Os Cinco Selos

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    14
    Capítulos:

    Capítulo 74

    Despedida

    Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Yo, como voc?s est?o?

    Eu to aproveitando muito minhas f?rias

    To fazendo v?rios nada quase que o dia inteiro :3

    Boa leitura ^^

    Depois de passarem a noite inteira festejando, enfim o sol começou a iluminar a cidade. Com o amanhecer, todos eles começaram a despertar do seu profundo sono.

    Uriel já havia acordado antes deles, e agora estava sentada na grama olhando o mar enquanto o sol nascia. Dante acabara de acordar, e ao ver Uriel sozinha, decidiu ir até ela.

    — Bonito, não é? — disse ele enquanto observava o mar.

    — Sim — respondeu ela um pouco desanimada.

    Dante olhou para Uriel.

    — O que foi?

    — É que... eu não deveria estar aqui — ela olhou para Dante —, deveria estar no céu, lutando ao lado de meus irmãos! Mas sou tão inútil e impotente. Sou tão patética que eu fui a escolhida para ter que chamar vocês.

    Dante suspirou.

    — Se eles mandaram você chamar a gente, é porque tinham certeza que você conseguiria. Mas, se você acha que você é isso, talvez seja inútil e impotente — Dante se virou e começou a caminhar. — Erga-se, ficar no chão choramingando não vai te fazer mais forte.

    Uriel se levantou do chão e seguiu Dante.

    Fora da casa, todos se reuniram novamente. Anne estava segurando o livro que Eugene trouxe, pegou e colocou seus óculos, então começou a ler. Ela estava foliando as páginas até parar em uma, em seguida, Anne abriu um sorriso.

    — Achei!

    Todos ficaram animados, principalmente Uriel.

    — Aqui diz que a única maneira é pelo limbo. — Anne leu mais um pouco. — E a única forma de entrar no limbo, além de estando morto, é criando uma fenda.

     Os Selos se entreolharam.

    — Não sabemos criar fendas — disseram os cinco.

    — Voltamos à estaca zero — lamentou Eugene.

    Todos ficaram em silêncio, cada um tentando achar alguma solução para resolver o problema. E Edward foi quem achou a solução, e logo disse:

    — Eu sei de alguém que possa abrir uma fenda.

    A atenção foi voltada para ele.

    — Quem? — perguntaram.

    — Nosso mentor — disse Ed de maneira receosa.

    Ao descobrir que Lúcifer estava vivo, todos ficaram exaltados, principalmente os selos.

    — Mas você não havia matado ele?! — perguntou Uriel.

    — Eu também achava isso. Mas foi ele mesmo que retirou espada do meu peito.

    — Por que você não contou antes?! — vociferam os Selos nervosos.

    — Porque vocês ficariam assim! — vociferou Edward de volta.

    Percebendo o erro que estavam cometendo, os selos começaram a ficar calmos novamente.

    — Porém, a outro problema — retomou Edward —, a Liz não consegue sentir o Samael.

    — Ora, seu mentor era um arcanjo, certo? Se este for o caso, eu sei uma magia para rastrear anjos.

    — Faça.

    Anne olhou para Diane.

    — Ache uma pedra do tamanho da palma de sua mão. — Ela virou para Eugene. — Sabe escrever runas?

    — Sei.

    Anne pegou outro livro dos Mephistos e jogou para Eugene.

    — Escreva as runas da última página, fazendo com que forme um círculo.

    Eugene começou a escrever as runas no chão. Anne fechou os olhos e começou a se concentrar, fazendo com que uma energia branca ficasse envolto dela.

    Diana trouxe a pedra e colocou no centro do círculo de runas que Eugene escreveu. Anne emanou mais da energia branca, e as runas começaram a brilhar em coloração laranja, então Anne recitou:

    Etis, Elfis, Mikis... — Ela esticou as mãos em direção a pedra, e um círculo mágico foi formado. — Nenhum ser celestial passará despercebido.

    Toda energia foi para a pedra, assim como as runas. O brilho emitido pela pedra foi intenso, até parar de brilhar de uma vez.

