My Last Breath

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    16
    Capítulos:

    Capítulo 3

    Desmaio

    Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

    Hey people!!! Blz?

    Terceiro capítulo. Depois vai ficar um pouco mais complicado. Já que a RPG nunca fora terminada XD

    Sem mais!!

    Conforme eu corria contra o tempo, a sua casa parecia mais longe. A única coisa que eu tinha me mente era te ver de novo, vivo e bem! Se você estiver brincando comigo Genbu, eu... Eu te bato tão forte que serei capaz de te matar. Então por favor, esteja bem até nos reencontramos. Continuo correndo até sua casa pensando nessa carta de despedida. N-não quero que vá embora. Tento controlar minhas lágrimas, mas ela rola por meu rosto que eu preciso parar para seca-las um pouco. Volto a correr quando sinto eu rosto mais livre delas, mas nunca de fato, me abandonando! Deus por favor... Não se tenho esse direito de pedir para não o tirar de mim. Eu encontrei ao lado dele o prazer de viver... Por isso... Por isso, não o tire de mim... Volto a pensar naquele dia em que você caiu dm cima de mim quando fui para detenção...

    .-.-. Anos Antes.-.-.

    Eu o via correndo como um animal indefeso.. Uma gazela para ser mais exato! Continuei eu caminho e parei no bebedor. Aquilo tudo e deu sede e quando eu bebi a água, a cena me veio a mente e eu me engasguei rindo da cena de antes. Limpei meu rosto molhado, peguei minhas coisas e e dirigi até a saída e o que eu percebo? A mocinha abraçada ao papai. Os observei por mais um tempo e sorri. - Aah, não é lindo? O papaizinho veio buscar a menininha! - Dizia apenas para mim mesmo, enquanto olhava com atenção a cena. Aquilo de certa forma me era nostálgico...

    Logo ais, peguei o rumo da minha casa, andava mexendo no celular que ganhei de Seika, procurando alguma música, enquanto andava. Não prestava muito a atenção, mas sabia que alguém me olhava vez ou outra e quando eu ergo o olhar, vejo o ruivinho nanico entrando numa casa. E olha que terrível coincidência...! A casa dele ficava na mesma rua que a minha. Soltei um sorriso maldoso quando passei por casa e assim que ele viu, corou e tratou de entrar correndo, eu sorri e continuei meu caminho. Assim que coloquei os pés ali dentro, minha irmã já veio e dando broncas sobre a detenção. Esses professores são uns chatos! Já foram fofocando para a Seika. Ignorei as reclamações dela e entrei em meu quarto, me jogando de qualquer jeito na cama. Fitei um porta-retratos pequeno, onde haviam 4 pessoas. Duas delas, abraçavam a mim e a minha irmã. Eram meus pais. Tive que fazer um esforço muito grande pra não chorar. Resolvi olhar para outra direção a adormeci.

    Na manhã seguinte, eu havia prometido a minha querida irmã que não iria me meter em confusão. Mas quando cheguei, vi alguns amigos meus jogando três corta. A única coisa que ouvi foi “- Seiya, aqui oh! Pensa rápido. Haha.” - Peguei a bola e joguei para eles ou achava que eram meus amigos. Mas em minha distração, joguei a bola na direção errônea. E acabei aceitando o braço da donzela. Meus amigos se rolavam no chão de tanto rir, achando que eu fiz de propósito. Como ele pegou a bola e correu eu sabia que estava encrencado. Ele correu até a inspetora de alunos: Pandora. Não preciso dizer que ela e puxou pelas orelhas, achando que eu havia feito aquilo de propósito.

    - Ai aiiii...! Mas eu já disse que não fiz isso senhorita Pandora. Não fiz por querer, eu estava pensando em outra coisa. Nem o vi ou vi a direção em que joguei a bola! - Ela sabia que as vezes eu tinha minhas recaídas e pequenas depressões por conta do aconteceu com meus pais. Apenas algumas pessoas sabiam disso.

