Yorokobi no namida

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    Capítulo 11

    A escola de Meio-sangues!

    Eu odeio sonhar. Sempre que eu sonho, é porque algo ruim vai acontecer. Nunca tive um sonho bom, e agora era tudo que eu precisava. Havia um homem; alto e de olhos castanhos; ele tinha uma aparência cansada e disse para uma sombra no canto do quarto:

    - Estão voltando, houve um imprevisto e virá mais um.

    Esse deve ter sido o sonho mais rápido da minha vida, porque logo que o homem parou de falar, abri os olhos. Estava numa enfermaria, daquelas que a gente vê em colégios; havia quadros de deuses gregos e palavras em latim, que eu conseguia ler, mesmo sem me lembrar de ter estudado latim uma única vez na vida; Zeus, Poseidon, Hades, Hera, havia tantos quadros com nomes desse tipo que senti um pouco de dor de cabeça; Olhei em volta e vi que havia mais três camas do lado da minha, e todas com cochas de minotauros dizendo: "Como ousa se cobrir comigo!? Ser inferior." As paredes eram brancas, e era uma enfermaria média. Ouvi o barulho de alguém batendo na porta, não soube se deitava de novo ou continuava sentada. Não tive tempo de decidir e a porta abriu. Um menino ruivo de cabelos bagunçados acabará de entrar, e pareceu surpreso por eu estar acordada, mas, logo depois sorriu e se aproximou com algo na mão. Ele estava bem perto e tentou me dar algo numa colher para comer, recusei, estava com medo e não sabia onde estava. Vendo que tentar me dar aquilo não o levaria a lugar nenhum ele sentou na minha cama sorriu e disse:

    - Se não comer vai morrer... - falou num tom tranqüilo.

    Abri a boca de medo e ele aproveitou rapidamente o momento e enfiou uma colher da coisa na minha boca. E pra certifica-se de que eu realmente iria engolir ele colocou as duas mãos na frente da minha boca até perceber que eu havia engolido. Não disse nada, agora tinha mais medo ainda. Vendo minha expressão de terror, passou a mão pela minha cabeça e disse:

    - Ok, não vai morrer se não comer isso, desculpe, mas, vai chegar perto. - ele disse apontando para minha perna, havia uma atadura enrolada sobre ela. ? Aquela Harpia mordeu sua perna, ficou meio envenenada, correra riscos de não poder mais andar se não comer. Vai ficar tudo bem. Apenas coma.

    Ainda com medo tentei mexer minha perna, não senti movimento. Aterrorizada abri a boca e deixei que ele colocasse mais daquela coisa, era um gosto desconhecido, mas, com medo do aviso que ele me dera continuei abrindo a boca e engolindo. Quando o pote finalmente da coisa finalmente acabou ele deu um alegre sorriso, que não consegui retribuir.

    - Não precisa ter medo - ele disse ainda alegre para mim. ? está em casa, e logo vai entender isso.

    Em casa, refleti. Quer dizer que eu teria de morar naquele lugar? Não fazia idéia de onde estava, o que tinha acontecido. Se era realmente uma Harpia que havia atacado a escola, o que aconteceu com as outras pessoas que estavam lá? Se aquele animal tinha ido a escola só pra me pegar era tudo culpa minha. Foi demais pra mim, coloquei as mãos sobre o rosto e comecei a chorar. Estava com medo, sozinha e sentindo-me culpada. Não pude ver o rosto do menino, mas, ele retirou cuidadosamente- mesmo que a força, minhas mãos do meu rosto, as colocou sobre minhas pernas e me abraçou. Não consegui me segurar e quando percebi estava abraçando uma pessoa totalmente desconhecida.

    - Não se lembra de mim... Hikari?

    Senti meu coração bater mais forte, só havia conhecido uma pessoa no mundo que me chamara de Hikari. Olhei pro seu rosto, ele abaixou minha cabeça e disse:

    - Podemos conversar depois. Durma um pouco, vai se sentir melhor. ? ele disse acariciando meus cabelos e me deitando na cama de novo. ? A propósito, seu cabelo não está mais branco. Só ficava daquela cor porque você ficou fraca depois de tanto tempo no mundo humano.

    Ouvi o som de uma melodia, que me adormeceu em segundos.


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