Escuridão

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    Capítulos:

    Capítulo 56

    Capítulo 56

    Estupro, Hentai, Heterossexualidade, Homossexualidade, Incesto, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo

    Hey meu povo como vão? -foge das sobras da ceia de ano novo- OK!!!!

    Dessa vez acredito que veio rápido né? XD vou tentar sair desse bloqueio gente. mas não prometo nada hehe

    Acredito que com este capítulo, estou caminhando para o final FINALMENTE uehuehueh :v

    A fic é legal, mas preciso por um final né!!! uehueh

    Chega de papo e bora para a história...

    Feliz Ano Novo gente!!! Que 2016 possa realizar todos os seus sonhos!! :)

    Pois é...de 2016.... Mas é que a anta batizada aqui, esqueceu a porra da senha u.u

    Um mês passou. Nesse meio tempo, Mu tirou os pontos do braços e pode apresentar o trabalho que ele e Fudou tinha que fazer. Ambos tiraram a nota máxima. O ariano aos poucos, voltava a ser o garoto que sempre foi. Mas quando tinham suas recaídas, fazia de tudo para não parar num hospital com Shaka e Dohko lhe dando sermões.

    O adolescente foi esquecendo que vira seu algoz ser morto na sua frente. Aquele que o estuprara naquele beco. Mu poderia viver feliz no convívio de sua família. Só se agitava se ouvia as palavras “voltar a antiga casa”, mas ainda não era algo que precisava ser tão imediato. Quem deveria ir, seria Shion. Como este era o mais velho, teria que rever algumas coisas que estava em posse da polícia.

    E este dia chegou! Dohko estava querendo ficar em casa e ir com Shion para não se sentir sozinho, mas tinham seus cunhados e Mu ainda não estava bem para ficar sozinho com Kiki. Felizmente, parece que seus pensamentos foram ouvidos. Shaka e Genbu apareceram para ficarem com os menores. Não em casa, mas quem sabe sair um pouco. Dar uma volta na praia e comerem num quiosque.

    Dohko agradeceu muito aos dois e partiu com o namorado para a delegacia. Saga teria que perguntar algumas coisas. Como Genbu não iria, mandou um colega seu de extrema confiança com quem dividia o caso. Este já se encontrava na delegacia. Quando o casal chegou, eles cumprimentaram o homem. Dohko sabia que o primo tinha mais uma pessoa lhe ajudando. Shion ficou sabendo quando chegou me seu destino.

    Os três caminharam até a sala do delegado e esperam ser anunciados para poderem entrar. Shura apareceu na porta e disse que poderiam entrar. E saiu de lá com uma ocorrência nas mãos. Eles entraram e encontraram com Camus num canto da sala, Milo para escrever o que seria relatado ali, Kanon que cuidava de certo modo da casa e o próprio Saga.

    - Olá Shion como vai? Acredito que já saiba porque está aqui, não?!

    - Oi! Sim já estou ciente. Podemos começar?

    - Claro! Kanon mostre a ele o artefato que encontraram na casa na parte superior.

    O gêmeo mais novo pegou o objeto e mostrou. Shion numa primeira observada não identificou aquilo até que olhando melhor, ele arregalou os olhos, ficando mudo ao reconhecer.

    - I-Isso... O-onde estava isso?

    - Em um dos dormitórios da casa. Tivemos acesso graças a um robô. O nosso peso pode desmoronar o lugar e ele foi o ideal para isso. Fomos a única coisa que encontramos lá. - Ele retirou uma foto antiga e mostro para o ariano. - Genbu deixou conosco. Repare bem na foto. Hades usa um igual! E ele é nosso suspeito número um.

    - Ele... Ele usou isso quando tiramos essa fotos... Era para estar tudo destruído... Como essa foto... Ainda está tão preservada assim? Eu não entendo.

    - Aquela casa guarda segredos que até Zeus duvida! Não sabemos como ela ficou inteira. Shion precisamos que você volte naquela casa! Pode ser hoje?

    - ... - Ele não respondeu a pergunta. Voltar naquela casa seria reviver todos os seus fantasmas do passado. Os estupros de seus irmãos menores, o pai sendo morto aos poucos e mãe sofrendo sendo esfaqueada e estuprada ao mesmo tempo. Os gritos aos poucos pode ser ouvido. Os choros de seus entes e os pedidos de clemencia. Para Shion, estava novamente na casa no dia em que fora abusado sexualmente e quase morreu devido as facadas que recebeu pelo corpo. Ele se via sendo machucado de todas as formas possíveis. Já estava mais na delegacia e sim vivendo aquilo tudo em sua mente. Não ouvia mais as vozes, tentando lhe trazer de volta a realidade. Para ele só haviam os gritos, os choros e as risadas daqueles homens.

    Só foi trazido de volta, quando Dohko o sacudiu fortemente lhe chamando pelo nome. Piscou algumas vezes e não reparou que chorava, apenas quando escorreu e pingou na coxa coberta por uma calça fina.

