(Just Another Star, part 1) - Lua Sem Estrelas

As BGMS ficaram de fora dessa saga, mas o tema geral e importantíssimo desta é Deemo – Moon Without the Stars.

 João manejou o helicóptero de forma sutil, porém ágil. Voaram por cima de todo o mar, com a apreensão se esgueirando a cada minuto pela mãe de Star. Em poucas horas, estavam em Arcadia.

João: Chegamos Jones. Acha que vai demorar muito?

Jones: Não sei lhe dizer, mas agradeceria imensamente se você pudesse esperar por nós aqui.

João: Ah, claro. Vou ficar ouvindo rádio e fazendo palavras cruzadas então...

Jones: Valeu, João. Vamos Star!

Star: Rápido!

 Star e Jones correram pela cidade, desviando dos populares que estavam no caminho, chegando a empurrar algumas pessoas sem querer. A casa de Star era no distrito pobre da cidade, por isso deveriam atravessar uma distância considerável até alcança-la. Por sorte, a cidade não era muito grande. De longe, puderam ver alguns carros policiais, e uma faixa de isolamento circulando o local. Muitos oficiais estavam na porta da casa, e alguns dentro dela, junto com a polícia científica.

Oficial: Pra trás, pessoal, estamos trabalhando aqui.

Star: Essa é minha casa! Me deixa entrar!

Oficial: Hum? Então você é a filha da Olga.... E quem é este?

Star: Ele é meu amigo. Ele me trouxe aqui!

Oficial: Certo, talvez possam ajudar nas investigações. – Dentro da casa de Star, havia vidro espatifado no chão, móveis bagunçados, objetos no chão, um caos.

Brendan: É você a garota do telefone?

Star: Sim! Onde está minha mãe?!

Brendan: Como eu disse, houve um sequestro. Parece que 3 pessoas invadiram a casa pela janela, pois a porta estava isolada. O sequestro se deu durante a noite, e isso explica o fato deles não arrombarem a porta. Se o fizessem, chamariam a atenção de vizinhos com os explosivos que colocariam.

Jones: Explosivos? Mas é uma porta comum!

Brendan: Olga não era boba. Ela vedou a porta por dentro contra chaves mestras e pés-de-cabra.

Jones: Mas como?

Star: Mamãe fez isto?

Brendan: Bem... acho que devo contar a vocês. Olga trabalhava para nós, assim como seu pai, Star.

Star: Não é possível! Ela nunca empunhou uma arma, nem saiu de casa por muito tempo!

Brendan: E é exatamente por isto que ela era a agente secreta perfeita. Seu pai atuava em campo, e ela em base. Ela era a inteligência. Ninguém desconfiaria de uma simples dona de casa.

Jones: Faz sentido...

Brendan: Seu pai avançou muito na investigação acerca dos Ace of Spades. Assim que ele morreu, toda esta informação foi guardada em segurança com Olga. Por isto, se eles levaram Olga, com certeza deve ter sido por causa destas informações, que podem ser vitais para que eles ataquem a cidade em definitivo.

Star: Isto é terrível!

Jones: Não podemos deixar a cidade correr este perigo! Como eram os meliantes?

Brendan: Segundo testemunhas oculares, eram três elementos, e não pareciam-se nada com assaltantes. Na verdade, aparentavam serem pessoas comuns.

Oficial: Senhor, descobrimos mais informações sobre o grupo.

Brendan: Prossiga.

Oficial: Os Ace of Spades disfarçam-se como pessoas comuns, mas mantêm pelo menos um item que os identifique como participantes do grupo, para que outros membros os reconheçam.

Brendan: Então estão no meio de nós.... Como seria este item?

Oficial: Coisas simples, quase imperceptíveis, como um broche, uma pulseira ou um brinco.

Brendan: Certo, Oficial. Obrigado pelas informações. Meus jovens, devo pedir para que se retirem agora, para darmos prosseguimento às investigações.

Star: Não! Eu devo ajudar a achar minha mãe!

Jones: Tudo bem, Star, eles são profissionais. É melhor deixarmos eles por enquanto.

Star: Mas Jones....

Jones: Por favor.

Star: Tudo bem.... – Jones e Star se retiram do local, andando pelas ruas.

Jones: Eu realmente gostaria de poder fazer algo...

Star: Eu não consigo ficar calma!

Jones: E o pior é que eles se misturam entre as pessoas.... É quase impossível identifica-los.

