O Principado de Órion

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    Capítulo 9

    Novo (velho) membro - Parte 3

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    A casa era de três andares. Pintada em creme e azul cobalto com o telhado dividido em três. Um para a entrada, sustentado por colunas de mármore branco. Outro no segundo andar e o ultimo acima. Cobrindo o resto do prédio. Natsu estava impressionado. O dormitório masculino era muito mais luxuoso do que pensava. De repente, ouviu um pigarro. Olhou para baixo e o Mestre o encarava com tédio.

    - Não vá se animando. O interior é um desastre.

    Quase riu. Mas Mestre não achou graça nenhuma. Ele caminhou a frente indo até o portão de barras negras enquanto que apenas o seguiu. Quando chegou perto do velho (era assim que o chamava agora) duas estátuas que ladeavam o portão de ferro tremeram. Espantado olhou para elas e viu os olhos de pedra, piscando. Que droga é essa?! As cabeças giraram na sua direção, rangendo e lentamente ergueram o braço. A da esquerda com a lança, a da direita com a espada. Se arrepiou e ficou tenso em posição de defesa. Se um desses arcanjos pular nele, explodiria a pedra.

    - Relaxe, pirralho.

    Virou o rosto pra o velho. Ele o olhava sobre o ombro. Calmo.

    - Ah, claro. Elas só estão me encarando.

    Marakov riu dele o que fez se irritar e se virou para frente.

    - Novo – ouviu mais um risinho – velho membro se apresentando. Natsu Dragneel. Mago efetivo da guilda.

    Natsu que ainda observava cauteloso as estatuas viu um brilho azulado piscando nos olhos de pedra. Pestanejou desarmando sua defesa. Os arcanjos de pedra viraram as cabeças para frente e abaixaram os braços com as armas no lugar. Posicionadas e atravessadas no peito. Igual como estavam antes. O portão se abriu num rangido metálico dando passagem para um caminho de cascalho. Marakov seguiu e Natsu foi atrás, confuso.

    - O que foi isso?

    Sem encarar e sem diminuir o passo, o velho respondeu.

    - Os arcanjos? Nada demais. São os vigias do Fairy Gold.

    Levantou a sobrancelhas. Será que entendeu bem?

    - Vigias...

    - Exato. São os seguranças para os moleques que vivem aqui.

    Subiram os degraus de mármore da varanda seguindo até a porta dupla de madeira.

    - Não que precisem.

    Natsu sorriu. Estava começando a gostar dessa nova vida. Quando as portas se abriram um cheiro o engolfou de imediato e espirrou. Abanou a frente. Tentando abrir a cortina de poeira que os saudou. Foi entrando no que seria o hall do dormitório. Tossindo engasgado. As velas no candelabro que ficava acima estavam acesas e as lacrimas em formas de lâmpadas, presas ao logo do corredor, também clareavam o lugar.

    Abaixando a mão piscou surpreso com o estado do lugar. O papel de parede azul coberto descascava em vários lugares. O tapete verde musgo puído e com alguns buracos. O mestre deu um sorrisinho do seu choque e foi em direção o balcão de registro. Atrás dele, um homem de cabelo roxo, liso e desgrenhado, bocejava de sono. Ele usava uma camiseta branca (não tanto pelo estado do lugar) e podia jurar que usava aquelas cuecas estilo bermuda. O que chamou de verdade sua atenção foi a corrente e o pingente em “S” enorme. O homem apertou os olhos para ele e sorriu da sua surpresa.

    Se debruçando no balcão, seu rosto ficou conspiratório.

    - Casa de homens.

    - Ah, sei.

    Sorriu de canto. Achando graça. Imaginem os quartos. Ouviu um pigarro e os dois encararam o mestre.

    - Macao. Arranje o quarto pra ele.

    O mago puxou um livro largo e pesado detrás do balcão. Enquanto pegava o tinteiro e uma pena, o abriu pelo meio e folheou.

    - Nome.

    Makarov o olhou achando graça e virou o rosto. Esse velho...

    - Natsu Dragneel.

    O homem piscou confuso, mas não disse nada. Abriu o tinteiro e mergulhou o bico da pena, logo em seguida escrevendo.