    - D-Desculpem-me.. Eu... Bem eu...

    - Você voltou para o passado? Não precisa mais viver o passado Shion! Eu estou aqui com você.

    Ele olhava para o jovem médico chinês que lhe sorria com algumas lágrimas nos olhos. O tibetano sorriu e enxugava as lágrimas.

    - Tudo bem eu... Eu acompanho vocês até a minha casa. Mas eu prefiro entrar pelos fundos, mas antes de ir, preciso contar como eu sai de lá carregando meus irmãos. Naquela época um pouco antes de acontecer... Bem vocês sabem... Meu pai me dizia que não era para eu entrar ali por nada. Porém ele me mostrou a saída para a rua. Durante o percurso, meu pai me mostrou alguns lugares que eu não deveria entrar de jeito nenhum. Até hoje nunca vi o conteúdo desses lugares! Bom vou contar o que o ocorreu de fato naquele dia...

    Shion começou a narrar o episódio daquela noite em que seus pais foram mortos em sua frente. Milo escrevia tudo, não deixando de se impressionar em algumas partes e querer chorar. Camus notou isso e se sentou ao lado do namorado colocando uma mão na coxa deste e apertou de leve. Algo que fez perceber que não deveria se emocinar com isso por mais chocante que fosse. Afinal, Mu ainda era uma criança, Kiki praticamente bebê de um ano quase dois e Shion que era o mais se lembrava dos fatos. Contou desde que foram acordados por barulhos na casa, da parte em foram amarrados, da parte em que um por um foram estuprados e da parte que os pais morreram brutalmente.

    - E foi isso o que aconteceu. Escapei com vida porque queria salvar meus irmãos e me salvar também. Liguei para Dohko quando aqueles homens saíram da minha casa e demoraram. Foi o tempo que precisei para fazer a ligação, cobrir nossos corpos como dava, pegar o molho de chaves e sair por esse corredor. Lembro-me que antes de sair, eles jogaram algo na casa e muito próximos de nós. O cheiro era muito forte o que me deixou zonzo, mas mesmo assim tirei meus irmãos e a mim mesmo de lá. Nesse corredor, as portas eram contra o fogo. Escutei um barulho horrendo e em seguida, o calor do fogo. Quando consegui sair me escondi e esperei Dohko chegar com o irmão. Sorte minha o celular de meu pai ter uma lanterna e o telefone dos pais deles. Ele me ligou naquele número já que não me viu na rua. E então... Eu sai de meu esconderijo, carregando o Mu e o Kiki. Quando vieram té nós, eles viram o que aconteceu. Lembro deles pegando meus irmãos e vinha logo atrás cambaleando, até que Dohko voltou e me ajudou. Acabei desmaiando depois disso. É só isso que eu me lembro.

    Saga fez um sinal para Camus e este entendeu de imedito. O ariano está nervoso e o francês pegou um copo de água com açúcar e entregou ao tibetano. Ele agradeceu e bebeu todo o conteúdo do copo. O advogado ouvia tudo calado. Genbu já lhe contou sobre o caso, mas nunca pensou que a situção era tão grave assim. Shiryu não sabia o que falar. Não sabia que o caso que o amigo e colega de trabalho tinha mãos envolvia uma família inteira num estupro e felizmente duas morte... Felizmente duas morte porque ainda poderiam fazer a justiça e infelizmente porque destruiu para sempre uma família unida. O menos era essa a impressão que passou.

    &&&

    Longe dali, mais precisamente num shopping, Mu e Kiki se divertiam com os mais velhos. Os mais novos queriam ver um filme de comédia que estava em cartaz. Genbu concordou, pois estava devendo um filme quando Mu se recuperasse. E hoje ele iria cumprir o que tinha prometido. Queria que o primo e seu namorado estivessem ali, mas ele e Shaka estavam curtindo aquele começo de tarde.

    Mal acabaram de sair do cinema, Kiki viu um lugar com brinquedos e jogos de luta e arrastou o irmão pra lá. Este olhava para trás para os mais velhos querendo ajuda pra se livrar do menor. Shaka olhou para Genbu e caíram na risada, indo atrás dos dois. O ruivo ia para lugares assim depois que saia da escola. Ia com os amigos de infância assim que as aulas acabavam. Já Shaka, nunca viu isso na vida. Só quando saiu da Índia e fora morar na Grécia que conheceu um lugar assim.

    - Kiki eu não vou entrar aí. Vamos embora!

    - Mas Mu... É só um pouco... Vem.

    - Não! Eu já sou grande demais pra isso. Só tem crianças e seus... Pais. Vamos embora.

    - Calma Mu. Acho que podemos ficar um pouco aqui. E comprar fichas. Vamos?

    - Tá doido advogado? Aqui não tem nada.

