My Last Breath

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    Capítulo 4

    Chegada ao hospital

    Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

    Olha eu aqui outra vez XD

    OK esse saiu mais rápido do que esperado kkkkkkk

    Espero que divirta-se kkkkkk ou não!!

    Eu corria, corria e corria e nunca que chegava em sua casa. Sempre que te ligaava no teu celular, dava caixa postal. Droga porque você desligado ou será que acabou a bateria? Não me dava conta de que o faral estava aberto para os carros e mesmo assi eu corria me esgueirando por entres os carros que buzinavam e alguns motoristas me xingavam, perguntando se eu queria morrer. Morreria por você se fosse preciso! Infelizente, não vi um carro e bateu em mim. Voei pelo capô do mesmo, e cai no chão me ralando inteiro no asfalto. Muitas pessoas pararam para ver se eu estava vivo e bem. Algumas pessoas me perguntavam se eu queria ir pra casa ou para um hospital. E eu só pensava em você. Assim que me recuperei do baque, voltei a correr como senão tivesse amanhã. Deixei para trás, algumas coisa da escola, mas não dei muita importância para isso. E minha mente, só tinha você. A dor do atropelamento ne era mais sentida em meu corpo. Por favor.. Esteja bem e com vida quero lhe ver antes... Antes que feche os olhos para sempre! Foi então que me deixei levar pelas lembranças do passado...

    .-.-.-.No meio do ano letivo.-.-.-.

    - Aahhh a menininha vai ter que pular pra pegar! - Ok! Eu sei! Eu era um pouco malvado contigo. Tá bom... Muito malvado com você. Mas sei lá... Você me chamava a atenção demais! E eu não resistia e implicava contigo. Estava me divertindo até... - Você não tem vergonha Seiya? Implicando com o ruivinho aqui? Você deveria se envergonhar por isso! Eu não quero mais ver você implicando com ele Seiya. Seika ficará muito triste se souber que você faz essas coisas com o menino! - Ótimo! Saori... Era só isso o que me faltava! Ai isso doeu! Precisava me bater?

    Te olhava com cara de que iria aprontar a qualque minuto! Mas de repente... Comecei a te observavar melhor. Estava uito estranho. Com casaso grosso naquele calor que fazia. Saori e eu nos olhamos e ela entendeu o recado. Foi andando do seu lado. Chegamos na sala e ela me puxou para o lado mais afastado. Discutíamos a seu respeito. Você estava me preocupando. Aliás... A nós dois!

    - Nee Escuta Saori... Ele está me preocupando! Esta muito estranho. -Começava a ficar impotente co você nessa situação.

    - Ora Seiya! Pare de pose! e trate de ficar bem de olho nele ouviu? Ele está mal, e sinto que algo ruim pode acontecer se ele não tiver ninguém por perto! E ele só tem você com quem contar naquela sala de delinquentes! Não se esqueça viu? De O-L-H-O! - Dava para perceber que ela esta mais aflita do eu. Na verdade, talvez não tanto quanto eu.

    - Ok chefe! Sem problemas chefe! Mais alguma coisa chefe? - Tentava fazer alguma gracinha para quebrar aquele clima tenso que se formou ali, e você riu. Mesmo gostando de implicar co você, eu não me sentia bem sem saber o você tinha.

    Pouco tempo depois, o professor entrou na sala e te viu abatido. Logo ele se vira pra mim e diz. - E Seiya... você ficará responsável caso ele queira ir em algum lugar. Pelo que parece, ele esta fraco. - Tudo bem que eu estou estranhando te ver assim, mas por acaso eu tenho cara de babá de bebê?

    - Ok fêssor! Pode deixa que eu vou ficar de olho na meninina. Hahaha.. - Ceeeeeeeeeerto! Até a moça tem força. Deu-me uma cotovelada no meio do eu estômago.. Aquilo doeu. Fiquei o tempo todo de olho na criança. Mas mesmo estudando meio ano com você, parecia que me temia. Até era uma gracinha... E calma aí... Uma gracinha? Mas que porra é essa agora, Seiya? Você gosta de mulheres! Pare de pensar besteiras...

