Mesmo que seja proibido

  • Finalizada
  • Lulisomnes
  • Capitulos 69
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 8 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 39

    Impuros

    Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Spoiler, Suicídio, Violência

    Chegou a grande hora. Hora de dar adeus a Emilly. Prontas para descobrir porque Emilly parte meu coração????? Talvez fique um pouco confuso na cabeça de vocês, mas agora vamos ver a passagem de Anne para Emilly, então concentração total. Mas, eu sei, que vocês são mil, e vão entender tudo :)

    POV –Anne/Emilly

    - Então, você consegue fazer um tigre. Muito bem! Vejo que sabe se portar como a herdeira principal. Sendo assim, sabe que a punição de vocês é justa, até mesmo pequeno para que o fizeram. – disse o Samurai, já de pé

    Eles vieram para nos tornar impuras.

    Eu deveria protegê-los, mas, eu não posso.

    Já havia feito isso da primeira vez e quase perdera a chance de continuar a minha missão. E estava falhando de novo agora, eu os havia protegido e estava em posição de defesa, eu iria atacar novamente aos samurais. Voltei a uma posição neutra e relaxada e controlei a fúria do meu tigre.   

    - Percebe-se que estás a se lembrar o lado ao qual pertence. – sorri para ele com os olhos, me mantendo em silêncio e curvei minha cabeça – Atitude de uma herdeira, quase posso acreditar que é digna de ser filha do Grande Líder Samurai, por isso não terei qualquer receio em cuidar de você.

    Eles não iriam ter piedade, mas eu não posso ser punida, isso irá me atrapalhar em minha missão, preciso burlá-los com seu próprio ego. Curvei-me, jogando meu corpo no chão, ficando de joelhos frente aqueles que deveriam ser a minha família, mas os considerava somente como meus inimigos.

    Era fácil ser submissa no Clã Oculto, mas em Konoha, isso assumia um tom humilhante. Mas era o que eu precisava fazer, mesmo que eu machucasse Nora, era uma parte que faria bem a grande final da missão, era parte de quem eu estava destinada a ser.

    - Nosso mestre, como sempre, brilhante, previra essa situação e nos ordenou, em sua grandiosa benevolência que caso algo como isso ocorresse deveríamos dar a chance de uma punição menor. – “Isso! É isso que eu preciso.” – A punição é simples. – disse e me lançou uma kunai – Você deve cortar o cabelo da outra traidora. – eles iriam se divertir com isso

    Segurei a vontade de chorar, não era hora de fraquejar, eu preciso fazer isso, eu preciso machucá-la, preciso torná-la suja. Me levantei com a kunai em mão, meu tigre passou entre Guy e Nora separando-os e fazendo com que Nora ficasse de joelhos a frente deles.

    Os olhos dela estavam marejados de lágrimas que insistiam em cair mesmo ela tentando ser forte, eu via a dor que os olhos dela sentiam, o ódio, a decepção. Não era algo fácil de lidar, mas esse era o necessário, eu preciso conseguir suportar o mal que estou fazendo a Nora.

    Isso...é... necessário.

    Reprimi minhas reais emoções, as emoções que pertencem e são afloradas pelo nome Anne, mas não, agora, eu precisava ser Emilly. Era a hora de ser a rival. Era hora de ser a herdeira principal do Clã Oculto.

    Assumi meu olhar superior e caminhei lentamente para Nora, que curvou-se a mim como minha subordinada, e assim acabei prolongando o sofrimento dela e amenizando o meu sentimento de culpa.

    Meu tigre rondava entre Nora, que estava no chão e os outros, que estavam de pé, para que assim eles não interferissem. Quando me aproximei de Nora, me livrei de toda a culpa que Anne poderia me deixar e assumi Emilly.        

    POV - Emilly

    Peguei os cabelos da miranai em minhas mãos, e preparei a kunai na metade de seu cabelo, estava pronta.

    - Por favor, não faça isso. – Guy gritou em prantos, enquanto o sannin Jiraiya o segurava

    - Espere. Com o cabelo da mocinha desse tamanho, em dois dias ela já estará no meio de nós. – o Samurai disse, mostrando-me através de uma metáfora que o corte precisava ser ainda mais curto. Desci ainda mais a kunai, deixando-a próxima da raíz do cabelo da miranai – Perfeito. – ele gargalhou da própria piada.

