Pokémon - Chaos Theory

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    14
    Capítulos:

    Capítulo 1

    O Início da Jornada

    Álcool, Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Espero que curtam essa fanfic. Minha primeira fanfic e logo sobre algo que eu gosto muito, Pokémon. Tanto o anime quanto os games fizeram a minha infância e agora fico feliz em trazer esse universo pra minha vida adulta, mostrando um lado nunca visto antes.

    //Floresta de Viridian, ás 18:35//

    Um jovem rapaz caminhava  pela floresta da cidade de Viridian, enquanto o dia já anoitecia e aquele lugar ia ficando cada vez mais deserto. Ainda assim, ele não tinha medo.

    Poucos treinadores ainda se encontravam ali, logo a floresta estaria dominada apenas pelos muitos pokémon insetos que ali viviam.

    - Eu sei que você sempre aparece aqui após o anoitecer, hoje você não me escapa ... - dizia o garoto para si mesmo, andando sorrateiramente por entre as folhagens.

    O rapaz tinha por volta de uns 15 anos de idade. Possuia cabelos ruivos, curtos e lisos. Olhos azulados, pele branca e sardenta. Se vestia de uma forma um tanto quanto monocromática. Usava um casaco de capuz preto, calça cinza escura e sapatos pretos.

    Tinha uma estatura bem baixa, por volta de 1,60. Ainda assim, tinha um corpo um tanto definido para a pouca idade e baixa estatura.

    Ainda procurando por algo desconhecido, o rapaz se engalfinhava cada vez mais pela floresta. Até que olhou maravilhado para o céu, parecia que finalmente havia encontrado o que desejava.

    - Você ... você existe mesmo. Eu esperei muito tempo para encontrá-la! Agora, você é minha!

    O que ele via era uma Butterfree. Mas essa não era como as demais de sua espécie. Esse exemplar do pokémon borboleta se diferenciava por ter as duas asas de cor azul. Um azul bem forte e vivo, chegava a brilhar.

    O garoto caminhou tranquilamente, e começou a atirar algumas pedras na direção do misterioso pokémon, afim de derrubá-lo.

    Porém, não obteve sucesso. A Butterfree azul não só esquivou das pedradas como também fugiu. Sumindo rapidamente, como fumaça.

    - Hey, volte aqui! Eu esperei por muito tempo pra te encontrar! Não fuja!

    Ele correu, correu e correu, mas nenhum sinal da Butterfree azul.

    - Maldição! Quando eu finalmente fico cara a cara com ela ...

    - Grey? Finalmente encontrei você!!!

    Grey era o nome do menino. Logo ele se virou ao ouvir uma voz familiar.

    - Scarlet? O que raios faz aqui?

    Scarlet era uma menina da mesma faixa etária que Grey. Tinha cabelos avermelhados, presos em duas trancinhas, olhos castanhos e usava óculos. Diferente dos depressivos tons de cinza e preto da vestimenta de Grey, Scarlet usava roupas pintadas por um vermelho vivo. Estava usando um blazer vermelho com uma camisa social branca por baixo, da qual se via um lacinho também vermelho no pescoço. Uma saia de pregas também vermelha, meias brancas três quartos e um par de sapatos sociais pretos.

    - Como o que eu faço aqui? Vim correndo atrás de você quando soube que se enfiou na floresta de Viridian. - disse a menina, mexendo nos óculos. Ela tinha uma tremenda pose de nerd.

    - Hunf! Não era pra ter vindo atrás de mim! -resmungou Grey, andando de volta com as mãos nos bolsos e chutando as pedras que via pelo caminho.

    - Você sabe que é perigoso entrar na floresta, ainda mais após o anoitecer. Aqui tem um monte de pokémon insetos, e alguns que também são venenosos, inclusive.

    - Eu sei, eu sei ... 

    - E pior do que os insetos, com certeza é a Irmã Amélia. Ela vai ficar uma fera quando descobrir que você saiu.

    - Eu não me importo em ser pego por aquela bruxa, mas você ... eu não quero que se meta em encrenca por minha causa. Foi idiotice sua ter vindo atrás de mim, hunf!

