Os Cinco Selos

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    Capítulos:

    Capítulo 63

    Indícios

    Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Yo, voltei /o/

    Sim, era para eu ter postado sexta, mas era incerto se daria para eu postar, ent?o decide postar hoje!

    Bem-vindos a segunda parte da hist?ria /?/

    Cinquenta anos depois...

    Com o declínio do Bahamut e com a aparição dos cinco selos diante de mais de quinhentos soldados, o mundo virou de cabeça para baixo. É claro que muitas pessoas iriam temer eles, até porque um vale inteiro foi devastado. Por isso, durante anos, eles tentaram caçar os cinco. Mas como iriam caçar algo que nunca viram, pelo menos não de forma nítida, e com um poder tão grande? Sim, de fato tinham as fotos de quatro dos selos em cartazes de procurados, mas ninguém iria suspeitar de quatro idiotas que fizeram nudismo. Eles foram vistos a última vez no vale, levando a muitos a crer que era apenas mentira. Depois de anos, eles desistiram de sua busca, e apenas ficaram no aguardo caso os cinco aparecessem de novo.

    Edward, junto com Lizzie (em suas costas, para variar), estavam sentados no topo de uma montanha, que quase chegava a cortar as nuvens. Edward ainda se mantinha com o seu sobretudo, gravata e agora estava com o cordão de cristal que era da Mikaela. Lizzie usava um vestido negro que descia até o meio de suas pernas e botas.

    Lizzie estava cantarolando, e Edward pegou um cigarro que estava em um bolso do sobretudo, acendeu-o com o seu polegar, que estava envolto de suas chamas azuis, e começou a fumar. Ela parou de cantarolar na hora.

    — Eu disse para você parar de fumar! — vociferou ela. — Faz mal! E o cheiro me incomoda!

    — E eu disse para você não ser chata. Você sabe que não vou morrer por causa disso.

    — Eu disse para parar! — exclamou Liz puxando os cabelos do Ed.

    — Ok, já entendi!

    Edward pegou o cigarro de sua boca e o incinerou.

    — Feliz?! — vociferou ele.

    — Agora s...

    — Pois eu não! — interrompeu.

    Lizzie deu de ombros.

    — Como será que estão os outros, Ed?

    — Sei lá. Você pergunta isso todos os dias. — Ele fez uma pausa. — Se tivermos sorte, Kleist está morto.

    — Que horror! Eu estou sentido ele, então deve estar tudo bem.

    — Tsc, ainda espero por esse dia.

    Um corvo veio voado em direção a eles. A ave negra estava trazendo um jornal em suas garras, que soltou na mão do Edward, e logo pouso e se aconchegou em cima da cabeça dele. Lizzie começou a fazer carinho no corvo.

    — Por que esse corvo não fica no meu ombro, como um corvo normalmente faria? — perguntou Ed enquanto abria o jornal.

    — Porque você não é normal.

    — É justo.

    Edward abriu o jornal, e logo já teve uma matéria que ele se interessou:

    Algo aterrorizante ocorreu na cidade de Turnt, onde, de acordo com os soldados, todos os humanos que lá habitavam e ao redor dela desapareceram sem deixar nenhum rastro.

    Os soldados pensaram que poderia ser um grupo de assassinos que havia feito isso, porém nenhum rastro de sangue, vestígios de destruição, corpos ou armas foram encontrados na cidade, ou ao redor dela. Nada. Os humanos sumiram inexplicavelmente, deixando a cidade intacta.

    — O que acha dessa matéria, Liz? — perguntou Ed erguendo o jornal para ela ler.

    — Acho que isso pode ter sido um humano mesmo, Ed.

    Edward pensou um pouco.

    — Não sei, talvez não. Não sem deixar nenhum vestígio, humanos são burros demais para tal.

    — Devemos ir lá checar?

    — Sim, devemos.

    Edward levantou, seu corvo levantou voo e Lizzie se ajeitou nas costas dele. Então ele deu um passo à frente e começou a cair de braços abertos da montanha. Edward fechou os olhos, sentido seu corpo cortar o vento. Lizzie deu um toque em seu ombro, e ele abriu os olhos. Suas chamas azuis se espalharam, sua asa de energia negra foi formada e ele começou a ir em direção a cidade de Turnt.