Star: Eles disseram que eles usavam o quê mesmo?

Jones: Coisas simples, que as pessoas não prestariam muita atenção, como broches, pulseiras.... – Star então se lembra de quando andava pelos becos e ruas abandonadas. Lembrou-se de que grupos de pessoas, variando de 3 a 5, sempre iam à um galpão um pouco afastado da cidade, entrando e saindo com regularidade. Eram pessoas aparentemente normais, mas valia a pena investigar.

Star: Jones! Eu acho que sei um lugar onde eles e reúnem!

Jones: Você tem certeza?

Star: Sim! Afastado da cidade há um galpão, onde pessoas sempre vão lá, tarde da noite.

Jones: Mas e se for só um lugar comum?

Star: Vale a pena investigar! – Jones e Star então correm até o lugar, onde curiosamente ninguém suspeitava. Não havia circulação de pessoas por lá. Era bem quieto. Chegando lá, entraram pela porta da lateral, que era a única aberta. Mas ao entrarem, foram atingidos por um objeto na cabeça, e desmaiaram.

 Passado algum tempo, Star acorda numa espécie de depósito, onde estava amarrada pelas mãos e pés. Jones estava ao seu lado, desacordado. Arrastando-se até um canto, conseguiu friccionar as cordas que a prendiam contra uma superfície cortante de algumas caixas de metal, soltando-se. Star solta a Jones, mas por mais que o chamasse, ele não acordava. Mas não estava morto. O local parecia ser um depósito de armas e explosivos, que os bandidos vinham estocando para tomar a cidade pela força. Star encontra seu disco de duelo num canto, jogado, e o pega, quando ouve vozes vindo da sala à frente.

???: Vou lhe dar uma última chance, antes que eu comece a brincar com você!

Olga: Já disse que não falarei nada!

???: Ah, é? E o que há de tão secreto nessas informações para que você as guarde com sua vida?

Olga: Vocês querem desordem na cidade, e eu não quero ser a responsável por viabilizar isto.

???: OH, que nobre. Quer salvar a cidade toda com seu silêncio!

???: Vai acabar como o outro patife que se intrometeu demais! – A esta altura, Star já havia reconhecido que era sua mãe que estava ali dentro e, sem pensar duas vezes, invadiu o local, para se deparar com dois bandidos a interrogá-la, com sua mãe amarrada numa cadeira.

Star: Mãe!

Olga: Star!

???: O que é isso Will? Como ela entrou aqui?

Will: Não se lembra, Smith? Foram os dois que entraram sem ser convidados aqui hoje agora a pouco.

Smith: Ah, claro!

Star: Soltem minha mãe!

Will: Haha! E o que você vai fazer? – Star então puxa o disco de duelo e se prepara, enquanto Will faz o mesmo.

Olga: Não, Star, é perigoso!

-------------------Duelo---------------------

Will 4000LP – Star 4000LP

Star: Eu invoco Madolche Mewfeuille (Lvl 3 – 500/300 – EARTH), e com seu efeito invoco especialmenteMadolche Messengelato (Lvl 4 – 1600/1000 – EARTH)! Quando ele é invocado especialmente, eu trago uma magia ou armadilha Madolche para a mão. Eu ativo Madolche Chateau!

Smith: Parece que ela sabe o que está fazendo, Will.

Star: Eu baixo uma carta, e só.

Will: Há! Ela é só uma garota! Não se desespere ainda! Eu ativo Dragged Down into the Grave! Com isto, eu olho sua mãe e descarto uma carta, e você faz o mesmo! – Quando Star vê a mão de Will, vê que só há monstros com efeitos que ativam ao serem descartados.

Star: Droga, Dark World...

Will: Hahaha! Vamos, escolha! Eu escolho sua Madolche Anjelly!

Star: Então... eu descarto seu Beige.

Will: Então, o efeito dele ativa, e invoco Beige, Vanguard of the Dark World (Lvl 4 – 1600/1300 – DARK)! Agora, eu ativo Dark World Dealings, nós dois compramos uma carta e depois descartamos uma!

Star: (Ele vai ficar com isto pra sempre!)

Will: Eu descarto Grapha! E com seu efeito, destruo seu Madolche Mewfeuille! Agora, ativo Gateway to the Dark World, e invoco Grapha, Dragon Lord of the Dark World (Lvl 8 – 2700/1800 – DARK)!