    - Mu o que custa agradar o seu irmão de vez em quando? Vamos ver o que tem aqui e você me diz onde quer ir. Vou com você se for o caso.

    - M-Mas Shaka... Aqui só tem famílias.

    - Bobagem meu pequeno! Você está precisando se divertir. E esquecer do que passou. Senão gostar daqui, vamos embora! O que acha?

    O adolescente olhou para o advogado e depois para o médico loiro e por fim, para seu irmão que parecia animado com a ideia. Olhou para dentro do lugar que não parecia tão grande assim e viu que as pessoas lá dentro, se divertiam. Três contra um. Mu perdeu e foi para onde o irmão o puxava. Ele acabou indo em praticamente todos os brinquedos que o Kiki o levava, enquanto Shaka e Genbu riam disfarçados da cara do lilás. Quando menos se esperava, Mu começou a divertir lá dentro, mas precisavam ir embora.

    Ainda restava duas fichas. Genbu chamou Shaka num daqueles jogos de lutas. O jogo começou. Ambos sacaram suas armas e matavam os zumbis do jogos. Kiki e Mu olhavam o jogo sem receio algum. Shaka ia muito bem, mas ruivo era muito melhor. O tempo do jogo estava quase no fim quando o eliminado fora Genbu. O loiro indiano ainda jogava mais um pouco até que o acabou e pedia mais ficha. Os quatro deixaram o local dando de cara com uma sorveteria. Os mais velhos decidiram tomar um sorvete e puxaram os dois para escolherem um sabor.

    Iriam a falência desse jeito. Os irmãos pediram um picolé, o legista ficou um sorvete de bolas com cobertura de chocolate já o ruivo, foi a casquinha mesmo. Caminhavam tranquilamente para o estacionamento. Antes de entrar no carro, livraram-se do lixo e foram embora.

    Os mais novos iam no banco de trás do carro. Não aguentaram muito tempo. Kiki caiu dormindo no ombro do irmão e este acabou cochilando, encostando a cabeça na outra. Os homens perceberam o silêncio e olharam para trás. Quando o carro do ruivo parou no farol, foi a hora em viu a cena dos dois dormindo. Diminuíram a tom de voz, mas sem deixar de combinar a próxima saída com seus respectivos namorados. Bem... Shaka ainda não namorava o Mu, mas isso era questão de tempo.

    &&&

    Shion agora via sua antiga casa da rua de trás. Ainda estava igual do que se lembrava daquela noite. Kanon lhe entregou as chaves que antes estavam com Genbu. Este deixou o molho de chaves nas mãos da polícia. Seria mais seguro. Elas ainda estavam com seu sangue seco impregnado. Suas mãos tremiam ao ter que abrir aquela porta que dava para o corredor que salvou sua vida. Felizmente, seus irmãos não estavam ali para rever e reviver a tortura que sofreram tão pequenos. Ele testou algumas e nada. Tentou outra e mais outra e nada. Até que restou a última chave. Ele colocou no buraco da fechadura e girou. Ouviu um barulho de destrancar e engolindo em seco, meu na maçaneta a forçando para baixo. Aos poucos a luz da tarde fora iluminando uma parte da passagem escura.

    Ainda podiam notar o rastro de sangue seco e os pingos grossos de vermelhos escuros que seria de Mu e Kiki que ficou respingado no chão no dia em que fugira dali. O ariano começou a ficar tonto e quase desmaiou senão fosse por Dohko que estava ao seu lado lhe segurando para ir ao chão. Alguns ratos e baratas começaram a correr pelo lugar se abrigando da luz ou indo em direção às pessoas ali presentes. Teias e mais teias de aranhas davam ao local um ar de casa mal assombrada dos filmes. A equipe de Kanon ficou do lado de fora, enquanto este entrou primeiro pelo corredor.

    A lanterna iluminava bem e dava para ver as portas que Shion mencionou antes. O tibetano parecia que grudou no chão. Ele olhava a tudo com os olhos fixos na parte mais escura no fundo do corredor. Era a outra porta que o separavam da cozinha. Quando finalmente ele decidiu prosseguir, o chinês segurou forte em seu punho. Ele sorriu como se falasse que estava tudo bem e seguiu atrás do geminiano mais novo.

    O odor daquele corredor era algo insuportável. Corpos de ratos espalhados pelo lugar não davam só aquele odor. Tinha mais alguma ali. O gêmeo de Saga pegou as chaves de Shion e começou a abrir devagar as demais portas. Tinham que tomar cuidado, pois não sabiam o que encontrariam ali. Armas poderiam estar apontadas para as portas e matar aqueles que tinham curiosidade demais.

