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POV – Donatella
- Vai me contar mais sobre essa sua paixão? Ou devo pensar que você é um mentiroso?
- Ela se chama Yukimi, e possui uma habilidade muito única, que quase a fez perder a vida para o vento, – ele riu – mas ela conseguiu estabilizar essa habilidade e agora deve estar viajando para descobrir o mundo, mundo esse que ela sempre quis conhecer.
- Você não disse o clã ao qual ela pertence.
- O clã dela não é conhecido, e tão pouco existe, ela é única. Não acredito nem mesmo que saibam da existência dela.
- Por que ela não está com você?
- É complicado. – ele disse, se sentando na grama, relaxando pela primeira vez desde que estava comigo – Ela não deveria existir, e como eu disse o clã dela não existe mais, em uma grande parte por culpa de um shinobi de Konoha, então, não acredito que esse fosse o lugar que ela mais desejasse vir.
- Mas você está aqui.
- Sim.
- Isso não é motivo o suficiente para ela?
- Achei que era mais inteligente. Eu disse que eu a amava, não disse que ela me amava. Éramos duas crianças, Yukimi disse para mim que eu me parecia com seu irmão, mas ambos sabíamos que isso não era verdade, era só a única forma que ela encontrou de me proteger.
- Acho que essa foi a forma dela de mostrar que gostava de você.
- Mas não é o suficiente para me amar, pelo menos não do mesmo jeito que eu a amo.
- E o que vai fazer a respeito?
- O que mesmo que eu estou fazendo. Ela sabe onde me encontrar, e também sabe que eu não consigo encontrá-la, então, se ela quiser me encontrar, ela virá. Tudo o que posso fazer é aguardar a decisão dela.
- E se ela não aparecer?
- Você disse que ama alguém. – assenti para ele – O que você faria se estivesse na minha situação? E se bem conheço o seu clã, não está numa situação tão melhor que a minha.
- Colocação inteligente, admito, esperava bem menos. Por enquanto ele é Victor, mas ele já teve outros nomes, e talvez ainda tenha mais. Ele é ...especial, e corajoso. – ele arqueou a sobrancelha esperando por mais – Victor me incentivou a fazer coisas que eu não faria, e ser eu mesma, da mínima forma máxima que eu consigo. – sorri a isso.
- Acho que não entendi essa colocação.
- Que pena! Acho que não é tão esperto quanto esperava. – sai andando e ele correu para me alcançar.
Era hora de parar de brincar, eu sabia o que tinha que fazer agora, eu prometi a Victor que faria, e eu vou fazer. Mesmo que discorde dos propósitos dele, o que ele deseja é realmente o melhor para todos.
- Atenta como sempre. Deduzi que a chegada dele não passaria despercebida por você, por isso poupei o trabalho de enviar alguém. – o Sandaime colocou
- Estava ansiosa para conhecê-lo. – estendi minha mão para o enviado de Suna, que em meio a um receio, a apertou – Aperto de mão frouxo, espero que seja só o cumprimento mesmo. – o Terceiro se engasgou em sua tragada e o visitante ficou visivelmente envergonhado.
- Deveria se comportar pelo menos no primeiro momento, Donatella.
- Desculpe, mas não quero. Só quero terminar logo com isso. Para onde devemos ir?
- Esse é o Hajimo Hõki de Sunagakure. A família Hõzi é muito respeitada em Suna, é dela que saem os ninjas médicos da aldeia, deve-se muito respeito a essa família. Hajimo vai estar com você durante todos os dias que precisa ficar em Konoha. E respondendo a sua pergunta, ele já sabe para onde ir.
- Senhorita? – ele me ofereceu o braço, e eu o cruzei com o meu para sairmos dali logo. – Sei que não está feliz com nada disso do que acontece, se lhe ajuda um pouco eu também não estou, mas minha família sempre fica as escondidas na aldeia e é uma tradição o Kazekage confiar a gueixa ao médico ninja que se destaca...
- Quem disse que eu quero ouvir sobre a sua família?
- Nesse caso, espero que entenda que estou aqui tão obrigado quanto você. – ele continuou mesmo após eu o tê-lo desafiado – Acho que o Kazekage sempre confia gueixas a nós, porque as mulheres da nossa família se parecem um pouco com a do seu clã, elas devem permanecer com o rosto maquiado, e só o revelam para o homem ao qual desejam casar. Meu pai disse que essa foi uma das tradições inventadas para que nossa família não esquecesse de onde saímos.
- E de onde saíram? – perguntei, embora já soubesse a resposta e ele sorriu
- Do seu clã, é claro. Do magnífico Clã Oculto. Chegamos!
POV – Guy
- NORAAAA! Eu cheguei! – gritei em frente a entrada de Suna
POV - Nora
Estava comendo biscoitos, enquanto Rasa estava assinando os milhões de papeis que um Kage precisa aprovar ou negar ou fazer sabe se lá o que. Quando o nosso silêncio foi quebrado por um dos subordinados abrindo a porta, mas não fora ele quem ferira o nosso silêncio, mas sim o meu Guy.
- NORA! Onde está a minha Nora? Saia da minha frente! Eu preciso achar a minha Nora. – gritava, pulando atrás do subordinado
- Apenas tire-o daqui. E boa sorte! Ele é descontrolado. Quando estiverem um pouco mais calmos voltem a mim. Entendido?
- Sim, Kazekage-sama. - me levantei e segui em direção para um Guy que continuava histérico a porta
- Leve-os para o lugar onde fora reservado para Hõki Hajimo. – o subordinado assentiu
- Guy! – me joguei em seus braços, enquanto ele mergulhava em lágrimas me girando pela sala, sorria para o momento que eu não acreditei que iria realizar novamente, rever o meu Guy. – Ai! Você é mesmo um idiota sabia? – disse socando o seu braço, após cairmos no chão, por ele ter ficado tonto de tanto girar.
- Desculpa! – disse em lágrimas novamente – Eu sempre vi isso nos filmes...
- Isso só dá certo se ninguém cai. – o Kazekage pigarreou, nos avisando sobre o incomodo, então, me levantei e puxei Guy para cima.
– Obrigada! – disse sorrindo a Rasa e sai da sala com o Guy e o subordinado, que nos levaria para o nosso conto de fadas.