Mesmo que seja proibido

  • Finalizada
  • Lulisomnes
  • Capitulos 69
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 8 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 29

    O que está escondido

    Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Spoiler, Suicídio, Violência

    Muitas dúvidas serão resolvidas, mas em troca acho que muitas lágrimas cairão (pelo menos foi assim comigo)

    Para se afogar logo sugiro de trilha sonora de fundo de leitura M83 - The Highest Journey

    POV – Kakashi

    Antes que eu me desse conta já estava me com as kunais na mão pronto para me defender dela. Emilly estava furiosa e iria me atacar. Senti um jorro de ar vir para cima de mim, fui arrastado por um pequeno espaço até conseguir fixar meus pés no chão usando chacra.

    - Por que você veio agora? Por que não veio quando eu chamei você? Por que não pode nem mesmo responder a minha carta? - “Que carta é essa que ela estava falando?”

    Lancei kunais na direção de seus leques para tentar desarmá-la, mas ela os fechou e rebateu todas as kunais ao chão.  E mais um jorro de ar veio para mim, mas dessa vez fui mais rápido e o ataque não me atingiu.

    - Emilly, que carta é essa? Eu nunca fui convidado para vir no seu clã.

    - Eu escrevi a carta te convidando e vi meu pai, o Grande Líder Samurai enviá-la para a aldeia da folha. – ela havia parado de me atacar para falar, mas sua fúria era palpável

    - E você realmente acredita que seu pai tenha enviado essa carta? Acha mesmo que eu não viria se você tivesse me chamado?

    - Você não veio, mestre Jiraiya não veio. Eu fiquei sozinha vendo todas as outras gueixas recebendo seus visitantes no dia da passagem de Shikomi para Miranai. Eu fui a única que estava sozinha.

    - ANNE! – Gritei com ela e aproveitei de sua distração para me aproximar – Eu não recebi nada. Pense se você acredita mesmo que o seu pai tenha enviado essa carta. Você era só uma menina, poderia ser facilmente enganada.

    - Ele tinha jurado para mim que iria entregar, eu vi quando ele mandou uma gueixa ir entregar. As gueixas sempre cumprem as suas missões.

    - Talvez a missão dela tenha sido um disfarce para enganar você, para ferir você, para nos tornar cruéis. – ela apoiou sua cabeça em meu ombro e suspirou

    - Por que meu pai precisa ser tão cruel? Eu queria que mestre Jiraiya fosse de verdade o meu pai. Eu o serviria com muito mais honra do que consigo fazer por esse clã. Não sou digna de estar com você. – afaguei seu cabelo, tentando não despentea-lo.

    - Acredite é a pessoa mais honrada que eu conheço.

    - Você não deve me colocar na frente de seu pai.

    - Por que não? Ele me abandonou. Cometeu um suicídio por conta de um erro em uma missão. – ela se afastou de mim e olhou dentro dos meus olhos

    - Eu sinto muito. Sei que não vai conseguir me perdoar por isso. – “O que? Ela está se culpando pelo que meu pai fez? Isso não faz sentido!”

    - Não precisa se culpar por algo que não fez. Eu vi o corpo dele no chão sem vida, ninguém fez aquilo por ele. – ela se jogou no chão e colou sua cabeça no mesmo

    - Eu sinto muito. Eu falei para o meu pai que eu não queria fazer, mas ele me disse que destruiria Konoha se eu não conseguisse quebrar os vínculos com sua aldeia. Fui eu quem capturei os amigos de seu pai. – fui me afastando devagar dela, a minha Anne não poderia ser a responsável pela morte do meu pai

    – Eu deveria matá-lo, mas eu não consegui, eu falhei, então capturei os amigos dele. Meu pai o desafiou a completar a missão ou a tirar a vida dos seus amigos usando as minhas mãos. Seu pai escolheu me salvar. Ele escolheu resgatar seus amigos e tirar de mim a responsabilidade da morte deles. Sakumo Hatake foi uma das melhores pessoas que eu conheci. Ele entendeu que eu deveria matá-lo e voltou para Konoha, depois nos enviou uma carta dizendo que deveríamos ir vê-lo. Assim que chegamos em sua casa ele enfiou a Katana na barriga e fez seu seppuku.

    - Por favor, me perdoa por não ser boa o bastante pra você. Eu não consegui salvá-lo e não pude o fazer. Fui fraca e destruí sua família.

    Então foram eles, sempre é esse clã, me afastei mais dela. Mas quando estava prestes a começar a descer o penhasco, ela entrou na minha frente, e me repeliu para trás. Preparei meu chidori, estava tomado pela fúria. O Grande Líder Samurai é o responsável por meu pai estar morto, eu preciso vingá-lo.

    - Kakashi! – Anne me libertou da minha cegueira momentânea

    Quando olhei para baixo, vi que ela se protegera do meu chidori, com seus leques, como um escudo, mas os raios estava nas minhas mãos, os leques só impediam o chidori de avançar, mas não o exterminara.

    - Eu não achei de verdade que você quisesse me matar. E apesar de entender você, não posso deixar que vá atrás dele. Você precisa terminar de me ouvir.

    - Eu não quero mais te ouvir. – disse tapando meu ouvido com as mãos e me afastando de novo dela.