    Pressionei a kunai contra o cabelo dela, cortando-o.

    O choro da miranai se tornou mais forte junto com o de Guy, quase que incomodo aos meus ouvidos. Levantei minhas mãos afastando o cabelo dela de sua cabeça, fazendo com que ambos os samurais sorrissem diante do feito.

    - Destrua- o. – o Samurai ordenou e assim o fiz, usando katon, me aproximei deles, curvando-me para entregar a kunai e vi um pouco de sangue na mesma, provavelmente havia machucado um pouco Nora – Muito bem.

    - Não acredito que fez isso. – Nora gritava entre soluços – Você me feriu, de novo. Eu acreditei em você, eu honrei você, fiz o meu nome se tornar algo bom, porque fiz por você. Mas você foi muito além de só falar de forma agradável, você quis ser a rival. Olha o que você fez para mim?

    Nem ao menos virei para olhá-la, não era algo necessário. Suas palavras não deveriam me atingir, então, decidi agir como se não tivesse me atingido. E o Samurai tomou de minha mão a kunai.

    - Eu sei que fomos ordenados a dar essa oportunidade para a herdeira principal caso ela demonstrasse reconhecimento de seu erro, mas não acredito que ela mereça isso. – então, rapidamente ele puxou-me pelo meu cabelo e o cortou, senti o leve arder da kunai raspando em minha cabeça e o sangue começou a escorrer pelo meu pescoço

    Eu agora havia me tornado uma impura como Nora.

    Comecei a ficar furiosa, mas controlei a minha fúria, caso contrário ela passaria para o meu tigre e isso não traria bons resultados. Minha missão estava sendo posta a prova novamente, mas eu iria cumpri-la, independentemente do que eu precisasse fazer. 

    - Eu sinto muito por ter feito isso em você Nora. Mas há algo muito maior que nós envolvidos, e eu deveria evitar mais uma punição a mim, porém ao que parece esse samurai não entendeu a ordem. – meu tigre pulou sobre o samurai e lhe arrancou a máscara. – Não é mesmo, Arthur?

    O corpo de Arthur começou a ser preenchido por marcas, que começaram a queimá-lo.

    - Você não entendeu. Você é um servo do Clã Oculto, um mero brinquedo do senhor meu pai, o Grande Líder Samurai. Ele não foi capaz de nutrir nenhum sentimento em relação a mim. Por que se achou único? Acreditou mesmo que era o grande urso? – eu sorri, perante a burrice dele, enquanto o mesmo se contorcia no chão de dor – Você sempre foi a pedra, pronta para ser usada e descartada, porque como vocês existem vários que podem cumprir a sua função. Somente eu sou única, porque sou a filha dele, e ainda assim, não sou digna. Sua morte, não é porque não fez o que o Grande Líder Samurai não desejava isso, acredite, era o que ele queria, ele fez somente para que pudéssemos ver que não temos controle sobre nada. Vai morrer pelas mãos do Grande Líder Samurai, sem que ele nem mesmo suje suas mãos.

    Quando o coração de Arthur parou de bater, seu corpo estava em carne viva, e brilhava pelo fogo das marcas que o cercavam, marcas essas que incineraram o corpo dele, não restando nenhum vestígio de sua existência.

    Meu tigre pulou no outro samurai, que estava em choque com o ocorrido.

    - Baco. Eu sei, quer seguir o seu nome, quer gritar. Mas veja o que aconteceu com Arthur, é como se ele nunca houvesse existido. Eu sei que o Clã Oculto não é tão cruel com os samurais, mas também não lhe fazem bem. Sei também que o teor da minha missão corre por entre o clã como uma lenda utópica, mas olhe para tudo o que está ao ser redor e decida no quer acreditar.

    Nora invocou o seu tigre, e fez com que ele atacasse o meu, eles eram tão fortes quanto, embora ela ainda não o controlasse tão bem.

    - Faça com que seu tigre mate o dela, ela irá desmaiar, eu a pego e saímos daqui antes que tudo piore. – Baco sussurrou em meu ouvido, me mostrando de que lado estava de verdade e eu sorri

    Meu tigre entrou em uma batalha com o dela, e enquanto Nora precisava se concentrar para mantê-lo, apenas os contornei, era hora de dizer adeus novamente, talvez pela última vez.   