Smith: Hahaha, você pode ir embora se quiser!

Star: Cale sua boca!

Will: Agora, ataquem!

Star 1900LP – Will 4000LP

Star: Minha vez! Eu ativo minha carta virada Madolchepalooza! Agora invoco quantos Madolches eu quiser da minha mão!

Smith: Você viu a mão dela com o Dragged Down into the Grave! Então...

Will: Droga, só haviam monstros!

Star: Madolche Anjelly (Lvl 4 – 1000/1000 – EARTH), Madolche Hootcake (Lvl 3 – 1500/1000 – EARTH), Madolche Magileine (Lvl 4 – 1400/1200 – EARTH) e Madolche Puddingcess (Lvl 5 – 1000/1000 – EARTH)!

Olga: Star... onde foi que aprendeu....

Star: Ativo o efeito do Hootcake, bano um monstro do meu cemitério e invoco um monstro do meu deck: outra Madolche Puddingcess!

Smith: Ei cara, vai conseguir mesmo passar por isto?

Will: Er... bem...

Star: Agora, invoco por XYZ Madolche Queen Tiaramisu (Rank 4 – 2200/2100 – EARTH) e Madolche Puddingcess Chocolat-a-la-Mode (Rank 5 – 2500/2200 – EARTH)!

Smith: E agora, cara?

Star: Você já era! Eu vou atacar com....

Will: Pare! – Will saca uma arma e aponta pra cabeça de Olga, uma situação que Star já havia visto acontecer antes.

Star: Não! Mãe!

Will: Se você atacar, eu vou atirar na sua mãe, sua pirralha!

Star: Eu... eu....

Olga: Ele está blefando Star, não se preocupe! Ataque-o e vença!

Star: Mas....

Smith: Hehahah! Pense direito, menina!

Star: ......Eu não vou atacar. – Era constrangedor estar às portas da vitória e desistir por um bem maior. Mas Star já havia aprendido uma lição numa situação semelhante.

Olga: O que está fazendo Star?

Star: Mamãe... Nem sempre a vitória é a coisa mais importante em jogo. – As mesmas palavras que Jones havia dito à Star ela agora repetia para sua mãe.

Olga: Mas... Star....

Will: Hahaha! Muito bom! Agora passe a vez como uma boa garota!

Olga: (Eu não posso deixar que isto aconteça. Se eles ganharem, com certeza vão matar minha filha depois!) – Olga então se lança da cadeira em direção à mão de Will, que tinha a arma, na intenção de fugir. Mas Smith percebeu a tentativa e alertou Will.

Smith: Will, cuidado!

Will: O quê? Aaaah!

Star: MÃÃÃÃE!

Olga: Fuja, Star! – Will, sendo pego de surpresa, não pensou duas vezes, e atirou contra Olga, matando-a ali mesmo.

Star: NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! MÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃE! O QUE VOCÊS... COMO PUDERAM....

Smith: Seu idiota! Como vamos conseguir as informações agora? – Smith ficou tão bravo que deu um soco no braço de Will, que largou a arma longe.

Will: Ela se jogou em mim! Ela ia fugir! O que podíamos fazer?

Smith: Era por isso que estávamos mantendo ela aqui! Agora atrasamos o plano em meses! – Star estava perplexa. Sua mãe jazia morta aos seus pés. Mas um sentimento de ódio incontrolável a tomou de súbito e, pegando a arma que Will derrubara, apontou para ambos os ladrões.

Star: Vocês...a mataram....

Will: E-ei... calmaí, nós podemos te compensar... de alguma forma.

Star: Vocês mataram o meu pai... minha mãe era tudo o que eu tinha como família... e vocês a mataram.

Smith: Olhe, garota, foi um acidente! Nós não queríamos que ela... – Star ignora as palavras de Smith e atira contra ele. Bastou um disparo para que ele expirasse.

Will: AAAAH! SMITH! EI GAROTA... CALMA! VAMOS CONVERSAR!

Star: Continue o duelo. Para cada vez que você perder pontos de vida, levará um tiro.

Will: Mas... mas... isto é loucura!

Star: Eu não acabei minha vez. Com o efeito da Tiaramisu, desassocio uma matéria dela e volto duas cartas Madolche do meu cemitério ao deck. Com isto, volto duas cartas suas do campo ao deck.

Will: Mas assim meu campo está....

