Yu-Gi-Oh! Razor - Klabazaus Memories

  • Finalizada
  • Hirotogs
  • Capitulos 35
  • Gêneros Aventura

Tempo estimado de leitura: 8 horas

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    Capítulos:

    Capítulo 19

    (Underworld Diaries) Memórias de Klabazaus

    Meu teclado e mouse haviam sido desintegrados por uma criatura cósmica (cachorro). Demorou (de novo ¬¬), mas saiu, e com 4k de palavras! Aqui finalmente acaba Underworld Diaries, e a história voltará ao normal. Pra não prolongar muito, englobei tudo o que tinha que falar já num capítulo só. Agora, vocês podem dizer que conhecem Klabazaus, Raviel e o submundo.

    No último capítulo, Klabazaus foi às portas do reino dos Skull Servants, esperando acabar com eles quando retornassem. Raviel foi à fronteira do submundo, a mando de seu pai, e Skull Servant King declara vitória sobre o reino Punho Negro.

    “Ainda há de nascer algum

    Cujos desejos, altivos, trespassem

    A espessa barreira,

    Derradeira,

    De mim.”

    Klabazaus

    (BGM: Tchaikosvky (Swan Lake) - Introduction)

     Skull Servant King: Levem todos, serão nossos peões para sempre! – Ordenava o rei vitorioso, enquanto Obelisco lamentava-se tacitamente, nada podendo fazer ante à renovada força inimiga. No campo de batalha, o que se via eram armas sendo lançadas ao chão por mãos que agora erram acorrentadas. Mãos guerreiras que agora eram mãos cativas. Havia também um livro, intitulado “Julgamento”, esquecido no pátio que vira a violência em seu auge. Suas páginas continham magos e vampiros, eternos rivais que agora faziam parte da mesma história.

     Um a um, os prisioneiros foram humilhados com golpes e palavras de escárnio, enquanto se amontoavam em grupos para serem levados à Perséfone, imunda e fria Perséfone. Na sala do trono, o caído Obelisco recebera grilhões especiais, manufaturados previamente para conter seu imenso poder. Batista foi acorrentado também, mas não havia sido pego em vão. Havia evitado a decapitação de seu soberano, mesmo que agora compartilhasse do mesmo destino que ele.

    Batista: Meu rei... me perdoe. Parece que não há mais Punho Negro.

    Obelisco: Mesmo diante da derrota certa, você veio me salvar. Não se lamente, você cumpriu o seu dever.

    Batista: Eu só gostaria que não acabasse assim....

    Obelisco: Há um propósito para todas as coisas, meu caro... Pelo menos Raviel salvou-se.

    Batista: E quanto a Klabazaus?

    Obelisco: Dele não tenho notícias...

    Batista: Espero que não esteja.... – Os próximos minutos foram preenchidos pelo silêncio do rei e seu braço direito. Haviam aceitado, afinal, a decadência ocorrida. Se ao menos os príncipes estivessem aqui... quem sabe teria sido... Não. Não era hora para pensar no que poderia ter sido. Eles não estavam, e perdemos. Isso foi o que aconteceu. Culpa deles? Talvez. Culpa nossa? Não, lutamos e fizemos o possível. Estamos derrotados e sendo levados cativos, mas lutamos com honra.

    (BGM: King Crimson - Providence)

    Perto dos pântanos de enxofre, além do Necrovalley, Klabazaus se apressara para chegar ao reino dos Skull Servants. Não tinha um plano, na verdade, mas esperava que pudesse, somente com sua fúria, destruir a todos quando voltassem. Raciocínio estúpido, muitos diriam – e, de fato, era -, mas Klabazaus nunca foi conhecido pela sua inteligência. Encontrou os portões abertos e não hesitou em entrar naquele local que era, aparentemente, deserto. Sem zumbis nem outro tipo de aberração comum ali, adiantou-se sem precaver-se, e realmente não correu perigo algum. Mas não estava sozinho. Após andar até as portas da sala do trono, ouviu vozes que vinham da sala.

    Sangan: Eles estão fazendo um grande estrago lá, estão mesmo!

    Witch of Black Forest: Minha nossa! Acho que exagerei um pouco! – Através de um caldeirão colocado num canto da sala, a bruxa e seu comparsa incomum viam os feitos do Skull Servant King.

    Sangan: Ahoy! Aquela coisa laranja enorme... era uma laranja?

