Ate que ponto voce faria por amor?
Ate que ponto esse amor se transformasse em egoísmo?
Ate que ponto esse egoísmo se transformasse em obsessão?
Ate que ponto essa obsessão se transformasse em apenas ódio?
Ate que ponto esse ódio fosse apenas ódio de amar alguém?
Essas são perguntas que atormentava a mente de um homem confuso que estava alojado no seu luxuoso quarto.
- O que eu fiz? Será que foi o certo? – a voz do belo homem de cabelos negros bagunçados caindo nos olhos caramelo opacos que fitava o carpete vinho sobre seus pés secamente quando estava sentado na ponta da sua enorme cama.
Seu olhar vai para uma pequena porta onde se alojava um cadeado, a chave estava sobre seu pescoço. Frio sobre sua pele e ao mesmo tempo quente já que ela que abria o seu pequeno tesouro, o seu bem mais precioso que valia mais do que qualquer dinheiro do mundo.
O homem com a camisa de seda vinho aberta amostrando seu belo corpo moreno se levanta da cama e se dirige para a porta.
Tirando a chave do pescoço e abrindo o cadeado ele abre a porta e ezita por um breve momento, percebendo nenhum movimento no lado de dentro o homem entra no pequeno quarto onde tinha apenas uma cômoda, escrivaninha e um pequeno e velho colchão estendido no canto daquele quarto escuro e frio.
O com passos lentos anda ate parar na pequena garota encolhida no colchão, pelo que percebeu seus olhos estavam inchados demonstrando que chorou muito, seus dedos machucados por arranhar a porta freneticamente. Para Yutaka isso o machucava ver seu pequeno tesouro estar naquele estado e ao mesmo tempo admirado em ver que pela primeira vez em três dias ela estava dormindo. Num belo sono profundo.
Para alguém frio, calculista e arrogante como Yutaka Trent a palavra “não” não existia no seu vocabulário. Ele tinha tudo o que desejava tudo o que queria com apenas o abrir do seu talão de cheques. Para ele o dinheiro era o que abria as portas do paraíso para ele. E foi com o dinheiro que conseguiu ate mesmo a mulher que ele desejava.
“Tão bela...” o homem olhando para a pequena garota de cabelos caramelisados ondulados que se espalhava sobre o colchão em cascata, pele branca que parecia uma neve imaculada. Não. Sua boneca de porcela.
O homem se agacha, queria ver mais de perto, sentir o aroma doce de baunilha que exalava nela e principalmente aqueles lábios avermelhados naturais que tanto o torturava. Com um leve toque ele sente os cabelos tao loiros quanto fio de ouro se entranharem sobre seus dedos, eram tão sedosos e macios. Com uma leve brincadeira seus dedos vão subindo ate chegar à franja da garota que estavam meio bagunçados e com ousadia da uma leve arroçada na bochecha meio rosada que dava cor naquela pele tão palida.
- Yuuki... – ele sussurrando seu nome docemente – minha pequena neve...
Depois de dizer seu nome ele ver os olhos da garota se abrirem lentamente, para ele é como se abrissem as portas do paraíso.
“Só deus mesmo daria olhos tão belos como esse” ele fitando os olhos da garota ainda meio sonolenta o fitando inocentemente. Eram azul como a céu e tao cristalino quanto a brisa do mar.
A garota de súbito abre os olhos arregalados como se tivesse acordado no transe e logo em seguida o empurra com as mãos delicadas e se encolhe contra a parede.
Mesmo o pequeno anjo virasse um gatinho assustado isso deixava Yutaka com mais desejo daquela mulher. Parecia que adorava ve-la com medo, acuada pronta para ser devorada por ele.
- Estar com medo? – o homem fitando friamente a garota que se tremia quando lagrimas brotava em seus belos olhos – por que deveria estar?
A garota ainda o fitava com medo, nada dizia para falar a verdade ela não dizia nada desde que veio para cá. Yutaka ainda ajoelhado se aproxima da garota que se encolhe mais.
- Sabe por que estar aqui? – ele perto o bastante para sentir a respiração lenta da garota que não desvia o seu olhar. – sabe o motivo de te-la trazido para cá?
- Não... – ela sussurrando quase insonoro.
- Seu querido irmãozinho estava devendo dinheiro, muito dinheiro ate o ponto de quase ser morto caso não pagasse o que devia – ele percebendo a garota começando a prestar atenção no que dizia – ate que decidiu vender você para que assim pagasse a divida.