    Kanon girou uma chave e a retirou. Levou a mão até a maçaneta e abriu rápido. Mais ratos saíram de lá. A lanterna entrou em ação mais uma vez. Ele olhou dentro da sala e nada havia lá dentro que pudesse matar alguém, mas... Aquilo parecia uma sala de jogos clandestina. O pai do tibetano morreu por dívidas de jogos, mas era estanho. Foi abrir a outra porta e repetiu o ritual. Outra sala de jogos, porém diferente da outra. Além de mesas de jogos, havia instrumentos de tortura. Ficava cada vez mais estranho...

    Abriu todas as portas e todas as salas com o mesmo aspecto. Shion sabia do interruptor de luz e foi ligar. Algumas luzes não acenderam ou a iluminação era muito fraca devido aos longos anos. Mas já dava uma ajuda de visibilidade.

    - Eu não entendo... Meu pai não queria que eu entrasse aí? Ele me dizia que era aqui que fazia os negócios deles... Nunca iria entrar aqui se ele me falasse que era um cassino clandestino. Droga...

    - Deve ser mais que isso. Alguma vez você já veio para perto da porta que usou para sair daqui? E se chegou, você ouvia alguns gritos, vozes, algo que você gostaria de saber o que estaria acontecendo aqui?

    - Já! Muitas vezes eu ouvia conversas altas, gritos... Já escutei tiros vindo de uma dessas salas. Mas como era abafado devido a porta contra fogo, eu nunca pude de fato entender o que passava aí. E minha mãe também não me explicava o que era. Aos poucos, parei de me preocupar quando vinha para a cozinha.

    - Shion vamos precisar trocar a fiação elétrica. Pelo tempo que este luga esta fechado, pode dar um curto circuito e apagar as provas daqui.

    - Fiquem a vontade. Agora será que podemos sair daqui? Este lugar me dá medo! Muito medo!

    - Claro! Se você não se importa, eu queria que abrisse a porta que dá para a cozinha. Sei que é difícil pra você, mas esta é a sua casa.

    Ele olhou assustado com o pedido. Tinha medo de continuar e encontrar os corpos de seus pais jogados na sala. A cozinha dava justamente para onde aconteceu tudo. Respirou firme e fez um sinal com a cabeça concordando.

    Mais uma vez, se via no corredor andando para a porta que guardava seu passado. Ele sabia que não estava só, pois Dohko vinha logo atrás de si. Caminhou a passos curtos e lentos. Sua vontade era de sair correndo e nunca mais pisar ali.

    Subiu os poucos degraus que o separavam do passado. Procurou a chave como fizera anos atrás apenas com os dedos. Raras as vezes que olhava para o molho em suas mãos. Finalmente encontrou a bendita e a levou para o buraco na fechadura. Mas o medo tomou conta de si. Ele tentava girar a chave, mas esta não girava.

    Sentiu uma mão em seu ombro e pulou de susto. Olhou para trás e por pouco não viu Dohko, mas sim as pessoas que o estupraram anos atrás. Focou seus olhos no amado e voltou-se para a porta. Finalmente ela estava destrancada saiu dali puxando o namorado e deixou que Kanon abrisse. Como Shion era um pouco mais alto que o chinês, o puxou para um ponto onde não dava para ver a sala ou pelo menos parte dela.

    Assim que o geminiano abriu a porta contra fogo, a gargante do ariano secou. Não dava para engolir nada. Seu medo era de encontrar quem lhe fez tudo aqui. As marcas em seu corpo chegavam a doer como se fossem recentes. Soava frio como no passado. Kanon olhou a cozinha de onde estava. Nada de anormal ali, apenas as estruturas para não desabar. Vira uma parte da equipe de Saga e a sua ali na sala, Milo e Camus se arriscaram mais e estavam na cozinha olhando.

    - Está tudo bem Shion! Não há ninguém aqui além da minha equipe e a de Saga! Se quiser, pode vim aqui, mas se for complicado devido ao que passou sugiro que não dê mais nenhum passo!

    - Nã-não obrigado! Ficarei aqui mesmo! Não quero ver a sala e nem os rastros de meu sangue pela a casa... Gostaria de sair daqui.

    - Claro! Vá lá fora respirar um ar puro. Pede para Shaina um copo de água com açúcar para se acalmar. Quando estiver melhor, está liberado para ir embora. Antes disso não ouse me desobedecer!

    - Cuidarei bem dele! Não se preocupe. E por hora, agradeço. Vem meu amor. Vamos fazer como ele manda. Vamos sair daqui.

    Shion concordou e saiu de lá abraçado ao namorado. Ele de repente parou e olhou para trás, coisa que nunca faria. Sussurrou os nomes dos pais baixo, e uma lágrima escorreu pelo rosto do mesmo. Nunca mais chorou pelo o lhe aconteceu, mas hoje suas emoções foram lá pra cima com tudo isso. Assim que saiu daquele corredor, deu graças por ainda ser tarde quase começo de noite. Todos os seus fantasmas do passado voltaram à tona. Se ele estava assim, imagine se Mu fosse chamado para reviver toda aquela pressão de novo? Provavelmente o mais novo não iria aguentar e iria enlouquecer. Ainda tinha na mente, os gritos de pavor e dor de Mu, o choro de dor de Kiki, os gritos de seu pai sendo torturado da pior maneira possível e finalmente sua amada mãe sofrendo abuso sexual e sendo cortada viva. Praticamente seus pais foram dissecados vivos. Shion só torcia para que o culpado ou os culpados fossem para julgamento e condenados eternamente numa prisão de segurança máxima.

