Que azar.
Era o que pensava enquanto corria até a grande casa no meio dessa chuva. Em segundos estava encharcada. Os tênis brancos chapinavam e guinchavam, umas mechas do seu cabelo grudavam no rosto. De repente, um trovão estourou e Lucy correu mais rápido. Natsu que disparava ao lado dela lhe deu olhada desconfiada, mas não ligou. Atravessaram a rua lamacenta chegando à estalagem subindo de dois em dois os degraus da varanda de madeira. O vento soprava forte enquanto escurecia mais e mais. O frio junto da roupa molhada a estremeceram. Abraçou em si mesma, sentindo os dentes começarem a bater.
- Argh.
Levantou a cabeça. Natsu sacudia de um lado pro outro o cabelo. Parte da água caindo em cima dela. Deu um pulo pra longe.
- Hei.
- Ah! Desculpa, loirinha. Mas eu detesto chuva.
Lucy arregalou os olhos. Passando a mão no rosto, tirando o excesso de água Natsu andou até a porta dupla de madeira. Segurando a argola da aldrava, alias esquisita (uma cabeça de boi) bateu umas três vezes. Lucy encarou a mochila abarrotada nas costas dele. O mago pediu “desculpas”! Antes que se mexesse outro trovão estourou alto e mais perto. Chiou dando um pulo e correu pra junto dele, que franziu a testa a olhando torto. Se controlando, rápido levantou o queixo.
- O que foi?
Piscando ele voltou a encarar as portas
- Nada.
De repente, enquanto esperavam Lucy ouviu um barulho estranho... Um chiado abafado bem ao seu lado. Deu uma olhada e piscou. Parado e encarando a porta Natsu sacudia com uma mão os cabelos enquanto vapor saía das roupas, mochila e dele próprio. Em segundos estava seco e ainda ela completamente molhada! Podia apostar que debaixo dos seus pés tinha uma poça d’água.
- Ma..mas isso não é justo!
Ele parou de bagunçar as mechas para olhá-la.
- Do que tá falando?
Lucy estremeceu mais. Estava ficando gelada e esse vento frio só piorava seu humor.
- Você! Pode se secar e ainda disse que detesta chuva!
Se emburrou apertando mais os braços. Estreitando o olhar, ele deu um sorriso debochado, estranhamente agitando seu coração.
- Não gosto de ficar molhado, mas se quiser posso resolver seu problema. É disso que você tá reclamando, não é?
Engoliu em seco arregalando os olhos. Natsu parou de sorrir, mas o olhar era malicioso. Contra vontade suas bochechas queimaram e uma fraqueza súbita tomou suas pernas. Vendo isso, o mago soltou um risinho a irritando. Lucy virou a cara.
- Dispenso.
- Você que sabe.
O tom debochado a irritou mais. Sujeito convencido.
Com a demora Natsu bateu a aldrava outra vez então ouviram uma trava pesada se mexer. Trocaram um olhar estranhando e as portas de madeira devagar se abriram dando passagem para um salão movimentado e iluminado. Bem diferente da rua deserta e sombria. Lucy mais que rápido entrou agradecendo pelo ambiente aquecido e Natsu cruzava o beiral olhando em volta. As portas atrás dele se fecharam e virou um pouco, vendo as duas garotas ruivas de vestidos longos e simples colocarem uma tábua grossa e comprida nos apoios de ferro, atravessando nas portas. Que esquisito.
Se voltou para o salão de novo tentando encontrar a loirinha. Ela estava tiritando de frio. Percebeu o quanto estava ensopada (além de irritada com sua brincadeira de há pouco). De teto baixo com um candelabro cheio de velas e alicerces de madeira, o salão da estalagem estava abarrotado de mesas onde pessoas comiam e bebiam aqui. Bem ao fundo, uma lareira enorme estava acesa e ao lado dela um balcão comprido e de madeira se estendia. E era onde Lucy estava.
Saiu do pequeno hall, entrando na multidão barulhenta enquanto desviava das mesas. Estava tão concentrado na garota parada ao balcão que não percebeu a servente a um palmo dele. Trombou com a garota e rápido estendeu o braço segurando a bandeja com a caneca caindo. Pelo o odor acre era cerveja. A moça que soltou um gritinho o encarou impressionada. Era robusta apesar de alta, o coque acastanhado prendia a maior parte do cabelo, mas havia mechas caindo no seu rosto corado e no colo descendo no decote. De imediato os seios fartos dela, presos no corpete chamaram sua atenção. Droga.
Pigarreou devolvendo a bandeja, se forçando a olhar o rosto dela e não no decote profundo, apertado... Droga!
- Ah, toma.
Ela sorriu suspirando e inflando os seios, parecia de proposito.
- Não tem de quê. É novo aqui senhor. Como se chama?
- Ah...
- NATSU!
Sorriu sem graça e passou pela servente. A moça girou no lugar o encarando desejosa, enquanto chegava ao balcão perto de Lucy. Ela quicava no lugar apertando os olhos para ele. Estava brava, deu pra ver.
- O que foi?
- O que você tava fazendo? Fiquei te chamando e nem me ouvia.
A encarou atravessado se virando para mulher franzina e de cabelos negros atrás do balcão. Essa... garota... Apesar de seu jeito quieto e tímido, (que involuntariamente estava aprendendo a gostar) olhava para ele com ar de reprovação, como se soubesse do porque de não escutá-la mesmo com a barulheira ao redor. Ele não prestava atenção, mas não diria a ela.
