Um Homem de Sorte.

  • Belly
  • Capitulos 6
  • Gêneros Universo Alternativo

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18
Capítulos:

Capítulo 2

Decisão.

Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Sexo, Violência

Oie, mais um cap para vcs seus lindos ^-^

Um Homem de Sorte.

Sasuke.

– Equipe de rastreamento vai entrar pela lateral direita, equipe de defesa vai entrar pela frente e equipe de segurança entra pelos fundos do quartel inimigo. Entendido? - ouvi o cara que era considerado um “gênio” pela sua inteligência, nos dizer seu plano.

Realmente, o plano que o cara havia planejado era muito bom, e nos dava vantagem sobre o inimigo. Nem mesmo eu teria sido capaz de pensar tal coisa, não conseguia defender nem eu - imagina uma tropa inteira de soldados e tenentes. Sem contar os fuzileiros, que era o que eu sou.

Me alistei para o Exército das Forças Armadas quando eu tinha dezenove anos. Hoje já tenho vinte e quatro, então acho que adquiri alguma experiência neste meio tempo.

Entrei para o quartel não porque eu queria, mas era o sonho de meu pai, então decidi segui-lo.

Não posso dizer que foi ruim, mas também não foi às mil maravilhas. Fazer amigos em um dia e velos morrer no mesmo, não é uma coisa fácil.

Nunca é fácil.

Quando meus pais morreram, fiquei sozinho. Eu tinha o meu irmão - Itachi - mas ele já havia construído uma nova família, e não seria eu a ser o intruso. Apesar dele sempre me dizer que eu era bem vindo em sua família, nunca me sentiria confortável com a mesma. Meu irmão tinha se casado a cinco anos com uma garota que conheceu na faculdade, eles tinham dois filhos - um de quatro anos e outro de três. Eu tinha que admitir os moleques eram bem espertos para a idade deles.

Mas ao contrário de meu irmão, eu não queria construir uma nova família. Talvez pelo fato de já ter me acostumado em ficar sozinho, ou porque eu tinha medo de perder mais alguém importante para mim.

Porém, eu estava bem sozinho e pretendia ficar assim.

– Vamos ter que agir rápido, nada de demoras. Aliás, meu nome é Sasori. - o cara ruivo terminou de falar enquanto se levantava e se colocava em posição de combate.

Nos colocamos apostos também e corremos em posição como o homem ruivo tinha nos dito.

Ao chegarmos em nosso ponto marcado, adentramos calmamente o local tentando não chamar a atenção dos inimigos. Coisa que fora meio difícil, já que havia alguns homens armados do lado de fora.

Estávamos em uma guerra horrível. Em meio a uma batalha em plena Guerra do Iraque. Não me surpreendi ao ficar sabendo do lugar qual eu teria que ir batalhar. Quando fui convocado, a única coisa que fiz foi responder um “Hum.”

Eu não estava com medo, não tinha nada que eu pudesse temer. Na verdade, para mim tanto fazia ficar vivo ou morrer. Meus objetivos de vida? Eu não tinha nenhum.

– Equipe de segurança pronta? - perguntei para os outros que apenas assentiram. – Vamos. - fiz sinal para adentrarem o local.

Arrombamos a porta que nos impedia de chegar até as vítimas.

Após isso, vários tiros podia-se ouvir. Além dos gritos das mães e crianças que estavam sendo usadas como reféns pelos inimigos.

Era horrível estar ali. Aliás era horrível estar no meio de qualquer batalha. Porém, me mantive firme e ajudando meus companheiros enquanto gritava para as pessoas inocentes saírem dali pela porta dos fundos onde a equipe de segurança os aguardava para dar auxilio.

Eu e minha equipe continuamos adentrando mais o local, na tentativa de capturar os criminosos. Saquei minha metralhadora quando percebi uma presença próxima - já que eu ia na frente de todos, como um escudo - mas parei assim que vi um de nossos soldados.

– Encontramos o terceiro pelotão, vamos sair daqui antes que a gente se mate. Gênio. - escutei um homem dizer para outro homem ruivo, espera... Gênio? Esse era o seu apelido, mas seu nome era Sasori. Porém, o que ele estava fazendo ali? Não era para ele estar na linha de frente?

