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Antes que Sakura tivesse tempo de registrar o que Sasuke estava prestes a fazer, ele havia tirado a parte superior do biquíni violeta que ela usava, até que os seios fartos e sensuais ficassem expostos. Um suspiro de prazer escapou de sua garganta quando ele vislumbrou a proeminência dos mamilos rosados.
— Você tem o corpo mais maravilhoso que eu já vi.
Ele tocou-lhe os mamilos com as pontas dos dedos, fazendo com que ela gemesse e sentisse um calor se espalhar por todo o seu corpo. Sakura ansiava por mais e ele não demorou em responder a essa ansiedade. Sasuke acomodou-a sobre a cama e, inclinando a cabeça, segurou-lhe um dos mamilos, mordiscando-o levemente, para então sugá-lo com ferocidade, deixando-a completamente enlouquecida. Sakura sentia a região mais íntima de seu corpo pulsar de excitação, aumentando a sua temperatura interna e acabando com o pouco controle que ainda lhe restava. Sasuke prosseguia com a carícia, ao mesmo tempo em que baixava uma das mãos e tocava-lhe, fazendo com que ela arqueasse o corpo numa reação tão violenta que quase a deixou com medo.
— Você está muito tensa. — ele censurou, livrando-a da parte inferior do biquíni e erguendo-se da cama para retirar o short molhado que vestia.
Mais uma vez, a dúvida e o nervosismo a golpearam.
Tudo estava acontecendo muito rápido e ela tentava entender como havia permitido que as coisas chegassem a esse ponto, sem que ela tivesse se perguntado seriamente sobre o que estava prestes a fazer.
Afinal, dormir com um homem pela primeira vez era um assunto muito sério para ela. Sakura fitava assombrada a sua primeira visão de um homem nu. Ela se sentia assustada e excitada ao mesmo tempo e se perguntava se estaria fazendo a coisa certa ou se estava simplesmente permitindo que essa forte atração a vencesse.
Sasuke olhou para ela e sentiu uma satisfação que o deixou surpreso. Ela parecia uma deusa, ele pensou admirado, os cabelos sedosos e brilhantes espalhados sobre o travesseiro eram a combinação perfeita para o rosto delicado e as curvas voluptuosas de seu corpo. Nunca uma mulher conseguira lhe despertar um apetite tão voraz... nem mesmo Karin tivera esse poder. Mas ele jamais seria vulnerável com uma mulher novamente, senão permitiria que o desejo superasse o seu juízo, ele pensou confiante.
— Eu a quero agora. — Sasuke confessou, voltando a se deitar ao lado dela; o corpo másculo e poderoso estava tenso de desejo.
Apesar do desejo incontrolável que sentia, Sasuke se esforçou para se lembrar da sua primeira motivação: possuí-la serviria apenas para se assegurar de que ela perderia o poder de sedução sobre o seu irmão.
Só de contemplar os bonitos traços daquele rosto másculo, Sakura sentiu sua boca se ressecar e o coração disparar dentro do peito.
— Eu nunca me senti dessa forma antes. — ela sussurrou com nervosismo.
Descartando imediatamente aquela declaração ingênua, Sasuke suprimiu um riso de escárnio e, inclinando a cabeça, beijou-lhe os lábios novamente. Involuntariamente, Sakura se derreteu mais uma vez. Suas inseguranças desapareciam enquanto o seu corpo se rendia às deliciosas sensações do toque e do aroma masculino.
O corpo másculo e poderoso estava tão quente, forte e excitado... Ela teve uma imagem delirante de como seria a sensação de senti-lo dentro dela e ficou chocada pela direção de seus próprios pensamentos.
Sasuke acariciou o ponto mais sensível de seu corpo e ela soltou um gemido alto de prazer. Com um dedo, ele descobriu que o seu interior era incrivelmente pequeno e apertado. Ela arfou e se contraiu e Sasuke ficou admirado com a habilidade teatral de Sakura. Claro que, como Karin, ela deveria ter presumido que um príncipe árabe apenas a valorizaria se ela pretendesse ser uma virgem. Karin havia gasto uma fortuna para ter o seu hímen cirurgicamente restaurado e ele tinha sido estupidamente enganado, Sasuke se recordou com profunda amargura.
— O que foi ? — Sakura ofegou, notando os olhos dele se escurecerem. Ao mesmo tempo, ela se perguntava se ele finalmente teria descoberto a sua falta de experiência.
