Yu-Gi-Oh! Razor - Klabazaus Memories

  • Finalizada
  • Hirotogs
  • Capitulos 35
  • Gêneros Aventura

Tempo estimado de leitura: 8 horas

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    Capítulos:

    Capítulo 27

    (Just Another Star, part 2) - Odisséia

    Capítulos demoram porque agora este autor que vos fala tem responsabilidades acadêmicas a tratar... mas a história será continuada. No último capítulo, Star conhece os Ghostricks ao chegar no submundo.

    "No caminho que ninguém caminha

    Alta noite já se ia

    Ninguém no deserto andava..."

    Star Everwise

    (BGM: Chrono Trigger - A Strange Happening)

     Klabazaus havia trazido Star ao submundo com um propósito e, logo que a menina se acostumasse com o tenebroso lar, haveriam de trabalhar nele.

     Depois de se familiarizar com os nada assustadores Ghostricks, o rei do submundo pôde notar que Star já estava mais familiarizada com as terras negras, e logo começou a treiná-la na arte do duelo. Cada Ghostrick cedeu sua força em forma de carta, e estas constituíram o novo deck de Star. Dias se passaram, e Klabazaus estava radiante com o progresso notável de sua aluna. Mas os planos dela eram diferentes... era curiosa, e já havia percorrido quase todo o castelo, chegando a ler o Diário de Klabazaus, onde pôde ler sobre seu plano de ir à Terra e sua vingança. Seu coração pulou uma batida quando leu o nome de Jones.

    Star: Como é possível que.... Raviel então foi encarnado dentro daquele miserável.... Ãn?! – Pesados passos foram ouvidos do lado de fora da biblioteca. Era Klabazaus.

    Klabazaus: Ei! Eu não lhe disse para não vir para cá? – Rapidamente, Star cobre o diário com alguns livros que estavam em volta. Para sua grande sorte, um deles caiu aberto bem à sua frente.

    Star: Estou apenas lendo! Qual o problema nisto?!

    Klabazaus: Ah... nada, mas é bom que você pratique suas habilidades em duelo.

    Star: E você quer que eu seja uma duelista burra? Por acaso é isto? – Claramente Klabazaus não conseguia exercer nenhuma autoridade sobre Star, mas o contrário acontecia facilmente. Era como se Cassandra estivesse bem ali na sua frente, e, contra isto, não havia soberania real que funcionasse.

    Klabazaus: Não... não foi isto que quis dizer. Tudo bem, pode ler à vontade.

    Star: Não estou mais com vontade, vou andar por aí! – Klabazaus observa enquanto Star sai imponente pela porta talhada com desenhos macabros.

    Klabazaus: Sinto que ela vai acabar com o reino... mas como posso fazer algo, se ela é tão...

     Star então foi à seu refúgio, a Capela dos Ghostricks. Sempre que ela adentrava o local, era recepcionada como uma verdadeira rainha – e gostava muito disto, apesar de não demonstrar. Sentando-se numa poltrona que os pequenos monstros haviam posicionado bem no centro da sala de estar, de forma que todos poderia acomodar-se em volta dela, Star começa a ponderar sobre seus próximos passos no submundo.

    (BGM: Dreaming Mary - Dianthus Alpinus)

    Yuki-Onna: O que foi, senhorita Star? Está tão brava....

    Skeleton: Ela..........está sempre........assim............não é.…?

    Star: Klabazaus é um idiota! Ele não faz nada, fica só dando ordens para os generais fazerem isto e aquilo! Que inútil!

    Ghoul: É que estamos em tempos de paz, sabe... sem guerra.

    Star: Sem guerra? Aqui é o submundo! Não existem outros reinos?

    Dullahan: Ah, tem sim! Meio longe, sabe, mas tem sim! Cavalguei por tantos deles: Machina, Goblin, até os Fabled.... Nunca me notaram... – O depressivo Dullahan se pôs a chorar novamente.

    Star: E por que não tentam tomar o reino?

    Yeti: Hohoho! Ninguém é bobo!

    Mummy: Ninguém se atreve a desafiar Klabazaus....

    Star: Mas ele é um fraco!

