Kalium

Logo depois de terem caído da montanha, tiveram que ajudar o Edward, porque ele quebrou alguns ossos na queda. Caminharam até uma área em que o efeito da montanha de anular os poderes parassem de surtir agir, então pararam por um tempo para que o corpo de Edward se regenerasse.

— Como é bom ter regeneração alta — comentou Ed, sorrindo.

— Imagino, porque meu corpo ainda dói das duas quedas — retrucou Mika, com olhar furioso.

— Blá, Blá, Blá. É assim que você agradece quando alguém salva sua vida duas vezes?

— Não precisaria ser salva se você não me colocasse em risco!

— Você que quis vir comigo. Agora, vamos, perdemos tempo demais.

— Provavelmente chegaremos amanhã bem cedo.

— Se for com base em suas previsões até agora, vai demorar mais uma semana para chegarmos lá — caçoou Lizzie.

— Fique quieta, Liz!

Os três idiotas prosseguiram para a cidade de Kalium. Quanto mais aproximavam-se, mais cercados por árvores eles estavam. Por sorte, não tiveram nenhum problema até o anoitecer. Decidiram não parar para dormir, já que a cidade não estava tão longe e o tempo encurtava.

Logo pela manhã, depois de serem picados por vários insetos, eles conseguiram ver a Kalium. Observavam a cidade de cima, porque o caminho que eles pegaram terminou sobre uma montanha. A cidade era grande, estava entre a floresta, até mesmo parecia que fazia parte dela. Havia grandes edifícios e árvores. O nascer do sol era bonito visto dali, a luz coloria muito bem a cidade.

— Finalmente chegamos na cidade de Kalium! — observou Mika, sorridente.

— Que bom! Já estava cansado de andar nessa merda de caminho sem fim! — reclamou Ed.

— Estou morrendo de fome — murmurou Liz.

— Calma, Liz, daqui a pouco iremos comer — assegurou Mika, com brilho no olhar.

Instantes depois, Edward subitamente começou a gritar de dor e caiu de joelhos no chão. Desesperadas, Mikaela e Lizzie tentaram ajudar ele, mas, instantes depois, Lizzie também começou a gritar de dor. Mikaela, desesperada, tentou ajudar os dois, mas não havia nada em que podia ajudar. Um brilho azul começou a emanar do corpo do Edward e da Lizzie. Quando esses brilhos pararam de cintilar, eles cessaram os gritos. Lizzie havia desmaiado, entretanto Edward continuou acordado.

— Ei, Ed! O que houve? — perguntou Mika, assustada.

— O que eu mais temia. — O olhar de Edward tornou-se sombrio. — O quinto selo, Guerra, foi rompido.

— O quê? Quer dizer que Bahamut acabou de renascer?

— Não, mas se desprendeu de seu último grilhão. Irá demorar um pouco para ele sair e recuperar todo seu poder, mas o renascimento está mais próximo do que nunca. E agora que o quinto selo foi rompido, estou sem poderes.

— Sem poderes? Até quando?

— Até me encontrar com outro selo. Temos que ir para cidade agora. — Edward pegou Lizzie nos braços. — Não é hora de dormir, acorde!

— O que foi? — respondeu Liz, sonolenta.

— Vamos logo achar o Fúria!

— Ok, mas estou me sentindo fraca...

— O quinto selo foi rompido, estamos mais inúteis do que a Mika.

— O que você disse?! — perguntou Mika, desferindo chutes em Ed, mas não acertando nenhum.

— Você sabe que dando chutes altos dá para ver sua calcinha, né?

— Tarado! — vociferou ela, dando um tapa na cara dele.

— Realmente está fraco, não desviou desse tapa — observou Liz, com o queixo entre o polegar e indicador.

Eles dirigiram-se para a entrada da cidade, e Kalium passou a sensação de ser ainda maior ali.

Eles procuravam por Fúria por todo canto. Por ele ter ficado sem poderes também, dificultava Lizzie em senti-lo, diminuindo em muito o limite de distância para que ela pudesse sentir seu poder. Quando viraram a esquina seguinte, Edward foi subitamente atingindo por um soco, fazendo-o sair voando, destruindo casas e comércios.