- Estava te procurando. – olhou para a mulher – Dois quartos.
A mulher suspirou observando eles. O olhar vagando de um para outro. O modo receoso o deixou mais desconfiado.
- São magos.
Viu um movimento a sua esquerda. Lucy tinha se apoiado no balcão, tirando o cabelo do rosto.
- Sim. Viemos pelo pedido.
A loirinha sorriu um pouco, tentando ser simpática mas a mulher pouco se importou. A olhando enfadada pegou duas chaves e saiu detrás do balcão.
- Era o que eu pensava. Sigam-me. Os quartos de vocês ficam lá em cima.
Sem olhar para trás ela foi direto à outra parte do salão. Deste lado não havia mesas. Várias crianças corriam de lá pra cá brincando. As mães também brincavam com elas e algumas apenas estavam sentadas em cadeiras e sofás, perto das paredes azuis desbotadas vigiando. Lucy observava as crianças quieta enquanto seguiam a mulher do estalajadeiro (pelo ao menos ele achava) e ficou intrigado. O modo como olhava os pirralhos, que sorriam e discutiam era... como podia dizer? Triste? Não. Prestou mais atenção quando chegaram a uma escadaria de madeira, rente a parede. Era tristeza com um pouco de inveja.
Que estranho.
Subiram os degraus e entraram num corredor. As paredes também desbotadas, o piso de madeira. Havia velas nos castiçais pendurados, mas estavam gastas demais. Mal iluminavam aqui.
- De guilda vocês são?
- Fairy Tail.
Respondeu distraído. O vento uivava e pela janela no fim do corredor, a chuva não ia passar tão cedo.
- Já ouvi falar. Meus filhos gostavam muito quando os magos da Fairy Tail paravam aqui. Pessoas divertidas elas são.
Piscou confuso. A mulher suspirou cansada. Lucy que andava na sua frente curvou a cabeça
- Como assim paravam?
Dando outro suspiro a mulher dobrou uma curva, entrando em outra ala. Desse lado as janelas estavam trancadas e as cortinas puxadas.
- Sleep Hollow é uma vila pequena, mas muito boa. Há dez anos as pessoas vinham aqui por causa dos nossos pomares e nosso folclore local. – deu um risinho amargurada – Meu marido vivia orgulhoso de contar a todo viajante que se hospedava aqui.
Parou se virando os fazendo pararem também. Natsu e Lucy escutavam a história curiosos e intrigados.
- Aqui era uma estação de muda. Por essas bandas qualquer cidade é longe demais, então... Bem, vocês perceberam quando vieram pra cá.
Se virou para uma porta, enfiando a chave na fechadura e destrancando-a. Abrindo a porta, pegou um castiçal na parede e entregou para Lucy. Ela o pegou junto da chave que a mulher lhe estendeu.
- Este é o seu quarto. Depois Daisy vai leva-la a sala de banhos. – sorriu minimamente. O gesto mostrando o quanto era nova. Isso os espantou – Está ensopada menina.
Natsu olhou para Lucy bem no instante que ela corou. O rosado tomando o seu rosto de embaraço. Soltou um risinho e ela rápido o encarou emburrada.
- O que foi?
Ele quase riu achando mais graça.
- Nada. Depois te empresto uma coisa pra vestir.
Para seu divertimento o rubor dela dobrou. A loirinha praticamente deu um pulo se afastando dele, a chama da vela tremendo enquanto o encarava.
- Po..por..porq-que que e-eu ia qu-querer?
Sorrindo, percebendo que a mulher assistia entretida ele estreitou o olhar debochado, segurando o riso. Ela gaguejando era muito engraçado.
- Se não percebeu loirinha suas coisas também encharcaram. Só vão secar de manhã. Te empresto uma roupa minha, mas vai ter que me devolver.
Ela apertou os olhos se emburrando. O tremor diminuindo com a raiva. Começava a gostar mais vendo ela assim do que envergonhada. Parecia um filhote querendo briga.
- Eu não vou ficar com uma coisa sua – desviou o olhar – de manhã te devolvo.
Se virou entrando no quarto e bateu a porta. Pode ouvir a tranca se fechando e segurou um risinho.
- Vocês...
Olhou para a mulher. Ela piscava admirando a porta.
- Sim?
Ela o encarou. Os olhos negros e cansados sorrindo um pouco. Natsu estranhou.
- Não tem importância. Venha, o seu quarto fica por aqui.
Seguiram mais a frente e então ela abriu uma porta. Pegando o castiçal na parede o entregou junto da chave.
- Descanse um pouco e depois de acomodar sua amiga, Daisy vai trazer seu jantar. Imagino que esteja com fome.
Sorriu um pouco e Natsu por um momento lembrou da servente. Fome... Ele sentia o estômago reclamar, mas outra parte do seu corpo se agitava também.
- Rapaz?
Piscou atordoado. Droga! Estava se distraindo de novo
- Sim?
- Estou muito agradecida por terem vindo. Esse pesadelo está deixando os cidadãos doentes.
Suspirou baixando o olhar. Natsu ficou intrigado.
- Como assim?
O encarando os olhos dela se carregaram de magoa.
- Amanhã o Edgar Durke vai lhe explicar. Foi ele que fez o pedido.