Star: Hootcake, ataque.

Star 1900LP – Will 2000LP

Will: AAAAH! – Star dispara em seu joelho, e Will cai no chão, agonizando de dor.

Star: Tenho mais monstros para atacar, mas encerro.

Will: Aaaah! AAAAARGH! QUE DOOR! EU... EU INVOCO... AAARGH! BROWW, HUNTSMAN OF THE DARK WORLD (Lvl 3 – 1400/800 – DARK) E BAIXO UMA CARTA.... AAARGH!

Star: Ativo novamente o efeito da Tiaramisu e volto esses dois lixos que você jogou no campo. Agora invocoMadolche Magileine (Lvl 4 – 1400/1200 – EARTH), e dispenso seu efeito. Ataque.

Star 1900LP – Will 100LP

Will: AAAAAAAAAAAAAAAAARGGGGGGGHHHHHHHH! – Star desta vez atira na sua barriga, e Will quase vai à loucura de tanta dor.

Star: Ataque, Puddingcess.

Star 1900LP – Will 0LP    K.O.

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 Star vence o duelo, e descarrega toda a munição em Will, que morre ali mesmo. Com lágrimas caindo, Star se ajoelha perante o corpo de sua mãe, quando Jones entra na sala. O barulho dos tiros havia lhe acordado, e a cena com que se depara era horrível: sangue espirrado por toda a sala e derramado pelo chão, além de três pessoas mortas, incluindo a mãe de Star, e esta no meio da cena, com a arma nas mãos.

Jones: Meu Deus!! Star! O que aconteceu!?

Star: Você....

Jones: Oh não! Sua mãe! Eu não acredito....

Star: “Nem sempre a vitória é a coisa mais importante em jogo...” Seu desgraçado. Estas palavras ridículas não ajudaram em nada....

Jones: Como assim? O que.... – Jones se aproxima de Star e vê que ela está com a arma em suas mãos. Ao tocar em seu ombro, ela se levanta e aponta a arma pra Jones.

Star: Não se aproxime, seu miserável! – Mesmo com muita raiva, sua tristeza transbordava pelos olhos, e Star chorava incessantemente.

Jones: Não faça isso Star! Não foi sua culpa!

Star: Se eu tivesse derrotado ele.... Eu poderia ter salvo minha mãe! – Mal sabia Star que era mais provável que Will atirasse se ela continuasse a atacar. Mas o ódio falava mais alto, e Star só via as coisas do seu ponto de vista.

Jones: Star, por favor, pare.... Mesmo que sua mãe não esteja mais conosco, eu prometo, eu PROMETO que não irei lhe abandonar.

Star: Você acha que eu ligo mais para o que você diz?

Jones: Mesmo que você não entenda agora, e mesmo que você não queira Star, eu vou estar aqui pra você.

Star: Eu não quero lhe ver nunca mais! – A menina sai aos prantos, correndo, e larga a arma ali mesmo. Jones tenta acompanha-la, mas ela conhece todos becos e passagens da cidade. Logo ela despista-o, e na fuga, deixa cair a carta que nunca entregou a Jones para trás.

Jones: Arf... ela...argh... sumiu. O que ela deixou cair? – Jones abre a carta, que era endereçada a ele. Nela, lia-se o seguinte:

BGM: Deemo - Moon Without the Stars

 “Jones, eu resolvi escrever isto por que não conseguia dizer com palavras o que sinto por você. Desde que você chegou na cidade, senti que você era diferente. Eu nunca tive ninguém que me apoiasse além da minha mãe. Nunca consegui amigos, pois todos me desprezavam, me chamando de ladra e coisas assim. Mas você me viu de forma diferente.

 Agora estamos aqui, juntos, na Academia. Eu gostaria de lhe dizer que quero ficar com você para sempre. Nunca irei lhe deixar. Você me deu o que eu sempre senti falta, e preencheu o vazio em mim.