- Há? – a garota meio confusa – me... Me vendeu?
- Sim... – ele capturando uma lagrima no rosto da garota que se atrevia a sair com a ponta do dedo – te vendeu para mim como se fosse um objeto.
- Me...Menti-ra – ela com a voz quase sumindo – oni-chan não faria isso. Ele me ama.
- Te ama? – Yutaka tentando segurar a risada que se travava na sua garganta – que jeito mais estranho de amar a Irma ao ponto de vendê-la como se fosse um gado.
- Mentira... Mentira! – ela balançando a cabeça freneticamente – ele não faria isso, não faria, não faria, ele me ama, me prometeu que cuidaria de mim. Que não me deixaria sozinha.
Yuuki não queria aceitar o fato de que seu doce irmão fez algo tão grotesco, horrível, covarde com ela. Tinha uma explicação, sim, tinha mais qual?
- Não sei se voce é ingênua ou inocente de mais para entender... – Yutaka dando um leve sorriso cruel nos lábios quando se aproximava mais e mais da garota que queria fugir daquele homem ate que uma mão bate fortemente na parede a fazendo se assustar – que voce a parti de agora e minha.
- Na-não! – a garota com a pouca coragem que tinha fitando o homem seriamente – eu não sou seu objeto de ninguém!
- Olha, a gatinha tem garras? – Yutaka se deliciando com a coragem da garota quando pegava com ignorância o queixo dela e trazendo ao seu encontro – acho que vou ter que adestrá-la.
Antes mesmo de Yuuki rebater ela e calada pelos lábios do homem que invadia com tanta agressividade.
- N-não! – sua voz saindo apenas num leve abafo quando a língua do homem entrava dentro de sua boca procurando desesperado pela sua que tentava fugir mais acaba sendo atacada.
Era a primeira vez que beijava aquela mulher e Yutaka já estava ficando fora do controle. Sua língua se deliciava com a da garota que tentava ao maximo se defender mais isso o que deixava as coisas mais divertidas, mais excitante.
Yuuki tenta bater no homem que rapidamente pega as duas mãos dela e prensa por cima de sua cabeça na fria parede a deixando dominada por ele que dava leves mordidas nos pequenos, avermelhados e frágeis lábios. A garota não estava acreditando que seu primeiro beijo estava sendo roubado por aquele home cruel que simplesmente dizia que ela era dele.
“Oni-chan...” ela fechando os olhos quando as lagrimas escorria sobre seus olhos em cascata querendo acreditar que aquilo era apenas um sonho. Que iria acorda e não passaria de um breve pesadelo.
Com apenas um beijo Yutaka estava quase aceitando a idéia de fazê-la sua agora mesmo mais depois que vê algo molhado tocando no seu rosto e fita a garota tudo desaba diante de seus olhos. A sua pequena neve estava se derretendo.
- Por quê? – ele fitando-a que não parava de chorar e isso o irritava – por que estar chorando?
- Oni-chan...
- Esquece aquele maldito.
- Oni-chan... Venha me buscar – ela soluçando – estou com medo.
- SEU IRMAO NÃO ESTAR AQUI!!!! – Yutaka explodindo – NUNCA MAIS IRA VELO!!!! VOCE É MINHA! SO MINHA E FARA O QUE EU QUERO!!!
Yutaka da um profundo beijo antes de solta-la com tanta violência que a garota cai no colchão chorando muito antes de sair do quarto e trancá-lo com cadeado.
- Se-senhor Trent – uma garota de cabelos roxos curto batendo na porta quando ele jogava a camisa na cama – eu ouvi uns gritos... Queria saber se tudo...
- NÃO DE COMIDA PARA ELA ATE EU CHEGAR! – Yutaka abrindo o seu enorme closet com violência. – MESMO QUE ELA MORRA DE FOME E IMPLORE POR UM PAO NÃO A DE NEM UM COPO D’AGUA.
- Ma-mais senhor! – a garota achando um absurdo o que seu patrão estava dizendo.
- Não me faça repetir de novo – seus olhos frios como gelo fitando a garota que abaixa a cabeça.
- Si-sim... – ela se retirando rapidamente.
Yutaka estava tão irritado que da um soco na parede.
“Como ela pode? Mesmo depois de salva-la, ela ainda...” Yutaka trincando os dentes.
- Não importa se voce não sente nada por mim, voce será minha e de mais ninguém – sua voz soando mais como uma ameaça do que uma promessa.