eu fiquei tentado em comer mesmo não tendo fome. Peguei o outro lanche e mordi. Devo dizer, que você tem um bom gosto. Deve ter fechado meus olhos para comer. Até que me sinto ser observado demais e abro meus olhos ficando levemente corado. Você me olhava estranho. Com um misto de malicia no olhar.

    - D-desculpa... M-mais está tão gostoso... Nunca comi algo assim. - Olhei para outro canto que não fosse para seu rosto e mordi mais um pedaço. Não pude ver quando eu terminei de comer. Parece que em dois pedaços, eu devorei o lanche que você trouxe. Assim que eu fui pegar o copo com o suco, ele fez o mesmo e eu pude sentir um choque de nossas mãos se encostando que eu puxei de volta. Devo ter mudado mais uma vez de cor. - D-desculpe-me por i-isso. - Voltei a pegar o suco e bebi depressa. Mais envergonhado do que nunca.

    Para disfarçar meu nervosismo, eu rapidamente comecei a ler sobre o trabalho. E sentia que não tirava seu olhar de mim. Até que você começa a fazer gracinhas de novo. Tirando-me do sério. Por isso que eu gostaria de ter trocado de dupla ou fazer sozinho. Eu me enfezo e fecho com força o caderno com as anotações. Mas parece que você não entendeu e continuou fazendo aquelas gracinhas.

    Então eu parti pra cima de você. Não sei como, mas o derrubei no chão e subi em cima de seu corpo ficando com as pernas em volta do seu quadril e o enforquei ou tentei. Eu estava fraco demais para tirar o ar até de uma mosca. Mas meu olhar era para você parar. Porém, quando eu percebi, era eu quem estava no chão e você no meio de minhas pernas. Sem pensar duas vezes, prendi meu ar. E parei de tentar te enforcar. Estava assustado e agora com meus braços presos no alto da cabeça.

    .-.-.-. Tempo Atual .-.-.-.

    Mais uma vez, sou tirado de minhas lembranças e era acordado por uma enfermeira muito simpática. Pelo que eu consegui ler, seu nome é June.

    - Olá meu lindo, tudo bem?

    - Acho que sim! O que houve?

    - O seu médico pediu para lhe acordar, pois vamos descer para o seu quarto. Sua mãe já chegou e lhe trouxe visita.

    - Visita? Mas quem pode ser... - Não pude terminar minha fala. Acabei adormecendo mais uma vez. Mas mesmo assim, pude ouvi-la rir e senti a maca se locomover. E mais uma vez eu voltei ao tempo naquele mesmo dia do nosso trabalho.

    .-.-.-. Anos antes.-.-.-.

    Não conseguia tirar meu olhar do seu. Era uma coisa muito estranha, mas boa. Eu não fazia força alguma para tentar me livrar de ti. Mas também não queria ficar daquele jeito. Estava tão vulnerável a ti que eu devo ter corado mais um pouco, intensificando o vermelhão em meu rosto. Criei coragem e virei fixando meus olhos num outro ponto sem ser você. Mas senti que puxou de volta meu rosto para você.

    E estava tão diferente. Olhava-me com ternura e carinho? Mas você me odeia... Seiya.... Então porque...

    - T-ta olhando o que, S-seiya? Pare de me olhar! E solte-me. E vamos começar logo esse trabalho para eu ir embora o mais rápido possível! - Não me dirigiu a palavra. Apenas me olhava como se eu fosse à coisa mais interessante da face da Terra. Foi quando eu notei que seu rosto se aproximava do meu. Mais uma vez, prendi o ar em meus pulmões. O que estava acontecendo ali? Soltei o ar aos poucos e quando dei por mim, sua respiração se misturava a minha. Você estava sério. De repente, parou de brincar como um idiota. E eu devo estar com cara de retardado mental te olhando. Já não fazia mais forças para nada apenas queria ver até onde isso iria terminar.

    Arregalei meus olhos ao sentir seus lábios nos meus. Eu sabia que não deveria ter ido até sua casa. Agora estávamos sozinhos e eu não podia gritar pedindo ajuda. Meu pior erro nessa hora foi quando eu abrir meus lábios para reclamar com você. Retipo... Foi o meu pior erro, pois você simplesmente fechou os seus olhos e introduziu sua língua em minha boca. Podia sentir aquele membro mole em minha cavidade bucal, explorando todos os cantos de minha boca. Ainda não sabia o que fazer e comecei a me contorcer, tentando me soltar. Só que senti um peso ainda maior em cima de mim. Você soltou todo o peso e acabei gemendo dentro de sua boca. Mais um erro de minha parte, pois parece que acendeu um chama em você!