— Nada poderia estar errado...
— Eu nunca dormi com nenhum outro homem. — Sakura admitiu, sem graça — Isso é um problema ?
— Como poderia ser, quando está prestes a me honrar na frente de todos os outros homens ? — O brilho cínico dos olhos dele se intensificou ainda mais ao ouvir a cautelosa afirmação que ela fizera no último minuto, alegando sua inocência sexual. Sasuke estava louco pela expectativa de ter o corpo dela sob o seu, mas ele teria preferido o seu frio autocontrole para dizer a Sakura que ela era uma mentirosa e que a sua simulação não conseguira enganá-lo nem por um segundo.
Afastando as pernas dela com os joelhos, ele sentia leves tremores de excitação percorrerem toda a extensão de seu corpo. Levado por um desejo feroz, ele começou a penetrá-la lentamente, mas ficou tenso ao ouvi-la soltar um grito agudo de dor. Sasuke sentiu o sangue congelar nas veias, sem esperar que o fingimento dela chegasse a esse ponto.
Sakura estava aflita.
— Desculpe... está tudo bem. — ela murmurou, baixando os cílios.
— Eu devo lhe pedir desculpas. Deveria ter sido mais cuidadoso. — Sasuke falou ofegante, admirado por conseguir corresponder ao disfarce dela, ao mesmo tempo em que avançava lentamente.
Conforme seu desconforto diminuía, ela sentia o prazer aumentar a cada movimento dele. Sakura arfou e envolveu os braços ao redor das costas poderosas de Sasuke, descobrindo que novamente ele estava lhe proporcionando sensações que ela nunca ousara sonhar que existissem. Violentas ondas de prazer tomaram Sakura, levando-a ao ápice explosivo e deixando-a completamente saciada. Sasuke baixou os olhos e fitou seu rosto com admiração.
— Você me levou ao paraíso. — ele declarou enquanto a abraçava. Sakura sentia as fortes batidas do coração dele contra o seu próprio peito e teve que se esforçar para conter as lágrimas de emoção que começavam a brotar nos olhos.
Sakura espalhou beijos carinhosos sobre um dos ombros largos e bronzeados de Sasuke, ao mesmo tempo em que guerreava interiormente contra a onda de embaraço que ameaçava derrubá-la mais uma vez.
— Eu preciso voltar para o meu quarto. — ela murmurou, poucos minutos depois.
Sasuke a abraçou ainda com mais força. Ele tinha toda a intenção de satisfazer completamente o seu desejo por ela.
— Esta noite você é minha e ficará aqui comigo. — ele declarou em um tom rouco. E ela era sua agora, Sasuke refletiu triunfante, sentindo o corpo começar a despertar novamente. Contudo, uma noite roubada era tudo o que ele ousaria conquistar debaixo do teto que também abrigava a sua sobrinha. Qualquer coisa a mais seria um insulto.
Sakura acordou na manhã seguinte com a luz do sol entrando através das cortinas e iluminando o magnífico quarto. Naquele primeiro instante de consciência após uma noite agitada, ela refletiu com espanto sobre o que havia feito.
O que tinha acontecido com ela ? Será que teria ficado completamente insana ?
Mal haviam se passado trinta e seis horas desde que eles se conheceram e ela já passara a noite na cama dele, permitindo que ele fizesse amor com ela, mais de uma vez. Na verdade, ela nem mesmo tinha certeza de que seria capaz de andar se levantasse da cama, uma vez que Sasuke tinha se mostrado um amante muito exigente e insaciável.
Sakura permaneceu deitada, admirando os bonitos traços daquele rosto másculo, iluminados pelos raios de sol da manhã. Ele era lindo e ainda conseguia roubar-lhe o fôlego e isso a assustava, porque Sakura nunca acreditara em amor à primeira vista.
Porém, o que mais ela poderia ter feito com as poderosas emoções que a dominaram ? Sasuke não saíra da mente dela nem por um segundo. Na cama, ele provara ser a realização dos seus sonhos. No entanto, ela mal o conhecia e certamente ele pensaria o pior dela depois da facilidade com que ela se jogara em seus braços.