– Gênio? - perguntei recebendo um aceno positivo. - Não era para você estar na... - fui cortado pelos vários tiros que disparavam em nossa direção. Inimigos. Tsc.

Retruquei com mais tiros que minha arma conseguia disparar. Naruto e eu fomos jogados de lado, mas o loiro conseguiu virar seu corpo antes de uma bala atingir seu tórax. Já eu, não tive a mesma sorte.

Quando pensei que iria morrer, pela direção que a bala vinha iria acertar meu pulmão em cheio, fechei os olhos esperando que o pior acontecesse. Porém, não havia sentido nada. Olhei para minha frente onde o tal Sasori estava atirado no chão. Observei a cena aterrorizado, ele havia me salvado - minha vida. Porque? Não fazia sentido.

Um homem como ele que tinha o pseudônimo de “gênio” saberia que uma das regras, era não servir como escudo para os inimigos acabarem com ele. Mas não, ele se atirou em minha frente me salvando.

Naruto me tirou de meus pensamentos quando me empurrou para o lado. Olhei para a sua expressão, e estava extremamente frustrado.

– Tá querendo morrer cara?! - desviei o olhar novamente para o corpo ensanguentado do ruivo. – Esquece isso, deveria agradecer, ele salvou sua vida... Mas agora temos que sair daqui, antes que entre mais inimigos nos bombardeando.

Corremos de novo para a linha de frente. E mesmo assim a imagem do cara que me salvou não saia de minha cabeça.

Era como se uma sensação estranha tomasse conta de mim. Ele havia me salvado. E mesmo assim eu não conseguia sentir só agradecimento a ele. Na verdade, eu sentia mais alguma coisa, culpa.

[...]

A noite passada havia sido horrível. E eu sabia que o motivo não era porque eu quase tinha morrido. Mas sim, porque a imagem do ruivo que me livrou da morte, não queria de jeito nenhum sair da minha cabeça.

Pensei se ele tinha família. E não consegui evitar de me sentir mais culpado do que já estava.

E se ele tivesse esposa? Filhos? Pais? Irmã?

Se ele tivesse mesmo uma família, a razão da família dele não telo mais por perto seria por minha causa.

Estávamos todos os soldados no quartel.

Eu estava em uma tenda que dividia com Naruto. O loiro era gente boa, eu havia o conhecido a três anos atrás, quando ele também tinha sido aceito para participar do Exército. Nos tornamos muito amigos, eu poderia dizer que ele talvez fosse meu melhor amigo até.

Eu confiava nele, e não sei se eu poderia ter considerado sorte ele também ter sido enviado para a mesma missão que eu. Naruto tinha uma família. Ele podia ter se casado muito novo, mas mesmo assim era feliz com sua esposa e dois filhos.

Eu conhecia a família do loiro, a família Uzumaki, como ele dizia. Sua esposa, Hinata, parecia ser uma boa mãe apesar de seu filho mais velho ser um pouco mais travesso. Boruto, ele era muito parecido com Naruto, deveria ser a genética forte que eles tinham. Já a filha mais nova do casal, Himawari, era muito adorável. Se um dia eu fosse ter filhos - o que eu achava impossível - eu iria querer que eles fossem como os filhos do loiro.

Sai da tenda, só com a calça da farda e uma camisa branca. Queria respirar um pouco de ar livre. Porém, o único ar que tinha fora da tenda era o de poeira e vento forte.

Sentei-me em um barril velho que estava jogado no chão. Senti alguém se sentar ao meu lado, olhei para cima vendo Naruto me oferecendo uma latinha de cerveja. Aceitei de bom grado, geralmente o capitão do quartel proibia esse tipo de bebida, mas sempre tinha os espertinhos que conseguiam trazer esses tipos de coisa.

– Cara, você tá horrível. - o loiro disse fazendo uma careta quando deu o primeiro gole na cerveja. – O que foi aquilo ontem? Queria morrer, é?

– Não sei. Eu só... - deixei a frase morrer no ar. Não sabia o porquê daquilo.