    - Nada disso, Grey. Nós prometemos sempre ficar juntos, em todos os momentos. Eu não me importo em ser castigada, desde que eu saiba que está tudo bem com você!

    Scarlet disse em um tom decisivo, Grey murchou. O garoto ruivo logo perdeu seu ar irritadiço e suspirou, não dizendo mais nada. Apenas continuou andando.

    - Então ... não gostaria de dizer a sua amiga o que pretendia fazer aqui na floresta, Grey?

    - Eu estava caçando a Butterfree azul.

    - Hmmmm ... e conseguiu encontrá-la?

    - Consegui, mas ... ela fugiu de mim! Maldição!

    - Você não é um treinador pokémon, por que quer tanto capturá-la? Simplesmente pra exibir um pokémon lendário?

    - Ora, por ela ter poderes místicos, claro! Soube que ela realiza desejos e pode até lhe dar o poder de viajar no tempo.

    - Hhahaha, nota-se que você não sabe de muita coisa, Grey! - disse Scarlet, com uma pose de sabichona, apontando o dedo em riste.

    - O que está querendo dizer, hein?

    - A Butterfree azul é uma bruxa do tempo. Ela pode sim, lhe dar o poder de viajar no tempo, mas ... você não sabe que isso pode causar terríveis consequências?

    - Bah, besteira!

    - Não, não é besteira. Qualquer mudança que você faça na linha do tempo pode causar uma catástrofe ainda maior do que a que você quis reverter, sabe? É bom deixar as coisas seguirem seu fluxo, por mais insatisfeito que você esteja. Nunca ouviu aquela expressão que diz que o bater de asas de uma Butterfree pode causar um tornado em outro lado do  mundo?

    - Teoria do caos, já ouvi uma baboseira do tipo. Bah, como você sabe disso tudo?

    - Até parece que não me conhece, sabe que eu leio bastante, sou apaixonada pelos livros.

    - É, eu sei o quanto perde tempo naquela biblioteca cheia de mofo ...

    - Leitura não é perda de tempo, Grey. Um dia você vai aprender a deixar de detestar tudo, verá que existem coisas boas nesse mundo.

    - Hmm ...

    ---

    //Orfanato de Viridian, as 19:17//

    Grey e Scarlet finalmente chegaram ao seu destino. Os dois amigos viviam no orfanato da cidade de Viridian. Perderam seus pais ainda muito jovens e quase não se lembravam deles, mas cresceram juntos naquele ambiente triste e melancólico, onde aprenderam a gostar um do outro.

    Na porta do orfanato esperava a Irmã Amélia. Ela era a freira linha dura que comandava aquele lugar. Extremamente rígida e cruel, a Irmã metia medo em quase todas as crianças que ali viviam. Quase todas ...

    - Posso saber onde estavam os dois? Exijo explicações! - bradava a velha e assustadora mulher.

    - Eu me perdi na floresta e a Scarlet foi atrás de mim, preocupada. Satisfeita? - disse Grey, peitando a mulher sem medo algum.

    - Tenha mais respeito comigo, moleque atrevido! Sabe muito bem que não permito crianças zanzando sozinhas pela cidade!

    - Ele errou, mas isso não vai acontecer de novo. Agora vamos voltar para os nossos quartos ... - disse Scarlet, sendo mais racional que o amigo esquentadinho.

    - Alto lá, vocês dois! Acham mesmo que vou deixar ficarem impunes por sua insolência? Vocês vão pro quarto sim, mas ficarão trancados lá dentro até segunda ordem! E não vão jantar, ouviram? Preparem-se pra dormir com fome!

    - Irmã, isso não é justo! Você pode me castigar, mas não a Scarlet! Ela só foi atrás de mim, com medo de que eu me perdesse na floresta ou fosse atacado por um pokémon selvagem!

    - O que os dois fizeram foi uma tremenda irresponsabilidade! Tenham certeza de que eu não iria cuidar de vocês caso levassem picadas de alguma Beedrill! Eu não sei o que você, Grey, estava fazendo naquela floresta e nem me interessa, mas você vai pagar! Scarlet também vai, pois você deveria ter me avisado ao invés de ir atrás dele por livre e espontânea vontade! Agora, entrem os dois! Pro quarto, AGORA!

