Uma fantasia de amor.

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    Capítulo 3

    A friend not so friendly.

    Homossexualidade, Violência

    Eram 10:14am, o dia lá fora estava lindo, tão lindo que prolongava o sono de Bruno, o mesmo estava esparramado na cama, apenas de cueca e uma blusa, estava quase babando ? Mas estava tão fofo assim. ? Estava de costas para cima com a cabeça virada para parede. Do corredor ouvia-se alguém gritar, parecia Manuella, ela gritava mais e mais alto. Até que Bruno acorda.

    "Meu Deus, não se pode dormir em paz nessa casa", pensava sem ao menos abrir os olhos. Tentava voltar a dormir, mas com o tempo que ela gritava ficava mais incomodado, até que ele se levanta ainda com a mesma roupa, caminha até a porta apoiando-se na mobília do quarto.

    ? Ohayou! ? disse sem ânimo, bocejou e abriu os olhos.

    ? Ainda bem que você está acordado! ? disse com entusiasmo.

    ? E tinha como não estar? Você gritando dessa maneira, parece que estou em uma feira! ? reclamou coçando os olhos. ? Afinal, o que você quer?

    ? Preciso sair e voltarei tarde, meu amigo irá vir aqui para fazer um trabalho da escola.

    ? E o que eu tenho haver com isso? ? retrucou como se não ligasse para ela.

    ? Preciso que você o receba, ele vira daqui a uma hora. ? coçava a cabeça, parecia envergonhada ao pedir aquilo.

    ? Ora... cadê o pai?

    ? Você deveria saber que ele só chega à noite.

    ? Tudo bem, e é pra mim fazer o que quando ele chegar? ? perguntou, meio incomodado.

    ? Certo, apenas sirva algo para ele comer. Eu voltarei daqui 3 horas.

    ? Você vai onde? ? questionou.

    ? Não posso dizer, mas juro que antes de 3 horas eu volto. ? olhou para ele seriamente. ? Ele é meio que... um canalha, então tome cuidado.

    Antes que ela terminasse a frase, Bruno fechou a porta que um estrondo ecoou pela casa toda. Do outro lado da porta, Manuella está surpresa, ignorando dá as costas e desce as escadas.

    "Mal acordei e já me enchem saco!", pensou enquanto olhava o quarto, estava todo bagunçado. "Tenho que arrumar isso aqui.", pensou, corria e recolhia as roupas do chão e colocava no cesto que estava no banheiro. Aos poucos arrumava o quarto.

    ? Terminei. ? colocava a última remessa de roupa no cesto.

    A campainha tocava, tinha de atender, mas nem ao menos trocou de roupa. Lá de cima podia-se ouvir gritos vindos dá porta, ele desce correndo. Ao chegar, suspira e pensa; "Mantenha a calma, abra a porta."

    Abriu a porta, olhou o rapaz de cima à baixo. Ele calçava all-star preto, uma calça skinny preta, utilizava uma blusa um pouco larga de gola "v", seu cabelo era curto arrepiado para o lado direito e seus olhos despertavam prazer.

    ? Olá? ? perguntou Bruno.

    ? Oi, Manuella está? ? um olhar de surpreso, olhava um pouco abaixo da barriga de bruno.

    O garoto estava surpreso ao ver que Bruno estava apenas de cueca e uma blusa, quando percebeu, Bruno rapidamente colocou as mãos tentando tampar.

    ? Er... ? estava envergonhado, fez um gesto com uma das mãos insinuando que o garoto entrasse. ? Entre, por favor.

    No mesmo instante o garoto entrou e olhou para a sala, havia um sofá de frente para uma tv que estava desligada, uma janela grande que dava uma visão para um pequeno jardim, a luz iluminava quase que a sala toda, uma mesa de centro com um copo de café e uma revista de fofocas.

    ? Sente-se, espere um momento que irei por uma roupa, sim? ? deu um pequeno sorriso.

    ? Sim. ? retrucou o sorriso.

    O garoto sentou, olhava para Bruno enquanto subia as escadas. Bruno subia uma degrau de cada vez, lentamente, mas lá de baixo o garoto olhava-o e quando percebera que ele olhava para sua cueca tentava cobri-la por completo com as mãos, apertou os passos subiu mais rápido. Estava de frente ao corredor que dava acesso aos quartos do pai, da irmã e o próprio.