Se virou andando no corredor. Natsu entrou no quarto fechando a porta. Definitivamente tinha alguma coisa errada aqui. Caminhou até a cama e tirou a mochila das costas, jogando-a no chão. Se sentou no colchão, chutando os sapatos e se jogou de costas, um braço cobrindo os olhos. Suspirou pensativo. Essa missão pelo visto não vai ser nada fácil e pra completar aquele seu “probleminha” estava voltando. Só de pensar naquela moça, sua barriga contraía leve e um calor pesado tomava sua calça. Merda! Parecia um pervertido. Os seios dela chamaram sua atenção e daí? Vai ficar fantasiando? Pra começar ele não gostava do jeito como eram. Exagerados. O calor dentro da sua calça passou e respirou mais sossegado. É... celibato é uma droga.
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- Aqui está.
Lucy entrou no cômodo sentindo o vapor envolve-la. Comprida e com paredes lisas a sala de banhos era do tamanho do banheiro da Fairy Hills. Havia três tinas enormes de madeira e uma delas estava cheia d’água. Caminhou até ela, enquanto a moça alta e robusta seguia atrás.
- Pode usar o que quiser. Ali ficam os sabões e as toalhas naquele canto.
Lucy levantou os olhos e viu a parede onde a moça apontava. Encostada nela uma estante de madeira esbranquiçada estava cheia de toalhas brancas e amarelas nas prateleiras. Ao lado dela, no canto da parede quatro cantoneiras portavam caixas e vidros. Se dirigiu até lá e percebeu que os frascos eram águas de banho. Pegou um com liquido violeta e tirou a tampa, cheirando... Orquídea.
Não gostou desse. Tampou o frasco pondo no lugar e pegou outro. Esse era pequeno, cabia na sua mão e o liquido era caramelado, quase transparente. Destampou e aspirou um pouco. Lucy fechou os olhos, sorrindo.
- Qual é a essência desse?
Se virou pra moça. Não, Daisy era o nome dela. A garota um pouco mais velha que ela olhou para o frasco que mostrava e desdenhou. Lucy franziu o cenho.
- Jasmim-do-cabo.
Se virou andando até um braseiro baixo, mas largo. Acima dele uma panela de metal estava pendurada numa trava de ferro. As hastes presas no chão sustentando-a. Daisy pegou um pano grosso e segurou a alça da panela. Franzindo o rosto segurou com a outra mão aquela com o pano e caminhou até a tina cheia. Despejou metade e depois colocou de volta. O tempo todo lhe dando umas olhadas contrariadas. Lucy não entendeu isso
- Precisa de mais alguma coisa?
Parou se virando pra ela, tentando esconder um mau humor. Fingindo não notar caminhou até a tina levando a agua de banho, uma toalha e sabonete.
- Não.
- Como quiser.
Saiu andando e Lucy lhe deu as costas, colocando a toalha pendurada na borda da banheira de madeira e o sabonete junto do frasco num banquinho perto. Revirou os olhos tirando a saia molhada e a calcinha quando ouviu.
- Ah... Sem querer incomodar, mas aquele mago que veio com você...
Franziu o cenho estranhando e girou no lugar. A moça estava parada na porta, olhando para os lados retorcendo as mãos.
- O que tem?
Puxou o lenço que prendia seu cabelo e sacudiu as mechas.
- É solteiro?
Se entalou arregalando os olhos. Lucy a encarou reparando nas bochechas rosadas e o sorrisinho. Lembrou que viu a garota uma hora atrás servindo as mesas e Natsu mesmo com os ouvidos de dragão não escutou quando o chamava...
Uma irritação borbulhou.
- Não.
A garota a encarou espantada, mas invés de ter vergonha insistiu no assunto
- E a namorada deixa ele viajar sozinho com você?
Lucy se irritou mais. Porem, suspirando tirou a blusa jogando na pilha no chão, logo levando as mãos pro fecho do sutiã.
- Claro que sim. A esposa me pediu pra cuidar dele, se é que me entende. – sorriu de um jeito venenoso pra garota tirando o sutiã – Ela é minha prima e como sou da família...
Deu os ombros, pegando o frasco pequeno. Ao despejar um pouco na agua escutou com prazer o engasgo dela.
- Esp..p..posa? Ele é...
- Casado? É.
- Ah.
Os ombros nus de Daisy caíram e ela saiu do cômodo, quase correndo. Lucy parou de sorrir e bateu o frasco no banquinho. Oferecida! Essa... Essa vadia já queria se jogar em Natsu e claro, ele ia adorar. Irritada entrou na tina logo mergulhando. Ao levantar pegou o sabonete esfregando nas mãos, criando espuma. Tá, mentiu descaradamente mas e daí? Eles estavam aqui pra trabalhar e não... sentiu o rosto ficar quente, fazer esse tipo de coisa.
Só esperava que Natsu não soubesse do que fez. Ele podia ficar bravo.
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Onde estava essa garota?
Natsu andava no corredor do terceiro andar. Ele havia tirado o colete pesado e o continuou descalço. A camisa branca e calça cinzenta ainda estavam úmidas e frias, porem era melhor assim do que aquela peça pesada. Depois que arrumou suas coisas desceu pra jantar e reparou no salão quase vazio. A mulher que os acomodou explicou que era por causa do horário. Aqui as pessoas dormiam cedo. Cedo até demais. Mas ficou quieto. Ela aproveitou para se apresentar e dizer que cuidava sozinha daqui. Magdalena era como se chama e ficou calada quando perguntou do seu marido. Os olhos da mulher ficaram temorosos e empalideceu.