— Ed! — vociferou Mika.

— Mas que porra foi essa? — perguntou Ed para si, com sangue escorrendo pelo seu corpo.

— Demônios — respondeu Liz levemente feriada. — Não vai ser nada bom se você não recuperar os poderes.

— Então vamos logo achar o Fúria — determinou, retirando seu sobretudo e a gravata.

— Você acha que vamos deixar você encontrar o outro selo? — perguntou o demônio, rindo

— Eu acho! — interpôs Mika. — A rainha da pólvora me abençoou com o dom da destruição... explosão!

Um círculo mágico vermelho fora conjurado acima do demônio, logo depois veio a explosão. Não causou nenhum dano ao inimigo, mas ele se desequilibrou, dando uma brecha para o Edward correr e passar por ele. O demônio logo percebeu e conseguiu pegar o Selo, e arremessou-o para o lado oposto. Seguidamente, jogou Mikaela para o mesmo lado.

— Mas que merda! Isso dói para um caralho! — praguejou Ed, e cuspiu sangue. —Ache logo o Fúria. Lizzie!

— Estou tentando... Ah, é esse cara aí do seu lado direito.

— Tão fácil assim?! — exclamaram Ed e Mika.

Rapidamente, Edward tocou no Fúria que estava desmaiado. Então duas cores de chamas começaram a ser emanada com grande volume e calor. Uma chama era azul e a outra vermelha, e ambas se entrelaçaram. Depois de um tempo, as chamas se abaixaram e revelaram Morte e Fúria.

Fúria era musculoso e grande graças aos seus dois metros; seu cabelo curto — quase careca —, era negro, rente a cabeça. Os olhos dele eram vermelhos, mais forte e intenso do que o vermelho dos olhos de Mikaela.

— Capitão! Lizzie! Quanto tempo! — dizia ele sorrindo —, mas o que está acontecendo aqui?

— Yo, Fúria. A única coisa que você precisa entender no momento é que devemos chutar a bunda daquele demônio — explicou Ed apontando para o demônio a sua frente.

— Fúria! — cumprimentou Liz, abraçando-o rapidamentee. — Tem mais um demônio vindo!

— Vejo que você não matou ele rápido, seu pedaço de lixo — observou o demônio que havia acabado de chegar.

— Perdão pelo vacilo, senhor — desculpou-se o primeiro demônio, curvando-se.

— Que seja. Vamos matar eles agora então, vai ser mais divertido.

— Nos matar? — Edward riu. — Vocês demônios são engraçados. Vocês eram mais feios, agora são parecidos com humanos.

— Tivemos que nos misturar.

— Eu fico com o musculoso, algum problema, capitão? — perguntou Fúria.

— Só um problema. Coloca uma roupa antes de lutar, pelo menos.

— Ah é, estou pelado, as chamas queimaram minha roupa. Mas não acho que irão deixar eu colocar uma roupa em um momento desses.

— Simples! É só perguntar. — Ed virou-se para os demônios. — Vocês deixariam o Fúria colocar uma roupa?

— Sim, sem problema — disseram os demônios.

— Viu?

— Sério mesmo?! — vociferou Liz, Mika e Fúria.

— Mika, leve os habitantes daqui para bem longe — ordenou Ed;

— Pode deixar.

Fúria colocou uma camisa preta, onde ficou tão apertada em seus músculos que parecia ser colada. Vestiu uma bermuda branca e uma bota qualquer preta. Depois de terminar de colocar a roupa ele encarou para o demônio musculoso, e começaram a ir em direção a floresta deixando Edward e o segundo demônio.

Quando ambos ficaram em uma distância considerável de Kalium em meio a floresta, encararam-se intensamente.

— Ei, demônio imundo, antes de começar a luta posso te fazer uma pergunta?

— Pergunte.

— Você Sangra? Vai sangrar.

Continua <3 :p