    Witch of Black Forest: Não seja besta, era um limão!

    Sangan: Ou um abacaxi.

    Witch of Black Forest: Ou uma abóbora.

    Sangan: Ahoy, acho que é isso aí mesmo!

    Witch of Black Forest: Acho que vamos ficar ricos dessa vez! Olhe só isso tudo! – A bruxa deixa Sangan a observar o caldeirão, enquanto vasculha os itens do castelo. Ao abrir uma arca e se maravilhar com as joias ali, começa a experimentá-las.

    Witch of Black Forest: O que acha deste colar?

    Sangan: Ahoy, parece uma coisinha luminosa... esqueci o nome.... – Sangan conhecia muitas coisas, mas raramente se lembrava delas. Sua aparência ficava engraçada quando franzia os olhos tentando lembrar de algo.

    Witch of Black Forest: Lightsworn?

    Sangan: Ahoy, isso mesmo!

    Witch of Black Forest: Não me xingue dessa forma! Ei, pegue este! Oh, que fofo! – Agora Sangan estava com uma coroa enterrada na cabeça, que também era seu corpo.

    Sangan: Brllrlbrhblrhblr!

    Witch of Black Forest: Acho que tem que puxar mais pra cima...

    Sangan: Oh! Que negócio esquisito! – Do lado de fora, Klabazaus escutava a conversa. No momento certo, decide adentrar o local.

    Klabazaus: Mas vejam só... tem gente aqui dentro! Vou começar por vocês!

    Sangan: WHAAA! Quem é você?

    Witch of Black Forest: WHAAA, um monstro!

    Klabazaus: Monstro? Eu sou o terrível Klabazaus, e vou destruir esse reino maldito uma segunda vez!

    Sangan: Não! Não! Não quero morrer sem ler Predicados do Coração!

    Witch of Black Forest: Eu também não! Semana que vem, vão lançar o penúltimo capítulo! Tenho que ler! Senhor infame, pode nos deixar vivo só até o lançamento de Predicados do Coração?

    Klabazaus: Basta de palhaçadas! – Klabazaus, que era relativamente bem-humorado, não estava para piadas naquele dia. Com passos firmes e pesados, corre em direção à bruxa, que começa a recuar e se esconder atrás de vasos e mesas, todas quebradas pelos golpes de Klabazaus.

    Sangan: Oh não! Aquele vaso era da dinastia Don Skull!

    Witch of Black Forest: Whhaaa! Vai pra trás, pra trás!

    Klabazaus: Seus miseráveis!

    Witch of Black Forest: Para trás... – A bruxa toma um ar sério, e seus três olhos se abrem. Klabazaus nota a mudança súbita de expressão dela, e logo a vê conjurando uma esfera incandescente, que é arremessada contra ele. Mas Klabazaus entendia de magia e, sorrindo, repele o golpe com facilidade.

    Sangan: O QUÊÊÊÊ?

    Witch of Black Forest: Ah-aha-ahahaha, vejam só! Ele não entendeu a brincadeira! Era brincadeirinha!

    Klabazaus: Sua bruxa desprezível! Tentando ludibriar o grande Klabazaus?

    Witch of Black Forest: Certo, certo! Espere! Podemos fazer um trato!

    Klabazaus: Eu sei que você que deu aquele poder para o Skull Servant King! Meu pai agora está morto! – Esta não era a verdade, mas Klabazaus fugira antes de ver o desfecho da cena, e cria que seu pai agora estava nas estrelas.

    Witch of Black Forest: Ah, sim... é, só um pouquinho! Mas eu posso lhe dar também!

    Klabazaus: Ah, pode? Dê-me três vezes mais, se quiser poupar sua vida! – Klabazaus agarra as mãos da bruxa, suspendendo-a no ar, enquanto Sangan se desespera.

    Witch of Black Forest: Aaaaaghhh! Tá bom, tá bom! Eu o darei!

    Sangan: Oh não! Oh não! Ele vai usar ela de saco de pancada!

    Klabazaus: Silêncio, vermezinho! – Ao dizer isto, Klabazaus solta a menina no chão.

    Witch of Black Forest: Argh, seu Klabazaus... então, preciso de um objeto de grande importância pro senhor, alteza, vossa excelência, ér....

    Klabazaus: Objeto? Eu não tenho coisa assim.... a não ser.... – Klabazaus se lembra do cálice que havia ganhado quando criança, de sua amiga Cassandra.

