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Voltei muito mais rápido do que eu achei que conseguiria, mas tudo isso graças ao meu maravilhoso problema com a internet que finalmente foi resolvido.
POV – Anne
Já havia acordado a algum tempo mas ainda não queria despertar tinha medo de que tudo o que havia acontecido se dissipasse e eu percebesse que tudo fora uma ilusão, algo totalmente digno do Clã Oculto. Deixei minha mão vagar no lugar onde ele deveria estar, mas só havia vazio.
Suspirei.
Provavelmente estava em mais um genjutsu. Abri os olhos lentamente com a intenção de romper o que quer que fosse, mas isso não aconteceu, porque tudo fora real, mas eu estava sozinha. Levantei exasperada, ficando em cima da cama, vasculhando o quarto de ponta a ponta e nada.
- Kakashi! – o chamava desesperada já sentindo minha voz falhar, e as lágrimas começarem a se projetar em meus olhos – Kakashi... Por favor! – implorei, mas não havia resposta
“Burra! Como pude ser tão estúpida? É claro que isso não daria certo. Talvez tenha sido melhor assim, desse jeito não terei problemas em realizar a minha missão. Mas o que será que aconteceu?”
A ideia de que algo ruim pudesse ter acontecido a ele me atingiu com força demais e liberou as lágrimas que eu tentava controlar, cai de joelhos sobre a cama. E como se já não fosse trágico o bastante, vi a enorme mancha de sangue que estava nos lençóis, que não tivemos trabalho de trocar, tornando tudo ainda mais real. Mas, é claro, o final ainda não estava completo, um vento frio entrou, não sei de onde, arrepiando minha pele, uma perfeita cena cinematográfica de abandono.
- Por que está chorando, Anne? – ele perguntou receoso
Levantei meus olhos e o encontrei fechando a porta, por onde provavelmente entrara o vento, com uma bandeja de comida na mão e vestindo o uniforme ninja completo. Corri até ele e o abracei, Kakashi retribuiu meio sem jeito, com certeza por conta da bandeja.
- Achei que poderia ter me abandonado por conta de ontem. – corei ao admitir isso, e mergulhei em seus olhos
- Sinceramente esperava que você fizesse isso – ele sorriu e eu abaixei sua máscara para que pudesse vê-lo de verdade, e o beijei, mas ele não se envolveu como sempre acontecia, na verdade relutou em retribuí-lo – Agradeceria se me soltasse agora.
- Sinto muito – sussurrei me afastando e baixei meus olhos – Esqueci completamente da bandeja
- Acha mesmo que isso que me incomoda? – perguntou deixando-a sobre uma cômoda
- Não consigo pensar em outro motivo.
- Que merda, Anne! – ele falou com raiva passando a mão pelo cabelo – Por que não pode ser por um segundo só “normal”?
- Sinto muito... – ele suspirou alto para me fazer parar e eu o fiz
- Sua nudez não te incomoda nenhum pouco? – corei ao perceber que ignorara esse fato por conta de seu sumiço repentino – Sério, a maioria das mulheres se sentiria desconfortável, estar nua e suja enquanto o outro está completamente vestido.
- Desculpe, eu...
- Porra, Anne! – era a segunda vez que ele xingava de raiva por minha causa hoje – Pare de se desculpar por um instante! Acho que ainda não percebeu o que aconteceu aqui. Não é mesmo? - respondi-lhe com meu silêncio e afundei meus olhos nos seus. - Olhe o quarto, Anne, não meus olhos.
Vaguei meus olhos pelo quarto mesmo contrariada e vi o mesmo que ele. Havíamos destruído o cômodo, o chão estava cheio de roupas espalhadas, além de alguns equipamentos ninjas e alguns objetos quebrados pela forma como outras foram jogadas. Não se parecia nenhum pouco com o quarto que nos fora entregue.
- Sinto muito... – falei impulsivamente, o fazendo ficar furioso. Kakashi colocou suas mãos em meu ombro e me guiou até o banheiro.
O banheiro era enorme, não tão grande quanto o quarto, ainda assim grande demais para ser só um banheiro, paramos em frente a uma parede de espelho que havia lá. E fitei seu rosto contorcido de raiva e tristeza, talvez remorso, não soube ler com clareza sua expressão.
- Me diga o que vê! – ele ordenou
- Me parece remorso, mas não sei pelo que -– mordi meu lábio inferior
- Não morda seu lábio! Está nua, lembre-se disso. – soltei meu lábio e ele suspirou – Agora, olhe para você, eu não sou o foco aqui.
Obedeci e passei a olhar para mim. Meu rosto ficou corado imediatamente ao perceber a proximidade de nossos corpos, mas eu estava bem, aparentava estar um pouco cansada, mas nada que não fosse explicado, quando olhei meu pescoço entendi o seu desespero. Ele estava roxo, e tinha marca dentes também, desci rapidamente meus olhos para o meu corpo, e vi que as mesmas marcas se repetiam em vários lugares, mais com o acréscimo de alguns arranhões e marcas avermelhadas que pareciam dedos, principalmente em meu quadril.
Instintivamente as memórias da noite anterior vieram como que me explicando o porque daquelas marcas, como se eu não lembrasse de tudo, ainda assim deixei minha mente vagar.