    - Eu sinto muito, mas você precisa entender. Seu pai me entregou uma carta quando me chamou para conversar em sua casa.

    - O que? – então, era isso que eles conversavam, mas meu pai nunca escrevia nada a não ser os relatórios das missões

    - Ele me pediu para guardar para você, ler antes de me tornar Miranai e te entregar quando eu fosse o momento. Mesmo ele não querendo, ele de alguma forma sabia que iríamos nos encontrar de novo.

    - E o que ele dizia afinal?

    - Você não prefere ler?

    - Eu não quero nem ouvir, Emilly. Acredite, eu não vou ler.

    - Sakumo Hatake me contou sobre Moira e Polliana, elas foram as gueixas mais poderosas que esse clã já teve. Polliana significa senhora soberana ou cheia de graça, e Moira, pessoa maravilhosa. Elas eram melhores amigas, e faziam algo que nenhuma gueixa deve fazer, elas sonhavam. Moira era incrivelmente bondosa e sonhava em ser líder do Clã Oculto para poder libertar as gueixas, já Polliana era exuberantemente bela e queria ser feliz tendo um grande amor.

    Ainda não entedia porque meu pai escreveria algo como aquilo, mas deixei-a continuar.

    - Mas a vida foi cruel com elas. As duas eram boas demais, e por isso foram escolhidas para servir aos futuros líderes do Clã Oculto. Moira estava se realizando, pois iria alcançar o seu sonho, mas Polliana não. Quando foram enviadas para uma missão, elas combinaram de que Polliana iria fugir e Moira iria forjar a morte de Polliana. Mas, durante a missão, o plano falhou. Elas deveriam proteger um grupo que carregava um tesouro para Konoha, era tudo o que Polliana precisava para fugir, mas foi Moira quem se apaixonou por um ninja de Konoha.

    Moira estava disposta a sacrificar o seu amor para realizar o sonho de Polliana, mas ao anoitecer Polliana voltou para o Clã Oculto e deixou um bilhete dizendo que os sonhos haviam sido trocados.

    Polliana foi infeliz até o fim da sua vida, pois casou-se com o homem que seu pai conheceu como Katsuo a criança vitoriosa, e você o conhece como Grande Líder Samurai. O meu tio se tornou o Conselheiro Mestre Samurai, e lhe foi dada outra gueixa, já que Moira não estava mais aqui para ele. E Moira viveu a maior felicidade que ela podia em Konoha, vivendo o sonho das duas, construindo a família que ambas desejaram. Moira Hatake se tornou a gueixa de Konoha, e se entregou para a morte para salvar seu filho da marca do samurai.

    E como uma punição pela mentira, Polliana foi obrigada a matá-la. Depois disso ela tentou fugir com a ajuda de Sakumo, mas Katsuo já tinha se tornado o Grande Líder Samurai, e Sakumo não podia se sacrificar para deixar seu menino sozinho. Então, ele esperou você crescer para voltar aqui, mas já era tarde. Minha mãe, Polliana havia se encontrado com sua melhor amiga Moira, a sua mãe Kakashi. 

      - Eu espero que entenda o que seu pai fez, por todos nós. Ele as salvou de uma vida vazia, ele libertou Moira e Polliana, elas foram felizes por terem conhecido Sakumo. E por isso que ele me queria longe de você, porque ele já sabia o que acontecia quando alguém entra no Clã Oculto sem convite.

    Me joguei no chão e chorei copiosamente. Minha mãe era desse clã, ela estava prometida ao Conselheiro Mestre Samurai, ela iria se casar com o tio de Emilly. Por isso o Conselheiro Mestre Samurai queria me matar, por isso eles estavam me procurando. Tudo faz sentido agora. Meu pai escolheu morrer para proteger Anne, de uma forma que ele não conseguiu fazer por Polliana.

    Eu queria pará-la, mas eu sabia que tinha mais e eu precisava terminar logo isso.

    - O que o seu pai mostrou a você?

    - Todas as mortes que eu já tinha visto como a do seu pai, do Minato e de vários invasores do Clã. Mostrou-me também o que você viu, as mortes de seu pai, Obito, Rin e Minato. Mas eu vi algo além, mas eu não quero falar.

    - Por favor, eu preciso ouvir tudo agora.

    - Ele me mostrou como ele quer matar você e Tenzõ. E também o que ele quer fazer comigo junto com meu tio. Mas eu não quero que eles me toquem assim, não quero que suas mãos fiquem onde estavam, também não quero que eles façam isso com Nora. – ela estava soluçando e vi todas as emoções de dor e medo que estavam suprimidas caindo de seus olhos. – Eu não quero fazer o que ele me mostrou, não quero!

    Emilly tremia muito e eu vi de novo a pequena Anne. Ela ainda era uma menina, mas carregava um peso tão grande, que já era uma mulher. E eu amava por isso.    

    - Eu sinto muito, Kakashi. – disse ainda chorando, já de joelhos ao chão - Você pode escolher não falar comigo, eu vou entender se tiver raiva do meu clã, do meu tio e do meu pai. Mas me entenda, eu não vou poder deixar você fazer nada contra eles, ou será só mais um na lista de corpos.

    - Anne... Cale a boca.      

    Eu a abracei e juntei minhas lágrimas nas dela


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