    Witch of Black Forest: A não ser....

    Sangan: Ser não a....

    Klabazaus: Eu tenho este cálice, sempre levo-o comigo.

    Witch of Black Forest: Ótimo! Vejo que tem grande valor pra você. – Ela examina-o com um olho, depois com o outro, e depois com o terceiro, e demonstra contentamento por achar o objeto necessário.

    Witch of Black Forest: Agora, só preciso fazer uma coisinha estranha.... – A bruxa suspende-se no ar e conjura almas, que saem da terra. Algumas destas passam por Klabazaus, que se espanta com a feitiçaria que está a ocorrer. Duas almas rodopiam Sangan, que fica tonto. As diversas almas rodeiam o cálice, e logo o usam de recipiente.

    Witch of Black Forest: Agora beba! Tem gosto de suco de uva na geladeira por 500 anos!

    Klabazaus: Não gosto de uva... mas vamos lá. Se eu morrer ou me sentir estranho, lhe matarei!

    Witch of Black Forest: Hahaha! Matará mesmo... (não me mate!) – Klabazaus observa o conteúdo do cálice: almas que parecem gritar em desespero, formando todo tipo de imagem medonha. Era repugnante, mas se iria funcionar, valia a pena. Enfim, o infame toma do líquido, e começa a sentir alterações em si. Cada átomo do seu corpo parece desprender-se e ligar-se ao próximo numa velocidade incrível. Quando Klabazaus se recompõe, sente-se muito mais poderoso. Ao Skull Servant King, a bruxa tinha dado o poder de reviver e comandar os mortos, além de amplificar os poderes que já tinha. Quanto a Klabazaus, seus poderes foram muito amplificados, e uma pequena habilidade que envolvia portais no espaço-tempo havia sido conferida ao príncipe.

    Klabazaus: Vejam só... parece que funcionou mesmo.

    Witch of Black Forest: Eu não disse?

    Sangan: Ela não disse?

    Klabazaus: Não importa... agora, poderei acabar com aqueles malditos.... – Neste momento, Skull Servant King estava às portas com seus prisioneiros e aliados. Uma ordem é dada.

    Skull Servant King: Levem o grande para o calabouço, para aquele especial! Os demais, veremos em breve! – O grande a qual Skull Servant King se referia era Obelisco. Estando certo de sua vitória, o esqueleto havia preparado uma cela que contivesse os poderes de Obelisco. Quatro de seus soldados levam o rei para a cela que lhe estava reservada, enquanto Skull King e os demais adentram a sala do trono, e se deparam com Klabazaus, sentado, rindo no trono, enquanto a bruxa pensava no que ia dizer à Skull Servant King sobre os poderes de Klabazaus.

    Skull Servant King: Mas o quê?

    Klabazaus: Hehehe, bem vindo de volta!

    (BGM: Pink Floyd - Goodbye Blue Sky)

    Longe dali, Raviel cavalgava para a fronteira no seu Unicore. Olhava constantemente para trás, para seu reino, apesar de saber que isso demonstrava fraqueza. Que planos seu pai teria para ele? E o que iria acontecer? Klabazaus havia sumido também... e o reino com certeza já estava em ruínas. Raviel se lamentava por não ter chegado antes, e não ter ajudado a defender seu lar. Fabled Unicore diminui a velocidade à medida que se aproximam de um regato, e o animal logo para às margens do local para refrescar-se. Nesta breve pausa, Raviel é tomado por pensamentos que o lançam em um encruzilhada: deveria voltar ao reino e tentar fazer o que pode, ou seguir adiante, ouvindo o que seu pai dissera? Sentado em uma pedra, o príncipe contempla o céu. Com a noite, vieram as estrelas, lhe fazendo pensar sobre o destino daqueles tantos que caíram na guerra que se sucedera. Seriam eles a lhe olhar lá do alto, de onde a luz fugia? Talvez fossem as almas deles, talvez fossem astros distantes... não havia como saber sem ir lá. Alguns astrônomos do submundo tentaram resolver o mistério das estrelas, e muitos deles se voltaram à alquimia para desvendar a vida e a morte, sem sucesso. Estes pensamentos são interrompidos pelo Unicore, que anda até Raviel e o olha para os lados com um olhar caraterístico de equinos, longínquo e triste. Poderia muito bem ser seu olhar ali. Sentindo que o animal o impelia a prosseguir, Raviel decide seguir adiante, e monta o Unicore. Algumas horas passam, e a lua negra da noite passada agora tornara-se pálida, comum. O terreno começa a ficar mais rochoso, e pequenas elevações de terra se erguem no local, algumas formando cavernas. Um som agitado é ouvido ao longe, e Raviel o persegue. Quanto mais se aproxima, mais parece com um velho bêbado a cantarolar e, seguindo mais a frente, chega à entrada de uma caverna, onde entra de cavalo e tudo. Algumas pedras estão dispostas como bancos no local que, ao contrário do lado de fora, possui o chão coberto de areia. A lua ilumina as pedras, revelando uma figura de armadura, a cantar.