Flash Back - on
“Kakashi estava me apreciando e me levando a loucura, cada beijo e mordida por cima da minha calcinha ma fazia questionar o real motivo de eu sempre usá-la. Ele pôs suas mãos por baixo da minha calcinha e acariciava meu quadril, as vezes com um pouco de força, mas ele não percebeu, caso contrário, diminuiria a pressão, mas, eu queria mais. Levei minhas mãos as suas e passei a repetir os seus movimentos.”
“Ele cravou seus dedos com força em minha bunda, eu sabia que ele não conseguiria suportar esse ritmo lento por tanto tempo, embora tenha resistido um bom tempo. O olhei reprovando sua atitude, mas o deixei me dominar de novo e apoiei minhas mãos em seu joelho, a deixa que ele esperava para poder assumir o ritmo que ele precisava, e eu também.”
Flash Back - off
Continuei a descer e vi a grande mancha vermelha que estava na minha vagina e que terminava quase no meio das minhas coxas. O Clã Oculto realmente soubera aumentar a barreira que estava em mim, talvez tivesse sido aumentada demais, afinal era excesso de sangue, eu acho, nunca fiz isso antes e nem teria como “perder” minha barreira novamente. Passei meus olhos até os meus pés, e vi a mesma sequência de marcas, virei um pouco meu corpo para o lado e vi minha bunda muito vermelha, e com diversas marcas irregulares de mãos, de forma impulsiva levei minha mão até a vermelhidão e retorci o rosto pela leve dor que me causara esse toque, por isso tirei-a rapidamente dali.
Olhei novamente para cima buscando encontrar Kakashi atrás de mim, como estava antes, mas ele estava escorado na porta com aquele mesmo olhar desconhecido, que eu me recusava a chamar de remorso.
- Era só isso? – perguntei de forma relaxada, embora estivesse tensa por sua possível reação
- Ainda queria mais? – arqueou sua sobrancelha me tirando o juízo – A fiz chorar de dor, a fiz sangrar de uma forma que nunca vi em nenhuma outra, - isso me fez estremecer, pensar nele de forma tão intima com outra mulher, mas optei por ignorar – além disso ainda deixei um rastro de destruição no seu corpo. O que mais queria?
- Queria que não se arrependesse. – disse sem olhá-lo, e ligando a banheira para que pudesse esconder minha vergonha dele
- Acha que me arrependo?
- Não está feliz com a forma como eu estou, me contou que teve outras e agora está me comparando com uma delas. Sabe, posso não ser a pessoa mais fácil de entender, mas tudo o que aconteceu foi muito importante para mim, foi único, foi a minha primeira vez, e eu sinto muito se não fui o suficiente para você, porque acredite, eu tentei. Tentei ser melhor do que eu poderia, tentei superar pessoas que eu nem deveria pensar naquele momento, até porque eu nem sei quem são. Mas, você está me mostrando que eu falhei.
-Anne...- ele tentou me interromper, mas virei de frente para ele e levantei minha mão fazendo –o
- Sinto muito, por falhar de novo com você, mas acho que não foi tão ruim quanto das outras vezes que machuquei você. Juro que tentei. Tentei mesmo. Sinto muito, por nunca ser o suficiente para você. Se quiser ir embora eu entendo, e até... – ele me calou beijando-me de forma rápida e possessiva
- Porque você precisa tornar tudo tão mais difícil? Eu machuco você, e você consegue mudar toda a situação de forma a parecer que eu é quem estou ferido. Surpreendente, mas perturbador. Agora entre nessa banheira e lave-se, ver o sangue que está em você só me deixa mais agoniado. – beijei-lhe a bochecha e pulei dentro da banheira, que mais poderia ser uma piscina e o molhei todo e acabei por gargalhar com isso – Acho isso divertido é?
Ele fez dois clones que saíram do banheiro, me deixando confusa, mas agora ele é quem achava graça. Sentou sobre a cadeira que havia no banheiro, sim, havia uma cadeira assim como um rádio, uma televisão e um painel de controle de alguma coisa, e retirou a bandana, as sandálias, e o colete. O primeiro clone retornou e colocou a bandeja com comida ao meu lado, e Kakashi o desfez, assim que senti o cheiro do chocolate coloquei o bolo dentro da boca, nem eu sabia que estava com tanta fome.
Já havia devorado três pedaços de bolo e copo de suco que estava ali, quando o outro clone entrou, Kakashi o desfez, e caminhou em direção a banheira, observei seu corpo despido e vi que haviam diversas marcas que eu havia produzido, ele apoiou a bandeja na cadeira onde outrora estivera sentado e entrou na banheira.
- Ainda preciso descobrir uma forma de resistir você. – fiquei de quatro na banheira e beijei-lhe, mas minhas mãos me traíram, ou será que apenas fizeram o que eu queria? , e vagaram até seu pênis– Ou talvez eu deva simplesmente descobrir como ter você por mais tempo. –sentei em suas coxas e tornei a beijá-lo
- Tenho uma sugestão. – ele arfou quando pressionei seu pênis com um pouco mais de força e passei a cabeça na minha vagina – Apenas aproveite o sonho que estamos vivendo.