    O ruivinho me olhava com ódio. Ficou pior após a fala dela. - “Ele nunca machucaria nem uma mosca. Dê um voto de confiança no Seiya! Ele não lhe viu.” - Realmente eu não o tinha visto muito menos o braço dele. Então eu ouvi seu relato e isso meio trouxe pra realidade, me deixando mais triste, me sentindo culpado por não ter prestado a atenção. De cabeça baixa eu sai andando rápido de mais me sentindo a pior das criaturas e acabei esbarrando e uma amiga de infância com quem estudei junto antes de repetir três vezes seguidas. Saori era a única pessoa com que eu ficava a vontade para contar tudo. Me abri com ela, falando da recaída que tivera e de como eu machuquei o braço que segundo ele, haviam quebrado. Eu amava implicar com você, mas nunca faria nada que o machucaria e isso me deixou mal. Saori foi comigo na enfermaria e contamos o que aconteceu. A enfermeira deu um pouco de gelo num saquinho e uma pomada anti-inflamatória para passar, caso a dor estivesse forte. Agradecemos, mas eu não tive coragem de te entregar e pedir pra ela lhe entregar as coisas. Eu fiquei escondido atrás da porta apenas observando.

    Não sei porque ela pediu licença... O professor nem na sala estava.. O que importa é que ela entrou!

    - Olá! Meu nome é Saori. - Ela sorriu, entregando o que havíamos conseguido com a enfermeira. - Tome, Seiya foi buscar isso para você...

    Ele parecia não acreditar no que ela falava. Eu, curioso, tentava ouvir sem sucesso. Ela cochichava para você e eu não entendia o que falavam. Você tentou me olhar e me escondi rapidamente atrás da porta. Mas ainda dava pra ver que ela falava baixo apenas para você ouvir.

    - Olha, ele pode parecer um chato, brigão e idiota, mas você vai ver ele tem um bom coração. –Ela sorriu – Na verdade, ele é bem gentil, e... Olha não conte a ninguém e nem para ele o que vou dizer agora, mas ele nem sempre foi assim, bem, um desordeiro, hoje ele é assim por que... Ele sofreu um trauma quando tinha a sua idade... - Ela sussurrou ainda mais baixinho para ele – Ele perdeu os pais... Apenas nós da antiga turma dele sabemos, mas ele vem escondendo isso aqui pra montar essa banca de machão rebelde, ele não admite isso, mas, por favor, tente relevar. - piscou para ele e se retirou”.

    Eu a esperei sai e resmunguei sobre aquela demora toda. Ela apenas deu uma risadinha bem suspeita e não me disse nada do ocorrido na sala. Nos despedimos e corremos cada um para sua sala, pois a aula estava quase começando. O professor entrou pouco depois de mim. Fui para o meu lugar e vi que a ruivinha não parava de e encarar.

    - O que foi ruivinha? Acaso quer se vingar pelo que fiz com você hoje, pouco antes de entrar na sala? - Eu já montava na defensiva quando ele começou a rir... Mas... Mas o que a Saori disse pra ruiva?

    Porra... A aula estava um saco e deixei minha vagar com as lembranças tristes do passado. Acho que aquela cena de ontem me deixou assim. Vê-lo abraçado com o pai... Aquilo me deixou com uma certa.. Saudade dos meus pais. Com isso nem percebi que a aula chegava ao seu final. Ficamos só eu e ele na sala. O nanico ruivo parou ao eu lado, medroso e só notei isso quando você me cutucou. Olhei para você sem ao menos te notar. Tinha o olhar vazio e fiquei assim por um bom tempo até você ter a brilhante ideia de me dar uma cadernada de leve na minha cabeça, me trazendo pra realidade.