    (BGM: Moody Blues - Lazy Day)

    ???: A menina Kozmo morava numa fazenda, Ia-Ia-ô! Com seu cachorro de metal e sabre de luz, Ia-Ia-ô! Até que uma bruxa boa apareceu, Ia-Ia-ãn? Oh, você chegou!

    Raviel: Quem é você? É aliado ou inimigo?

    ???: Ei valentão, não me ataque! Sou amigo do seu pai, sabe?

    Raviel: Então, era de você que ele falava....

    ???: Você não parece muito surpreso... me chame de Mago. – Este é o mesmo mago que havia ajudado João a escapar dos forasteiros, perto da cidade onde duelou com Don Giovanni.

    Raviel: Mago... certo. Como pode me ajudar?

    Mago: Obelisco me pediu uma coisa bem complicada, sabe? – Era a primeira vez que Raviel tinha ouvido alguém se referir a seu pai apenas como Obelisco, e não como “senhor”, “rei”,” alteza” e afins.

    Raviel: E o que foi?

    Mago: Bem, ele sabe que Skull Servant King irá caçá-lo, ao saber que você está vivo. Então, pediu pra você subir, né?

    Raviel: Subir? O que quer dizer com isto?

    Mago: Pro mundo dos humanos, umas galáxias pra cima.

    Raviel: Galáxia? O que é isto? – (NOTA DO AUTOR) O Mago havia tocado num assunto profundo: o universo como um todo. Isto era desconhecido para todos do submundo e do mundo normal, mas isto é assunto para mais pra frente...

    Mago: Ah, depois explico. Você irá ao mundo dos humanos, sabe.

    Raviel: Já ouvi falar de lá, mas nunca li nada sobre, nem me aprofundei no assunto.

    Mago: É um lugarzinho legal, bem mais colorido e claro que aqui. Você já viu alguns no vilarejo onde seu irmão se perdeu quando criança.

    Raviel: Ah, sim. Não são nada fortes. – (NOTA DO AUTOR) Outro ponto profundo: por quê há humanos vivendo no submundo, lar de monstros e criaturas mágicas? Também será explicado mais pra frente...

    Mago: É, então você não pode ir assim, como é.

    Raviel: E como será?

    Mago: Sua alma sobe, seu corpo fica. Simples. – O Mago era bem despreocupado. De fato, era muito sábio, senão não teria conhecimento de assuntos como universo e etc. Apesar de tudo, sempre sorria e era bem atrapalhado.

    Raviel: Sobe? Pra onde? – O Mago começa a subir nas pedras, pulando de uma pra outra, se equilibrando.

    Mago: Uhf! Você fica aqui, seu corpo né... Uhf! Daí sua alma sobe, e fica num.... Uhf! Corpo de um humano, adormecida. Ai! - Na última pedra, o Mago escorrega e cai. Raviel observa tudo, ainda em seu Unicore.

    Raviel: Adormecida? E quando acordarei? Não causarei caos num mundo estanho pra mim?

    Mago: Droga, meu cotovelo... Ah, não! Sua alma ficará adormecida lá, mas acordará quando você tocar seu corpo neste mundo.

    Raviel: Isto é impossível! Humanos nem sabem do submundo, quanto mais vir pra cá! Ficarei adormecido pra sempre! – Raviel estava espantado com a ideia de ir para um mundo novo, onde além disso ficaria adormecido.

    Mago: Calma lá, amigo! Tenho certeza de que despertará em alguns anos. Não... ah não! Urgh! – O Mago agora havia entalado o pé numa parte úmida do chão de areia da caverna, atolando o pé.