Estreitou o olhar dobrando uma curva. Isso não parecia que foi sequestro normal. Parecia que algo realmente ruim aconteceu. De repente, sentiu cheiro de gardênia e andou mais rápido. Nas mãos levava uma camisa limpa. Era pra loirinha. Sorriu um pouquinho. Ficaria uma camisola nela. Ele havia ido até seu quarto deixar, mas a porta estava trancada. Então foi seguindo seu cheiro na casa. Queria entregar logo e dormir.
Já chegava perto de uma porta quando o cheiro ficou mais forte. Franziu a testa estranhando. Sempre exalava fraco. O que estava fazendo? Parou no beiral, vendo a luz amarelada das velas e o ar quente o envolvendo. Piscou confuso e ouviu um chapinar de água. Olhou pra direita pronto pra reclamar e seu folego faltou, o estomago caindo de surpresa.
Em pé e de costas, Lucy se ensaboava numa tina. Prendeu a respiração sentindo o ar quente se entranhar nele, o esquentando ao deslizar os olhos nela. A pele molhada e corada da água quente, o vapor envolta dela e soltou o folego devagar, sua mente ficando mais lerda enquanto baixava os olhos encarando as nadegas redondas e arrebitadas. Suas palmas formigaram, sentindo um súbito desejo de aperta-las e subir as mãos até a cintura fina, agarrando. Arfou levantando o olhar. Ela ainda não o viu e agradeceu isso. Lucy se virou um pouquinho e perdeu mais ar. O seio se mostrou balançando de leve e estava coberto por umas mechas douradas. Sua calça de repente ficou muito, muito apertada. Sua virilha em brasa como o resto do corpo todo. O seio dela parecia ser tão macio... que gosto será que tinha?
Sua mente ficou mais lenta e embaralhada. Já estava pensando em se juntar no banho quando ouviu vozes no corredor. Piscou arregalando os olhos. Droga!!! Saiu dali sem fazer barulho, Lucy quase o pegando na porta nesse estado vergonhoso. Entorpecido e excitado. Se escondeu numa sombra, vendo outras mulheres entrarem ali. Fechou os olhos se xingando e depois suspirou. Isso era a ultima coisa que precisava. Ver a loirinha nua e ainda tomando banho. Sua calça ainda estava apertada e suava demais.
Ele não ia esquecer tão cedo disso.
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Lucy andava no corredor batendo os dentes. Enrolada numa toalha e outra nos cabelos. Chegou ao seu quarto agradecendo que ninguém apareceu aqui. Não queria ser vista de toalha. Entrou batendo a porta e passou a chave, logo guardando em cima do criado-mudo perto da cama. Suspirou estendendo a camisa que segurava no colchão. A mulher da estalagem a entregou na sala de banhos. Segundo ela, Natsu deixou consigo para que lhe entregasse. Ela disse que ele estava nervoso e corado. Obvio, o motivo que lhe veio foi aquela garota oferecida. Será que estava com ela depois que Daisy saiu de lá?
A irritação a tomou. Com certeza. Homens são todos iguais. Não podem ver uma saia que já querem se enfiar nela. Arregalou os olhos. Ela... ela pensou mesmo isso?! Mordeu o lábio, tirando a toalha e pegou a calcinha que torceu e deixou perto do castiçal numa mesinha. Estava quase seca, mas era melhor que nada. Suspirou amuada ao se vestir. Aquarius tinha razão. Pensando desse jeito ela nunca vai arranjar um namorado. Perdeu a conta de quantos caras espantou com suas criticas, suas mancadas. Eles gostavam dela até abrir a boca e então não olhavam mais na sua cara.
Tirou a toalha do cabelo e vestiu a camisa branca. Quando desceu a roupa ajeitando-a a bainha parou na parte alta da sua coxa. Ela sumia dentro da peça. Achou engraçado e nesse instante um trovão estourou. Deu pulo estremecendo. Fechando os olhos apertados até o barulho passar. Quando o rimbombar parou soltou o folego aliviada e subiu na cama, sentando no meio cruzando as pernas. Em cima do lençol estavam suas chaves. Elas eram lindas. Passou a mão de leve nelas, acariciando. Teria que pensar num jeito de carrega-las o tempo todo. Podia usar uma argola ou talvez a bolsinha de couro. Pôs um dedo na bochecha pensando. Não, podia se atrapalhar no momento que fosse usar. Curvou o pescoço, mais pensativa. Talvez as pendurasse numa pulseira, assim ficaria fácil na hora pegar.
Estava planejando comprar uma amanhã quando ouviu um barulho. Piscou confusa. Parecia a madeira estalando então um som ecoou a arrepiando inteira. Ranhuras, lentas e abafadas bem debaixo da sua cama. Lucy engoliu em seco, seu sangue fugindo pra algum lugar do corpo quando uma respiração ofegante soou em seguida. Os arranhões no piso de madeira aumentaram e estremeceu. Devagar estendeu a mão para as chaves, vendo o quanto ela estremecia. Nesse instante, a vela apagou e os barulhos pararam. Prendeu o folego.
- Hahn...
Seu coração bateu errado. Um bafo fétido pairava acima da sua cabeça. Estremecendo sentiu a coisa se aproximar e entrou em pânico. Um vento passou à sua esquerda e gritou. O monstro soltou um gemido e Lucy agarrou suas chaves enrolando na cama e caiu no chão. Ouviu um baque e um rasgo. Depois uma coisa grande voou chocando na parede. Se levantou correndo até a porta e sentiu um vulto as suas costas. Se jogou pro lado e a coisa bateu na madeira, quebrando. Pela claridade fraca no rombo da porta o monstro era alto, quase esquelético e completamente negro. Ele girou a cabeça na sua direção e Lucy viu dois olhos grandes e vermelhos. Arfou estremecendo. O monstro sibilou arreganhando os dentes pequenos e brancos, depois correu pra cima dela. Gritou desesperada e correu pra longe, pegando as cegas a primeira coisa na mesa. Quando o monstro pulou nela parou girando e atirou o objeto. Acertou bem na cabeça e bicho que caiu grunhindo.