– Olha, você pode pensar que não tem uma vida fora daqui. Mas, já pensou como seu irmão ficaria se soubesse que você morreu? - talvez Naruto tivesse razão.

– Sei lá, to mau por aquele cara. Sabe, me sinto culpado.

– Não deveria se sentir assim, deveria se sentir agradecido por ele. São poucos os que dão sua vida em troca de outra.

– Ele morreu para me salvar Naruto! E se ele tivesse família? Não consigo me sentir agradecido pelo o que ele fez. Não consigo. - terminei dando um gole em minha cerveja.

– Teme, esquece isso. Se ficar pensando nisso, só vai te fazer ficar pior, e daí sim você vai estar perdido. - ele tinha razão, ficar pensando naquilo só iria me fazer sentir pior do que eu já estava.

– Tudo bem.

Levantei-me do barril deixando a cerveja em cima do mesmo. Caminhei um pouco mais para frente. Olhei para o chão, foi quando notei uma imagem no meio das pedras.

Peguei o que parecia ser uma fotografia. Ela estava cheia de poeira e suja. Limpei um pouco com o dedo tentando identificar o que era.

Uma foto. Uma mulher de cabelos rosa e sorrindo estava estampada na imagem.

Linda.

Foi o que pensei observando melhor a mulher que estava na foto. Seus olhos estavam brilhando por alguma coisa e seu sorriso era exuberante.

Senti algo dentro de mim se remexer, talvez fosse meu estômago querendo pôr para fora aquela cerveja que eu havia acabado de tomar. Porém, ao constatar senti um friozinho passar pela minha barriga e meu coração acelerar.

O que estava acontecendo?

– O que você achou teme?! - ouvi Naruto gritar de onde ele estava.

Caminhei até ele sem tirar meus olhos da mulher estampada na foto. Quando cheguei perto dele ergui a imagem mostrando o que havia encontrado.

– Ela é linda, é sua? - perguntou se referindo a fotografia.

– Não, acabei de achar. Sabe de quem é?

– Não.

Dei de ombros. Guardei a fotografia em meu bolso e entrei na tenda indo me trocar, sabia que daqui a pouco algum dos inimigos poderia querer atacar.

[...]

Havia-se passado dois meses.

E eu não tinha encontrado o dono da fotografia.

Tinha que admitir desde que eu achara aquela foto, eu vinha tendo uma maré de sorte incrível. Eu não sabia explicar, mas ao olhar para o sorriso daquela mulher na foto, ao olhar para ela, era como se eu tivesse esperanças em relação a tudo.

Aquilo era extremamente estranho.

A guerra já tinha acabado, em meio a tanta batalha e caos, eu havia conseguido sobreviver. Para mim, aquela foto havia se tornado meu amuleto, o mais precioso.

Não sei se eu merecia algo assim, mas eu me sentia bem por ter sobrevivido neste tempo.

Eu tinha feito de tudo para encontrar o dono da foto. Qualquer pista, qualquer detalhe... Mas nada. Ninguém conhecia a mulher na foto, nem ao menos viram algum dia aquilo.

Acabou, que eu havia guardado esta fotografia comigo. E ela tinha me trazido muita sorte.

– O que vai fazer agora? - Naruto me perguntou enquanto fechava a mochila cheia de roupas.

– Não sei, e você?

– Já sabe né. Vou voltar para minha família, Hinata sente minha falta, e meus filhos também. Além de que eu também estou morrendo de saudades deles. - ele me disse com um sorriso bobo no rosto.

Me perguntei qual era a sensação de ter alguém para quem você pudesse retornar.

– Hum.

– Sabe teme, você deveria ir atrás desta mulher na foto. Afinal, nunca te vi com tanta sorte desde que encontrou esta fotografia. - sorri em resposta, o loiro estava certo.

– Talvez.

– Então o que você vai fazer?

Eu já estava decidido. Eu iria encontrar aquela mulher da foto, e iria agradece-la. Querendo ou não, fora ela que tinha me salvado todo este tempo.

– Vou atrás dela.

Continua.


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