    Desisti de tentar fugir e copiei seus movimentos, um pouco contido. Afinal, eu nunca beijei ninguém. Depois de um tempo, sinto uma mão atrevida entrando por de baixo de meu uniforme. Com um pouco de esforço, me livrei de seus lábios e te olhei. Devo ter ficado com cara de idiota apaixonado agora. Na verdade era isso o que sentia por ti. E só descobri agora depois desse beijo que você me deu.

    - S-seiya... O que foi i-isso? Porquê você f-fez isso? - Muito bem Genbu! Gaguejando mais uma vez. Ele não me respondeu e voltou a me beijar. Dessa vez era mais intenso.

    .-.-.-. Tempo atual .-.-.-.

    A porta do quarto é aberta por uma enfermeira muito simpática. A moça loira junto de outros enfermeiros, ajudaram a trocar o corpo adormecido do ruivo na cama. Sua mãe chegou perto do leito e viu seu menino dormindo profundamente e desatou a chorar, sendo amparada pelo marido.

    - Nosso f-filho ficará bem, não é enfermeira? Me diga!

    - Calma. Ainda é cedo. Está correto que ele tem leucemia, mas talvez precisará ficar internado aqui para futuros exames, quimioterapia e uma cirurgia de transplante de medula óssea. Ele tem algum irmão ou irmã? Se tiver, as chances deles serem compatíveis são enormes.

    - Eu até cheguei a engravidar, mas perdi o bebê. Só tenho o Genbu mesmo. Mas eu estou disposta a fazer qualquer coisa para salvar meu menino. Qualquer coisa! - A senhora Amy estava chorando muito. Seu marido a consolava, mas não dava certo. Ele também faria qualquer coisa para salvar o filho.

    Seiya que estava na varanda, entrou assim que viu o ruivo no quarto sendo trocado da maca para a cama pelos enfermeiros. O médico já havia ido embora. A moça loira arrumou mais algumas coisas e se retirou do quarto com outros.

    Kai-to, o pai do ruivinho, não via outra solução se não tirar a esposa do quarto um pouco e pediu para o Seiya ficar com ele um pouco. E disse que traria algum para ele comer depois.

    - Seiya eu sei que não devo, mas será que poderia ficar um pouco com o Genbu? Eu já volto com minha esposa e depois se quiser sair para tomar um ar. Você não me parece nada bem ao descobrir que o mal que o mata é leucemia. - Ele esperou a resposta do menor e saiu levando a esposa que se recusava a sair. - Vamos amor! Nosso filho ficará bem. Vamos. Lhe pagarei um café e um lanche. E trago algo para o Seiya na volta. - Mulher se recusava, mas o marido a levou mesmo assim.

    Foi quando o ruivo começou sorrir durante o sono. Coisa que chamou a atenção do moreninho.

    .-.-.-. Anos Antes .-.-.-.

    Eu sentia meu corpo se aquecer de uma forma estranha. Nunca senti aquilo. Achava que você tivesse enlouquecido por estar me beijando agora em meu pescoço. O que era aquilo? Que sensações são essas em meu corpo? Estava com medo do que poderia acontecer, mas o que aconteceu a partir daí foi que eu me entreguei de corpo e alma a ti.

    Ninguém soube do que nos aconteceu. Eu tinha medo. E guardei apenas para mim o que fizemos nesse dia.

    - P-pare Seiya. Nós precisamos começar a fazer o trabalho de artes para amanhã! Vamos s-solte-me, Seiya! - Mas e quem disse que você me soltava? Nós só começamos o trabalho de artes no início da noite depois que nós... Que eu... Que você... Depois que nos tornamos um.

    Sentia suas mãos por dentro da minha camiseta do uniforme e logo tentando arrancar e eu lhe impedindo. Não sabia o que estava acontecendo e quando eu dei por mim, você me beijava de novo e conseguiu me distrair para tirar a camiseta. Não sabia onde olhar no momento. Deveria estar um pimentão, mas parecia que não se importava com isso.

    Parou o que fazia e me observava de um jeito que eu não sabia descrever. Como eu estava distraído, você terminou de tirar minhas roupas e me pega no colo como se eu fosse uma “noiva” e me coloca em sua cama.