    Sem escolhas, Grey e Scarlet entraram, sem ter nada o que dizer. 

    ---

    Passando-se algumas horas, Grey encontrava-se em seu quarto. Estava sentado na cama, abraçando as pernas e olhando pro teto. 

    - Que tédio, esse lugar é um verdadeiro mausoléu. Eu quero ir embora daqui, mas ... preciso levar Scarlet comigo. Ela é tudo que eu tenho e não posso abandoná-la ...

    De repente, ouviu sua barriga roncar.

    - Merda, eu realmente estou com fome! A comida daqui é terrivelmente ruim, mas é tudo o que temos, infelizmente.

    Mais alguns minutos se passaram e a fome de Grey aumentava. Ele já não aguentava mais, quando ouviu um barulho estranho vindo de sua janela.

    - Que diabos é isso? Será que a fome já está me causando alucinações?

    Olhando melhor, Grey deu um leve sorriso de satisfação. Havia alguém que ele conhecia em sua janela.

    - Nossa, eu sabia que você apareceria, meu amigo!

    Feliz, Grey se levantou de sua cama e dirigiu-se a janela, abrindo-a.

    Quem estava ali era um pokémon, um Machop. O pokémon lutador escalou até a janela do quarto de Grey.

    - Machop, estou muito feliz em vê-lo! Parece que trouxe algo ...

    - Chop ... Chop ...

    O pokémon carregava consigo uma cesta, e ali haviam várias frutas.

    O Machop era um grande amigo que Grey fez. Obviamente que ele não era oriundo de Viridian, não haviam pokémon como ele por ali. Apenas alguns insetos e alguns voadores. E como representantes de outros tipos, haviam Pikachus, Rattatas, Nidoran fêmeas e também Mankeys, pra não dizer que não havia nenhum do tipo lutador.

    Aquele Machop muito provavelmente era um pokémon abandonado pelo antigo treinador.

    - Você trouxe comida pra mim? Até parece que lê os meus pensamentos. Eu estou roxo de fome, aquela vadia da Irmã Amélia nos deixou de jejum mais uma vez! - resmungou Grey, ajeitando-se na cama e comendo uma das frutas. O Machop apenas o olhava atentamente.

    - A Scarlet também precisa comer. Você conseguiria escalar as janelas e chegar até o quarto dela? Sabe onde é, não é?

    - Ma-chop ... - assentiu o pokémon lutador.

    - Machop, eu fui mais cedo na floresta de Viridian e encontrei a Butterfree azul. Eu quase a capturei, mas ... droga! Ela fugiu! Eu queria fazer algum pedido a ela ...

    O Machop deu um olhar preocupado pra Grey. Parece que, sendo um pokémon, ele sabia mais do que ninguém os perigos que aquela Butterfree poderia causar. Sabia até mesmo mais do que a estudiosa Scarlet.

    - Não aguento mais ficar aqui nesse lugar imundo. Eu sei que há um mundo fantástico me esperando, sei que há! Eu queria levar você e Scarlet comigo ...

    Mais uma vez o pokémon demonstrava uma certa preocupação no olhar.

    - O que foi, Machop? Parece preocupado. Bem, eu sei me cuidar, e além do mais, eu teria você pra me proteger, e a Scarlet também, ela é muito mais forte do que parece. 

    Naquele momento, a porta se abriu bruscamente. Era a irmã Amélia.

    - O que pensa que está fazendo, Grey?

    Grey foi pego enquanto comia no quarto. O Machop se pôs em sua frente para defendê-lo.

    - Grey, pensei ter lhe colocado de castigo, sem comida até segunda ordem! E o que faz com um pokémon dentro do seu quarto? Sabe muito bem o quão perigosos eles são. Ainda mais um do tipo lutador que pode levantar coisas com o dobro do peso de seu corpo sem fazer esforço algum. E olha que esse nem está em seu último estágio de evolução.

    Grey recuava enquanto o Machop o defendia, pronto para atacar caso fosse necessário.

