O mundo está nas tuas mãos

  • Angeta
  • Capitulos 9
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 1 hora

    12
    Capítulos:

    Capítulo 4

    Segundo (continuação)

    Violência

    Um dia entraram em casa dele. Era um senhor baixo, gordo fumava um charuto. Revistou a casa toda, mas por sorte não encontrou Sidorov dentro do armário. Os homens foram embora e Sidorov saiu do esconderijo.

        -Onde é que aquele pirralho anda?!

        -O filho daquele homem?

        -Sim. Nós precisamos do seu querido filho, Sidorov. O pai dele deve-nos sessenta mil euros! O pai já pagou o preço, agora é o filho. Vamos embora!

        «Então foi assim que o meu pai morreu! Ele foi pedir dinheiro emprestado a um gangue para pagarmos as dividas todas! O meu pai só nos estava a ajudar…» Sidorov ficou destroçado e mais tarde aos doze entrou no gangue para pagar a divida.

        -Não podes sair do gangue! Ainda não pagaste a divida.

        -Nem que eu trabalhasse a vida toda para ti eu não te conseguia pagar.

        -Pois não, mas deixavas menos trabalho para o teu filho.

        -Tens um filho?!

        -Não! Ainda sou muito novo e se tivesse não arriscava a minha vida.

        -Ainda bem, senão não podia ter-te como companheiro.

        -Companheiro?! Tu estás a trair o teu chefe?

        -Não! Mas também não estou a trabalhar mais para ti.

        -Queres ir para a prisão outra vez? Não te chegou o castigo?

        -Parece que não.

        -Levem os dois daqui. Prendam-nos no andar de cima. Dali eles não saem.

        Os guardas subiram as escadas todas até ao topo. Abriram as celas, mas Melissa com o cotovelo bateu no estomago do soldado e deu um pontapé no soldado que estava a prender Sidorov. Tirou as algemas e lutou contra os guardas sozinha. Estava a tentar proteger Sidorov de James. Foi atingida por uma seta que veio das escadas mais acima. «Não posso ser mais atingida. Ainda tenho a ferida nas costas com pontos e pode abrir.»

        -Deixa-me lutar! Tira-me as algemas, por favor.

        -Não! Vai derrotar o James e depois volta.

        -Mas se eu o derrotar ele explode com a cidade! Tenho de lhe pagar.

        -Por isso mesmo é que mandei a Bella levar os escravos. Ela sabe que existe uma bomba e como foi uma ladra sabe desativa-la. 

         -Como sabias que existia uma bomba.

         -Vimos dinamite ao vir para cá. Agora vai que eu trato dos soldados.

          Tirou-lhe as algemas e Sidorov desceu cinco andares e entrou no escritório de James. Sem pensar duas vezes lembrou-se do pai e da mãe. Todas as coisas más que lhe aconteceram foi devido a ele e á sua família. Pegou na espada e cortou-lhe a cabeça com toda a arrogância do mundo. Viu que a bomba tinha sido acionada. Ficou com terror nos olhos e foi a correr para o andar do topo onde estava Melissa. Com os soldados derrotados Melissa foi ter com Sidorov.

        -Vamos sair daqui o mais depressa possível. O edifício vai explodir dentro de instantes.

        -Porque estavas preso na cela?

        -Castigaram-me, mas isso agora não interessa. Onde está a outra rapariga?

         -Ainda não chegou. Onde está a bomba chave?

         -Esse é o problema. Não faço ideia.

         -Mas eu sei.

         -Bella! Já desativaste a bomba?

         -Claro, mas temos de sair daqui o mais depressa possível, porque vêm mais guardas.

         -Dá para retirar um pouco da bomba?

         -Sim, mas porque perguntas?

         -Vamos explodir este local!

         -Mas e os guardas?! Melissa! Melissa! Nunca me ouve.

         Foram até aos túneis subterrâneos e retiram parte da bomba. Os soldados de James chegaram e rodearam-nos. Sidorov preparou a espada, Melissa ativou o Punho de Dragão e Bella estava pronta para colocar a bomba num local onde destruísse o edifício por completo. Bella saiu a correr pelos túneis e viu o sítio perfeito para colocar a bomba. Colocou-a e tinham dois minutos para sair dali.