    - S-Seiya... Pare eu não quero... - Falava sem convicção alguma de querer parar. E te vi sorrir diferente, um sorriso confiante de que estava tudo bem e de que não iria me machucar. Suas mãos exploravam meu corpo com certa posse, e voltou a descer os lábios em meu pescoço e foi descendo, e descendo, e descendo até chegar... Chegar em meu... Em meu... Oh eu não aguento mais isso tudo.

    - Ahhah... S-Seiya... por favor... Aanh p-pare... O t-trabalho... precisamos c-começar aahhh l-logo! Huum... - Fechava meus olhos gemendo. Aquilo estava me matando. Então mais uma vez o meu sonho me veio a mente. A pessoa de cabelos castanhos, bonita, e que eu não estava identificando. Agora eu sabia que meu sonho estava se realizando, com você! E com toda a certeza a pessoa era você. - Ahh pare... Eu n-não quero... Humm... - Acabou de fazer uma coisa que nunca imaginei que sentiria em minha vida. Sua boca se fechou em meu membro me levando a loucura.

    Arqueei minhas costas e senti seu braço me puxando para ti. Não estava mais sentindo minhas pernas, meus braços... Nada mais, apenas o que fazia em mim. Em minha vida, nunca fiz ou senti algo igual a isso. Algo estava para sair de mim e acho que sabia disso. Aumento a velocidade das chupadas que dava em meu membro e eu não aguentei. Gemi alto quando alguma coisa saiu dali e eu o vejo ainda me sugando e depois passa a língua no meu pênis e depois lambeu a sua própria boca. Ainda dava para ver um líquido branco quase transparente escorrendo num canto de seus lábios. - Des-desculpe-me por isso eu... E-eu... - Colocou um de seu dedos em meus lábios me impedindo de falar. E me beijou de novo com um gosto totalmente diferente agora. Era meio salgado misturado ao gosto doce de seus lábios.

    Desse modo, você se separou de mim e retirou suas roupas e voltou a se deitar por cima de mim. Ainda estava muito assustado com tudo aquilo. Eu estava relaxado em sua cama até te sentir em mim novamente. Tinha alguma coisa grande me tocando em minhas pernas, porém a vergonha era grande demais para olhar para baixo e como sempre, não sabia o que fazer. Ainda tentei te convencer do nosso trabalho de artes, mas me disse para esquecer e que depois resolveríamos isso.

    - Seiya... o Trabalho é pra amanhã... P-precisamos começar a fazer. Me solta e vamos começar logo AhhhahHAHahh... - Não pude terminar minha fala. Sua mão rondava uma parte de meu corpo até então desconhecida por mim. Seus dedos começaram brincando de circular uma parte intocada que eu acreditava que seria apenas para a eliminação de decretos impróprios para meu organismo. - T-tira daí S-Seiya... Isso é inapropriado e sujo! Pare com isso seu idiota..ahhhah... - Apenas me deu um sorrisinho debochado e enfiou esse dedo em mim. Disse que era pra eu não temer, que não iria me machucar.

    Mais dois dedos foram introduzidos em mim. O que você estava fazendo? Não era você o “macho” que só saia com meninas? Então porque fazia isso comigo? Estava só brincando comigo? Comecei a chorar achando que eu só uma espécie de diversão e que seria estuprado sem poder fazer nada. Tenho certeza de que percebeu isso por secava minhas lágrimas ora com dedos da outra mão, ora com os lábios. Então gemi diferente. O que foi aquilo? Parecia que agora, soube onde deveria tocar, pois eu sempre gemia mais meloso nesse mesmo ponto. Retirou os dedos de mim quando julgou eu estava pronto e encostou alguma coisa onde antes estavam os dedos.

    Disse-me para não ter medo e que não ia me machucar. Só fiz que sim com a cabeça e logo sinto alguma coisa maior entrando, pedindo espaço por entre os anéis da minha entrada. Mordi minha mão chorando. Aquilo estava doendo muito. E você percebeu e tocou-me no membro que ganhava vida mais uma vez. Tive que prender o ar para ver se a dor me deixava e só soltei o ar quando o senti todo em mim. Te olhei com cara de choro. As lágrimas escorriam aos poucos me dando ar “quebrável”. Não se moveu até que eu desse algum comando que veio rápido de meus quadris. Aquilo foi um disparo de um gatilho para que pudesse se mover em mim.