Correu pisando em cima dele e disparou para porta, pulando no vão que o monstro abriu. Meu Deus, Meu Deus. Meu Deus!!! O..o..que era aquilo? Atrás dela no corredor ouviu uns baques e depois as passadas velozes. Correu mais desesperada. O gemido sufocado soando cada vez mais perto. Quando dobrou uma curva, quase batendo na parede segurou uma chave e apertou as outras duas na mão. PORQUE NINGUÉM OUVIA ISSO?!
- HAAHHNNN!!!
Arregalou os olhos. Um braço bateu nas suas costas, a atirando para o fim do corredor saindo onde ficava a escada. Ia despencar degraus abaixo. Fechou os olhos gritando cobrindo a cabeça com os braços. Na queda, porem, uma mão quente a agarrou pela cintura, girando e puxando. Bateu num peito quente e nu e abriu os olhos, mal acreditando. A encarando aparvalhado Natsu ofegava de susto.
- O que tá acontecendo?
- Eu..eu..
Um grunhido medonho. Bem acima deles. Os dois levantaram as cabeças e o vulto preto de orbes avermelhadas pulava. Natsu a soltou para bloquear, mas não deu tempo. Os três se chocaram, quebrando o corrimão da escada e caindo no salão. Natsu e o monstro caíram rolando um no outro e ela aterrissou o tapete, a queda deslizando e embolando o tecido. O estrondo com os gritos finalmente fizeram as pessoas saírem. Gemeu frustrada e se apoiou numa mão, conseguindo ficar agachada freando a queda. Ao levantar o braço com a chave sentiu a mesma esquentar, um brilho dourado do padrão mágico ao lado dela. Encarou a frente através dos cabelos no rosto, em tempo do monstro atirar Natsu pra onde ela estava. O mesmo rosnou de raiva se endireitando na queda enquanto os punhos pegavam fogo.
- Abra! Portal do Palácio do Touro Dourado – Balançou o braço na sua frente, o brilho da chave riscando – TAURUS!!!
Um ranger de uma imensa porta se abrindo soou pelo salão e depois um estrondo de abrir a terra. Natsu caiu curvado a sua frente. Ele tomou um impulso se atirando puxando o braço que pegava fogo e um brilho dourado tremulante apareceu um segundo depois junto com um poderoso um mugido. Numa leve fumaça, através do brilho dourado e tremulante um touro musculoso de 2 metros de altura, pelo branco e manchas negras apareceu. Nas suas costas um machado duplo, enorme de batalha. Na lâmina gravado em ouro estava seu símbolo do zodíaco.
- Lucy-san...
- VAI PEGÁ-LO!!!
Taurus deu um risinho e se curvou, levando uma mão ao cabo do machado.
- Como quiser.
Em seguida correu mugindo e levantando o machado. Natsu que estava na frente, girou para trás no instante que Taurus balançou o machado. Descendo no monstro. Por pouco não o acerta! Porem, a lamina ao passar no monstro acertou sombras. Os três franziram a testa. Lucy ainda agachada no chão com a chave brilhando, Taurus com o machado levantado e Natsu curvado em posição de ataque. Os hospedes chegaram bem no instante que Taurus tinha aparecido e todos falavam ao mesmo tempo.
- O que é isso?
- Porque esse touro?
- Vão destruir o salão!!!
Lucy se irritou quase se desconcentrando. Já ia mandar calarem a boca quando Natsu virou o rosto para trás. Um instante depois uma mulher gritou em desespero. Todos viraram o rosto na direção e Natsu disparou até lá, com ela o seguindo e o Espirito Estelar. Chegaram no salão que dava para o hall. Uma mulher estava aos prantos sentada no piso, nas suas mãos um ursinho. Natsu passou por ela. Gritando deu um soco nas portas da entrada arrombando e caindo na varanda. Lucy parou derrapando, ficando pra trás.
- Lucy-san...
- Agora não Taurus. Fique aí guardando a entrada.
Ofegou engolindo em seco. Tentando controlar o pânico.
- Mas essa muuuu blusa ficou perfeita em seu corpão.
Gemeu frustrada. Vendo Natsu na rua se encharcando da chuva. Como ia ganhar respeito se seu Espirito falava assim? No entanto, continuou concentrada, tentando ignorar os raios e o vento forte. Depois de uns segundos, Natsu estourou rosnando.
- Droga!
- O que foi?
Olhando pra ela, ele ofegou mais possesso. Ficou com certo medo, mas ignorou.
- Eu não consigo sentir o cheiro dele. A chuva encobriu.
Franziu a testa.
- Mas...
- Não adianta. Ele sempre pega o que quer.
Lucy girou no lugar. A mulher aos prantos estava sendo consolada pela senhora da estalagem. Natsu correu para varanda ficando ao seu lado. Dando uma olhada em volta, ela percebeu que todos os rostos dos hospedes estavam tristes.
- Pegar o que?
Dando tapinhas nos ombros da mulher e abraçando-a, Magdalena explicou.
- Quem ele quer. Homens, mulheres, mas principalmente as crianças.
Levantando os olhos pra eles, a mulher suspirou cansada.
