Yorokobi no namida

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    Capítulo 13

    O ataque da Quimera! Usui da respostas...

    -Que graça! Você sorriu... ? Clara disse rindo um pouco.

    Assim eu mantive uma expressão de vergonha no meu rosto, durante o resto do percurso até Usui. As pessoas olhavam pra mim e apontavam, eu ainda estava insegura. Ainda achava assustadora a idéia de morar ali.

    - Já acabou o passeio Lerner?- Usui disse de longe.

    Enquanto Lerner conversava com Usui, eu senti vergonha. Havia chorado e o abraçado. Parecera fraca e teimosa. Não queria passar essa impressão de novo, mesmo não se sentindo em casa. Queria parecer forte.

    - Io, Evansu- me lembrei um pouco do passado quando ele disse isso. Era um modo japonês de falar (o s não ficava sozinho.), e às vezes ele me chamava assim quando criança. - Já esta conseguindo andar?

    Assenti, tentando não parecer confusa/triste/culpada. Queria lhe perguntar muitas coisas. Queria saber por que ele fora embora, que lugar era aquele.

    - Não se sente em casa... E quer saber por que eu fui embora... Certo? ? ele disse meio pensativo. ?Bom, vamos começar... Quando cheguei aqui, eles disseram que era perigoso ficar indo ao mundo humano. Mas, é claro que eu nunca fui muito fã de pessoas que me davam ordens. Então um dia quando descobrir como ir até lá, eu fui, escondido. Já haviam me dito de outros meio-sangues no mundo humano, e agora que eu sabia que estavam lá, tive uma enorme vontade de encontrar alguns por aí. Eu encontrei você...

    Ele hesitou. Pensou um pouco e depois ele fez uma coisa muito estranha. Ele juntou dois dedos, e pareceu concentrar energia neles, depois bateu fraco na minha testa com eles e tudo ficou escuro.

    Logo me dei conta do que acontecera. Ele estava me mostrando, em vez de contar suas memórias. Havia duas crianças, uma menina de cabelo curto, que logo reconheci como eu; e eu menino de cabelo vermelho vivo, bem bagunçado. Os dois se trombaram, a menina estava triste.

    -Oi!- ele disse alegre.

    Ela se virou um pouco surpresa e deu um "ol? tristemente, não esperando conversar muito.

    - Parece triste, Evansu ? comentou ele, surpreendendo-a pelo sobrenome.

    - Evansu...?

    -Combina perfeitamente.

    Ela corou. Os dias que se passaram rápidos na memória dele foram muito alegres, mas, um dia enquanto ele vinha, uma sombra o pegou por trás e lhe deu alguns tapas na cara.

    - Você é idiota, ou o que? ? ela gritava com ele, raivosa, mas, feliz de vê-lo vivo. - Podia ter morrido!

    - Prefiro morrer por um monstro ao morrer tomando tapas seus. ? ele respondeu desviando-se do ultimo tapa.

    - Você vai voltar comigo agora Usui! ? ela disse o arrastando para um portal.

    De alguma forma, ela sabia que ele não queria falar da meio-sangue que encontrara, tinha medo que a prendessem lá, como estavam fazendo com ele.

    Acordei das memórias dele, perplexa por tudo que ele tinha passado. Ele apenas sorriu pra mim.

    - E- eu...

    Fiquei incapaz de dizer nada. Imaginei uma criança presa aqui. Não podia sair, e quando saia tinha que voltar. Me senti culpada. Se não tivesse feito amizade com ele... As chances que tinham de fugir seriam maiores.

    Como se lesse minha mente ele acrescentou rápido:

    -Se eu tivesse ficado sozinho no mundo humano como gostaria, teria sido morto pelos monstros. ? Mas, ainda acho melhor morrer pelas mãos deles do que pelas dela...

    Eu ri. Pela primeira vez em horas eu ri. Parei de rir de repente, um pensamento me passou pela cabeça. Usui pareceu ter percebido porque jogou uma bola-de-neve em mim e disse ??você não consegue esfriar a cabeça por dois minutos!??

    - Aquela harpia... Machucou alguém...? ? eu disse limpando a neve.

    - Hikari, você quer abraçar o mundo sozinha? ? ele disse num tom serio, mas, isso não o impediu de jogar outra bola de neve em mim. ? Você se preocupa com todo mundo menos com você. Aquela Harpia só queria você, não os machucaria nem se quisesse. Você estando aqui, não bota a vida de ninguém em risco, por isso esse lugar é a casa de todos aqui.

    -Obrigada... - sussurrei. - RÁ!

    Eu gritei e atirei uma bola-de-neve nele, depois é claro eu corri com todas as minhas forças, até bater em algo duro e quente.

    Corrigindo, Alguém duro e quente. Olhei pra cima e me arrependi na mesma hora.

    Parado na minha frente havia um leão- ou pelo menos parecia isso- mas, logo me dei conta de que ele tinha uma cabeça de dragão saindo do lado direito da sua juba. As duas cabeças me olharam e só uma palavra me veio à cabeça: ferrou.

    -Hikari! ? ouvi a voz de um Usui coberto de neve, distante. ?Pega!

    Estendi a mão para pegar ? o que quer que fosse ? que ele tinha me jogado. Vi as narinas do dragão se dilatarem e soube que ele soltaria fogo.

    FUSHHHHHHHH!

    Dei uma cambalhota para o lado. Quase consegui. As chamas passaram perto demais da minha mão esquerda. Olhei pra minha mão direita e vi que segurava uma adaga. Não pensei duas vezes e ataquei o animal. A adaga pegou diretamente no dragão que desapareceu em fumaça. Mas, ainda tinha um leão, que me deu uma patada na barriga, fazendo-me cair um pouco longe. Estava sem arma, mas, aí me ocorreu uma idéia, era um plano bobo, mas, podia funcionar.

    Minhas esperanças abaixaram quando eu vi o animal erguer o traseiro e balançá-lo. Havia gatos perto do orfanato e eu soube que ele ia pular. Juntei um pouco de neve e disse:

    -Quer o novelo...? Quietinho, quietinho.

    Bom, eu vou ser direta. Ele não queria o novelo. Pulou pra cima de mim. Não sabia o que fazer, mas, aí eu senti a adaga de novo na minha mão. Não soube como, mas, senti. Saquei a arma alguns segundos antes. Não foi o bastante. Vi ele se transformar em pó, mas, também vi suas garras no meu rosto. Vi pessoas se aproximando e perdi ? de novo ? a consciência.


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