 Jones, não tenha dúvida que meu coração é todo seu.                                                                      Star”

 Era real. Era o que Jones ligeiramente desconfiava, mas não queria assumir como verdade. E tudo desmoronou em um segundo. Involuntariamente, Jones havia construído um laço que não esperava que fosse tão forte, e ali estava alguém que realmente gostaria de dedicar uma vida inteira ao seu lado. Mas um infortúnio do destino decidiu separar estes corações. Agora Star corria para longe, com todo o amor transformado em ódio. Sua alma dilacerada pela imagem de sua mãe morta aos seus pés. Igualmente, Jones não resiste ao conteúdo da carta e, relacionando os eventos recentes com o que ali estava escrito, entendeu que talvez ela nunca voltasse a ser a dócil garota que encontrara numa visita à uma loja de cartas. Caindo de joelhos, era impossível para ele conter as lágrimas. Enquanto seu mundo desabava, a polícia havia sido informada do ocorrido, e vários policiais passavam por Jones correndo, em direção ao galpão, e ali foi o fim dos Ace of Spades.

 Jones guarda a carta como um tesouro inestimável, e desconsolado, parte em direção ao helicóptero. João nota a expressão de Jones, mas não imagina a desgraça ocorrida.

João: Jones... o que?

Jones: Acabou.

João: E a mãe da menina?

Jones: Morta.

João: Oh, uau... isso é difícil de se encarar.... Mas, e ela? Cadê a Star? – Quando ouve seu nome, Jones não consegue conter a tristeza e João o vê chorar. Respeitando o momento, João tenta evitar o assunto.

João: Vamos pra Academia, amigo.

Jones: Sim....

 Chegando na Academia, já era o fim do segundo semestre, e o Natal era comemorado na Ilha. Jones preferiu evitar as festividades, e passou o Natal meio afastado dos amigos, a olhar para o mar. Ninguém sabia ao certo o que havia ocorrido, mas pelo estado de Jones e com os avisos de João para não incomodarem, preferiram não perguntar sobre. Mas Monica não podia evitar o sentimento de fraternidade para com Jones, e num dado momento da noite, resolveu falar com ele. Jones estava na laje do dormitório.

Monica: Ei... Jones, posso sentar ai com você?

Jones: Ah, Monica... pode sim.

Monica: Sabe... todos nós estamos muito preocupados com você.

Jones: Eu sei... eu estou bem.

Monica: É sobre a menina, não é?

Jones: ...

Monica: O que quer que tenha acontecido, eu sinto muito....

Jones: As coisas que vocês diziam sobre mim e ela, que eu achava besteira... eram verdade.

Monica: Oh... e agora?

Jones: Agora ela se foi... por um erro meu.

Monica: Eu lamento.... Mas você tem a nós. Eu sei que não somos como ela é pra você, mas somos seus amigos ainda assim.

Jones: Hehe... não sei onde estaria se não fosse por vocês. Obrigado mesmo.

Monica: Agora, vamos entrar, senão vai ficar gripado aqui neste frio. – Monica consegue aliviar um pouco a desolação de Jones, e ele chega até a participar um pouco das comemorações de Natal.

 No ano seguinte, era o começo das aulas, e Jones iria receber uma nova sala. No dia que iria conhecer a nova classe para a qual iria lecionar, Jones passou a noite toda com Ricardo assistindo vídeo cassetadas, mas Inácio, dando um poderoso grito, acordou ambos. No caminho, encontraram Hector a espionar Monica, que estava duelando. Nas portas da Academia, estava João. Ao pegar sua sala, a maior surpresa ocorreu à Jones: lá estava Star, como uma de suas alunas. Ela havia corrido direto pra um navio que estava de partida, e se infiltrou no compartimento de cargas, voltando à Academia. E o resto da história vocês já conhecem.

 Na noite em que voltou para Academia, Jones escreveu uma carta que nunca pretendeu enviar... .

“Não posso imaginar a vida sem

Ter você ao meu lado

Não importa o custo

Quando você simplesmente não consegue segurar

E o peso é muito forte

Eu estarei lá para aliviar sua queda

Quando você se sentir confuso com o mundo e

Todos seus mistérios

Só posso esperar que você lembre

De todas as coisas simples

O que é uma batida do coração, com uma dor no coração?

O que um furacão, sem a chuva?

O que é a lua sem as estrelas

É assim que me sinto quando estamos separados

E se fosse fácil

Reverter as mãos do tempo?

Eu não mudaria nada

E eu só quero que você saiba

Eu nunca vou deixar você ir

Você sempre será uma parte de mim

Tão completo, tão completo

Você é tudo que eu preciso

Você está comigo agora

Você está no meu coração agora

É uma batida de coração com uma dor de cabeça

É um furacão sem chuva

É a lua sem as estrelas

É assim que me sinto quando estamos separados”

FIM