- O Duhb não se importa se fizeram algo bom ou ruim. Ele os pega e arrasta pra floresta.
Lucy sentiu toda sua coragem se esvair e um trovão estourou a fazendo pular e estremecer. Natsu lhe deu uma olhada confusa e sem surpresa, a chave parou de brilhar mandando para casa o Espirito de Taurus. Estranhando sua atitude o mago se inclinou.
- Oe.
- D...Du..Duhb?
Perguntou pra mulher gaguejando e dando um suspiro, Magdalena assentiu.
- Sim. É como chamamos.
Outro trovão estourou e sem querer deu um pulo pra perto de Natsu, agarrando em pânico seu braço. Ele a encarou surpreso mas não deu importância.
- O que foi?
Engolindo em seco. Lucy pediu tremula.
- P..po..posso dor..dormir no..no..no se...seu q..qu..quarto hoje?
Natsu arregalou os olhos, se entalando espantado, mas ela de jeito nenhum dormiria sozinha esta noite. Monstros embaixo da cama, pegando crianças malcriadas. Ela viveu nesse terror bem pequenininha e agora viu seu pesadelo em carne e osso.
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Natsu suspirou encarando o vazio, ao seu lado no colchão a loirinha dormia encolhida e enrolada na coberta. Sentado na cama ele pensava no que houve mais cedo. Como aquele bicho entrou nessa casa? Ele sequer sentiu o cheiro da coisa. Ouviu um gemido e pensou que noite vai longa pra ele. Lucy estava aterrorizada. Não é pra menos, afinal o monstro a atacou no próprio quarto e podia apostar pelo comportamento dela quando se hospedaram que tinha medo de trovões. Porque mais ficaria pálida e tremula a cada vez que um soava? Por isso deixou que ela ficasse aqui. Ele deixaria a cama pra ela enquanto dormiria no chão.
Nesse instante, um trovão estourou perto, forte e sonoro a ponto do som reverberar nas paredes. Como imaginava, o colchão sacudiu. Suspirou enfadado e olhou de relance para a direita. Paralisou. Prendendo o folego, seu pulso de repente acelerado. Por causa do barulho do trovão Lucy se agitou jogando a coberta pra longe e agora mostrava as pernas nuas sem querer.
Natsu engoliu em seco e espiou rápido seu rosto. Ela dormia, num sono agitado pelas pálpebras tremulas, mas dormia. Soltou o ar devagar, procurando se acalmar. Encarou o colchão abaixando a cabeça. Ela estava aqui somente porque sentia medo. Da tempestade e daquele vulto. Nada mais. Não podia ficar lembrando de vê-la nua. Foi sem querer. Mas... estreitou o olhar, sentindo um calor formigante lhe subir e descer enquanto arfava. A água escorregando na pele clara, o vapor subindo enquanto ela se mexia ao se ensaboar, o seio redondo balançando de leve...
Prendeu o folego de novo, apertando os olhos. Droga! Sua virilha já estava em brasa com a lembrança. Por que... Diabos... A viu tomando banho?! Agora isso não saía da sua cabeça. Agarrou os cabelos frustrado. Um movimento a sua direita chamou sua atenção e estremeceu num espasmo. Largando os cabelos seu folego mais fraco a ponto de ofegar, Natsu encarava com o olhar baixo as pernas dela. O calor que sentia aumentava a medida que subia o olhar e ficou mais ofegante. Lucy tinha virado o rosto no travesseiro, se entortando um pouquinho de lado fazendo a blusa subir. Olhou na direção, mais abaixo e a bainha estava enrolada no quadril dela, lhe mostrando a calcinha branca e pequena.
Porque ela usava calcinhas assim? Na estação quando a jogou no ombro a saia levantou e não pôde deixar de olhar. A renda mal cobria a intimidade dela, só o suficiente pra fazê-lo esquentar. Claro, naquela hora não sentia esse calor absurdo dentro da calça, aumentando enquanto continuava olhando a peça branca. Natsu suspirou ficando tonto e pensou em tempos atrás. As mulheres das Casas de Pecados sempre lhe ensinavam coisas. Como tocar, como beijar, como invadir com seu sexo quente e excitado um corpo de mulher, de várias formas e fazer a parceira se empolgar. Elas sempre gostavam de ensinar um rapaz sem experiência alguma, mas havia uma coisa que nunca fez.
Usar a boca pra estimular e provar o sexo.
Ele nunca quis isso. Elas se deitavam com qualquer um, carregavam nelas o cheiro desses homens e isso lhe embrulhava só de pensar. No entanto, olhando para calcinha da loirinha sua boca ressecava fazendo sua barriga contrair de ansiedade. Homem algum tocou nela. Tinha certeza absoluta, pois não havia aquele almíscar que sempre ficava, não importa quanto tempo passe, sempre tinha o odor masculino e a loirinha não tinha. O cheiro dela era limpo. Gardênia, morno e de mulher.
Suspirou mais tonto. Ele queria agora tanto prova-la... Saber como é colar a boca ali e beijar...
Estremeceu de leve e tirou os olhos da calcinha branca para o rosto dela. Lucy estava franzindo o rosto, seu braço debaixo do travesseiro o levantava um pouco enquanto a mão agarrava a fronha. Seu outro braço estava por cima da barriga, dobrado e tenso. O calor que sentia, principalmente na virilha o esquentou de uma maneira... deixando sua mente lenta e irracional. A loirinha parecia que estava tendo um pesadelo. Bem, ele podia resolver o problema pra ela.
