Capítulo 2

Luffy e Nami entraram no estabelecimento, um local escuro e um pouco úmido, varias pessoas falando alto, ou melhor, aos berros.

 Uma mulher morena alta, de cabelos até os ombros pretos, e olhos num tom verde água vem em direção a ruiva e ao moreno.

“Nami-chan fiquei preocupada, quando ficou para trás, você é uma grande companheira.” Robin coloca a mão sobre sua própria bochecha em sinal de preocupação.

Nami ainda se sentia um tanto perdida, tudo que lembrava era ser acertada pelo caminhão, e quando a acordou estava inteira numa floresta com Luffy a chamando.

Algumas explosões começavam a ressoar pelo lado de fora da taberna.

“O que está havendo?” Nami pergunta à morena

“Nami-chan venha comigo... Tenho certeza que não deve estar entendo muita coisa...” Robin abriu uma pequena porta que levava ao subsolo, pegou uma vela acendeu com destreza e foi na frente, e pegou uma espécie de espada, caminhou atenta “Se lembra? Estávamos lutando contra o reino...”

“Espera Robin... Onde estou? E o que esta havendo?” Nami perguntava sem compreender a situação “Eu só lembro-me de ter ido fazer compras, mas então fui acertada por um caminhão...”

Robin não a respondeu de imediato a observou de cima em baixo e então se pronunciou

“Quando chegou, realmente vi algo diferente em você, Nami-chan, você deve ser de alguma outra dimensão, existe milhares, poucos casos ocorrem onde alguém ultrapassa a sua própria.” Explica Robin

Outra explosão ocorre sobre suas cabeças, Robin olha para a ruiva que compreende que não é seguro ficarem paradas ali.

“Vamos terminar essa batalha e explicarei algumas coisas Nami-chan. Então por enquanto fique aqui escondida.” Robin empurra Nami para uma sala e a tranca.

A ruiva esmurra a porta na tentativa de fazer Robin voltar, mas é inútil o som do salto da morena já estava longe.

“Onde estou...”

Uns estalinhos nas paredes e então começa a fazer, a ruiva começa a se arrepiar. Nami caminha enquanto passava a mão de leve na parede para se guiar então se lembra do celular, ela o pega percebe estar fora de área então utiliza como lanterna, observa ser uma espécie de quarto subterrâneo usado para se refugiar, continha uma cama de madeira sem colchão, algumas comidas que demoram a estragar e muita água.

Depois de andar em volta tudo milhares de vezes, ela se repousa na cama, seu corpo parece pesado. Ela estava presa e sozinha, o que poderia estar acontecendo ali. Com tal pensamento a jovem mulher adormece.

“Nami-chan...” Nami abre os olhos e vê Robin novamente, esta com um sorriso singelo nos lábios. “Desculpe te deixar presa aqui, mas você não seria muito útil...” a morena senta na beira da cama.

Nami solta um suspiro e se pronuncia:

“Tudo bem, entendo porque fez isso...”

“Não há algo que queira perguntar?”

“Bem... Sim...”

“Somos amigas, certo? Pode dizer Nami-chan” Robin sorri para a outra.

“Onde estou? O que esta acontecendo?” a ruiva pergunta de uma vez.

“Imaginava que seria isso... Esta no país de Neon, esta segura aqui não se preocupe. E bem, este não seu mundo...” Como sempre, Robin era incrivelmente perceptível. “Para poder voltar para sua dimensão, necessita passar por mais seis dimensões, e conseguir as chaves necessárias. Infelizmente é tudo que sei Nami-chan.”

Nami estava admirada, a morena tinha respondido rapidamente a sua pergunta e ainda a auxiliará a resolver como voltar para seu lugar de origem.

“Você tem ideia de como vim parar aqui?” a ruiva questionou a morena por sua vez apontou para o Log Pose em seu braço.

“Isto no seu braço, é uma das chaves. Tanto para tirar do seu lugar de origem como para fazer retornar.” Robin se levanta e estende a mão para Nami “Venha, vamos tentar achar a segunda chave... Imagino já o que deve ser, mas teremos que invadir o castelo de Hancock para conseguir... E sua ajuda e de todos será necessária”.

