Deimos, parte II

Achar o esconderijo de um cara influente nunca foi fácil, por isso fiquei desconfiado quando o achamos na primeira olhada que demos por aí. Se tratava de uma boate chamada de ´´A CASA DE D``, com certeza ele não se esforçou para ser inrastreavel.

– Vamos entrar e chutar umas bundas, educadamente, em busca de informações. - propôs Helena.

– Parece bom para mim.

Entramos juntos, lado a lado. Abrimos a porta e antes de percebecemos algo fomos jogados no chão por dois caras enormes. Eles removeram a adaga de Helena e me chutaram no local exato da ferida o que fez meu corpo se contorcer em agonia.

Helena se moveu rapidamente e derrubou um deles mais foi detida pelo outro.

As pessoas que há alguns momentos dançavam sem preocupações agora nos encaravam.

– Saiam da frente! - gritou um dos nossos raptores enquanto nos levava ate uma porta ao lado do palco.

Entramos em uma espécie de suíte gigante, o teto ornamentado com pinturas da Grécia antiga, o piso era vermelho sangue e havia um trono encostado numa parede a nossa frente onde, sentado nele havia um homem de cabelos vermelhos trajando um terno escuro e uma coroa dourada.

– Bem-vindos mortais.

– No vai dá não. - murmurei lembrando do papo sobre chutar bundas, o cara tinha 3 metros e era bombadão.

Os guardas nos puseram, jogaram para ser mais preciso, aos pés do rei que ao nos ver incapacitados sorriu e ergueu um envelope.

– Sei o que querem mais por acaso sabem o que eu quero? - falou ele em um tom presunçoso.

– Não, nem cheguei a pensar nisso. - respondi me levantando, o rei me lançou um olhar perigoso e senti que deveria ter ficado no chão. Ajudei Helena a se levantar, eu sou a lei bitches. O rei intensificou seu olhar de fúria e por um momento achei que fosse nos matar.

– Lutem no meu salão de jogos contra doze oponentes, se vencerem entrego-lhes o que querem mais caso percam, hahaha, vocês não vão querer perder. - Ele acenou para uma porta a esquerda do seu trono, uma que não estava lá a alguns instantes.

Era o clássico imortal sádico e entediado com o que estávamos lidando, se eu fosse mais esperto ou carregasse uma boa granada poderia resolver isso fácil fácil.

Do outro lado da porta havia algo bem impressionante, aposto o quanto quiser que na boate em que você frequenta não há nada parecido. Talvez seja porque o cara é uma entidade toda poderosa, isso deve ajudar bastante, mais mesmo assim não dá para tirar seus créditos.

Deimos tinha um deserto, um fodendo deserto dentro da sua boate. É isso que rola quando você é rico e não cai numa caverna de morcegos na infância ou não consegue criar uma superarmadura.

O rei se sentou em um trono que flutuava nas calmas águas de uma piscina, seus guardas se posicionaram um na ponta esquerda e outro na direita da mesma.

– Quem quer ser o primeiro? Ou iram juntos? Se juntos serão 24 rounds.

– Vamos juntos – disse Helena antes que eu pudesse analisar as opções.

– Que os jogos comecem!