Se virou no colchão devagar, apoiando na mão direita enquanto se inclinava e passava a perna esquerda do outro lado do corpo da garota, ficando acima da loirinha. Seu peso afundava um pouco o colchão, mas tinha muita calma. Ele não queria acordá-la rápido. Natsu se arrastou um pouquinho, sempre olhando para o rosto adormecido e então se abaixou, parando ao se inclinar pra barriga dela. Arfou estremecendo, seu coração batia forte deixando ele surdo com o pulso nos ouvidos. Estava a um palmo dela e se arrepiava. Apoiando o peso num braço, segurou devagar o pulso delicado com a mão livre e tirou com todo cuidado estendendo o braço dela no colchão. Lucy se mexeu um pouquinho e rápido parou levantando o olhar. Quando ela suspirou e ele voltou os olhos pra barriga dela, ainda coberta pela sua blusa.
Sua blusa... Ficou mais excitado.
Esticou o braço livre pra trás e agarrou a bainha enrolada no quadril dela. Foi puxando lentamente, enfiando os dedos por dentro da blusa quase tocando na pele quente, macia... Natsu estremecia de antecipação. Quando subiu a blusa até o fim dos seios dela, largou o tecido. Ao esticar os braços lado a lado dela, agarrando o lençol abaixando a cabeça. Fechou os olhos abrindo os lábios, dando um beijo leve na barriga dela e suspirou. Macia. Era só o que pensava e voltou a beijar. Primeiro quase a tocando e depois foi curvando o pescoço espalhando mais os lábios, querendo sentir mais a pele branca na boca, os beijos ficando famintos e molhados. A loirinha se agitou de novo, mas ele não quis parar. Foi subindo, escorregando os lábios para cima deixando uma trilha úmida para trás. Quando chegou onde a bainha da blusa estava, entreabriu os olhos vendo um pedaço do seio esquerdo dela. O monte macio subia e descia pelo arfar. Fechou os olhos encostando o rosto nele e mordiscou. No mesmo instante, a garota prendeu o folego acordando. Ouviu um gritinho e rápido tampou sua boca com a mão se deixando cair pesado sobre ela.
Lucy se retorceu embaixo dele. Estremecendo e esperneando. Entrelaçando as pernas nas suas enquanto tentava se soltar. Natsu arfou apertando o rosto no seio dela, o corpo da loirinha enrijecendo de espanto e então as mãos o agarraram pelos ombros, tentando empurrá-lo. Era em vão. Ele não ia parar. Abriu a boca e fechou sugando por cima do tecido. Ela deu outro gritinho o tirando um pouco da nevoa que estava em sua cabeça. Não queria que gritasse. Ele não ia machucar.
Lucy sacudia a cabeça tentando se livrar da sua mão. Parecia que dizia alguma coisa... Era “para!”? Talvez seria seu nome. De qualquer jeito não ia lhe soltar. Foi esfregando o rosto abocanhando e sugando, fazendo a garota se agitar mais e ele deixava. Sem querer ela se esfregava nele e começava a ficar gostoso. Ao se agitar de novo com seus chupões, o mamilo foi direto a sua boca e o abocanhou com vontade. Sugando e babando a blusa. Lucy não usa sutiã, o que ele agradeceu muito. Com o esperneio dela a blusa subiu mais e parou de sugar por um momento. Mordeu a sobra do pano, puxando pra cima. O seio saltou pra fora e gemeu com a visão.
Nem grande ou pequeno. Era o tamanho que ele gostava. Pesado o suficiente e encheria sua mão se apertasse. Ofegando enterrou o rosto nele e começou a lamber com gosto, gemendo. Lucy estremeceu e parou de se debater. Sentiu na sua palma um abafado ronrono. Retirou a mão da boca dela e com umas das pernas, enfiada nas da loirinha empurrou a coxa da garota abrindo. Escorregou a mão livre na lateral do corpo dela até chegar ao quadril. Se levantou um pouco e enfiou a mão entre eles descendo na barriga lisa que estremecia com o toque, pelo ventre até chegar a intimidade dela. A loirinha se arqueou o agarrando com mais força e aproveitou. Tomou o mamilo e espalmou o sexo dela.
Esfregou a palma pra cima e pra baixo, enquanto sugava forte o seio. Lucy balbuciava coisas estranhas, se retorcendo e mantinha a perna empurrando sua coxa macia, mantendo bem afastada. Queria tocar direito. Sentiu o ponto de prazer dela inchar e arfou largando seio. Levantou um pouco e ainda de olhos fechados colou o rosto no dela. Ela ofegava no seu ouvido o deixando tão excitado e roçou o rosto no dela até tocar os lábios em sua orelha. Beijou o lóbulo antes de sussurrar.
- Agora vou te deixar louquinha, loirinha.
Parou de esfregar a mão e agarrou a borda calcinha. Rosnando baixinho deu um puxão. Um rasgo se ouviu e arrancou a calcinha destruída atirando às cegas pra longe. Ela arfou espantada e voltou a espalma-la. Sorriu a sentir o calor. Tão quente e sensível. Lucy estremeceu e tentou fechar mais pernas, mas ele não deixou. Usando os dedos foi deslizando e apertando, girando ao subir e descer. A loirinha estremeceu e ouviu arquejo alto. Levantou a cabeça e curvou o pescoço. Aproveitou outro arquejo dela e colou a boca nos lábios rosados, tomando e enfiando a língua. Ela arfou surpresa e sugou sua língua, ao mesmo tempo em que puxava seus lábios nos dele ofegante forte, sem parar de estimula-la.