    .-.-.-. Tempo atual.-.-.-.

    Finalmente! Eu podia ver a sua casa. Espere mais um pouco Ruivinho. Estou quase na frente da sua casa! Agora eu sentia a dor do atropelamento. Motorista desgraçado. Tudo bem. Eu estava errado correndo que nem um panaca pela rua se olhar direito por onde ia. Quando parei no portão da sua casa, pude ver sua mãe meio chorosa e preocupada. Será que... Não! Não! Não, não, NÃO! Por favor, não seja o que estou pensando... Corri até o carro de sua mãe chamando por ela e a mesma se assustou com meu estado deplorável.

     - Meu Deus Seiya! Mas o que aconteceu contigo??? - Ela me analisava da cabeça aos pés.

    - Err bem... Eu estou bem senhora... Eer Akami! - Gostava de chamar seus pais pelo sobrenome. Uma para não ser desrespeitoso e outra porque já havia virado costume. Você ria de mim dizendo que não precisava e piorava quando eu tentava ficar sério perante seus pais. Foi nesse momento que eu lembrei de o porque estar daquele jeito e também porque eu fugi da escola. - Er.. Senhora A-Akami... Bem eu... Eu... Vim ver o Genbu! Ele está? - Senti meu chão desabar quando te vi abaixar a cabeça, segurando-se para não chorar.

    - Genbu... Acabou de ser levado para o Hospital Seiya, o quadro dele piorou muito esta tarde...Espero que ele ainda esteja vivo... Seiya, talvez essa seja a ultima vez... Talvez seja a ultima vez... que... - Ela precisa de apoio... Mas eu fique por u tempo sem ação ao ouvir o que ela disse. Tentei me segurar, mas as lágrimas foram mais fortes. Ela também chorava ao final da frase e e abraçou.

    Sabia que precisaos ser otimistas! Genbu precisa de apoio e nos ver assim, só seria para ele recair e desistir de viver. Não desista de viver meu ruivinho! A saúde dele estava demasiadamente debilitada, mas tinha que acreditar em coisa para me mnter forte e passar minha confiança para quando fosse te ver! A senhora Akami me pediu para lhe ajudar com algumas coisas que precisa levar para você no hospital e que depois me daria carona até o mesmo. Quando terminando de carregar o carro, partimos para o bendito locar em que estava. No caminho, eu juro que tentava e distrair mas estava difícil. Foi então que vi duas criaças brigando e levando bronca do possivelente pai dos dois. Aquilo foi o bastante par voltar para o passado. Nas minhas lembranças...

    .-.-.-.Anos antes.-.-.-.

    Naquela época, eu tinha uns 14 anos e você 11 anos. Enfim teve coragem para rebater as minhas brincadeiras. E nós estamos na diretoria. Hmm eu achava engraçado quando você vinha me dar socos e chutes! Você não era mais o nanico do ano passado. Já me alcançava o ombro. Bom eu na verdade amava te zoar, sua cara emburrada era ótima! O saco era aguentar a Saori me enchendo com seus tapas doloridos ou sermões! Esse dia, o nosso querido Tatsumi que implicava com todos daquele maldito lugar, estava bem feliz! E o que ele foi fazer? Nos torrar a paciência, eu estava quase para responder quando ouvi a ruivinha revidar pela primeira vez na vida. É parece que aprendeu co o meste haha... Comecei a rir baixinho da cara dele e pensei - “Finalmente levou uma nas fuças! Seu bundão! Ha Grande Tatsumi... Corta essa!!”. E ri ainda mais. Sem querer, olhei para o ruivo de soslaio e acho que ele notou. É... Pelo olha que lhe lancei, eu parecia mais um pervertido aos olhos da ruivinha. Só de imaginar isso, corei de leve ao ter esse tipo de pensamente para co um menino. Seiya já disse. Tu é homem e gosta de mulheres!!

