Os dias que se seguiram foram bastante entediantes. Todas as pessoas que riram do incidente de Yukimura com Amy, estavam sentindo-se culpadas. Yukimura só conversava comigo, Chiyeko- que se sentia culpada ainda- e Misa. Não precisava ser gênio para perceber que ela tinha vontade de desaparecer daquela escola, e que estava indo pra aula por passagens que poucas pessoas usavam-na certa não queria outro encontro desagradável com Amy. Mas, de algum modo ela parecia agitada, até ansiosa eu diria, perguntaria hoje a ela o que estava acontecendo.
-Koneko! Espera, preciso falar com você!- disse correndo pra alcançá-la.
-Ah... O que foi Saya-chan...?- Ela disse no seu modo tímido normal abrindo um leve sorriso.
Há alguns dias ela havia inventado esse apelido pra mim ?Saya-chan?? quando ela disse pela primeira vez, achei que fosse brincadeira, mas, agora ela sempre me chamava assim, de alguma forma eu senti que se mais alguém falasse dessa forma comigo eu acharia estranho.
-É que... Esses dias você parece ansiosa! Aconteceu alguma coisa?
O rosto dela ficou levemente pálido, ela limitou-se em dar um sorrisinho e dizer:
-Não nada... - disse meio descontraída.
?Ela esta escondendo algo... ?? pensei. Fitei-a por alguns minutos, pensando no que poderia ter acontecido. Amy atacou de novo...? Não, aquela retardada gosta de agir com gente olhando... Será que os meninos fizeram alguma pegadinha...? Não, eles costumam fazer coisas alegres... Enquanto minha cabeça explodia de pensamentos que iam desde ?sonho ruim, a abdução alienígena?, Yukimura murmurou:
- Tem alguma coisa nessa escola.
No começo não entendi e ri um pouquinho, mas, ela me fitou e parei de imediato. Ela falou sobre uma voz que a alertara de Chiyeko, e disse que viria buscá-la quando estava triste. Ela me explicou que desde aquele dia havia sentido uma presença pelo colégio, mas, não era aquela presença amigável de um passarinho escondido no seu quarto... Mas, sim aquela de que tem um psicopata com uma serra elétrica escondido no seu armário.
-Por isso eu tenho evitado andar em lugares com muita gente. Sempre que faço isso sinto que ?ele?? pode me atacar. - ela sussurrou um pouco assustada.
Eu não sabia na hora, mas, eu deveria teria me assustado tanto quanto ela, se soubesse o que era o ?ele?...