    - Ei...?! Quem você pensa que é? Tá maluco? - Me levantei rápido demais e acabei perdendo as forças, caindo em cima de você. Isso só aconteceu porque desde que levantei, não comi nada, mas felizmente eu consegui apoiar meu braço na mesa atrás dele e quando voltei a fitá-lo, nossos rostos estavam próximos demais, e por um breve momento, nossos olhares se encontraram e eu me perdi naqueles olhos azuis como o oceano. Me afastei e fiquei te olhando de soslaio um pouco sem jeito. - O que tá olhando hein? Por acaso que um beijo meu? - É aquilo me trouxe de volta. Mas somente o que me disse em seguida, me deixou desarmado. Porque você agradeceu? E porque esse sorriso inocente mexeu tanco comigo? - Xiii... Você tá me estranhando? Sai de mim pirralho! - Juntava meu material, disfarçando. Saio da sala todo atrapalhado, esbarrando em tudo e em todos. Saori sua chata... O que você contou para ele? Me delatou? Aaaaaah que droga!

    Como o nosso cainho era o mesmo, eu andava tentando te despistar mas era inutil. Parecia que me seguia, querendo saber onde eu vou. As afinal de contas... O que você quer de mim?

    ----X----

    Eu já não tinha mais forças para manter meus olhos abertos. Minha vida me deixava. Mesmo com todo aquele tratamento que eu ainda tomava, não havia melhoras para meu caso. Sentia-me cada vez mais fraco. Cada vez mais perto do meu fim. Já podia ver a “Dona Morte” vir ceifar minha vida. Cadê você que não chega para um último adeus? Não quero ir sem o ver mais uma vez. Os médicos entravam em meu quarto toda hora me falando para ir para o hospital. Lá eles me garantiam que poderia viver, e que eu teria que lutar muito. Mas eu de certa forma sabia que estava indo embora, e queria soltar meu último suspiro ao seu lado. Onde você se meteu Seiya? Será que me esqueceu? Ou será que está em sala de aula, esperando acabar para vir me ver? Sendo assim, deixe-me vagar mais um pouco para o passado.

    .-.-.-. Anos Antes .-.-.-.

    Droga! Meu braço estava quase melhor e aquele idiota me acertou uma bolada. Agora ele não para de doer. Espero não que quebrado outra vez...

    - Dói... - Reclamei baixinho. Afinal ninguém parecia se importar mesmo comigo. Eu estava com a cabeça abaixada distraído e fazendo massagem para ver se a dor passava. E nada. Até que uma menina muito bonita veio falar comigo.

    - Olá! Meu nome é Saori. Tome, Seiya foi buscar isso para você... - Por um momento eu fiquei assustado! Ela veio me entregar um pomada pra dor e gelo...? Mas porque ele não? - O-obrigado! - Senti que estava sendo observado e olhei na direção da porta. Tive a impressão de ter visto o Seiya ali. Acho que é apenas minha mente me pregando uma peça!

    Coloquei o gelo no meu braço. Puxa! Aquilo me foi muito aliviador. Depois de um tempo, eu passei a pomada. Já não sentia tanta dor assim. Estava melhor que antes. Acho que tenho que lhe agradecer depois por ter mandado mesmo que por outra pessoa. Essa menina me contou uma coisa que de alguma forma, deixou-me triste.

    - Olha, ele pode parecer um chato, brigão e idiota, mas você vai ver ele tem um bom coração. Na verdade, ele é bem gentil, e... Olha não conte a ninguém e nem para ele o que vou dizer agora, mas ele nem sempre foi assim, bem, um desordeiro, hoje ele é assim por que... Ele sofreu um trauma quando tinha a sua idade... Ele perdeu os pais... Apenas nós da antiga turma dele sabemos, mas ele vem escondendo isso aqui pra montar essa banca de machão rebelde, ele não admite isso, mas, por favor, tente relevar.

    Eu apenas fiquei olhando e ouvindo o que ela me dizia. Me pediu para que não contasse para ninguém. Eu não sou fofoqueiro. Nunca iria contar algo assim. - Não irei contar a ninguém e nem para ele. E obrigado! Pelo gelo e pela pomada. Já está bem melhor. - Ela sorriu e me disse um “até logo” e se retirou.

    Ele entrou um pouco apressado, pois a aula já estava para começar. Só porque eu olhava para ele um pouco mais atentamente, ele me veio com aquela gracinha. Fiquei sério por um momento, mas logo lhe sorri. - Não irei me vingar dessas coisas. Não faz meu estilo! - Voltei minha atenção ao professor que acabou de entrar.

