|
Tempo estimado de leitura: 47 minutos
16 |
Estava em um beco escuro, avistei um rapaz bem em frente, com um capuz na qual não deixava aparecer o rosto. Ele se vestia todo de preto, e então chegou até mim. Era Armin.
Se aproximou, dizendo:
-Bom ver você anjinho de asas negras.
Chegou bem perto de meus ouvidos e sussurrou algo que quase não compreendi, ‘’Mas Você não deveria ter vindo até aqui’’. E se virou para sair, fui atrás e agarrei o tecido de seu moletom impedindo-o de ir, e então o abracei. Ele era alto, então se abaixou, para perto de meu pescoço, como se fosse um vampiro prestes a me morder, e me jogou contra as paredes prendendo minhas mãos á ela. E sussurrou novamente causando arrepios:
-Alice...eu...a verdade é que eu...
Então acordei.
Estava confusa, assustada e um tanto decepcionada por tudo isso ter sido apenas um sonho. Mas o grande dia chegara e quem sabe isso se tornaria realidade?. Tomei um café da manhã rápido e fui para casa de Dora, ela iria viajar para uma cidade próxima e me ofereceu uma carona.
Fomos de carro, ela me deixou em uma rodoviária da cidade, peguei meu dinheiro comprei a passagem, aproveitei para ir há uma loja de conveniência, ao chegar no estabelecimento comprei um guarda-chuva para caso de cair uma tempestade, o tempo estava nublado, comprei também um pacotinho com cookies para viajem, um picolé, e então e fui para meu destino.
Liguei para Matty avisar que a viajem ocorreu bem e que havia chegado ao local. Já era quase noite, fiquei andando pelas ruas da cidade, passei em frente a uma clinica psiquiátrica , atravessei a rua e ao chegar do outro lado, minha visão escureceu. Por um momento pensei que fosse cair, mas então eu vi... um gato pequeno, branco dos olhos prateados, veio em minha direção. E logo depois foi para um beco, e ficou sentado olhando para que eu o seguisse.
Quando cheguei lá ele havia desaparecido, no lugar onde estava sentado, trazia uma carta em um envelope, abri e dentro lia-se:
‘’ Você não deveria estar aqui.’’
Soltei rapidamente surpresa com aquilo, e então, comecei a esfregar os olhos, como se tivessem embaçados. E no lugar da carta, era apenas um jornal velho rasgado.
Eu estava tendo alucinações de novo?
Quando achei que aquelas visões fossem sumir por um tempo, começaram de vez. Dessa vez, os muros ao meu redor começaram a desabar, o gatinho a minha frente já não era mais um gato, e sim um coelho, que apontava para o chão que abria em um abismo, e dizendo:
- Saia deste mundo, quebre as barreiras ilusórias, vá direto para sua mente, e descubra mais de si mesma. Encontre a sua verdadeira realidade.
E então um vento forte começou, e senti algo me empurrar para dentro do abismo. Tentei gritar mas a voz não saia, eu estava caindo e, pela primeira vez, senti a verdadeira ‘’ Sensação de estar morrendo’’. Até que cheguei em uma sala, e vozes sussurravam em coro aos meus ouvidos:
-Bem-Vinda Alice, ao país da ‘’Destruição ’’ .