    De repente ele se lembrou de uma coisa...

    … Coisa essa que havia se perdido de sua memória. Correu de volta para a porta, mas não chegou a entrar e gritou por Kanon.

    - KANON?!! ELE ESTAVA PRESENTE DURANTE A TORTURA DE MINHA FAMÍLIA!!!! HADES DEMIAN ESTAVA LÁ O TEMPO TODO, ESCONDIDO NAS SOMBRAS DA CASA. SÓ CONSEGUI FUGIR QUANDO ELE NÃO ESTAVA MAIS LÁ COM O RESTO DA QUADRILHA!!!

    Kanon ouviu tudo e sorriu. Disse algo como: “Depois conversamos. Podem ir embora!”. Por mais que ele tinha sido liberado pelo outro, resolveu esperar do outro lado da calçada, mas de frente para a casa enfrentando seus piores fantasmas do passado.

    &&&

    Milo olhava a casa com atenção. Ele deveria ter ficado na delegacia, mas por insistência de Camus e a autorização de Saga, ele acabou indo. O lugar lhe lembrava cenário de filme de terror. Aproximou-se da escada. Sabia que não deveria subir, pois poderia desabar. Apenas a cena do crime era preservada. Olhava mais uma vez em sua volta. Nesse momento, tudo desapareceu. Pela primeira vez, o escorpiano não sabia o que fazer ali dentro. Tudo já foi mexido de certo modo a procura de pistas que levassem ao culpados ou aos culpados.

    A iluminação era muito precária. Mal dava para enxergar o que havia lá dentro. De repente o lugar parecia esfriar em certo ponto que Milo batia os dentes apesar de estar calor. O clima naquela casa era muito estranho.

    Camus observava as reações do amante mas nada ditava. O grego andava de um lado para o outro revirando o que tinha sobrado dos móveis. Mesmo de luva e com todo o cuidado para não destruir mais o que já tinha sido destruído pelo fogo, ele se deparou com algo interessante. Papéis e mais papéis que poderiam de uma vez por todas acabar com aquilo tudo. Mas como a equipe de Kanon e nem ele próprio viu aquilo? Em um deles, era o mais estranho. Tinha o retrato de um homem e algumas escritas. Indicava que deveria ter uma chave específica.

    O aquariano já tinha a curiosidade de uma gato no momento, mas mesmo assim, deixou que o amado visse aquilo antes de se intrometer. Só que não foi preciso. Milo o chamou e também a Kanon. Este último leu o que estava escrito na folha de papel e depois olharam a sala toda. Nada de ver o tal retrato. Eles resolveram tirar tudo ou quase tudo das paredes. Dos objetos que antes estavam na parede, não acharam nada de cofres. O grego mais velho pegou a chave que Mu encontrou escondido pois ele mesmo o escondeu e foi para o corredor olhar as salas. Ele e os amantes foram atrás e cada um entrou numa sala diferente.

    E qual a surpresa de Camus? O retrato “olhava” pra ele. A sala era mal iluminada. O francês andou até ele o retirando da parede.

    Sorriu ao ver que se tratava de um cofre um pouco menor que a foto que o escondia. Gritou pelo amante e pelo outro grego que em seguida entraram onde ele encontrou o cofre. Faltava pouco para descobrirem o seu conteúdo. Dependendo do que continha em seu interior, poderiam ter certeza realmente se foi uma queima de arquivo mal sucedida ou se era pior do que esperavam.

    &&&

    Kiki precisou ser carregado para dentro do apartamento que dividia com os irmãos e o cunhado. O sono do menino estava sendo mais pesado do que os três imagnavam. Mu acordou do seu cochilo um pouco antes de chegar em casa e ficou calado admirando a paisagem da praia. O chinês precisou carregar o namorado para cima. O lilás saiu do carro e olhou o mar. O indiano ficou olhando e disse para o ruivo ir na frente que ele iria em seguida com o garoto.

    Genbu concordou e levou o pequeno dormindo em seu colo.

    Curioso, se colocou ao lado do garoto e ficou vendo o mar junto dele. Shaka sorriu e o puxou até a beira-mar, retirando seus calçados e levantando a barra da calça, apenas molharam os pés. Um dia desses, Mu viria com os irmãos aproveitar a praia, a água, o sol. Tudo o que tinha de direito.

    - Quer entrar Mu? Aproveita!

    - O quê? Não! Não estou apropriado para isso.