    O diretor Saga dizia, e balança a cabeça cabeça por vezes concordando e por vezes negando. Revirava os olhos para tudo quanto era lado. Felizmente ele não percebia as minha maluquices ali, haha! As vezes eu lembrava do “Grande Tatsumi” e ria baixo! Também não queria dar muito na casa né!

    - Seiya e Genbu, me prometam que essa é a ultima vez nesse ano já não aguento mais ver vocês dois aqui! - E assim ele nos manda embora.

    Genbu caminhava na santa paz dele e eu andava inqueto querendo aprontar uma das minhas. Vê-lo tão quietinho mexia comigo para atazanar.

    -Ora, ora... Então a menininha hoje virou uma onça? - Ele parou bruscamente, virando para mim. Bati nele já estava distraído enquanto caminhava. Então o vi perder as forças e cair em meus braços. - Ei... Acorda! Genbu não é hora pra dormir.. Me responde Genebu.. Oi?! - Tentava chama-lo, sacudi-lo, mas não me respondia. Tratei de pega-lo no colo e correr com ele para a enfermaria. Ao chegar, contei a enfermeira o que aconteceu, e ela disse para coloca-lo na maca próximo da janela. Ela disse que eu poderia voltar para a sala para não perder a última aula, mas eu recusei! Ela me colocou pra fora mesmo assim.. Hump!

    Voltei para a sala e contei ao professor sobre a sua ausência. Ele me deu o conteúdo pra estudar e me liberou. Peguei nossas coisas e sai apressado da sala, indo de encontro a enfermaria. Bom pelo menos com você assim, e eu sendo o teu resposável, eu poderia matar aula com uma bela desculpa... Pena ela ser verdadeira!! assim que voltei, a enfermeira me perguntou o que eu fazia ali ainda. Apenas respondi que o professor me liberou. Bom ela me mandou ficar ao teu lado o tempo todo. Quando eu cheguei perto de ti, ela me disse que precisava sair e assim me deixou as sós com você. O ruivinho dormia tão tranquilo ali, que eu tinha medo de minha respiração lhe acordar. E então um atrevido de u passarinho parou do lado de fora da janela, fazendo escândalo. - Eii quieto passarinho bocó. Shiu! - Já estava deitado em cima de ti mas segurando meu peso nos joelhos e nos braços, tentando afastar aquele bicho dali. Quando ele finalmente decide ir embora, vou voltando ao eu lugar de antes, mas o panaca aqui acaba escorregando na barra do lençol, fazendo com que meu rosto ficasse muito próximo ao seu. Podia sentir sua respiração enquanto segurava a minha, entrando num forma de transe. Olhava os detalhes do seu rosto adormecido e sereno, mas... Mas porque eu me sentia assim? Atraído por ti? Corei ao pensar que você estava belo. Sacudi a cabeça um pouco e voltei a te olhar. Acho que devo ter visto seus lábios entreabertos e meu coração me traiu, falhando uma batida. Para mim. O mundo parou naquela hora! Até mesmo os ponteiros do relógio me pareceram distantes nesse momento. Eu só ouvia a minha respiração alterada e a sua tão tranquila. Fechei meus olhos e encostei meus lábios nos teus. - “Tão macios... Para um menino...”. Não tive como não pensar nisso.

    Tive que parar com aquilo, pois ouvi passos no corredor. Ao me afastar de você, eu acabei caindo em cima do baquinho onde antes estava sentado e vi a enfermeira retornar. Acabei apenas virando o punho não muito sério. Ela me ajudou com isso e foi ver se você estava bem. Achei que teria um enfarto, e vi seus olhos procurando os meus, querendo saber o que foi aquilo, já que eu o acordei com meu descuidado tombo.

    - O q-que quer nanico? Nunca -me viu não? - Provavelmente eu tremia como vara verde nessa hora. Afinal de contas... O que há de errado em mi? Eu acabo de.. De b-beijar um menino? Caralho Seiya.. Tu é homem com H maiúsculo, porra!!! Felizmente ele não acordou quando eu o beijava ou então eu não saberia onde enfia a cara! Você me perguntou o que aconteceu... Bom deve ter corado outra vez... - Nada! Não aconteceu nadinha ok? N-A-D-A!!

