Prevejo pessoas pensando besteira por causa do título do capítulo...
Mas sinceramente, a primeira coisa que me vem à cabeça quando falam a palavra clímax é algo que meu professor de redação do ensino médio disse durante a aula: "clímax é o ponto máximo do conflito de uma narrativa".
O sentido aqui é esse, ok?
Boa leitura a todos!
Passo 5 – Crossroads to the future
Natsu gritava como se não houvesse amanhã. A dor era a única coisa que passava repetitivamente por sua mente. Ele não sabia, mas pouco a pouco o selo no livro de END estava enfraquecendo.
Toda vez que um espasmo de dor passava por seu corpo, o selo reagia e se enfraquecia mais um pouco. Todos os ingredientes estavam presentes. Ele estava sem poder mágico, sua vida estava em risco e a dor que o rasgava por dentro fazia com que seus instintos buscassem se agarrar a qualquer possibilidade de sobrevivência.
Lucy tentava chegar até o corpo de Natsu, mas não importava o quanto ela mandasse que seu próprio corpo se movesse, ele não a obedecia. Uma aura negra cobriu o corpo de Natsu, já que ele não mais conseguia lidar com a dor. A transformação havia se iniciado. Nada poderia parar o despertar de END agora.
Zeref podia sentir o selo no livro de END se desfazendo e começou a suspeitar que August provavelmente havia feito um movimento arriscado. O imperador de Alvarez mudou sua rota, deslocando-se na direção em que ele sabia que August estava.
END ainda não tinha percepção das coisas ao seu redor. Seu despertar havia sido turbulento e sua cabeça ainda estava confusa, mas August estava desapontado. Ele esperava que END saísse em frenesi assim que despertasse, só que isso não estava acontecendo.
Zeref finalmente chegou ao local e notou o olhar de desapontamento no rosto de August. Ele sabia bem o que provavelmente estava ocorrendo ali, mas mesmo assim esperou que seu subordinado perguntasse.
— Imperador. — Começou August reverentemente. — Eu despertei o demônio. Mas ele não deveria estar trazendo o caos ao mundo?
— Agora, não seja impaciente August. END não é como menus outros demônios, até porque, ele já foi humano. — Iniciou Zeref. — O lado demoníaco dele ainda não tem a percepção das coisas ao seu redor, por isso ele ainda não destruiu nada. Mas você deveria ter usado métodos menos violentos. Do jeito que fez, você poderia tê-lo matado acidentalmente.
— Eu compreendo, imperador. Não cometerei esse tipo de erro novamente. — Disse August respeitosamente. — Talvez eu devesse usar algo que seja importante para ele...
— Agora sim você está começando a raciocinar, August. — Comentou Zeref.
END ainda estava instável. Seus olhos mudavam constantemente de cor, de verde escuro para vermelho escarlate, demonstrando que seus lados humano e demônio ainda estavam em conflito. Não demorou muito para que seus olhos permanecessem no vermelho escarlate, mostrando que o lado demoníaco estava no controle.
E foi aí quando ele ouviu o rei da magia ameaçando Lucy. Ela se tornou um alvo e os instintos de END gritavam para que ele a protegesse daqueles que a ameaçavam.
— Fique longe dela. — Sibilou END.
— Isso é normal, imperador? — Perguntou August. — Ou eu deveria ir atrás da garota mesmo assim?
— O lado humano dele está interferindo em seus instintos. — Respondeu Zeref. — Livre-se da garota, ela é um estorvo.
August começou a se mover, estando pronto para atacar Lucy e feri-la. END podia ver o desafio vindo do rei da magia. Seu ex-conjuro reagiu e confrontou a magia lançada por August.
Não demorou muito para que o ataque de END triunfasse sobre o de August e acabasse derrotando o rei da magia. Zeref apenas observou com um sorriso maléfico enquanto um de seus mais poderosos Spriggans caiu. END era realmente a obra prima que ele afirmava ser.
END se virou e olhou para Zeref, com suas írises escarlates mostrando um brilho perigoso nelas.
— LUTE COMIGO ZEREF! — Gritou o demônio furioso.
— Venha. — Respondeu Zeref entrando em uma pose de batalha.
Os dois irmãos começaram a batalhar com a clara intenção de finalizar um ao outro. Lucy podia apenas olhar fixamente os dois enquanto ia recuperando suas forças aos poucos. Era evidente que END tinha a vantagem é que Zeref estava fazendo um grande esforço para continuar no mesmo nível que o demônio.
END estava pronto para colocar um ponto final naquela situação. Zeref se encontrava totalmente sem ação, apenas esperando o próximo ato do demônio. END ergueu sua garra, mas antes que ele pudesse perfurar o corpo do Mago Negro, ele sentiu braços familiares circulando-o, o abraçando por trás.
Uma voz desesperada chegou aos ouvidos do demônio, detendo suas ações no mesmo instante.
— Não faça isso Natsu. Por favor, volte pra mim. — Lucy suplicou em desespero.
END parou de se mover assim que seu turbilhão interno recomeçou. Ele piscou algumas vezes e seus olhos haviam retornado ao típico verde escuro, mostrando que dessa vez, era o lado humano que possuía o controle, apesar dele ainda manter sua aparência demoníaca.
Lucy sentiu a mudança de postura em END e percebeu que Natsu havia retornado. Ela o soltou e caminhou até o mago negro com a determinação estampada em seus olhos e linguagem corporal. Natsu deu um passo para trás porque ele conseguia ver claramente o quão furiosa Lucy estava. E uma Lucy furiosa é uma Lucy assustadora.
A maga celestial olhou para Zeref com a intenção clara de dar uma surra nele. Ela agarrou as roupas dele e demandou respostas.
— Diga agora! Como eu posso selar os poderes de END?!
— Como se eu fosse te dar essa informação! — Retrucou Zeref com uma expressão de pura arrogância. Uma expressão que deixou seu rosto assim que ele percebeu o quão séria Lucy estava. — Tá certo, eu te conto! Só não me bata por favor!
Lucy soltou Zeref assim que ele contou a ela a informação que ela queria saber. Eles começaram a preparar as coisas necessárias enquanto o Imperador estava encolhido tremendo num canto, murmurando algo sobre loiras assustadoras.
Tudo estava pronto para começar. Natsu sinalizou para Lucy que ela poderia começar e mostrou que confiava plenamente nela. A magia de selamento já havia sido iniciada e uma luz brilhante cobria o local onde eles estavam. Ela só ia aumentando seu brilho com o passar do tempo, até que o brilho se tornou constante. Então, ele começou a diminuir até que, por fim, se extinguiu.
E bem no local onde antes havia um Natsu de aparência demoníaca, haviam duas coisas. Uma chave vermelha e um, agora humano, Natsu. Lucy se aproximou de seu parceiro e pegou a chave no chão, entregando-a a ele. Com um sorriso e com suas testas se tocando, Lucy disse as palavras que eles mais desejavam ouvir no momento.
— A guerra acabou. Nós conseguimos. Nós vencemos a guerra.