    A aula estava uma maravilha. Eu interagia sempre que o professor fazia perguntas. Os outros alunos apenas olhavam para mim como se eu fosse um alienígena que respondia a tudo. Mesmo os outros nerds, apresentavam dificuldades em algumas perguntas e eu sempre lançava as respostas. Todas corretas. Eu não fazia mais nada em casa além de estudar. Era muito raro eu sair para brincar na rua ou até mesmo em casa com algum amigo ou mesmo sozinho.

    O professor gostava quando eu interagia assim. E ele sempre me elogiava, o que causava um certo constrangimento da minha parte. Não gostava muito desse tipo de tratamento. Ainda mais porque os outros alunos ficavam com cara de “eu vou matar esse retardado duma figa” mais o que eu posso fazer? Eu já li até os livros do papai de faculdade e resolvi alguns exercícios difíceis de ser resolvidos por uma criança de 10 anos. Meu Q.I., deve ser mais desenvolvido por isso eu consigo fazer problemas bem mais complicados.

    Era capaz até de meu cérebro estar capacitado para prestar o vestibular. Já cheguei a prestar o ano passado. Passei em primeiro lugar em medicina. Se eu estivesse no colegial, já faria a faculdade. Mas não deixaram. Apenas fiz o vestibular para provar que eu posso.

    Meia hora depois que a aula acabou todos já tinham ido embora, com exceção de mim e do ser que parecia estar longe. Eu passei a lhe observar. Tive que o cutucar para prestar atenção em mim. Ele me dava um pouco de medo. Mas não sabia por quê. Eu queria ficar ao seu lado. Ele me chamava muito a atenção.

    Eu tive que lhe dar um cadernada em sua cabeça. Aquele olhar vago se tornou raivoso. Agora comecei a ter medo dele. - V-você não... Você me olhava e não via... Então eu te dei uma cadernada para ver se acordava... Desculpa. - Ele se levantou tão rápido que achei que fosse me derrubar no chão. Eu fechei meus olhos antes de ir ao chão. Porém, ele conseguiu se apoiar na carteira que era minha. Quando abri meus olhos, pude sentir sua respiração muito próxima da minha. Eu estava assustado demais para falar algo e deixei-me vagar por seu olhar acastanhado. Não sei por quanto tempo, mas estávamos presos um no olhar do outro.

    Ele se afastou de mim. Por um lado eu fiquei aliviado, mas por outro, o quis mais perto como estávamos antes. Até que eu escuto sua voz me dizendo isso:

     – O que foi? Ta olhando o que? Acaso ta afim de um beijo é?!

    - N-não estou olhando nada... - Eu deveria estar bem vermelho com isso. - B-bei-jo? E-eu não sei é um beijo e não estou a fim de nada. - Eu realmente não sabia o que era um beijo. Já tinha lido a respeito, mas nunca vi ou senti na prática. Deve ser bem... Nojento! - Sabe, eu queria dizer obrigado! Você bem gentil comigo agora. - Sorri gentil para ele. Devo tê-lo desarmado agora.

    - Não posso nem te agradecer? O meu braço parou de doer uma pouco. - Acho que ele nem me ouviu. Fiquei triste com isso. Eu apenas agradeci o que ele fez por mim. Mesmo que tenha sido por outra pessoa. Ele saiu da sala apressado, e empurrando tudo o que estava na frente. Como alguém poderia ser tão... Esquisito?

    Eu tentei te alcançar, mas você já estava longe. Eu lhe vi do outro lado da calçada olhando para mim quando entrou em sua casa. Queria ter corrido até você, mas não pude. Minha mãe veio buscar-me. E eu ainda queria ter ido até você, mas não dava mais. Fui para casa da minha avó. Hoje era dia de visita pra ela. E eu gostava de ir até lá. Foi bom. Comi de tudo.

    Até você tomar conta dos meus pensamentos mais uma vez. Será que você havia comido assim que chegou em sua casa? Isso estava me matando. Queria levar um pouco para você no dia seguinte, se bem que eu não saberia como que você poderia agir.