    Perdia o chão e você me olhava tímido e curioso. Ah quanta inocencia! Ele mal sabia o que aconteceu ali dentro... E que ficasse assim. Para sempre!

    ----X----

    Eu acordo numa espécie de quarto branco. Olho em volta e eu estava ligado em máquinas. Em meu peito estavam alguns eletrodos médicos. Por alguma sorte, aquilo estava me ajudando. Eu me sentia melhor. Infelizmente, eu estava todo furado. Num braço, eu tinha um soro em minha veia. No outro, estava livre para futuras injeções. Não queria estar ali, mas se era para o bem, que fosse feita a vontade de meus pais. Eu tinha um papel em minha mão esquerda, e mesmo estando desacordado, eu não largava. Era meu último pedido para você.

    Estava distraído pensando em minha mãe, em meu pai e em você, que não notei que meu pai entrava no quarto. Sua cara era de velório. Acho que realmente não havia mais nada que os médicos poderiam fazer por mim. Agora só mesmo um milagre divino.

    - Acordou, meu filho? Como você está? - Ele me perguntou tentando sorrir para conter sua tristeza. Mas seu olhar o denunciara.

    - Estou bem, pai. Cadê a mamãe?

    - Sua mãe já a caminho. Ela me ligou e disse que já estava saindo de casa.

    - Entendo. Pai... O que os médicos disseram? Eu... Eu vou... - Não pude falar pois meu pai me tampou a boca. Ele sabia que diria “eu vou morrer”.

    - Vamos ser otimistas, meu filho. A esperança é a última que morre. E enquanto houver um jeito para lhe salvar, eu vou até o fim. Pode ser egoísmo de minha parte, mas eu acredito em milagres e na medicina atual.

    - Mas... Mas e se... E se o que o tenho se espalhou pelo corpo? E se... - Mais uma vez sou cortado por ele.

    - Tenha fé, Genbu. Não vamos pensar no pior. Mas sim na esperança. E quero tê-la até lhe ver sair vitorioso disso!

    Meu pai era assim. Bem otimista. Minha mãe também e lutavam para que eu ficasse bom logo. Mas meu corpo não lutava. Por mais que eu tento lutar contra esse mal, ele não me obedece mais. Era bom ter o meu pai por perto mais eu queria que você estivesse ali comigo. Eu me sentia muito sozinho ali.

    Vejo que o meu pai ligava a TV para se distrair e distrair a mim. Passava um desenho qualquer. Não me lembro o nome dele. Mas estava conseguindo arrancar boas gargalhadas nossas. Assistindo a TV eu começo a vagar mais uma vez no passado. Era bom relembrar, mas queria que fosse com você alguma delas. Eu me deixei levar mais uma vez para o dia em que desmaiei em seus braços.

    .-.-.-. Antes Antes .-.-.-.

    Eu acordei com um barulho alto. E quando eu vejo você estava no chão se levantando e passando as mãos no seu... Traseiro. Deve ter batido e machucou. A enfermeira lhe ajudava a levantar e ver se estava bem. Eu te olhava confuso e um pouco sonolento. Céus! Ultimamente eu tenho ficado sonolento muito fácil. Em casa meus pais achavam que era normal por conta dos estudos.

    Vejo que você coloca a mão nos lábios. Acho que deve ter batido a boca na queda. E você estava corado. Acho que ficou com vergonha em ter caído na minha frente. Eu te cutuquei e você já com estupidez.

    - Nada, mas você estava tão... Distraído. - Recebi minha alta e nós fomos embora. Você me deu as instruções da aula e me devolveu minha mochila. Não queria que estivesse responsável por mim.

    Durante o caminho até a minha casa, não falamos nada. Eu estava muito pensativo em relação a você. Quando chegamos em minha casa, eu perguntei o que aconteceu. E você só me disse que nada tinha acontecido.