    POV – Kakashi

    Era impressionante.

    O duelo entre os tigres era maestroso, digno de um filme, era uma batalha feroz entre dois felinos feitos somente chacra. Mas a minha atenção saiu de foco, quando Anne parou em minha frente.

    Ela continuava bela, mesmo com o cabelo cortado de forma irregular acima do queixo e com algumas pequenas manchas de sangue pelo pescoço. Mas, os olhos.

    Ah! Os olhos.

    Como estavam vidrados agora, as emoções estavam escondidas, só podia ver alguns de seus sentimentos, somente os mais fortes.

    - Naruto. – mesmo com essa única palavra eu entendi o que ela queria, e coloquei Naruto, que dormia, depois que o coloquei em um genjutsu com o sharingan, encostado em uma arvora perto de nós e tornei a ela.

    - O que vai fazer agora?

    - Acredito que você já saiba. Não podemos ficar aqui. Poderíamos ferir vocês. E estamos impuras agora.

    - O que é estar impura? – perguntou mestre Jiraiya se aproximou de nós e Guy aproveitou o momento para abraçar Nora, que acabou por desfazer o tigre encerrando a luta

    - Você se lembra das pessoas com quem lutamos dentro do Clã Oculto, Kakashi? – assenti para ela – São os impuros. Eles são membros do Clã Oculto, que perderam sua honra por ordem do Grande Líder Samurai. Gueixas têm seu cabelo cortado e samurais são mortos, porque não há motivos de um samurai permanecer vivo para sofrer. Os impuros deixam de ser considerados humanos.

    - E algumas vezes recebem a honra de entrar dentro do Clã Oculto, por conta da maravilhosa benevolência do Grande Líder Samurai. – Nora a completou – e todas aquelas que ainda possuírem a terceira pureza inalterada e estarem devidamente apresentada podem permanecer no clã novamente caso o Grande Líder Samurai assim aprove a decisão do Conselheiro, caso já não possua mais a terceira pureza, não há mais nada a fazer pela sua própria vida, e como uma gueixa não é digna da própria vida, não pode tirá-la de si mesma.

    - Vocês não deveriam revelar essas coisas a eles.

    - Está tudo bem, Baco. Nenhum deles vai falar nada. Guy tem mais coisas a fazer não pode gastar o fogo de sua juventude com fofocas.

    - Mas está na hora de irmos, de todos os modos.

    Nora se levantou e foi até Naruto deu um beijo em sua testa, me envolveu em um grande abraço, e fez o mesmo em mestre Jiraiya, que falava alguma coisa para ela, que logo em seguida retornou para os braços de Guy.

     Anne e eu nos abraçamos em silêncio, era a melhor forma de nos despedirmos, depois ela pegou Naruto e pôs em seu colo, ninando-o, trouxe-o até mim, e beijou-lhe a testa antes de me entregá-lo. Até que finalmente chegou a mestre Jiraiya, a quem estava segurando as lágrimas.

    - Pequena... – ele disse em meio ao abraço choroso dos dois

    - Está tudo bem, papai. Sempre será minha família.

    - Minha pequena filha...- e assim ficaram até serem interrompidos por Baco

    - Temos mesmo que ir. – Nora se levantou e parou ao lado dele  

     - Se nos encontrarmos de novo, não sejam bons para mim, porque eu não poderei ser tão boa assim para vocês.

    E assim os vimos indo embora de Konoha. . E eu a enterrei de novo, com Emilly agora.

    - Eu ainda não entendo. Por que não fizeram nada? Por que estamos aqui, deixando que elas irem embora? Por que a deixamos serem feridas? – Guy nos questionava em lágrimas, enquanto as víamos partir

    - Guy, eu entendo você. – mestre Jiraiya tomou para si a responsabilidade da resposta – Sei o quão confuso isso pode parecer. Mas, fizemos o melhor que podíamos. Kakashi e eu já havíamos passado por isso antes, e defendemos Anne, o resultado foi muito pior do que se não o tivéssemos feito, muito mais sangue delas fora derramado por tentarmos protegê-las. E o Clã Oculto, não deixaria suas duas mais importantes gueixas vivas em Konoha, mortas sim, mas vivas nunca.

    - Isso é confuso e cruel. Mas ainda assim, eu amei tê-las aqui.   


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