    Lantern: Eleeeeee teeeeem faaaaamaaaa! Herdeeeeeeeeiirroooooo Reaaaal! – Esta informação despertou o interesse de Star.

    Star: Herdeiro? De quem?

    Alucard: Bem, é uma longa história... antes o Rei Obelisco governava, mas houve um ataque, uma guerra e, bem, dizem que ele morreu.

    Socuteboss: Mas ninguém nunca viu o corpo dele a se desintegrar! E mesmo Klabazaus nunca fez um funeral digno à ele.

    Mary: Ei! É verdade! Muita gente sumiu naquela guerra também!

    Star: Obelisco... guerra... sumiço... quem os atacou?

    Jiangshi: Sku..skull....

    Doll: O reino dos Skull Servants! Mas já foram destruídos... a muito tempo....

    Witch: Pelo próprio Klabazaus! – Muito foi conversado depois disto. Mas Star ponderava sobre o passado do submundo. Um rei que desapareceu e foi dado como morto, um reino destruído em um piscar de olhos... Depois que os Ghostricks foram se deitar, Star vasculhou alguns papéis velhos e mofados que estavam no canto da sala, e descobriu alguns rabiscos de mapas nada bem desenhados.

    Star: Provavelmente feitos pelo Dullahan... – Eram mapas simples, mas os arredores do reino estavam fielmente retratados. Havia uma chance de todo o resto do mapa estar correto também, já que Dullahan havia cavalgado “por vários reinos”. Star decidiu que ia buscar a verdade por si só. Arrumou os mapas e levou consigo a faca que havia conseguido com Patrick, além de um capuz e mantimentos. Ao sair, no meio da noite, foi abordada pelo Jiangshi.

    Jiangshi: Não vai.... – o pequeno monstrinho afigurava-se extremamente melancólico, demais até para o duro coração de Star.

    Star: Ér... titia já volta, tá? Vou ali descobrir umas coisas.

    Jiangshi: Eu vai também...

    Alucard: Jiangshi! Venha para... o quê? Star? Aonde vai?

    Star: Vou descobrir algumas verdades. Não tente me impedir.

    Alucard: Lá fora é muito perigoso... nós vamos com você, então.

    Star: Não... vocês são muitos, e precisam ficar aqui para que a capela seja preservada.

    Alucard: Então deixe que apenas eu vá.

    Star: Eles precisam de você como líder, Alucard. Não se preocupe.

    Alucard: Sendo assim.... Volte viva.

    Star: Voltarei. – Star deixa o reino no meio da noite, seguindo os precários mapas que havia encontrado.

    (BGM: Chrono Trigger - Wind Scene)

     Seguindo à sudeste, foi acometida por uma tempestade de areia, conseguindo sobreviver devido à uma rocha enorme, posta no meio do caminho. Era uma rocha muito estranha, semienterrada na areia, perfeitamente retangular, parecida com uma capa de livro, com listras cruzadas de cor vermelha bem visíveis, ainda que quase completamente apodrecida pelas constantes rajadas de areia a qual era submetida. O centro desta pedra era distintamente peculiar, de cor escura. Passada a tempestade, Star chega a uma cidade onde, para sua sorte, era apenas mais uma forasteira aos olhos dos cidadãos. A cidade estava em processo de reconstrução, e podia-se ver muitas ruínas de edificações no local. Todos trabalhavam com afinco, visando reconstruir o lugar. Um grupo de soldados ajudava a levar materiais para os sítios de construção. Eram liderados por um cavaleiro de armadura de cor azul cobalto. O que o diferenciava dos outros era seu moicano loiro e óculos escuros num lugar aonde não fazia sol.

    Batista: Ei, menina, cuidado. Um desses preguiçosos pode derrubar uma pedra em você.

    Star: Não sou tão burra a este ponto.

    Batista: Ei, calma lá. – Star não podia botar tudo a perder, então decidiu reprimir sua personalidade rancorosa.

    Star: Ah, desculpe, é que sou nova por aqui.

    Batista: Ah, sim! Tudo bem! De onde vem?

    Star: Ér... Fabled, do reino Fabled. Sou arqueóloga.