    Começou bem lento. Eu ainda gemia de dor. Não era fácil te ter em mim. Era que como se me dividisse ao meio por ferro em brasa. Muitas vezes, ficava parado para que me acostumasse e logo voltava a se mover um pouco mais veloz que antes. Percebi meus gemidos mudarem de algo extremamente dolorido para algo mais prazeroso. Até que não aguentou mais e acelerou ainda mais as investidas. Já não sabia se chorava ou se gemia de prazer quando voltou a me tocar em meu membro “esquecido” por ti. - S-Seiya... Eu n-nunca... Nunca t-tinha.. Hmmm... - Me cortou mais uma vez dizendo que sabia que eu era virgem pelas minhas atitudes. Não evitei e corei com a sua confirmação.

    Sabia que estava próximo de fazer a mesma coisa e você sabia disso. Com algumas estocadas em meu membro, deixei o mesmo líquido escapar em suas mãos e em parte de nossos corpos. Pude perceber que aumentou a velocidade se movendo um pouco mais e depois pude sentir um líquido quente me invadindo e gemi meloso rente ao seu ouvido. E por mais uma vez, me beijou sendo correspondido.

    Eu estava mais cansado, porém, feliz. Nunca imaginei que aquela tarde pudesse ser tão... Maravilhosa ao seu lado. Mas mesmo do que fizemos, eu ainda não o olhava. A vergonha tomava conta de mim de tal modo que eu achei que pudesse morrer a qualquer momento.

    Você me acompanhou de volta para minha casa depois que terminamos o trabalho. Não me deixou ir sozinho mesmo depois que falar que estava bem. Antes que entrasse de vez no portão, me puxou para seu braços e beijou antes de eu entrar. Só se retirou quando eu entrei em casa e fechei a porta. Minha mãe já estava uma pilha de nervos pela demora. Mas menti dizendo que trabalho levou mais tempo do que eu previa. Desse modo, corri para o quarto e me fechei lá dentro com um sorriso bobo nos lábios. Me joguei em minha cama parecendo uma menina apaixonada. E espera... Eu estava apaixonado, mas não era uma menina.

    .-.-.-. Tempo Atual .-.-.-.

    Fui tirado de minha memórias quando senti uma mão segurando a minha. Eu fui voltando a mim aos poucos e logo abri meus olhos tentando me focar em alguma coisa. Abro totalmente os olhos quando senti uma pressão de leve em meus lábios e sorri ao te reconhecer.

    - S-Seiya... V-você veio... Mas não deveria estava no colégio? E porquê está tão machucado assim? Não minta pra mim Seiya! - Estava feliz e ao mesmo tempo bravo ao te ver todo machucado. Será que arrumou briga na escola e por isso esta assim? Será que descobriram que nós estamos... Não aquilo não parecia briga. - Estou esperando Seiya... Que machucados são esses...? - Você adora me cortar né? E me beijando! Mas eu amo quando faz isso. Segurei em seus cabelos aprofundando o ósculo entre nós, mas não durou muito pois a falta de ar me fez presente e apartei o nosso beijo.

    Antes de me contar, você quis saber por que eu estava sorrindo durante o sono. Eu? Sorrindo? Não me lembro... Até que veio a lembrança em minha mente. - Sorri porque eu me lembrei do dia em que me entreguei a você antes de fazermos aquele trabalho de artes, lembra-se? Foi o dia mais feliz da minha vida! - Sorrindo que nem bobo e um pouco corado ao lhe falar. Ele também corou. - Vamos agora quero saber como conseguiu esses machucados em você?

    Acho que ele foi salvo pelo gongo. A porta se abriu e meus pais entraram por ela. Minha mãe assim que me viu veio correndo me abraçar e era correspondida por mim. Ela chorava ao me ver até que bem. Olhei para o lado disfarçando e vi que Seiya suspirou aliviado e aceitava o lanche que meu pai havia trazido para ele. - Ei, e eu não ganho um lanche? - Todos riram e logo veio à enfermeira June trazendo um lanche pra mim. Eca! Comida de hospital é um saco! Sem gosto de tudo, mas fazer o que. Eu comi com gosto, pois estava com um pouco de fome. Logo chega o médico trazendo os resultados dos meus exames.

    Eu fiquei surpreso ao saber que tinha leucemia. Comecei a chorar, mas o médico nos trouxe uma notícia que alegrou a todos inclusive a mim. Eu ainda tinha chances de cura. Era muito pequena a minha chance, mas agora eu vou lutar até o fim para me ver livre dessa doença.


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