    "Ele me parece estranho... o que será que ele tem?", pensou. "Acho que minha irmã tinha dito alguma coisa sobre ele.", pensou em seguida.

    Chegou ao quarto, retirou a blusa e pôs outra, havia palavras escritas nela: "Love me". Depois pôs um short surrado que era um tanto curto para um garoto. Logo após desceu, olhou para o sofá e não viu ninguém, desceu mais 3 degraus e tornou a olhar, mas ainda assim não via ninguém.

    ? Belos fotos. ? disse o garoto.

    Assim que ouviu, olhou rapidamente para janela, lá viu o garoto olhando uma caixa de fotos. Desceu rapidamente e tomou a caixa e as fotos do garoto.

    ? Não mexa nisso, por favor. ? encarou-o. ? Afinal qual seu nome?

    ? André. ? devolveu a última foto para ele. ? Mas todos me chamam de Andy.

    ? Certo. ? guardou a caixa novamente. ? Gostaria de comer alguma coisa?

    ? Claro. ? sorriu de um modo estranho. ? Claro que gostaria. ? riu.

    Bruno seguiu para a cozinha e o garoto lhe seguiu. Ele olhava para Bruno de um modo estranho. ? De um modo no qual é possível desconfiar de tais intenções que pudesse lhe vir a cabeça.

    Ambos chegaram à cozinha, o garoto se senta e se apoia na mesa, olhando Bruno preparar sanduíches.

    ? Então, qual seu nome? ? perguntou Andy.

    ? Bruno. ? colocava o presunto e queijo no pão e o fechava com outra fatia.

    O silêncio pairava ali, após terminar Bruno serve Andy e se senta, apoiando-se na mesa e olhando para o rosto do garoto enquanto comia. Bruno parecia desconfiado, de algum modo aquele garoto não era "um bom garoto", de qualquer jeito ele ficava o olhando de um modo constrangedor. O garoto também o olhava, seus olhos eram sedutores. O garoto se aproximou de Bruno, agora ambos estavam um ao lado do outro, mas Bruno não percebera pois estava olhando para o outro lado, ao virar o rosto se espanta com a distância mínima entre eles dois. Em seguida, puxou o rosto dele para mais perto e o beijou, foi um momento de êxtase, Bruno não se mexia, seus olhos estavam abertos em uma expressão de espanto, logo em seguida ele deu um tapa na cara do menino e o empurrou.

    ? Você está louco garoto?! ? gritou.

    ? Só se for por você! ? o garoto lambia os lábios em uma expressão que parecia dizer "eu quero mais".

    Ouviram um barulho vindo da porta da cozinha, e quando viram era Stephan olhando para Andy sem demonstrar expressão facial alguma. O mesmo correu e socou Andy, que pouco estava com o nariz sangrando. Apavorado, Bruno tenta separar os dois.

    ? Parem! ? gritava enquanto tentava os afastar.

    ? Seu babaca! ? gritava Stephan socando o garoto. ? Seu idiota!

    O garoto estava caído no chão, tentando se defender, seu nariz sangrava. Bruno puxava Stephan pelos braços, ainda tentando compreender o que aconteceu ali. Sua mente estava confusa. Apenas duas coisas se passavam por sua cabeça: "Por que ele me beijou?", "Por que Stephan o atacou assim?". Finalmente consegue separa-los, Stephan se levantou e saiu com passos firmes para fora de casa, ao passar pela porta à bateu, e um eco correu por toda a casa. Do lado de fora, Manuella chegava e estranhava ver Stephan saindo daquele jeito, ele saia com raiva e passava por tudo, batendo em tudo, ela realmente o estranhou até por que ele era uma pessoa totalmente calma, nunca passou por sua cabeça. Ela o seguia tentando chamar a atenção dele.

    ? Stephan! ? seguia-o puxando seu ombro.

    ? Me deixe! ? deu uma investida com o ombro no qual ela tocou e seguiu.

    Manuella se virou e foi para dentro de casa, ao chegar lá vê Andy sentado no sofá enquanto Bruno limpava seu nariz que sangrava. Manuella se perguntava: "O que aconteceu aqui?".

    ? O que houve aqui, eu posso saber? ? ela olhava para Bruno.

    ? Melhor não. ? disse Andy.


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