Não se aproximem...

Eu não sabia o que fazer, o que pensar, o que sentir... Mais uma pessoa morta por mim, por esta maldição. Primeiro os meus pais, segundo a minha melhor amiga e por terceiro a minha irmã. E claro, mais os aventureiros que se arriscaram a procurar-me... O que posso fazer para me libertar deste terror?! - Caiu de joelhos perante o empregado de Amy. Gritou desesperadamente, ela não conseguia acreditar que acabára de matar o último membro da sua família.

- Eu não quero matar mais ninguém! - William explodiu diante de Alyara, manchando as suas roupas de sangue.

Alyara levantou-se e caminho para fora da gruta. Do seu rosto caía um rio de lágrimas, era vísivel a tristeza em si. Os pássaros caiam ao seu lado, as árvores murchavam a cada passo e por fim, tudo aquilo que continha vida, acabou por falecer. Então, ela sentou-se na beira de um penhasco, observando a aldeia abaixo. Dela, podia ver-se a floresta, outrora cheia de vida, agora seca e sem vida.

Eu tenho de partir, não posso mais ficar aqui, não posso magoar mais ninguém. - Levantou-se e caminhou mais uma vez pela floresta sem vida, afastando-se cada vez mais da aldeia e matando mais formas de vida a casa passo que dava.

*****

- Mãe, tou saindo! - Pegou um pão, deu um beijo na bochecha de sua mãe e saiu para encontrar-se com os seus amigos.

- Demorou hã, Yaro! - Gritou Emily, uma menina de cabelos vermelhos e olhos verdes, que chamava muito a atenção de Yaro.

- Pois! - Disseram os outros três membros do grupo. Jack, namorado de Emily, com cabelos longos castanho e olhos azuis profundos. Noa de cabelos brancos e olhos cor de avelã e Hyna, apaixonada por Yaro, com cabelos azuis escuros e olhos verdes.

Todos eram humanos normais, sem qualquer poder aparente. Conversaram por horas, até que Emily decide propor algo:

- Hey, vocês da zona morta a norte daqui? - Todos olharam surpresos, aparentando não saber do que se tratava. - Bem, à uns dois dias essa zona estava repleta de vida, mas de repente, um círculo negro pairou sobre ela e de repente tudo estava morto. Animais, as plantas murcharam e os lagos secaram. E niguém consegue explicar o que aconteceu ali.

- Então que tal nós irmos ver o que se passou por ali? - Todos ficaram exitantes por um momento, mas concordaram em ir ver o que passava.

Então assim foi, caminharam em direção à zona morta. Passado alguns minutos chegaram e pararam na entrada da floresta.

- Bem, vamos ficar todos juntos, não nos podemos perder, não sabemos com os que estamos a lidar. - Todos acenaram com a cabeça e partiram para dentro da floresta.

Eu posso sentir... Mais vidas se aproximam... - Pensou e sentou-se por debaixo de uma árvore. - Por favor, vão embora enquanto podem...