    - Certo. Qual sua magia?

    Cruzou os braços. Até isso tinha que dizer? Olhou de canto para baixo e encontrou o olhar do velho mais divertido. Apertou os dentes incomodado. Macao o encarou esperando então, cedendo, revirou os olhos.

    - Dragon Slayer. Vou precisar dizer mais alguma coisa?

    O mago apertou os olhos pra ele. Que estranho. Achou que ficaria chocado.

    - Há! Muito engraçado. É sério, garoto. Qual é sua magia?

    O olhou, calado e sem expressão alguma. Macao finalmente ficou confuso e Makarov deu outro pigarro.

    - Ele disse a verdade. E outra coisa. O coloque como mago efetivo.

    Macao olhou do Master para ele e de novo para Master. Arght! Quanto tempo ia demorar para deitar numa cama? Mesmo que tivesse dormido por séculos, seu corpo pedia descanso. Era como se tivesse passado minutos depois que derrotou Karren e arrebentou o lacrima. Lutando em seguida com aqueles magos. Falando nisso...

    - Master, a recompensa que o soldado deixou...

    O velho pestanejou.

    - Ah, claro. – enfiou a mão no bolso retirando em seguida o dinheiro – Aqui. É bom começo, não acha Natsu?

    Sorriu largamente sob o bigode branco. Pegando o dinheiro o enfiou no bolso da calça, encarando atravessado o velho. Claramente ele se divertia.

    - Pode ser.

    Um baque surdo os fizeram olhar para o balcão. Macao tinha fechado o livro e dava a volta pelo móvel. Baixou o olhar. Cuecas vermelhas de ursinhos brancos. Soltou um risinho junto do Master e o homem ficou incomodado. Passou por eles ignorando os risos. Pela sua nuca vermelha, morria de vergonha.

    - Por aqui.

    Foram seguindo por um corredor, logo cruzando um beiral, adentrando no que lhe pareceu um salão de entrada. À direita uma escadaria de madeira dava acesso ao segundo andar. Subiram por ela, seus passos ecoando na casa silenciosa. Ao chegarem, Macao se virou para esquerda e continuou o caminho, calado. Natsu segurou um sorriso. Por causa da cueca ridícula, com certeza. O corredor por onde entraram era ladeado por portas, cada uma com um número. O mago sonolento (e envergonhado) parou ao lado de uma. Deu uma olhada e essa tinha o número 15. O homem enfiou uma chave, girando e destrancando. Devagar a abriu deixando pouca luz entrar. O encarou confuso e Macao explicou.

    - Aqui dividirmos os quartos. Para melhor se enturmar. Seu colega está dormindo então...

    Ele deu os ombros como se não fosse preciso explicar mais nada. Estendeu a chave e Natsu a pegou, sentindo-se um nervoso. Espiou o interior do quarto e viu duas camas. Ambas encostadas em cada parede. Uma delas, ocupada por um cara que devia no mínimo ter sua idade. Ficou mais nervoso, mas mesmo assim segurou a maçaneta, abrindo a porta um pouco mais. Antes de entrar, sentiu um tapinha no ombro. Olhou para o tal Macao e esse sorria.

    - Tudo bem. Todo jovem que chega aqui fica meio nervoso no seu primeiro dia, mas logo se acostuma. Até porque Fullbuster é gente boa.

    Levantou as sobrancelhas e sorriu. De repente, se lembrou de uma coisa muito importante e se virou.

    - Ah, Master...

    Pestanejou confuso. O velho não estava há um minuto atrás dele? Olhou para os lados do corredor e nem sem sinal de um homem baixinho de pijama. Macao riu de leve atraindo sua atenção. Coçando o queixo de barba rala o mago fez um esgar.

    - Ele é assim mesmo. – então se endireitou, segurando seu ombro e sacudindo – Seja bem-vindo a Fairy Gold. O dormitório mais louco de magos.