    Batista: Oh, entendo! Esta cidade passou por uma catástrofe, parece que um exército destruiu tudo por aqui. – Mal sabia Batista que esta era a cidade que Klabazaus, voltando do seu acesso de loucura contra a Witch of the Black Forest, matara a Cassandra inconsequentemente.

    Star: Procuro estudar a dinastia dos Skull Servant, sabe? Onde ficam?

    Batista: Mas por que alguém iria querer ir lá? – Star sentiu-se assustada, e temia que Batista investigasse ela mais a fundo.

    Star: Para... para que nosso reino não cometa erros, também.

    Batista: É um bom modo de se preparar. Bom, o reino foi destruído, você deve saber. Costumava ficar naquela direção. – Apontando para o Nordeste.

    Star: Ah, obrigada... até a vista.

    Batista: Mas você vai sozinha? Sem proteção nem nada?

    Star: Não se preocupe! – Star queria sumir dali o mais rápido possível, antes que alguém descobrisse sua procedência.

    Batista: Garota estranha....

    (BGM: Alice Mare - Playing With Dolls)

     Star vagou pela direção indicada por Batista, e caminhava lentamente, para que não se cansasse rápido. Ao cair da noite, procurava rochedos em montanhas ou cavernas para repousar. Com o tempo, as cavernas cessaram de ser recorrentes, e a atmosfera parecia ser mais difícil de se respirar. Olhando para baixo, pôde ver que se encontrava no topo de um canyon, o Necrovalley. Talvez até pudesse conseguir informações ou ajuda descendo lá, mas isso atrasaria a viagem e seus planos. Continuou seguindo em frente, e já haviam passado 5 dias desde sua partida. Rumando pela direita, conseguiu chegar aos pântanos de enxofre, um lugar repugnante, mas que anunciava a proximidade do reino a qual buscava. Subindo a colina do final do pântano, viu uma inscrição numa pedra, que dizia Gólgota (isto é, Lugar da Caveira). Ao chegar ao topo, pôde comprovar o significado daquela inscrição: uma grande caveira de pedra, partida ao meio, recepcionava quem quer que se aproximasse do extinto reino, outrora ativo. Star não sabia se fenômenos como asteroides eram possíveis no submundo, mas podia jurar que um deles havia caído ali. Apesar do aspecto nada convidativo, decide adentrar o reino. O portão estava interceptado por destroços de rochedos, mas as muralhas eram inúteis para cercar o local, pois estavam tão destruídas que qualquer um poderia entrar. O lugar era escuro e silencioso – um silêncio mortal, que afligia a alma. Não havia sinal de vida nem de esperança ali, e o frio gélido da noite fazia-se sentir pelas arestas dos membros da garota. Era inútil procurar por qualquer coisa ali: tudo que se viam eram pedras e panos queimados. As riquezas e a própria mobília do lugar haviam sido saqueadas por Klabazaus, e não restavam nem os lamentos daqueles que ali morreram. Porém, voltando, um quadrilátero de madeira, cercado por pedras, era visível no chão. A luz da lua, oculta pelas nuvens espessas, secretava aquela forma incomum no chão. Investigando mais de perto, Star viu que se tratava de um alçapão, e desceu para os níveis inferiores. Mas se a própria superfície já estava com aspecto fúnebre, quão sepulcral seria o seu subsolo? A viagem longa demandava uma rápida olhada no local. Andando por um corredor que evocava um puro breu, era muito difícil não tropeçar em restos de paredes pelo chão. Mas a breve caminhada foi logo avivada por uma visão monumental: ao final do corredor, uma escadaria em pleno abismo se estendia para uma plataforma no meio do precipício, onde a luz de tochas de fogo azul iluminavam o local, após tanto tempo inóspito. Correntes pendiam das extremidades do local, contendo pelos braços uma enorme e poderosa criatura que ajoelhada estava, no centro de toda a construção. Star desceu as escadas e, pela primeira vez, se sentia amedrontada frente ao perigo. Quanto mais perto chegava, menor ficava diante do colosso posto acorrentado no âmago do reino. Por fim, decide falar:

    Star: Olá?

    Obelisco: ..............Quem é você?

    ...Continua


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