De repente, de tão concentrado no beijo desesperado seus dedos foram se molhando. Ele e a loirinha gemeram e sentiu o cheiro no ar. Morno e um pouco doce. Parou o beijo e a massagem e foi escorregando para baixo. Ouviu um resmungo confuso, mas não se importou. Deslizou as mãos pelo quadril redondo até as coxas e agarrou. Puxando colocou as pernas dela nos seus ombros. Percebeu seu tremor ao sentir seu hálito na sua vagina. Natsu a encarou tonto. Rosada e úmida. Escorregou os braços e a agarrou pelos pulsos prendendo contra o colchão e enfiou o rosto ali. Fechou os olhos aspirando e lambeu devagar, provando...
Bom, o gosto dela era muito bom.
Estremeceu voltando a lamber, segurando Lucy que dava pulos arquejando. Balbuciando outra vez tudo embaralhado. Sorriu arfando, seu ego inflando (e outra coisa também). Dava lambidas e sugadas, passando em todo o local. Em segundos o liquido que saída pela fenda aumentou o melando, mas não se importou. Isso era viciante. Podia ouvir o barulho estalado enquanto a sugava. Retorcendo a língua para abri-la e invadir a fenda pequena, pulsante. A loirinha gemeu alto e ele estremeceu, sua mente ficando mais lerda enquanto gemia rouco. Continuou beijando e lambendo, sentindo seu membro tão endurecido. Vez ou outra imitava com a língua o que fariam daqui a pouco. A deixaria bem molhada, escorregadia pra ele.
Mal pensou nisso e ela se arqueou engolindo o folego. A segurou com mais força e segundos depois o líquido quente o encharcou. Bebeu tudo até senti-la cair frouxa no colchão. Ouviu a respiração falha e ofegante e voltou a lambê-la. Espalhando bem o orgasmo dela. Só então a soltou e agarrou suas coxas, tirando dos seus ombros e pondo no colchão abrindo bem as pernas dela. Levantou o olhar, limpando o excesso do líquido no seu rosto. Lucy ofegava de olhos fechados, estremecendo e suada. Os cabelos loiros espalhados em desalinho no travesseiro. Sorriu satisfeito. Agora iam realmente começar. Subiu em cima dela, agarrando o cós da calça e abaixando, liberando seu membro que fez questão de encostar na intimidade dela. Quente e úmida. Mordeu o lábio, agarrando o quadril enquanto enterrava o rosto no seio descoberto
As mãos pequenas e macias logo o espalmaram nas costas, o segurando com nervosismo. Fechou os olhos se ajeitando melhor, puxando-a para si e a corpo dela ficou tenso. Ofegou forte ao deslizar uma mão pra debaixo do quadril dela, o erguendo um pouquinho. Por algum motivo começou a se esfregar nela. Como se já estivessem transando. Ela gemeu e o arranhou. Natsu sugou o mamilo em desespero quase a ponto de explodir. Por um segundo lembrou que ela era virgem e enquanto usava os dedos e a língua notou a barreira firme demais. Gemeu agoniado, se esfregando mais forte. Ele não fazia sexo a meses ou séculos... Ah, tanto faz. Não estava controlado o suficiente pra ir com calma. Era um milagre que conseguiu ao menos se segurar até aqui. Resolvendo a ergueu mais deslizando a ponta do seu membro até o pequeno anel.
A loirinha arfou. Tomando impulso se apertou entrando todo nela. Ela soltou um gritinho e as unhas furaram suas costas. Ofegante e suado recuou um pouco e continuou, se enfiando dentro dela outra vez. Estocava forte, rápido, ofegando louco sem parar sugar o seio macio. Tão gostoso. Vagamente ouvia os gemidos dolorosos e se deu safanão. Droga! Parou de repente e eles estremeceram. Ela de dor e ele de agonia. Não queria machucar. Largou o seio dela arfando, deixando-o mamilo e o local ao redor dele vermelho e babado. Virou o rosto deitando no colo macio e agarrou o lençol, apertando com a outra mão bem forte o corpo dela nele. Voltou a se mexer, entrando e saindo. Se obrigando a ir bem devagar e a loirinha relaxou um pouquinho. Engoliu em seco se concentrando nos movimentos e arfou apertando os olhos. Caramba! Ela era bem apertada e o orgasmo a deixou como queria, bem escorregadia. Nesse instante, uma das mãos deslizou nas suas costas até a chegar sua nuca. Os dedos delicados afagando seus cabelos. Ficou mais grogue. Soltou um gemido indo mais rápido sentindo ela se curvar o puxando pra cima, até sua boca encostar na sua orelha.
A penetrando forte ouviu uma respiração arfante.
- Natsu...
De repente, o corpo debaixo do seu sumiu. Arquejou abrindo os olhos. Enterrado e se sufocando ele abraçava um travesseiro e de fato, estava de bruços e seu sexo molhado. Fechou os olhos gemendo frustrado. Agora lembrou. Lucy ao perguntar se podia ficar no seu quarto Magdalena ficou histérica e mandou que dormisse com a garçonete. Ele seguiu para cá dando os ombros. Devia ter caído no sono no instante que deitou.
Rolou pro lado, caindo de costas e trazendo o travesseiro ainda no rosto, retirava a outra mão de dentro da calça. Bem melada como naquela parte da roupa.
Inferno de sonho...
Suspirou chateado.
.... Por que acabou tão rápido?