    Natsu soltou uma risadinha e Macao piscou, seguindo provavelmente direto ao seu quarto. Se voltando para o seu, cruzou o beiral e fechou a porta atrás de si, passando a chave. Afinal de contas, a porta estava antes trancada. Nem se deu o trabalho de olhar em volta. Foi direto para a cama e sentou nela, se curvando para desamarrar o cadarço de sua bota. Humpf. Mais tarde, iria ao alfaiate e encomendaria algumas roupas, além de comprar calçados. Ouviu um resmungo e levantou a cabeça. O cara estirado na outra cama puxou o travesseiro, cobrindo o rosto. O sono dele deve ser pesado. De qualquer modo...

    Se estendeu no colchão, o macio o relaxando. Puxa, estava mesmo cansado. Dobrando um braço, enfiando a mão debaixo da nuca, pensou mais sossegado em tudo o que aconteceu desde que “acordou”. Era para ele ter morrido em questão de dias quando a lava endureceu, mas não foi o que aconteceu. Tinha uma teoria do porque ter sobrevivido. Era um Dragon Slayer do Fogo, pupilo e filho de criação de Igneel. Isso significava que seu poder tinha equivalência ao seu pai. Inumeras vezes quando lutava com os dragões eles ficavam um pouco surpresos. Havia um, Atlas Flame. Enquanto sugava suas chamas de Titã ele comentou que sua presença era igual ao Rei dos Dragões de Fogo.

    Estreitou os olhos. Karren era irmão gêmeo de Igneel. Por isso a lava não o feriu e como tinha sangue da fera o melando, mesmo com suas chamas douradas o evaporando, sem querer caiu num feitiço de Selo. E muito forte. Estremeceu ao cair em si. Claro! Tinha que ser isso. Senão como se explicaria estar vivo depois de quatro séculos?

    Se ajeitou mais no colchão. Levantando a mão livre com sua chave do quarto. Girou distraído a pequena argola num dedo, a chave tilintando suave no silêncio no comodo escuro. O que não fazia diferença pra ele, enxergava muito bem o teto – riu sem barulho – e suas teias de aranhas também. Podia ouvir alguns dos outros magos roncando nos outros quartos e claro, o cheiro estranho de madeira limpa. Parece que o tal, qual é o mesmo o sobrenome dele? Ah! Fullbuster! Ele limpava o comodo. Enfim, sentidos sensoriais aguçados. Muito uteis numa batalha e convenientes também para outras coisas.

    Curvou os lábios, risonho e ansioso. Depois de sua conversa com o Mestre grande parte do mal estar por retomar a vida tinha sumido, restando apenas uma expectativa quase eufórica. Tudo graças à lourinha. Ela era bem esperta. Mas ele não estava mais entrando em um colapso nervoso. Estreitou o olhar no vazio, lembrando do que ela disse na sala do interrogatório e quase riu.

    A tatataraneta de Lucy?

    Pois bem, daria uma trégua. Uns dias seriam suficientes enquanto ajeitaria as coisas com a recompensa que ganhou de Arcadios e também o tornozelo machucado dela desinchar. Percebeu o quanto estava feio naquela hora de silencio depois que debochou dela.

    Uns dias. Então iria rastreá-la. Sua voz ou seu cheiro. Um dos dois o levaria até ela no momento que entrasse na guilda. Sorriu no escuro. Tinha se tornado fazia pouco tempo antes daquele dia maldito, mas iria se aproveitar. Segundo velho, Magos Classe S tinham certas vantagens.

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    Não lembrou como pegou no sono. Só percebeu que havia dormido quando sentiu o sacudirem pelo ombro. Natsu entreabriu os olhos, sonolento. Estava de bruços e o rosto virado para parede. Seu corpo exaustado e pesado não se mexeu nem um pouco. Fechou os olhos de novo e o sacudiram outra vez. Uma mão pesada e insistente.

    - Oe. Quem é você, cara?

    Suspirou de raiva. Se tem uma coisa que detestava era quando o acordavam a força. Principalmente quando era de um sono profundo.

    - Hei!

    O sacudiram de novo e resmungou contra o travesseiro.

    - Faça isso outra vez e quebro sua mão.

    Ouviu o cara ofegar. Surpreso.

    - Como é?!

    - Você ouviu.