    .-.-.-. Mais ou menos no meio do ano letivo .-.-.-.

    - Seiya me devolve isso! - Outra vez você implicava comigo. Ou melhor... Você sempre implicava comigo. Eu por ser mais baixo que você, sempre me pregava peças como levantar meu blusão para o alto e me ver pulando para agarrar minha roupa. - Me dá, Seiya! Isso não tem graça! - Mas para você parece que tinha. Comecei a chorar porque eu não conseguia tomar o que era meu por direito. Corri até um adulto chorando dizendo que você não queria me devolver meu agasalho. Poxa eu estava com frio. Mesmo com esse sol que fazia. Eu estava ficando estranho. Mas não dei tanta importância.

    Até que eu vi aquela menina... Qual era mesmo o nome dela... Samiri? Saoya? Saori? Isso! A Saori. Ela veio com toda calma para o seu lado e retirou me agasalho das suas mãos e foi me levar até onde eu estava com aquela inspetora idiota que parecia que não iria fazer nada. Ela disse alguma coisa para ele e me arrastou de lá. Ela me levava em sua direção.

    - Você não tem vergonha Seiya? Implicando com o ruivinho aqui? Você deveria se envergonhar por isso! - Ela lhe dava broncas e mais broncas. Você parecia não se importar com isso. Sempre tinha um sorrisinho cínico na face. - Eu não quero mais ver você implicando com ele Seiya. Seika ficará muito triste se souber que você faz essas coisas com o menino!

    Mais realmente parecia que não estava se importando muito. Sempre me olhava com a mesma cara de estava para aprontar comigo. Eu simplesmente estava agora enrolado com o meu casaco, mas ainda sim, com muito frio. Achei que eu estivesse com alguma febre ou que iria começar a gripar. Por muito pouco, eu não desmaiei ali na frente de vocês. Tinha alguma coisa errada. Mas eu não contava sobre isso com meus pais. Eu sempre ficava melhor depois que essa tontura passava. A Saori me olhava preocupada. E provavelmente você achava que era frescura. Ela quis me levar até a enfermaria mais eu já me sentia melhor, porém com um pouco de frio mesmo para o dia estar quente.

    O sinal toca. O fim do intervalo chegou e todos começam a correr para suas salas. Menos nós três. A menina de cabelos roxos disse que iria comigo até a sala. Eu tentei dizer que não precisava, mas ela era insistente e não puder dizer que não. Ela só me deu sossego quando me deixou em minha sala, na minha carteira e com vários “eu ficarei bem, não se preocupe”. Mesmo assim ela me olhava preocupada e te chamou num canto mais afastado da sala e de mim claro! Vocês sempre me olhando e voltavam a cochichar. Eu ainda não estou bem e deito minha cabeça com o meu olhar voltado para a sala e para o homem que entrava nela.

    Antes que a menina fosse embora, ela veio falar comigo. Disse que Seiya ficaria de olho em mim. Espera... Como assim ficar de olho em mim? Eu não estou doente ou algo assim. Era apenas um mal estar passageiro como todos os outros que já tive. E antes de se retirar, ela foi avisar alguma coisa para o professor. Não pude prestar muita atenção no que falavam, mas ela logo se retirou e o professor veio falar comigo.

    - Genbu? Você está bem? Não quer ir até a enfermaria ou ir para casa? Eu peço ao Seiya te acompanhar.

    - Não precisa. Eu estou bem! - Naquela hora, todos da sala olhavam para mim. Alguns com deboche e outros pareciam preocupados. O homem apenas mexeu em meus cabelos e mediu minha temperatura. Parecia normal aos seus olhos.

    - Tudo bem, mas se você quiser sair para ir até a enfermeira é só falar. E Seiya... você ficará responsável caso ele queira ir em algum lugar. Pelo que parece, ele esta fraco. Você tem se alimentado direito, Genbu?

    - Tenho. Em casa minha mãe só cozinha coisas leves e saudáveis. Eu estou bem. Acredite. Logo, isso passa. - Tentei sorrir confiante ao homem e parece ter resolvido. Mas a sala ainda olhava pra mim como se eu fosse um bicho de sete cabeças. Dei de ombros e olhei para a janela. Infelizmente, não foi a janela que eu via. Mas sim um par de olhos castanhos um misto de maldade e preocupação.

