Beginning

"Era uma vez uma floresta antiga, repleta de magia. Com o passar dos anos, a humanidade foi evoluindo e com isso trouxe a caça, a extinção e o desaparecimento de algumas das criaturas que habitavam aquele local, como por exemplo os Draakonid (Dragões). Puu Vaim ou Espírito da Árvore, a guardiã de todos aqueles hectares, decidiu rejeitar todos os visitantes que entrassem na Floresta com más intenções. Então as criaturas, como as Näkid (Sereia), Valge Hirv (Veado Branco), Haldjas (Fadas) e entre outras foram proibidas de se mostrarem a não ser que Puu Vaim o permitisse.

Atualmente, século vinte e um, a humanidade apenas pensa que são lendas criadas pelos mais antigos, algo passado de geração em geração, para assustar ou adormecer os mais novos

Não era apenas uma lenda, pelo menos não para ela."

Laine tinha poucos amigos e os poucos que tinha aproveitavam-se do facto de ela ser de uma linhagem rica, bastante rica. A sua mãe era a Presidente da cidade onde viviam, então ela não tinha muito tempo para Laine. Era ignorada pela sua família, pois tinham sempre algo de importante para fazer.

- Mamãe, vou brincar agora com os meus amigos. - Falou Laine, uma menina de cabelos castanhos e olhos cor de avelã.

- Deixe-me trabalhar, peste. - Respondeu a mãe de Laine.

Saiu de casa cabisbaixa, mas logo deu um sorriso porque hoje, talvez, viriam brincar com ela.

Horas se passaram e Laine esperava sentada na praça onde todos costumavam aparecer para brincar, mas ninguém apareceu.

- Porque será que ninguém apareceu... - Pensou Laine.

Ela caminhou para fora da praça, passeando pelas vastas ruas da cidade, até que chegou à parte rural.

Dali podiam-se avistar a grande Floresta Sagrada, onde era proibida a entrada a todos os cidadãos, não só dessa cidade, como de outras e até mesmo países. Há quem diga que nela existem fadas, anões, gnomos, dragões, entre muitas criaturas dos livros infantis/fantasia, algo que chamava a atenção de uma criança de treze anos.

Consumida pela curiosidade, Laine caminhou em direção à Floresta Sagrada, em busca da verdade. Foram trinta minutos de caminhada, mas já estava a escurecer.

- Se calhar eu devia voltar para casa... - Pensou Laine olhando em direção à vila. - Ninguém dará a minha falta mesmo...

Seguiu em frente em direção à floresta, ao caminhar por dentro dela, estava tudo normal. Árvores, árvores e mais árvores. Nada de mais, Laine começava a perder a esperança, estava cada vez mais a escurecer e já não se conseguia ver bem o caminho.

De repente, luzes amarelas pairaram sobre o ar, iluminando todo o caminho. Borboletas azuis também pairavam junto às luzes amarelas e outras ficavam nas árvores.

- O que é isto tudo? - Ela olhou em volta sem conseguir explicar o espetáculo de cores que estava diante dos seus olhos. - Não podem ser só histórias para dormir!

Ela correu pela floresta, para tentar desvendar o mistério que existe à imensos anos.