    Resmungou sonolento. Percebeu que o tal colega de quarto se afastou. Finalmente, agora poderia voltar a dormir. Seu corpo relaxou, respirando fundo então sem aviso, uma pedra de gelo caiu em cima dele! Tão pesada que arrebentou o estrado da cama num estrondo. Gritou de susto se enrregelando com o troço nas costas. Com o rosto enterrado no colchão, ouviu um risinho.

    - E então colega ? Gostou disso?

    Arquejou de raiva, fechando os punhos agarrando o lençol. Babaca. Bateu as mãos no colchão e se empurrou, pulando e jogando aquela pedra de gelo pro alto. Enquanto ficou de pé virando pro colega de quarto. Quando a pedra desceu encarou por um segundo o sujeito. Os olhos dele arregalados então deu pulo e jogou a perna no bloco de um metro quadrado. Devolvendo.

    Fullbuster gritou de susto. A pedra acertando sua barriga e o jogando contra parede. Sua cama estava no caminho e como a sua não aguentou. O estrado arrebentou com o mago de gelo gemendo. Sorriu debochado.

    - Gostou disso, colega?

    O cara o encarou de olhos apertados. De pura raiva. Humpf. Enquanto ele tirava os pedaços de gelo de cima dele e se levantava deu-lhe uma boa olhada. Cabelo negro desgrenhado, físico de lutador e... piscou várias vezes. Pelado?! Quando ficou de pé, a única coisa que tinha no corpo era uma corrente prateada no pescoço com uma cruz e pela insígnia azul-marinho do peito direito, um mago efetivo.

    - Vai pagar por isso, babaca.

    Natsu se virou de lado, os punhos fechados. De pernas afastadas e os braços em posição, um abaixo e outro recuado, encarou com desdém o mago que só se irritou. Levantou a sobrancelha, debochado.

    - Tente... hentaiarou.

    Fullbuster se entalou, então torceu o tronco um pouco para o lado. Sua palma direita aberta enquanto o outro punho fechado ao dizer.

    - Ice Make…

    Uma rajada fria brotou de suas mãos, nevoenta junto um padrão mágico em azul. Os pelos da sua nuca se eriçaram. Droga!

    - BATTLE AXE !!!

    Se endireitou de uma vez. O braço com a mão em punho se abrindo num arco. Arregalou os olhos, um circulo de gelo zunia até ele. Saltou para longe e o machado de batalha acertou a parede num estrondo. Gelo despedaçando. Como ele moldou tão rápido aquilo?!

    De repente, viu um movimento à esquerda. Tarde demais. O mago deu um chute no seu abdomem. O golpe pesado tirando seu ar e o atirando pra trás. Natsu se chocou com a porta, arrebentando as dobradiças e batendo na parede do corredor. Levantou a cabeça, ofegante. Estava de pé e viu uma série de lanças de gelo voando até ele. Se esquivou pra direita, as lanças despedaçando ao acertar a porta arrancada.

    O cara apareceu no corredor se virando pra ele. Seus olhos cheios de raiva. Pois bem. Ele se curvou de novo, as mãos naquela posição.

    - Ice Make...

    Fez uma carranca e correu até o mago. Quando ficou a um metro tomou impulso e saltou, girando, sua perna esquerda pegando fogo.

    - Karyû no...

    Fullbuster arregalou os olhos, chocado e Natsu teve vontade rir.

    - KAGIZUME!

    O outro abriu os braços de uma vez, gritando.

    - SHIELD!!!

    Sua perna acertou uma parede gelo entre ele e o mago. Droga! No entanto, o vapor branco que subiu do choque lhe deu uma pequena vantagem. Fullbuster tossia desorientado então aproveitou o movimento e jogou a perna direita, chutando o cara no peito. Ele voou até ao lado da escadaria. Caindo e arrastando as costas no tapete. À essa altura todas as portas do corredor se abriram com os outros magos saindo e encarando surpresos a luta. Dane-se.

    Os outros gritando mandando parar enquanto corria até o mago de gelo, que se erguia do tapete, gemendo. Natsu pulou nele, puxando o braço com o punho pegando fogo. Antes que o acertasse, o mago saltou para trás ao mesmo tempo que se dobrava, as mãos ao lado naquela posição.

    - Ice Make... HAMMER!!!