    - Bobagem! Você mora aí na frente. Dá pra ver que você quer entrar no mar. Seus cortes já se fecharam não há o que temer da água salgada. Eu só não entro por causa das minhas roupas e porque depois preciso voltar para casa.

    - Não! Outro dia eu venho e fico aqui com meus irmãos. Molhar os pés já está sendo muito bom! Vamos retornar!

    - Você manda! - Retornaram para o prédio onde o menor mora.

    Assim que entram em casa, o ruivo está preparando a janta. Ele comunicou que ele e Shion iriam demorar um pouco e jantariam fora. Seu primo lhe pediu para ele cozinhar. E como ele gostar de fazer comidas não seria um incomodo.

    - Oi Mu! Desculpa invadir a sua casa e sua cozinha assim, mas Dohko me pediu para fazer o jantar! Ele e Shion vão demorar um pouco mais. - Genbu não seria maluco de falar para ele que os dois estão na sua antiga casa. - Kiki ainda esta dormindo. Porque não vai tomando um banho e depois acorde seu irmão para ir tomar um banho também? Até lá a janta fica pronta.

    O menino não disse nada. Só concordou com a cabeça e foi separar uma roupa e foi direto para o banheiro.

    - Certo agora conte! Eles estão naquele lugar não é? - O indiano esperou o chuveiro ser ligado para fazer aquela pergunta.

    - Estão! Mas eu não poderia falar isso na frente de Mu. As vezes eu acho que ele precisa de um tratamento de choque, e ficar frente a frente com aquela casa, mas depois dos últimos acontecimentos, vejo que ainda não é o momento. Precisamos encontrar os responsáveis por isso. E nada me tira da cabeça que meu tio tem envolvimento nisso. Pensa bem loiro! Ele conhecia a família. Tinha acesso livre lá e até tirou fotos com eles. - Estava fazendo a comida. Risoto chinês de camarão e um pouco de frango xadrez. - Escuta Shaka... Meu tio que eu... -Começou a narrar algumas coisa que não tinha contado para ninguém. - Mas eu disse que não vou fazer nada do que ele quer. Mas Hades é artimanhoso. Ele deve estar agindo para ter o que quer de mim. Essa cicatriz em meu rosto é apenas uma parte que ele pode fazer. E eu já lhe contei a minha história Shaka! Posso esperar o que for dele para me fazer mal.

    - Calma Genbu! Precisamos pensar com calma e juntar todos os fatos. Até lá, sugiro que você ande com uma escolta armada.

    - Meu fórum é repleto de seguranças armados Shaka! Já não sei mais o que fazer.

    - Vou conversar com meu chefe na delegacia amanhã. Sem proteção da polícia você não fica!

    O chuveiro foi desligado. Isso indicava que Mu já havia terminado. A luz se apagou e ouviram o barulho da porta do quarto ser fechada. Pouco tempo depois, a porta se abre e fecha. O luz do banheiro é novamente acesa e o chuveiro aberto. Kiki estava no banho. Repetiu o seu ritual de sempre, fechou o chuveiro e saiu enrolado numa toalha, desligando a luz e entrando no quarto. Algum tempo depois, os dois aparecem na porta da cozinha, vestidos praticamente iguais. Mas Mu era sombrio em suas vestes. Ainda não conseguia se desfazer do preto muito menos da quantidade de piercings que ainda possuía nas orelhas. Ele havia feito um coque alto com os cabelos molhados e isso revelava os apetrechos.

    - Achei que você havia tirado isso..

    - Nunca tiro. Cada um deles representa uma dor diferente, para tentar amenizar a dor do passado. A dor de minha alma. E não vou tirar o luto. Já disse que é assim que enxergo o mundo!

    - Credo irmão. Porque não vai num cemitério, beber vinho em crânios e recitar poesias góticas?

    - Já fiz muito disso. Não beber vinho em crânios ou recitar poesia... Ia para me cort-... - Percebendo o que ia falar, deu meia volta indo para a sala ligar a TV num canal de desenhos. Agarrou uma almofada e a abraçou. Seus olhos ardiam, mas ele não derramou uma única palavra se quer. O outro ariano percebeu que havia falado coisa que não deveria e foi ver o irmão. Sentou-se ao lado deste, mas nada ditou encarou a TV e esperou que o lilás fizesse algo.

    Este olhou para o menor largando a almofada o puxando para o colo lhe abraçando forte. Kiki sentiu os olhos marejados e correspondeu ao abraço.

    - Desculpa! Não sabia que isso... Ainda era um assunto que te...

    - Shh! Está tudo bem. Sei que preciso superar isso mais é difícil. Além do passamos com nossos pais eu... Eu morei anos num orfanato sem poder falar e com meninos mais velhos e mais fortes que eu me fazendo coisas que... Que me machucavam muito. E para fugir, eu ia para os cemitérios escondidos e ficava por lá. Me sentia mais seguro entre os mortos que com os vivos. Me desculpe você Kiki. Mas é muito difícil me ver livre dos meu fantasmas.