    - Seiya, o que exatamente aconteceu? - Bom se nada aconteceu, então porquê você esta assim... Tão estranho? - E Seiya... pare de chamar de mocinha! Não sou mulher, idiota. E obrigado por me acompanhar até aqui. - Apenas me olhou e foi embora tropeçando nas coisas que tinham na calçada. Eu te olhava com uma cara boba e inocente e acabei rindo de você quase caindo.

    Eu entro em casa e minha mãe ficou com uma cara de preocupação. Ela veio me avisando que o diretor Saga ligou e que a enfermeira que me atendeu a senhorita Esmeralda lhe disse que eu tinha desmaiado. E que um garoto chamado Seiya me socorreu.

    - Genbu, você está bem meu amor?

    - Estou mãe. Não precisa se preocupar com isso.

    - Como não? Você desmaia e eu não preciso me preocupar? Eu não vou admitir isso, Genbu! Vou marcar médico para você agora!

    - Mãe, não precisa. Isso é passageiro. Logo passa!

    - Não me ouviu mocinho?! Irei marcar um médico para você A-GO-RA!

    Quando dona Amy Akami coloca alguma coisa na cabeça, nada, mas nada tira de sua cabeça. Só me resta concordar com isso. Acabo indo para meu quarto. Na correria, quase caí de novo. O que estava acontecendo comigo? Minha pressão caiu e fui me arrastando para minha cama. Na hora me parecia tão convidativo.

    Começo a ouvir vozes vindas da sala. Meu pai acabou de chegar em casa. E claro. Minha mãe já foi contando do pequeno incidênte. Logo as vozes se calam e só escuto a de minha mãe. Provavelmente marcando o bendito médico. Logo ouço passos no corredor. E vejo o meu pai entrando sério.

    - O que foi? Fiquei de seu desmaio. Você está bem?

    - Estou! Não precisava marcar médico pra mim. Avisa a mamãe que estou bem!

    - Já marquei seu médico mocinho! E só tinha para amanhã de manhã. Você irá faltar um dia de aula.

    - COMO? Não posso perder aula, Mãe!

    - Mas irá. E será para o seu bem, Genbu! Irá agradecer a ela mais tarde. - Meu pai acaba entrando no meio da conversa. Mas tudo bem! Não adianta falar que 'não' para eles.

    O resto do dia foi tranquilo. Nada de crises e nem de desmaios. Assim que deu a hora de ir dormir eu me despedi dos meus pais e cai na cama. No meio da noite eu tive um sonho estranho. Nele, eu tive a sensação de estar sendo beijado por alguém. Não pude ver o rosto da pessoa. Apenas que era morena e muito bonita. Até que começou ficar cada vez mais estranho. Eu sentia uma coisa em meu baixo ventre ficando diferente. Uma mão descia por meu corpo e adentrava minha roupa. Eu tentava me soltar uma para ver quem era e também para fugir. Ouvia uma risada e logo sentia meu pescoço ser 'atacado'. Será que era um vampiro? Não! Se fosse eu já estaria sendo mordido e sentindo suas presas em meu pescoço.

    Assim que a pessoa coloca sua mão por dentro da minha calça, eu acordei suado. Acho que não gritei, pois ninguém veio ver o que acontecia. Acendi o abajur e afastei as cobertas e vi uma coisa que me deixou corado e assustado. O que era aquela coisa... ali escondida em minha calça? Fiquei com medo de afastar a roupa e ver e então voltei a me cobrir e apaguei a luz. Demorou para me acalmar e voltar a dormir. A minha sorte é que não voltei a sonhar e se sonhei, ainda bem que não me lembro.

    Na manhã seguinte, depois do café, saí com meus pais e adivinha quem eu vejo. Você passando distraidamente quase chegando perto de minha casa. Eu e minha mãe estávamos na calçada enquanto o meu velho tirava o carro da garagem. Não sei como, mas você me viu e ficou vermelho. Eu estava distraído conversando com a dona Akami quase chorando por perder um dia aula e soltei sem querer a palavra 'médico'. Você ouviu e ficou me olhando, parado do outro lado portão de casa. Parecia meio chocado em saber que eu iria faltar. Mas não falou nada, apenas com o olhar “o que houve?”, apenas sacudi minha cabeça pra não se preocupar. Minha mãe percebeu nossos olhares e pediu para meu pai ir devagar, enquanto me levava pro outro lado. Eu tentei voltar e mais uma vez, quase caí. Apenas senti uma mão em minha cintura e a outra em meu ombro me amparando. Mais uma vez, caí em seus braços.