    Raviel: Meu pai e suas ideias loucas....

    Mago: Aarrgh! Saiu! Ah, não, ele só quer te proteger, sabe.

    Raviel: Entendo...

    Mago: Então, vamos começar?

    Raviel: Certo. – O Mago levanta uma mão e as pernas traseiras do Unicore começam a tornar-se em ouro, e Raviel espavorece-se.

    Raviel: Ei, mas já?! Espere, deixa eu descer!

    Mago: Ihh.. já era! Fica assim mesmo, vai ficar bem legal em ouro!

    Raviel: Ah, droga, espera aí! – Unicore assusta-se e empina, mas é nessa posição que Raviel torna-se uma estátua e sua alma é removida, subindo à Terra.

    Mago: Esqueci de dizer que ele estaria num bebê recém-nascido, chamado Jones! Ah, uma hora ele descobre... – O Mago sai cantarolando, para sabe-se lá onde.

    Feral Imp: Hehehe... Terra, hã?

    (BGM: Deemo - I Hate to Tell You)

    Obelisco é levado ao calabouço, descendo até Perséfone. Num local, acessível por uma escadaria além das celas comuns, estava uma ponte de madeira, que levava a uma porção de terra suspensa no meio de um grande abismo, com correntes pendendo de ambos os lados, seladas por magia. Obelisco é selado e acorrentado, e a glória daquele que um dia foi o maior do submundo agora caía por terra. Os guardas, terminado o trabalho, saem do local, e Obelisco fica só. Ao fechar os olhos, uma lágrima lhe corre os olhos, mas nenhuma palavra é pronunciada.

    Skull Servant King: Quem é você maldito? Espere... você é o filho do bastardo Obelisco!

    Klabazaus: Ora, seu palerma, descobriu sozinho? Eu sou o grande Klabazaus! – Klabazaus levanta-se sem medo, de uma vez, assustando a bruxa ao seu lado.

    Skull Servant King: E você, sua bruxa? Está ajudando ele? Como pôde me trair?!

    Witch of Black Forest: Hahaha.. ér... ele... ele ia me matar!

    Skull Servant King: Então você a ameaçou, seu verme? – Skull Servant King não podia deixar a fonte de seu poder cair nas mãos de Klabazaus. Mal sabia ele que já era tarde demais. Todos os soldados de Skull Servant King enfurecem-se, esperando uma ordem. Batista, que ainda está preso e sendo levado por eles, observa espantado a ousadia de Klabazaus.

    Batista: Ele estava aqui o tempo todo?

    Skull Servant King: Hehehe... palmas, palmas para sua bravura! Vou escrever seu nome numa lápide, em honra a você e seu reino caído!

    Klabazaus: Acho que escreverei o seu primeiro, depois que desmontar seus ossos!

    Skull Servant King: Chega! Ataquem! – Todos investem para cima de Klabazaus, mas param no meio do caminho, pois Klabazaus puxara a bruxa pra si, envolvendo-lhe o pescoço com seu braço, ameaçando matá-la.

    Witch of Black Forest: Aaaah! O quê?! Me solte! Aaaaaah! Droga!

    Sangan: Oh não! Isso é ruim!

    Skull Servant King: Maldito! Solte-a!

    Black Luster Soldier: Klabazaus... ele sabe realmente o que está fazendo? – Black Luster Soldier havia sido capturado também.

    Batista: Ele está insano!

    Klabazaus: Acham mesmo que vão acabar com meu reino e sair impunes?! Vocês todos não passam de vermes covardes como esta bruxa aqui! – Klabazaus sempre fora um pouco arteiro, mas nada se comparava com o que era agora. Estava mais sádico e cruel do que nunca, e não era efeito colateral da magia.

    Witch of Black Forest: O quê? Mas eu... eu lhe dei... – A bruxa se esperneia, tentando sair do domínio de Klabazaus, em vão.

    Sangan: Solte ela! – Sangan teme pela vida de sua ama, mas nada pode fazer.

    Reborn Zombie: Eeergh... esse maldito!

    Skull Servant King: Seu louco! Solte-a e eu o deixarei fugir com vida!

    Klabazaus: Não me compare a um de seus ratos covardes, verme de ossos!

    Skull Servant King: Heaaargh! – O rei esqueletal avança contra Klabazaus, mas Klabazaus já havia planejado provoca-lo para que ele o atacasse.