    O indiano e o chinês estavam na porta ouvindo tudo. Eles resolveram ficar quietos pelo menos naquela hora. O legista colocava arrumava a mesa com copos, pratos e talheres. Logo mais, o ruivo entra com o risoto chinês de camarão e o frango xadrez. Shaka vinha logo atrás com um suco natural da fruta. Todos se sentam na mesa para jantarem. O loiro olhava a comida com certo desespero. Não comia nada de carne. Ele ficou apenas no risoto, separando o fruto do mar.

    - AAAAhhhh mais é um puto dum enjoado você hein Shaka! Come logo o camarão e para com essas frescuras!

    - Não é frescura nenhuma. E para de usar palavrão durante a refeição! Fora que tem menores aqui!

    - Fresco! Duvido que você não fala essas coisas.

    - Se for na minha língua, sim!

    - Ah vá se foder Shaka. Puta que pariu!!! - Começou a xingar o outro em chinês. Ninguém ali entendia uma só palavra do que ele falava. - Mas é um fresco! - Apenas isso entenderam.

    A discussão foi para tirar a tensão ali de dentro. O que funcionou. Os menores olhavam os dois discutindo, mas ambos ficaram calados. Kiki as vezes sorria baixo, acompanhado de Mu. O jantar seguiu sem mais xingamentos nos dois idiomas. Shaka resolveu quebrar sua cultura de não comer carne e pegou um pedaço de frango, pedindo desculpas mentalmente e agradecendo pelo alimento em sua mente. E até que o chinês cozinhava muito bem. Repetiu penas o risoto e decidiu comer o fruto do mar também se desculpando por isso.

    - Viu? Foi difícil loiro? A comida te mordeu? Falou para não comê-la? Disse que é sagrada aqui também?

    - Aah fica quieto! Você sabe que indianos não comem carne. Os animais na Índia são sagrados para nós!

    - Mas bem que você comeu!

    - Quer parar?! Comi morrendo de dó. Você não sabe o que eu acabei de fazer..

    - Você comeu camarão e frango!!! Ah tenha dó indiano fajuto! Comeu e ainda repetiu.

    A discussão voltou, mas sem xingamentos. Os arianos olhavam um para o outro e voltavam suas atenções para os adulto ali falando de sagrado, comida, religião,...

    Mu não teve como não rir aquele momento. Eles pareciam duas crianças brigando porque um roubou o brinquedo da outro. Foi assim até na hora de lavar a louça.

    Só faltou ambos se estapearem ali.

    &&&

    Kardia e Degel haviam voltado já faziam algum tempo. Eles e os outros dois que vieram junto, ficaram na casa de Milo. Assim não precisavam mais ficar brincadando de puleiro.

    Tio e sobrinho estava num quarto e Kardia dividia o seu com Degel.

    Regulus estava no quinto sono. Todo descoberto, com a janela aberta, enquanto Sísifo observava o lugar dessa mesma janela. Vez ou outra olhava o sobrinho se debater durante o sono, mas voltava a ficar tranquilo quando seu tio lhe fazia um cafuné nas madeixas curtas do garoto.

    Ele saiu do quarto fechando a porta. Teria que conversar com Kardia. E ele sempre dizia que queria um tempo. Mas esse tempo estava passando.

    - Kardia?! Vou te contar tudo o que sei!

    - E Regulus?

    - Dormindo como um bebê. Fazia tempo que dormia assim.

    - Ótimo! Sente-se. Sinta-se a vontade para começar.

    - Kardia, esse homem que você quer tanto saber é presidente da Grécia. Tem noção do poder que ele tem?

    - E daí? Ele poderia ser até o Papa no Vaticano!

    - Tudo bem! Sem senso de humor hoje está péssimo!

    - Obrigado. Faço o que posso!

    - Antes de começar, quero que saiba que faço isso por Regulus! - Começou a narrar o que sabia a respeito desse homem.

    Kardia a cada novidade, abria um sorriso digno de dar inveja a um demônio. Seus olhos brilhavam a cada palavra contado pelo amigo de infância. Sísifo contava que ele foi escolhido por ele para ser intermediário entre Hades e os traficantes de armas e drogas. Ele até tentou lhe dizer que não estava interessado, mas quando colocaram seu sobrinho no meio ele não teve escolhas: tinha que fazer o que era mandado. Uma das ordens que recebeu foi, separar as melhores facas, revólveres para um trabalho anos atrás. Ele fez o que foi pedido e ainda teve um presente do presidente: recebeu uma facada para ver se o corte era bom. Ele mostrou a cicatriz próximo do mamilo esquerdo e o escorpiano ficou pálido. Como assim usar uma pessoa para testar o corte de uma faca?