    - D-desculpa! - Você riu, mas continuou ali me segurando. Assim que meu pai tirou o carro e nos viu ele estranhou, mas deve ter achado que tinha caído e que você me impediu de ir ao chão. Minha mãe não viu, pois tinha ido pegar não sei o que dentro de casa. Assim que saiu, ela viu e correu pra ver se estava tudo bem.

    .-.-.-. Tempos Atuais .-.-.-.

    Fui tirado de minhas memórias pelo médico que acabara de entrar no quarto, dizendo que iria fazer os exames. Ótimo! Mais exames. Era tudo isso o que eu queria.

    - Olá! Como vai o meu paciente número um do dia? Está pronto para alguns exames?

    - Exames? Eu não aguento mais ser furado e levado de um lado para o outro como uma carga para ser descarregado! - Ótimo! Agora meu pai ficou bravo comigo, mas ele entendia que eu não aguentava mais.

    - Genbu Akami... Isso são modos? Não foi essa educação que lhe dei, garoto! Respeite os mais velhos.

    - Está tudo bem! Eu sei que não tem sido fácil para o garoto. Mas será preciso. É uma bateria rápida de exames precisos. E então? Eu espero uma resposta sua.

    Eu olhei para o meu pai assustado com tudo aqui. Eu era um fraco! Tinha medo de tudo. Ele me passou confiança em seu olhar e eu aceitei sair com o médico e mais dois enfermeiros para fazer esses exames.

    - Genbu eu não irei mentir para você, mas talvez será preciso que passe por uma pequena cirurgia assim que os resultados de seus exames saírem. Pode ser preciso fazer uma biópsia do mal que lhe aflige. Mas será uma cirurgia rápida de no máximo 40 minutos até uma hora. Assim que o anestésico passar o efeito, você poderá voltar para o quarto. Mas agora será apenas exames. E então? Vamos?

    - Eu vou te esperar aqui, meu filho. Assim que sua mãe chegar, ela virá direto para o quarto. Se você não chegar antes dela aparecer eu aviso que você foi fazer alguns exames.

    - Tá! E-eu vou! - E assim eu fui passado para uma maca com a ajuda dos enfermeiros. Não sei porque, mas achei que estava sendo devorado por um deles. Espero estar enganado. A minha sorte era que o médico estava junto e pelo que eu pude perceber, ele gosta de ficar perto de seus pacientes, lhe dando apoio para o que ainda virá.

    Era estranho deixar o quarto deitado numa maca e acompanhado de dois enfermeiros e um médico. Meu pai ficou na porta do quarto me olhando ir até o elevador. Eu olhava para ele e uma lágrima solitária escorria por meu rosto. De repente, me bateu um desespero de não voltar mais e de não ver mais minha mãe e também de não poder ver uma pessoa.

    A porta se abriu e eu fui entrando no elevador. Respirei fundo. Agora não tinha mais volta. Iria até o fim. Assim que a porta estava quase fechada, tive a impressão de ouvir a voz de minha mãe. Acho que ela viu o marido ali, parado na porta. E assim eu segui para meus primeiros exames.

    - Kai-to? O que faz aqui fora do quarto? - Correu até o marido e entrou no quarto e começou a chorar. - O-onde está Genbu? Não me diga... Não me diga que nosso filho morreu? - Desatou a chorar e nisso entrava o Seiya no quarto ouvindo o que ela dizia.

    - Calma! Ele está bem. Só foi fazer alguns exames de rotina e logo estará de volta. Não chore. - Abraçou a esposa. - Oh olá Seiya! Matou aula hoje? E porque está com essa cara? É por causa de meu filho? Ele está bem. Logo ele volta para o quarto. Não precisa chorar. Venha aqui! E me dê um abraço, meu filho.


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