    Um martelo de gelo gigante explodiu numa rajada fria e branca nas mãos do cara. Ele balançou o martelo antes que se esquivasse. A escultura de gelo o acertou no lado esquerdo, o peso do golpe o jogando contra a balaustrada de madeira quebrando-a e o atirando para baixo. Natsu girou o corpo se endireitando e caiu agachado, os pés derrapando na madeira polida. Levantou a cabeça, as mechas nos olhos mas mesmo assim, conseguiu encarar o cara. Se estremeceu de raiva, vendo-o usar o corrimão da escada como uma rampa e descer deslizando. Saltando no final.

    Estava ficando possesso. A luta toda ficou se segurando. Evitando exagerar, mas esse cara tava pedindo...

    Fullbuster pousou à 2 metros na sua frente e se curvou em posição ataque. Natsu se levantou. Ofegante de raiva. Um cara grandalhão de cabelo branco apareceu perto deles, junto de Macao e mais um outro. Um rapaz moreno com parte do cabelo no rosto.

    - Gray, pare com isso!

    Gray se estalou a língua. O encarando de lado. Como detestou isso.

    - A culpa não é minha, Alzack.

    Quase riu.

    - Não? E quem me jogou aquele bloco de gelo, tarado?

    Gray rosnou e vários caras riram. Seu rosto ficou vermelho fazendo Natsu sorrir.

    - Calem a boca!!!

    O grandalhão reparou como estava e então revirou os olhos, jogando um coisa pra ele. Uma toalha.

    - Pelo amor de Deus, se cubra. Ninguém precisa ver seu...

    Macao pigarreou o encarando e o grandalhão revirou os olhos de novo, fechando a boca. Mais gente riu e Natsu o olhou debochado enquanto este enrolava a toalha na cintura.

    - É Gray. Ninguém precisa ver.

    Ele rosnou de raiva posicionando de novo as mãos para a magia.

    - Não pedi sua opinião, olhos puxados.

    Se entalou e agora os outros riam dele. Babaca tarado!!! Puxou o ar fundo virando o rosto e corpo de lado, prendendo o folego. Vendo, Macao arregalou os olhos. Ele entendeu, mas já era tarde demais. Seus pulmões se encheram de fogo, sua bochechas inflando. Gray quase riu achando graça.

    - Vai cuspir em mim, otário?

    Estreitou os olhos. Ah sim e torrá-lo também.

    - Karyû no…

    Macao entrou em pânico.

     - NATSU, NÃO!!!

    Já era. Fechou as mãos em punho na frente da boca se endireitando, uma na frente da outra enquanto gritava.

    - HOOKOO!!!!

    Uma rajada furiosa de fogo explodiu de sua boca. Suas mãos direcionando para o mago de gelo idiota. As chamas escarlates atravessaram o cômodo arrebentando a parede do outro lado. Os outros gritaram de choque e pavor e os três magos que estavam perto se jogaram pra trás. Soltou um risinho ao abaixar as mãos fumegantes. Vapor saindo de sua boca e palmas. Na sua frente um rastro chamuscado e longo até as paredes do outro lado. O rombo do feitiço tinha derrubado três e pela claridade lá fora, amanheceu. Encarou o mago de gelo. Ele conseguiu desviar. Não, atentou pro seu braço um pouco vermelho. O calor, com certeza. Porque se fosse as chamas teria torrado.

    Gray o olhava assombrado, junto dos outros. Macao, o grandalhão e o tal Alzack também tinham se levantado. O homem está chocado.

    - Então é verdade mesmo.

    O olhou de canto. E viu que estava pálido também. Pelo visto, ele entendeu quem era.

    - Cara...

    Virou o rosto e Gray tinha se aproximado dele. A raiva esquecida e piscou confuso, admirado? O mago de gelo parecia que nem estava brigando com ele à pouco.

    - Que magia foi essa?

    Natsu quase riu, achando graça do jeito dele.

    - Metsuryü Mahou.

    Gray levantou as sobrancelhas impressionado e assobiando. Enquanto que o resto ofegou, simplesmente de choque. Ficou imaginando como iam reagir ao souberem que era membro da guilda há quatro séculos.


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