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As paredes, antes brancas com buracos cinza, ganhará um tom negro gosma dos infernos. Isso me deixou em duvida sobre como o diretor reagiria, agradeceria ou processaria (provavelmente agradeceria, afinal além da pintura gratis o livraria de treze pirralhos)? Infelizmente, talvez eu não viva o bastante para descobri. As criaturas não pareciam amigaveis (seus olhos brancos , presas afiadas como navalha e o fato de tudo ter ficado mais escuro me deram essa impressão, eu sei, bobagem né?).
Mariana tremia e apertava meu braço, não podia culpa-la, afinal, não era todo dia em que seres das trevas apareciam para dar um amigavel oi. Na arquibancada garotos e garotas corriam desesperadamente em direção a única e, muito provavelmente, trancada saída (um velho cliche de ataque de seres das trevas, que previsivel). Forçaram inutilmente a porta, que como eu havia previsto estava trancada (humpf, alguém aqui é fã dos clássicos).
Levei a mão livre a empunhadura e quase avancei contra nossos humildes visitantes. Quase. O que me empediu? Não, não foi a garota tremula ao meu lado (não leve para o lado pessoal, você sabe que eu te amo) e sim algo ainda mais importante para uma luta e que eu acabara de lembrar que não tinha. Assim que levei a mão a empunhadura percebi que não havia empunhadura, eu estava desarmado contra dez seres que poderiam facilmente bater o dolynho no rank de criaturas bizarras e demoniacas, vendo pelo lado bom escapei da DR não foi perda total. Então, plano B. Isso mesmo. Dialogar com os monstros (não to falando do Leo stronda e sua turma, até porque a situação seria bem pior se fossem eles aqui) bizarros.
- O que vocês querem? Suponho que não vieram aqui para se matricular na escola, afinal já estamos no fim do ano e seria dificil pegar os assuntos de ultima hora. - Falei andando para frente, Mariana ficou atrás me olhando como se eu tivesse enlouquecido mais ou menos como quem diz ´´porque esta indo para tão perto do penhasco, quer se matar?´´ mais não liguei. As vezes essas coisas só vieram para fazer uma turne no colégio e acabaram se perdendo (nunca aconteceu, mais não vamos perde as esperanças).
- Viemos... pelo oraculo... nos dé..- Disseram todos em unissimo em uma voz estridente parecido com o som de uma faca sendo amolada. Por favor, antes que me esqueça :nunca fale com seres da escuridão e assim que os vir corra para as colinas.
- Tudo bem, se me permiti vou até o estoque pegar seu oraculo já que os da prateleira esgotaram. - Uma rajada de sombras foi lançada sobre mim, por sorte consegui esquivar. Ao erguer o olhar, raiva percorreu meu corpo e ficou zunindo ao meu ouvido. Valia tudo desde de me matar, esquartejar, mutilar, espancar mais mecher com minha garota não!
O sujeito morto do meio a tinha nos seus braços, segurada pelo pescoço, incosciente. Iria faze-lo em pedaços no momento em que aparecece uma abertura e Mariana não correse perigo. Da última vez que havia ficado tão exposto para um inimigo coisas ruins aconteceram. Não podia deixar acontecer de novo, não na minha nova vida. Negociar era a única saída, por enquanto. Olhei para trás, não havia ninguém, deveriam ter se escondido de baixo da arquibancada, exceto Helena que vinha em minha direção.
- Fique longe! - gritei, não podia dar a eles mais reféns. Ela se aproximou um pouco mais e parou.
- Façamos... um acordo... entregue ela... sem resistir - O espirito trevoso da direita apontou para Helena - e pouparemos... os demais.
- Parece um bom plano... - mais eu tinha outros planos.
- Libere as portas, solte ela e aquela garota é de vocês. - falei.
Ouviusse o som de metal sendo arrastado e a porta abriu, os outros alunos fugiram correndo, Helena permaneceu. Tudo corria bem por enquanto. Puxei Helena pelo braço, sua expressão era de calma. Talvez tivesse percebido que tinha um plano ou simplesmente não podia deixar alguém morrer por ela. Para mim não importava, só precisava que estivesse alerta. Mais alguns passos e estariamos frente a frente com o perigo. Pronto.
- Entregue - reverberou a voz dos monstros.
- No 3, 2, 1 ...