    Klabazaus: Boa viagem! – Klabazaus atravessa o peito da bruxa com sua mão. A bruxa grita em agonia, e um grande brilho começa a ser formado da mão de Klabazaus - ele estava utilizando seu poder de portais. Seu poder era ridículo, mas ele estava drenando a vitalidade e magia da bruxa para amplificar seu poder, abrindo um buraco negro no local, que começou a sugar todos.

    Witch of Black Forest: Aargh! Ar.. seu... monstro... horrível! – A bruxa está molhada de suor, em pânico e dor, indignada com o que estava acontecendo.

    Klabazaus: Silêncio, enquanto o mestre faz sua jogada! – Klabazaus sussurra estas palavras no ouvido de sua refém, enquanto o portal toma força.

    Sangan: NÃÃÃÃÃÃO, BRUXAAAAAA! – Sangan chora pelos seus três olhos, lamentado o ocorrido à sua mestra, e é o primeiro a ser tragado pelo portal.

    Batista: É agora! – Batista puxa uma espada de um dos zumbis, e corta seus grilhões, cortando também o de Black Luster Soldier e Dark Rabbit. Vendo a dimensão das coisas, recorrem à solução lógica: fugir.

    Dark Rabbit: Vamos, rápido!

    Black Luster Soldier: AAARGghh! – Dark Grepher, que estava sendo sugado, segura o braço de Black Luster Soldier, levando-o junto.

    Batista: Luster! Segure! – Batista tenta salvar seu companheiro, mas não adianta. Vendo que, se ficasse mais ali, seria tragado também, foge junto com Dark Rabbit.

    Dark Rabbit: Não temos tempo, vamos! – Todo o local começa a desmoronar, e muitos sendo tragados para dentro do portal, dentre aliados e inimigos. Skull Servant King tentou resistir ao máximo, mas no fim, foi inútil.

    Skull Servant King: Seu... seu... maldito!

    Klabazaus: Heheh, mande uma carta, palhaço! – O portal, após ter sugado a todos, salvo Klabazaus e a bruxa, se comprime em um ponto mínimo e explode, aniquilando o castelo de uma vez por todas. Obelisco, de sua prisão, ouve e sente o tremor, mas ignora, achando que nada pode ser pior do que o estado em que está. Passada a fumaça dos escombros, Klabazaus larga a bruxa no chão, que começa a desintegrar-se em pó de estrela.

    Witch of Black Forest: Cof..Cof! O... que.... o que você....é...?

    Klabazaus: Eu sou Klabazaus, senhor do submundo. Agora, vou até meu trono e governar como sempre deveria ter sido. – A bruxa cai de lado, e sua visão torna-se borrada, piscando com muita dificuldade. A última coisa que vê é Klabazaus andando até os fragmentos do que era a porta, e sumindo na paisagem. Ela então expira.

    (BGM: Led Zeppelin - Stairway to Heaven)

    Klabazaus vaga pela terra com imenso poder fluindo dentro de si. Sua personalidade havia se deteriorada cada vez mais. Agora tudo que queria era poder... mais poder... e vingança. Vingança sobre seu próprio ponto de vista de justiça. Havia julgado que Raviel era o responsável por todos os eventos daquele dia, “trapaceando” no duelo e fugindo para reivindicar o trono. Também acreditava que Obelisco estava morto, e isto o abalava de momento em momento. A lua esconde-se no céu, ficando atrás de nuvens enegrecidas, renegando iluminar o vingador brutal que vagava pela terra. Klabazaus agora era rei, e havia se autointitulado rei. Errando o caminho de casa, passa por uma vila, onde decide destruir a tudo e todos, para testar seus limites. A cidade corre em pânico, e Klabazaus diverte-se. Pedras e carruagens são atiradas pelo ar, e não há chance de retaliação por parte de nenhum morador. Depois de uma investida inumana, Klabazaus encontra um sinal de vida em uma casa, e não hesita em destruí-la. Adentrando a casa, encontra sua vítima no chão – Cassandra.

    (BGM: Pink Floyd - Nobody Home)

    Cassandra: Argh... cof! Que... dor...!

    Klabazaus: Cassandra?! NÃO! COMO... COMO? VOCÊ ESTAVA AQUI? EU NÃO ACREDITO! NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!!!!!!!!!! – Klabazaus é tomado pelo terror de ter ferido uma das únicas pessoas por quem nutria afeição.