        -Malta temos dois minutos para sair daqui!

        -Só?!

        -Fiz o melhor que pude! Agora calem-se e corram.

        Saíram a correr do edifício, mas os soldados foram atrás deles.

        -Sidorov despacha-te! Não fiques aí.

        -Saiam que eu trato deles.

        Elas saíram a correr do edifício. Sidorov, disse umas palavras estranhas e as duas espadas brilhavam intensamente.

        -Cortem tudo!

        As espadas cortaram o edifico ao meio e a bomba detonando-a antes do tempo. A bomba explodiu, mas Sidorov conseguiu salvar-se com ferimentos ligeiros.

        -Bella, já podemos ir para cidade?

        -Já Melissa. Ele vem conosco?

        -Incomodo?

        -Não! Estou a perguntar se vens conosco para o mar até ao quartel do almirante Valdir.

         -Almirante Valdir?! Tens noção de que ele é muito perigoso?

         -Tenho, mas eu sei que o meu pai está vivo. E eu vou busca-lo custe o que custar!

         -Eu ajudo-te.

         -Ajudas?! Quer dizer que…

         -Quer dizer que sou teu companheiro e dou-te a minha vida.

         -Boa! Mais um!

         -Melissa, espera!

         -Parece que já foi.

         -Aquela rapariga é mesmo teimosa. Sidorov, vais ter de aturar muita coisa. Acredita, esta rapariga não é como as outras.

         -Bem, estava á espera de alguma aventura.

         Chegaram á festa e aproveitaram-na ao máximo. Taylor estava contente por ter a mãe de volta. Deram um forte abraço e foram para casa descansar. Sidorov estava sozinho numa mesa a pensar na sua decisão. Olhou para Melissa a beber como uma louca. «Aquela é a minha companheira?! Vai ser lindo, vai… com uma capitã daquelas não vou muito longe. Mas ela tem algo de especial. Ela ajuda os outros sem os conhecer e luta pelo que quer e acredita nos seus sonhos.»

         Depois de uma noite agitada eles entraram no barco e partiram para o próximo destino. Melissa sentia um entusiasmo enorme dentro do seu coração. «Já tenho dois companheiros comigo! Isto vai ser tão divertido. Preciso de arranjar mais gente poderosa e leal para salvar o meu pai. Esta vai ser a aventura da minha vida!»

         -Malta vou tomar banho!

         -Ok eu aviso o Sidorov que a casa de banho está ocupada! Oi, Sidorov! Sidorov? Onde estás?

         Sidorov estava na casa de banho a lavar a cara e as mãos. Sem saber Melissa entrou tirou a roupa e entrou no chuveiro. Ele ouviu a água a escorrer e foi até ao chuveiro abriu as cortinas e viu as belas curvas de Melissa. Não conseguiu desviar o olhar daquele corpo esbelto, pele hidratada e brilhante.

         -Seu pervertido sai daqui!

         -Desculpa! Eu não sabia que estavas aqui!

         Melissa pegou num robe vestiu-o rápido e foi atrás dele com um sapato. Ele fugiu o mais depressa que pôde.

         -Aí estás tu! Onde estavas?

         -No sítio errado á hora errada!

         -Toma lá seu tarado!

         -Au… isso doeu!

         -Nunca mais voltes a fazer o que fizeste, porque vou bater-te muito mais estás a perceber!

         -Já te disse que eu já estava lá! Eu não sabia que ias tomar banho.

         -Oh meu deus… tu viste a Melissa nua?!

         -Pois, mas pelo menos não foi mau. Aquele corpo bem feito…

         -Tarado!- ao dizer isto deu-lhe um estalo- Até tenho medo de tomar banho.

          -Eu não sou tarado! Não sabia que ela… porque é que me dou ao trabalho?

         Melissa tomou o seu banho olhando á volta muito atenta. Sentia-se cansada por causa da luta e das feridas. A ferida que necessitava de tratamento era a das costas. Eram enorme e tinha aberto durante a luta. «Tenho de curar esta ferida. Não vou aguentar muito mais com a dor, mas ainda vai demorar algum tempo.»


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