    - Sísifo... Quando foi isso?

    - Foi há alguns dias antes daquele caso que teve da mansão... Senão estou enganado.

    - Olha se isso for verdade, Sísifo você ajudou para um crime e pode ser preso.

    - Eu não tenho culpa em nada. Já disse que fui obrigado a tudo isso! Kardia... Isso é tudo que sei! Depois que ele pegou as armas, saiu sem prestar nenhuma ajuda a mim. A única coisa que fez foi me dizer: “Seu sangue é bom! Um dia volto para buscar mais...!”. E se foi. Ele ainda lambeu a faca quando dizia isso. Olha... ele é um psicopata. Merece ser preso. Até hoje ele nunca mais foi atrás de mim para qualquer outra coisa. E eu dou graças a Zeus por isso. Agora não me force a mais nada. Eu realmente não sei de mais nada. E tenho muito medo que essa informação vaze!

    - Calma! Vá descansar. E amanha vamos ver o delegado. E você contará isso. Só voltei a usar meu uniforme para ajudar meu irmão. Sou policial aposentado, pois na época, precisei cuidar de minha mãe. Quando digo que me aposentei, não quer dizer isso de fato, mas precisei me afastar por causa dela. E nunca mais voltei. Tenho me virado muito bem sem ser policial. Ficarei vigiando a casa. Você já comeu? -Viu a confirmação do outro. - Ótimo! Então vá dormir com teu sobrinho no quarto e deixe comigo. Nada vai acontecer.

    Degel ouvia tudo calado. Nunca imaginou que o outro homem fosse um psicopata. Ele foi torturado de fato, mas nada com facas ou armas num geral. Não era a toa que sentia medo só de ouvir o nome Hades Demian.

    Sísifo se retirou do local indo descansar ou tentar fazer isso. Kardia notou que o outro estava calado demais e com medo e se aproximou.

    - O que houve? Não precisa ter medo. Vou te proteger e conversar com Milo. Talvez ele saiba como te proteger.

    - Kardia... Eu... N-não quero te perder de novo! - Pulou abraçando o outro pelo pescoço, caindo no chão. - Desculpe... Acho que exagerei!

    - Está tudo bem. Eu já te perdoei. Você não teve culpa como eu pensei que tivesse. Vá descansar Degel.

    - Não! Ficarei com você lhe fazendo companhia.

    - Não precisa.

    - Não vou conseguir dormir sabendo que ficará de vigia a noite toda!

    - Ah tá legal. Mas se dormir, vou lhe carregar até o quarto.

    - Não! Vai me deixar aqui com você! Já disse. Não vou lhe deixar sozinho,mesmo que eu durma.

    Ambos riram e Kardia não aguentou. Beijou delicadamente nos lábios finos do francês que fora correspondido. O ósculo durou um tempo que foi preciso interromper pela falta de ar. Eles se olharam e ficaram abraçados por um longo tempo, matando a saudade um do outro.

    &&&

    A campainha toca. Fudou vai a mando de seu tio abrir. Deu a passagem para o homem moreno entrar e ainda gritou.

    - TIO ASMITA... SEU NAMORADO CHEGOU!!! - Sorriu sapeca.

    - Garoto cala essa boca! -Apareceu onde o sobrinho estava e viu Defteros ali com um buquê. - Oi.

    - Oi. São para você! E este para você pequeno! - Entregou um embrulho azul ao sobrinho de seu amado.

    - Obrigado! - Saiu para a sala ver o que havia ganhado.

    - Não precisava Defteros. Mas são lindas. Ah... Desculpa, mas... O que faz aqui?

    - Ora... Vim te ver. E passar essa noite com você.

    - Ficou louco? Meu sobrinho está em casa.

    - É não fazer muito barulho... Se é que me entende...

    - ... - Não respondeu nada. Estava mais corado que um pimentão. Quando abriu a boca para responder, fora surpreendido pelo mais velho lhe beijando.

    - Tenho outro presente para você, Asmita!

    -  ...

    Ele olhou o moreno se ajoelhar e retirar uma caixinha pequena preta do bolso. Pegou a mão direita a beijando e fez a pergunta que mexeu com o loiro indiano a sua frente.

    - Asmita você quer casar comigo?

    Num primeiro momento, não sabia o que falar. Apenas sorriu e se abaixou ficando no mesmo nível que o amado. Seus olhos estavam brilhantes e falou:

    - É claro que eu aceito seu maluco! Sou louco por você e achei que nunca fosse me pedir em casamento...

    - Asmita... Prometo ser o melhor marido do mundo!

    - Shh... As palavras se vão com vento, Defteros. - Sorriu

    Aquela noite, Asmita teve a melhor noite de sua vida. Seu amado ficou com ele e seu sobrinho. Mais tarde, os dois passaram o que sobrou dela acordados se amando sem passado ou futuro.

    Apenas curtindo o agora.


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