Creepy Pastas

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    16
    Capítulos:

    Capítulo 13

    Jogo do Celular Final

    Álcool, Drogas, Linguagem Imprópria, Mutilação, Suicídio, Violência

    Então eu fui para a escola um dia e nove de nossos colegas de classe haviam desaparecido, incluindo Sam. Estava um tumulto. Ninguém sabia o que havia acontecido com eles, ou onde eles tinham ido. Ninguém exceto a pessoa que tinha feito isso: Stephanie.

    Se a quantidade de tempo prolongado era reduzida pela metade cada vez que você trazia alguém para o jogo, então nove pessoas teria dado a ela um pouco mais de duas semanas. O que significava que seu tempo estava acabando novamente esta noite.

    Eu a confrontei sobre isso depois da escola.

    “Stephanie, a polícia está ficando desconfiada. Você não pode mais fazer isso, e eu não posso assistir você fazer isso de novo. Isso é errado. É perverso!”

    Ela me olhou em silêncio. Continuo me lembrando do jeito como me olhou naquele dia. Nesse momento, estava claro que a garota que eu conhecia e amava estava muito longe, e tudo o que restava era uma concha má e sem alma que se agarrava à vida e temia a morte mais do que tudo. Mas, ainda assim, eu continuava a amando mais que do tudo. Ela era minha primeira e única namorada, e eu não poderia deixá-la ir. Eu não poderia deixar nada acontecer com ela.

    “Tudo bem,” disse ela. “Eu não farei isso de novo. Eu aceitei o que preciso fazer, e vou fazer isso. Ninguém mais morrerá por minha causa.”

    “Stephanie.... tem certeza? Talvez nós possamos encontrar um item de proteção para você se procurarmos agora.”

    Ela olhou para baixo triste. “Não adianta correr por isso agora. Eu só quero passar a noite com você hoje, tá? Mais uma noite juntos. É tudo o que quero.”

    Meu coração estava despedaçado. Tudo era tão melancólico e melodramático. Eu estava tão triste ao ouvir aquelas palavras, por pensar nela sendo levada.

    Eu vomitei. Vomitei e vomitei de novo e de novo numa lixeira tentando lutar contra um fluxo interminável de lágrimas.

    Naquela noite ela dormiu comigo de novo. Doente, fraco e cansado, eu dormi por pura exaustão ás 3:00 a.m.

    Menos de uma hora depois, então, eu acordei com um sobressalto.

    Stephanie se foi.

    Eu sentei e olhei em volta aterrorizado, então encontrei um bilhete. Eu o li.

    “Jack, me desculpe por mentir pra você de novo, mas eu ainda não estou pronta para morrer.”

    Um calafrio desceu em minha espinha. Continuei lendo.

    “Eu descobri o que tenho que fazer. Não se preocupe, como prometi, ninguém mais vai morrer por minha causa.”

    O que ela poderia estar pensando? Olhei no meu quarto. De repente, notei que a pistola calibre .45 que meu pai me deu no meu aniversário de 18 anos tinha desaparecido, e tudo fazia perfeito sentido.

    Foi por isso que ela quis passar a noite comigo. Ela queria minha arma. Ela estava planejando ir até Rottenbacher e pegar SEU item de proteção.

    O mais rápido que pude,vesti umas roupas e corri até minha caminhonete. Voei até o apartamento de Rottenbacher.

    Quando cheguei lá, a fechadura tinha levado um tiro e havia vozes vindo de dentro.

    Eu empurrei a porta aberta. “O que está havendo aqui?” Eu perguntei.

    Olhei em volta.Stephanie estava mirando Rottenbacher com minha pistola. As paredes do apartamento estavam cobertas com fotos de Adolf Hitler e banners com a cruz suástica. Haviam chicotes e correntes espalhados por todo o chão do quarto. Rottenbacher estava andando com seu pijama de manga comprida e com seu neo-nazismo típico, gritando com ela sobre “invasão de domicílio” e “chamar a polícia” e isto e aquilo. Ele estava usando até aquela estúpida braçadera nazista. Era óbvio que esse cara era um fanático maluco.

    Stephanie gritou para ele. “Cale a merda da boca!”

    Ela disparou alguns tiros na parede e fez uma careta.

    Lembro de meus ouvidos zumbindo com o volume dos disparos e uma dor aguda nos tímpanos, mas estava tenso demais para me preocupar com isso naquele momento.

    “Agora me dê aquele coisa farpada de tortura que você sempre usa ou te mato agora mesmo.”

    Sua voz era do mal.

    Rottenbacher congelou no local por um momento e vagarosamento começou a tirar as calças do pijama.

    “Você está cometendo um grande erro.” Ele disse. “Você deveria apenas aceitar o jeito como as coisas são e morrer com alguma dignidade. Você não vai muito longe com isso.”

    Ele tirou o cilício da perna, de onde escorria uma pequena quantidade de sangue, e entregou a ela.

    Imediatamente, ela colocou aquilo em sua perna com uma mão, desajeitada com minha pistola enquanto o apertava até machucar, e sua própria perna começou sangrar um pouco.

    “Vamos, Jack.” Ela sussurrou enquanto se virava para sair.