    Demorou menos de trinta minutos para Edward enfim chegar na cidade. Como esperado por ele, a cidade estava cercada por vários soldados. Mas é claro que os soldados não iriam conseguir acompanhar a velocidade dele, assim, possibilitado a entrada facilmente.

    Na cidade, Edward vinha se esgueirando entre os becos, breus e telhados, sempre se mantendo fora de vista dos soldados. Os dois observavam cada canto da cidade minuciosamente, sempre tentando enxergar os detalhes até mesmo irrelevantes. Mas não encontraram nada. Considerando o estado normal da cidade, eles não encontraram nada de errado; nem destruição, sangue ou algum corpo. Simplesmente haviam sumidos. E, com a sua visão enxergando os rastros das almas, não havia nada de excessivo, apenas uma quantidade natural.

    Então, para pensar com mais tranquilidade, Edward voou um pouco distante da cidade.

    — Só existe três possibilidades para este caso — dizia Ed para Liz — Primeiramente, os humanos. Mas não acho que eles possam fazer isso sem deixar nenhum vestígio. Segundamente, o Bahamut...

    — ... Mas nós o decapitamos, sem chance de volta — completou Liz.

    — Então isso nos leva no terceiro, e pior, cenário. Os...

    — Morte... — sussurrou uma voz fraca atrás do Edward.

    Edward virou visando um golpe com o seu punho direito, mas, ao ver a mulher toda ensanguentada se arrastando no chão, ele travou. A mulher caída tinha um par de asas, suas pernas estavam quebradas e cobertas pelo sangue; seu corpo estava todo ferido e ela tinha um longo cabelo branco. Era um anjo.

    — Uriel! — exclamaram Ed e Liz.

    Edward caiu de joelhos perto da Uriel e começou a observá-la minuciosamente.

    — Ela está morrendo — disse ele.

    — Mas ela é um anjo, não morre!

    — Mas ela está, pois estamos no plano existencial! É uma boa hora para você usar a magia que os monges carecas te ensinaram, Liz!

    Lizzie assentiu com a cabeça.

    Edward pegou a Uriel no colo, então saiu voando em alta velocidade.

    Logo ele chegou em uma montanha que tinha uma abertura quase que no pico dela. Ele entrou e colocou a Uriel com cuidado no chão. Em seguida, Lizzie desceu das costas do Edward e se aproximou da Uriel.

    — Afaste-se um pouco, Ed.

    Edward se afastou, então Lizzie fechou os olhos e abriu os braços. As chamas azuis começaram a exalar de forma fraca pelo seu corpo, e, depois de um tempo, se propagaram por toda a caverna como se fosse o ar, harmônico e tranquilo. Lizzie manteve apenas seu braço direito erguido, e todas aquelas chamas começaram a se juntar na palma de sua mão, formando uma esfera. Ela inspirou e expirou, então abriu os olhos, e acertou Uriel com a esfera de suas chamas. A pele da Uriel brilhou em um tom azul, suas feridas começaram a queimar, fazendo ela gritar de dor. Eram tantas feridas que o seu corpo estava exalando muita fumaça.

    — Lizzie... — disse Ed preocupado.

    — Calma, em suas condições, é normal. Ela aguenta.

    Uriel continua a gritar e se contorcer de dor, até que, enfim, ela parou e adormeceu. Seu corpo ainda continua a exalar muito vapor quente.

    Edward abraçou a Lizzie bem forte.

    — Que orgulho! Crescem tão rápido!

    — Eu tenho quase a mesma idade que você! — vociferou Liz, enquanto era esmagada.

    — Você conseguiu dominar as chamas mesmo fora da forma da foice e aprendeu uma magia importante! Que orgulho! — dizia ele com uma lágrima caindo de seus olhos.

    — Largue-me, idiota! Mas... obrigada.

    Edward colocou ela no chão, mas Lizzie logo esticou os braços para ele. Ele suspirou e colocou-a em suas costas.

    — O que faremos agora, Ed?

    — Não me parece que ela vá acordar tão cedo. — Ele pensou um pouco. — Então vamos para o céu.

    Continua <3 :p


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