    Anne pegou a pedra e apontou para Uriel. A pedra começou a emitir o brilho intenso novamente e a tremer.

    — Funciona — disse Anne jogando a pedra para Edward.

    — Ótimo — Edward pegou a pedra.

    — Acho engraçado de ter tudo o que vocês precisam nos livros — observou Anne.

    — Gosto de pensar que isso seja sorte — Edward abriu um pequeno sorriso. — Hora da despedida.

    Aiken e Eugene ficaram de frente um com outro, então deram um forte aperto de mão.

    — Obrigado por ter ajudado meu pai e a mim, Aiken.

    — Cês que me ajudaram, irmão — disse Aiken puxando Eugene e dando um forte abraço.

    Diana estava chorando abraçando o Kleist.

    — Vou sentir sua falta, pai — disse ela em meio ao choro.

    — Também sentirei a sua... filha. — Kleist enxugou as lagrimas da Diana. — Você se tornou uma mulher forte, não precisa mais de mim. Tenho orgulho de você.

    — Obrigada, pai.

    Edward, Lizzie, Alfonso e Anne se abraçaram.

    — Obrigada por ter me ajudado ao passar dos anos, Ed — agradeceu Anne.

    — Vocês que nos ajudaram, mais do você pensa. — Edward olhou com confiança para Anne. — Você está fazendo seu trabalho como uma integrante da ordem dos Mephistos muito bem, Anne. — Ele olhou para Alfonso. — E você está cuidando muito bem de sua mãe, Al.

    Anne e Alfonso sorriram.

    Edward assobiou, então seu corvo desceu do céu e pouso em sua cabeça. Edward suspirou e Lizzie começou a acariciar o corvo.

    — Mesmo sendo um maldito, você me ajudou muito, Corvo. Mas, infelizmente, tenho que ir. E onde eu vou, você não pode ir.

    O Corvo pousou no ombro do Edward, fazendo ele dar uma pequena risada.

    — Não adianta pousar no meu ombro agora, não tem como eu ficar.

    Corvo crocitou e começou a esfregar sua cabeça na bochecha do Edward. Então ele começou a acariciá-lo.

    — Você foi um bom corvo. Aqui vai sua última missão: fique aqui, com Anne e Al, e descanse.

    Corvo crocitou novamente, aceitando a missão, e voou até a cabeça do Al.

    — Não tem ninguém para você se despedir, Dante? — perguntou Pietra.

    — Até tenho, mas, já que morei no mesmo lugar por cinquenta anos, acho que eles sabiam que isso iria acontecer. E você?

    — Todos com que me importei já morreram faz tempo.

    — Entendo.

    Edward girou a pedra até ela começar a emitir o brilho e tremer, assim, apontando para o oeste. Os selos, junto com Uriel, começaram a caminhar em direção ao oeste para se afastar um pouco da cidade.

    — Até mais, heróis — disse Anne.

    — Não somos heróis — começou Ed —, heróis odeiam assassinar, e nós gostamos disso.

    — Mas vocês assassinam para um bem maior — indagou Eugene.

    — O único que tem o direito de tirar a vida é o tempo, nem mesmo Deus detém esse direito — retrucou Edward.

    — Assassinos são sempre assassinos — disseram os selos.

    — Bom, já que vocês não são heróis e nem vilões... — começou Anne.

    — Até mais, anti-heróis — disseram eles.

    Os Selos sorriram e acenaram de costas para eles, recusando-se a virar.

    Edward enxugou um pouco de lágrimas da Lizzie.

    — Não chore, Liz. Este é momento que temos que provar que somos fortes.

    — Ok, Ed.

    Os cinco liberam suas chamas, então partiram, deixando apenas os rastros delas.

    — As chamas deles... são lindas — observou Diana.

    — Sim — concordaram Eugene e Anne.

    Continua <3 :p

    Curiosidades:

    Etis, Elfis, Mikis: Assim como as outras palavras deste tipo no livro dos Mephistos, elas não contém nenhum significado. São apenas feitas para que não seja qualquer um que possa usar a magia contida no livro.


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