    "Eu poderia acabar com essa desgraçada agora mesmo. Um único golpe do Machop pode mandá-la pelos ares. Mas ... não, ela não merece. E nem vou mandar o meu amigo fazer algo assim." - pensou Grey.

    - Machop, tudo bem, deixe que eu sozinho me resolvo com ela!

    - ... Chop? - o pequeno lutador olhou para o garoto ruivo sem saber o que fazer.

    - Pode sair, Machop. Eu não quero que suje suas mãos com ela!

    Frustrado, o pokémon suspirou e pulou a janela do quarto, indo embora.

    - Muito bem, Grey. Então, não queria que aquele pokémon sujasse suas mãos comigo. Você me tem como um lixo ou algo do tipo?

    - Não faça perguntas retóricas ...

    - Como ousa agir comigo dessa maneira, seu ... - A mulher foi crescendo pra cima de Grey, que não se abalou em momento algum.

    A freira respirou fundo, limpou seus óculos e depois disse : - Por esse ato, você irá sofrer a penalidade máxima! Irá agora mesmo para a sala de detenção!

    De maneira brusca, a freira grande e corpulenta puxou Grey pelo braço e o arrastou corredor afora. Ele sabia os horrores que passaria na tal sala de detenção e não tinha medo, aparentemente.

    Essa sala ficava no final de um corredor escuro. A Irmã Amélia empurrou o garoto ruivo violentamente contra a sala, a fechando e a trancando logo em seguida.

    - Ficará aí até eu decidir quando deve sair, entendeu?

    A sala de detenção era um cômodo minúsculo, escuro, fedorento e calorento. Não haviam camas, não haviam janelas, nada. Era um ambiente pesado e claustrofóbico.

    Grey suspirou e sentou encolhido em um canto. Respirava fundo de tanto ódio.

    ---

    Já bem mais tarde, uma estranha e misteriosa van parou em frente ao orfanato de Viridian. Dela, saiu um homem ainda mais misterioso. Não era possível ver seu rosto direito, ele usava um chapéu preto, um longo sobretudo preto, roupas pretas por baixo e botas da mesma cor. Também caminhava com uma bengala.

    O ser misterioso bateu na porta do orfanato. Não demorou muito para a Irmã Amélia abrir.

    - Boa noite, é um prazer recebê-lo. - A freira maligna parecia conhecer o tal homem.

    - Já deve saber o motivo de minha visita ... - disse o homem com sua voz arrastada.

    - Eu já deveria imaginar. Entre, posso lhe servir um chá.

    ...

    Grey sentia que ia morrer sufocado naquela sala de detenção. Quando viu uma fresta de luz invadir o lugar. Sim, era a Irmã Amélia.

    - O que ... o que você quer?

    - Venha até a sala de jantar, é uma ordem ...

    Mesmo sem entender, o garoto saiu de lá e seguiu a mulher. Qualquer coisa seria melhor do que aquela sala fétida.

    Ao chegar na sala de jantar, encontrou Scarlet sentada em uma das mesas, tão perdida quanto ele.

    - O que está acontecendo aqui? - indagou o ruivo.

    - Apenas sente-se, Grey. Nosso convidado já irá falar com vocês.

    Grey olhou para Scarlet, com um ar de pura confusão.

    - Que diabos está acontecendo? Que convidado é esse?

    - Eu também queria saber, Grey. Mas ela não disse nada. 

    - Nada mesmo?

    - Hmmm ... eu ouvi ela murmurrar algo sobre termos que arrumar nossas malas.

    - Como assim? Será que fomos finalmente adotados?

    Uma gota de esperança pingou nos olhos azuis de Grey.

    Logo, a tal figura estranha adentrou a sala de jantar. O misterioso homem de preto.

    - Quem é você? - perguntou Grey, impondo-se.

    - Calma, garoto. Fique tranquilo. - disse o homem, sentando-se em frente aos dois.

    - O que gostaria de falar com a gente, er ... senhor ...? - indagou Scarlet.

    - Scarlet, Grey ... eu vou ir direto ao ponto. Vocês estariam prontos para ir embora desse lugar e seguirem uma jornada Pokémon?

    Os dois amigos se entreolharam espantados.

    CONTINUA


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