As duas mulheres voltaram para a taberna chamando atenção dos amigos que comemoravam a vitoria contra o exercito feminino de Hancock – a mulher era a rainha, e ordenou que todos os homens fossem subjulgados, ocasionando uma grande quantidade de fugitivos, incluindo Luffy e os outros, que encontram a taberna do antigo clã de Robin e acabaram por se tornar amigos.

“Tem certeza que devemos invadir a fortaleza dela?” Ussop diz assustado “Eu acho que estou com a doença, Não posso invadir a fortaleza” o moreno começa a tremer.

“Infelizmente, não posso atacar belas damas.” Sanji acende seu cigarro.

“A personalidade deles não mudam? Vão ser sempre assim?” pensa Nami então solta um longo suspiro “Não vamos atacar, só precisamos pegar algumas coisas Sanji-kun...” a ruiva argumenta.

“Podemos pegar carne? Pois acabou a da geladeira.” Luffy vem comendo um grande pedaço de carne.

“Saquê também, acabo de beber o ultimo” Zoro vira o resto da garrafa.

“Ah! Sim...” uma gota surge na cabeça de Nami “Preciso manter a calma...” A ruiva começa explicar “Quando der 00h00min vamos nos dividir e entrar pelas quatro entradas distintas. Então, vamos esgueirar para o quarto da Lady Hancock e conseguir a chave serpente.”

Nami percebe, que por mais iguais que sejam ainda são diferentes, suas aparências e personalidades sejam parecidas ainda assim suas formas de agir ainda são distintas, sem perceber ela sorri com a visão de Zoro e Sanji discutindo.

Quando chegaram a seus devidos lugares para invadir o castelo, Nami e Robin foram para entrada dos fundos, enquanto Zoro e Sanji foram para a do lado esquerdo – contra a vontade de ambos, já Franky, Ussop e Chooper entraram do lado direito, Brook e Luffy atacaram a entrada principal chamando atenção para si.

“Venha Nami-chan, vamos logo conseguir a chave para você conseguir ir para...”

“Espera, mas e os outros? O que vai acontecer com todos?”

Robin ri e diz com sua calma normal

“Vamos morrer se formos capturados, assim como aconteceu com você daqui.” Robin segurou o rosto da amiga “Não vou deixar minha amiga morrer de novo, vamos dar um jeito de sobreviver, apenas lembre que independente de quando, que lugar, que vida, sempre seremos seus amigos.”

“Robin...”

“Agora venha Nami, precisamos ir buscar a chave.”

As duas mulheres esgueiram pelo quarto vazio de Hancock, até que Nami solta um grito agudo, então é atacada por uma serpente gigante, com o ataque a ruiva bate na cômoda derrubando tudo e vê deslizando no chão uma chave dourada que parece uma cobra. Ela tenta pegar, porém a serpente ataca novamente, mas dessa vez a ruiva abaixa e desliza no chão agarrando a chave.

A porta abre com tudo, e nela entra Boa Hancock, Robin avança em sua direção a outra, que chuta com força, Robin se defende com os braços, contudo estes começam a se petrificar.

“Encoste a chave no Long Pose Nami-chan, apenas encoste, não precisa fazer nada. E se cuide.” Robin sorri, e seu corpo se torna uma estatua de pedra.

“Robin...” Nami abalada não consegue se mexer apenas observa a amiga petrificada e murmura coisas incompreensíveis.

“Pensei que tinha te matado ruiva...” a morena se aproxima então agarra os cabelos ruivos, Nami se desespera e solta à chave que por sorte bate no Long Pose.

O corpo de Nami brilha, e se dissolve em pó dourado assustando Hancock, que cai para trás.

Nami por sua vez se sente mais leve, logo depois pesado, distorcido. Mantendo os olhos fechados para deixar as lagrimas escorrem em paz.

A ruiva abre os olhos numa cidade estilo Inglaterra antiga, escura e com ar pesado.

“A onde eu me meti desta vez Robin? Ah Robin... Me desculpe...” ela encosta na parede de tijolos da casa atrás de si e desliza chorando.

“O que faz uma bela dama chorando em um gueto a esta hora?”