    .-.-.-. Dias Atuais.-.-.-.

    Sentia meu corpo ser preso em alguma maca ou algo assim. Eu tentava mais não conseguia abrir meus olhos. O que estava acontecendo comigo? Será que eu estava... Morto? Foi então que eu ouvia um barulho de sirene tocando. E a voz de meu pai se despedindo da minha mãe... Mas por quê? Para onde eu estava indo?

    - Meu filho você pode me ouvir? Seu quadro piorou e eu e sua mãe achamos melhor leva-lo para um hospital. Lute meu amor. Não queremos lhe perder para essa doença! Lute com todas as suas forças e nos mostre que seu quadro clínico melhorou, mas não a melhora da morte. Mas a melhora que todos nós queremos, meu filho! Lute! V-você tem esse direito. Eu vou com você para o hospital.

    Hospital? Então não tive uma melhora e vou morrer longe de casa? Longe da minha família e principalmente... Longe dele? Longe do Seiya? Então ele não se importa comigo? Mas... Mas por quê? Ele... Ele deve ter jogado a carta fora sem ao menos ter lido?!

    -P-pai eu... N-não quero... Ir para... O h-hospital! - Eu tentava falar, mas minha voz saia ofegante demais e cansada demais. Meu pai me disse mais alguma coisa que eu entendi. Senti colocarem uma máscara de ar em meu rosto. Aquele ar me fez vagar para o passado. Eu não quero morrer. Eu não tenho direito de lhe pedir isto Deus. Mas se o senhor existe, faça um milagre e me salve desse mal. É a única coisa que lhe peço.

    .-.-.-. Anos Antes .-.-.-.

    Nossas brigas ficavam mais frequentes. Ambos fomos parar na diretoria. Eu já estava farto de você me irritando que partir para o corpo a corpo. Eu agora estava mais alto. Já não era mais o baixinho de antes. Só que você ainda era um pouco mais alto que eu.

    - Genbu Akami e... Você de novo Seiya? O que fazem aqui? Um tuor pela diretoria é? - Tatsumi era o cara mais irritante da face da Terra. Eu não ia com a cara dele desde que cheguei nessa escola. Ele também vivia implicando comigo. Se eu pudesse, batia nele. Mesmo que fosse um ponta-pé na bunda gorda dele.

    - Eu só estou aqui porque saí no tapa com esse infeliz ao meu lado! E ficaria bem melhor se você fechasse essa matraca!

    - Senhor Akami, isso são modos de se referir a mim? Eu sou o grande Tatsumi! Mereço respeito!

    - Ah claro. O grande Tatsumi não passa de um faxineiro chato, gordo, fofoqueiro e puxa-saco de todos aqui! Então por favor... Não me irrite mais do que já estou. Eu não sou mais aquele garotinho chorão do ano passado!

    Seiya pareceu gostar do que eu disse. Mas seu olhar era pura.. Malicia? E pra cima de mim? Ainda tinham muitas coisas que eu não sabia e se desse, poderia ficar na mais ignorância de minha parte.

    Eu não estava nem um pouco a fim de ter que enfrentar o diretor, ou seja, lá quem for.

    Até que a conversa foi pacífica. Nada de suspensões, advertências ou atividades depois da aula. Apenas tivemos que prometer que essa seria a primeira vez e última do ano ali. Da minha parte, eu nem apareceria ali mais, agora se depender do outro...

    Quando a conversa acabou, nós fomos para nossa sala. Ele é claro começou a me irritar mais uma vez. Eu dei uma freada brusca e me virei para ele com cara de que iria pular em cima dele. Mas minha pressão caiu e fiquei tonto e acabei desmaiando nos braços daquele ser irritante. Acho que ninguém gostava de mim e nem o deus de quem sou devoto em minha religião. Pois eu tive que desmaiar e ser amparado por ele? Justo ele? Droga!


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