    Comecei a andar para fora com ela. Do apartamento eu ouvi Rottenbacher gritando.

    “Você não vai fugir disso! Ele está vindo para você e ele vai te arrastar para o inferno por tudo o que você tem feito! Você pagará por todas aquelas pessoas!”

    Eu podia ver que ela estava mancando um pouco enquanto se afastava.

    Eu estava mal. Estava aborrecido com tudo. Estava aborrecido com Stephanie por ela ser tão cruel e egoísta. E eu estava aborrecido comigo mesmo, por ver tudo isso, ver todos os sinais, e não fazer nada para parar isso. Mas pelo menos agora tudo isso estava acabado.

    Enquanto andava de volta para a caminhonete eu fiz uma pequena oração por Rottenbacher na esperança de que ele pudesse encontrar um novo item de proteção nas próximas duas semanas. Ele podia ser um racista bastardo, mas de algum jeito, ele continuava sendo melhor que Stephanie se o que ele disse sobre nunca ter amaldiçoado ninguém fosse verdade, e ele não merecia morrer só por isso.

    Eu levei Stephanie para casa. Ela estava exausta. Eu teria dado um beijo em sua bochecha, mas eu estava tão mal que tudo o que eu queria é que toda aquela provação terminasse.

    “Boa noite” Sussurrei para ela.

    “Boa noite, Jack. Te amo.” Ela sussurrou de volta, saiu da caminhonete e voltou para sua casa.

    Comecei dirigir para casa, exausto pelos eventos do dia.

    Repentinamente, me celular comecçou a vibrar. Eu o peguei. Era uma ligação da Stephanie.

    Eu respondi.

    “Alô?”

    A primeira coisa que ouvi foi um guincho, seguido por um som como o barulho de uma batida em sua porta.

    “Jack, Socorro! Ele está aqui! Ele está aqui! ELE VEIO ME PEGAR!”

    “O quê? Aguenta aí, Steph!”

    Puxei uma inversão de marcha na caminhonete e corri de volta para casa dela. Stephanie estava se tornando mais frenética.

    De repente, do outro lado da linha, eu ouvi o som da porta sendo espancada, seguido por outro guincho. Eu podia ouvir Stephanie gritando com todos seus pulmões, um medonho e sangrento grito congelante. Eu ainda me lembro perfeitamente de cada momento, e eu me lembro dos gritos, palavra por palavra.

    “Não! Não! Eu não quero morrer” A adrenalina surgiu através do meu coração e eu afundei o acelerador.

    “Não, não, não! Pare!”

    Ela gritou de novo e eu ouvi o que soava como o celular batendo no chão e os gritos de Stephanie ficando mais e mais distantes.

    E então, ar parado.

    “Stephanie? Stephanie?! Me responde, porra!”

    Sem resposta eu desliguei e chamei a polícia.

    Quando cheguei na casa da Stephanie, a porta da frente estava quebrada. Estacionei mei carro em seu gramado e saltei para fora, carregando minha pistola calibre .45 comigo.

    Corri para dentro, procurando pelos corredores. Tudo estava em câmera lenta.

    Enão, eu entrei no quarto dela. Acendi a luz e chequei todos os cantos com minha pistola apontando o caminho. Por fim, abaixei a arma e alguma coisa chamou minha atenção no meio do cômodo. O celular da Stephanie estava caído no chão perto de sua cama.

    No meio do quarto, no carpete, tinha uma pequena marca de sangue. Não era muito mais do que poucas gotas. Mas a visão mais arrepiante de tudo foi que, da borda da cama para a porta do quarto que levava para o corredor, havia um rastro de marcas de garras que ela havia deixado, como se algo ou alguém a tivesse arrastado para sua condenação.

    Eu não conseguia aguentar mais. Me virei e deixei o quarto. Na saída não pude deixar de notar que ela tinha arrancado a maioria de suas unhas arranhando o carpete e elas estavam espalhadas pelas trilhas que seus dedos haviam deixado.

    Saí para rua e vomitei de novo. Podia ouvir as sirenes se aproximando.

    Dias passaram, então semanas, depois meses. A polícia investigou; eles me interrogaram várias e várias vezes de novo, e toda vez a minha história era a mesma. Eu contei a eles a verdade toda como eu sabia, inacreditável como era. Não acho que eles acreditavam em mim, mas todas as evidências amparavam minha história e não havia nada que me comprometesse com qualquer um dos crimes, então finalmente eles me deixaram ir.

    As coisas gradualmente foram voltando ao normal.

    Nossa turma finalmente se recuperou das perdas de tantos colegas, e ao longo do tempo minha mente meio que aceitou o que havia acontecido até que se parecia como um sonho distante. Eu me formei e fui pra faculdade.

    Mas havia uma única coisa que ainda me incomodava, e era Rottenbacher. Ele estava absolutamente bem. Mesmo Stephanie tendo roubado seu cilício, ele nunca desapareceu como os outros.

    Porém, se há uma coisa que eu realmente sei é que ainda hoje, se você vir Rottenbacher, ele ainda estará usando a braçadeira vermelha com a suástica nazista.


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