    Cassandra: K....Klebbie... então você voltou mesmo... como havia prometido... – Mesmo já se desintegrando, a menina, agora crescida, sorri, e lembra-se do seu antigo amigo. Klabazaus põe-se de joelhos, pegando-a nos braços, tentando salvá-la, já com a face tomada pelas lágrimas culpadas.

    Klabazaus: Não... não! Não era pra eu voltar desse jeito... eu...

    Cassandra: Klebbie... quem... quem fez isso com a cidade? – Klabazaus sente um nó na garganta, que aperta-lhe a alma maldosa. A inocente garota desconsiderava qualquer possibilidade de Klabazaus ter sido o algoz de seu povo. Aquele pequeno poeta não era mal, era um amigo.

    Klabazaus: Eu... eu não sei... Cassandra, eu não sei mas... eu irei vingá-la....

    Cassandra: Até mais.... Acho que estou.... – Já era tarde para que a última palavra saísse. O brilho de seus fragmentos é suspenso aos céus, longe dos braços de Klabazaus, que chora inconsolável. Klabazaus explode em fúria, e continua a destruir a cidade já destruída. Após acabar sua onda de violência, caminha pela terra devastada, chutando pedregulhos no chão, sem levantar a cabeça. Klabazaus não sabe mais o que sentir. Não havia pai, irmão, amigos... havia apenas o poder. E de que presta este poder, agora que estava? Agora que não tinha ninguém para se gabar sobre eles? Andando sem rumo, senta-se em meio aos escombros, e olha suas mãos. Sãos as mesmas mãos que sempre tivera, mas carregavam maior peso agora. Carregavam vidas inocentes e amigas em suas mãos. Era culpado, e sabia disso. Sua válvula de escape era Raviel. Precisava encontra-lo, e matá-lo. A culpa era dele! Toda dele! Não devia nunca ter ido duelar... mas foi, e agora estava ali. Após um breve momento de hesitação, levanta-se, respira fundo, e volta ao seu destruído reino. Passa por um livro no chão, que é ignorado, e até chutado pra longe de si. Nada importava mais. Klabazaus sobe os escombros da escadaria principal, e senta-se no trono.

    (BGM: Moody Blues - Nice to Be Here)

    Alguns anos se passam, e muitos soldados decadentes ajuntam-se ao reino de Klabazaus. Zumbis, vampiros, ogros, todos estavam com medo dos diversos reinos que haviam ganhado força com a queda dos dois mais fortes reinos do submundo. Com o tempo, Klabazaus reconstrói o castelo e instaura seu próprio reino – o reino do Anjo Caído, em homenagem à sua falecida amiga. A capela do castelo não sofreu muito dano, e criaturinhas engraçadas habitaram o local – Ghostricks. Os reinos adjacentes agora temiam o mais novo reino, que se consolidara como também sendo o mais forte. O reino Goblin continuou sua aliança com a prole de Obelisco, não ligando muito para mortes e trocas de reis, apenas dinheiro. O reino do Dark World não concordava muito com as ações de Klabazaus, e era inimigo declarado. As coisas correram comumente, enquanto Klabazaus reunia energia para subir à Terra, sabendo por meio de informantes que Raviel havia subido ao mundo humano. Iria atrás de seu irmão, trazê-lo ao submundo e derrota-lo de uma vez.

     Batista agora estava sem reino. Vagava por cidades e vilarejos, juntando bravos guerreiros para seu exército, almejando um dia retomar a glória do Punho Negro de volta, libertando Obelisco. Dark Rabbit escapou por uma rota diferente, e após ficar em cidades por muito tempo, decidiu aliar-se à Klabazaus.

     O submundo é um local com muitas histórias, e esta é a mais famosa delas. A maldade pode destruir até um grande reino, mas péssimas consequências cairão sobre o maldito que dela se utilizar.

    Jones: Que história! Então você estava aqui, dentro de mim, o tempo todo...!

    Raviel: Sim, agora, deixe-me assumir o comando, pois não temos tempo a perder. Seus amigos estão em perigo!

    Jones: Certo! Vá em frente! – Raviel toma o controle, com a alma de Jones dentro dele. Quando mudara de forma, conseguiu manter seu corpo original. E até mesmo seu Unicore.

    Raviel: Avante, Unicore! Para o castelo de Klabazaus!

    ....Continua


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