Satisfeito por estar sendo o foco da admiração de Sakura, Sasuke se perguntava se ousaria fazer amor com ela mais uma vez. Contudo, os criados deveriam estar acordados e, por sua experiência, ele sabia que se fizesse isso um boato se espalharia rapidamente entre os funcionários e um escândalo atingiria o palácio real em questão de minutos. Seu plano havia se cumprido e tinha sido executado em tempo recorde, ele pensou, sentindo uma cruel satisfação. Agora, seu irmão não iria cobiçá-la novamente.
Sasuke sentou-se na cama e, ao afastar o edredom, avistou a mancha de sangue que ficara impregnada no lençol de linho branco.
— Bom dia. — ela sussurrou.
Diferentemente de Karin, Sakura era uma virgem, Sasuke refletiu chocado. Uma virgem: um caso raro para uma jovem de 21 anos que vive em um mundo onde o sexo casual é tão comum. Sasuke se sentiu culpado; ele jamais escolheria seduzir uma virgem. Mas, mesmo que soubesse disso antes, será que ele a deixaria intacta, sabendo que Itachi poderia considerar essa pureza como uma tentação irresistível ? Sasuke agora teria conseguido acabar com a possibilidade de um relacionamento que poderia induzir o irmão a deixar Izumi e trocá-la por Sakura para ser sua segunda esposa. Apesar de todos os casos que Itachi tivera fora do casamento, ele era um homem firmemente tradicional e Sasuke estava convencido de que se Sakura tivesse dormido com ele o irmão teria proposto casamento a ela. Bem, ao menos esse desastre não poderia mais acontecer.
Alcançando-a, Sasuke tomou-a em seus braços.
— Bom dia. — ele falou com a voz rouca, cobrindo-lhe os seios com ambas as mãos e provocando-lhe gentilmente os mamilos intumescidos com as pontas dos dedos.
Sakura ficou tensa.
— Eu devo voltar para o meu quarto...— Um dos criados irá trazer suas roupas e fazer as suas malas. — Sasuke murmurou, enquanto inclinava a cabeça e segurava um dos mamilos rijos. Só mais uma vez, ele pensava, ansioso para possuí-la novamente.
Apesar do prazer que sentia, Sakura protestou.
— Fazer as minhas malas?
Sasuke desejou ter feito amor com ela antes de ter contado a notícia. Erguendo a cabeça, ele fitou o verde dos olhos dela.
— Você não pode mais ficar em Woodrow Court.
— Do que você está falando? — ela indagou perplexa, afastando-se dele, ao mesmo tempo em que puxava o edredom com força e cobria os seios desnudos.
Sasuke suspirou impaciente.
— É claro que você não poderá mais ficar aqui depois de termos dividido a mesma cama. Não seria apropriado que continuasse cuidando de minha sobrinha.
Sakura empalideceu.
— Você quer dizer que o fato de eu ter tido sexo com você é um motivo para que eu seja demitida?
— Eu não julgaria isso de maneira tão cruel.
Sakura abraçou o edredom e sentiu seus olhos arderem com as lágrimas que começavam abrotar. Ela não conseguia acreditar no que estava ouvindo.
— Então, como julgaria isso?
— Nosso relacionamento irá entrar em uma nova etapa. — ele declarou num tom macio de voz.
Apreensiva, Sakura mordiscou o lábio inferior.
— Que tipo de etapa?
— Quero que você se mude para Londres a fim de que possamos nos ver com mais frequência.
— Mas eu gosto de trabalhar aqui! Adoro cuidar de Zahrah.
— Sinto muito, mas isso não poderá mais continuar. Não posso conduzir um caso com você na presença da minha família.
— Porque você está envergonhado do seu envolvimento comigo! — Sakura condenou-o e, erguendo-se da cama, vestiu o robe com impaciência.
— Não, isso seria um comportamento indiscreto e inaceitável de minha parte. Em Londres eu poderei fazer o que desejar e o que desejo é vê-la com frequência. — Sasuke declarou serenamente — Não podemos simplesmente esquecer a intimidade que compartilhamos. Você deve confiar em mim. Faça a sua despedida de Zahrah e eu a levarei comigo depois do almoço.
Com as mãos trêmulas, Sakura reuniu as peças do biquíni que estavam jogadas no chão. Ela estava chocada e profundamente confusa. Durante a noite anterior, ele havia sido o amante dos seus sonhos, mas, de repente, ele estava lhe ditando regras e fazendo exigências inegociáveis que ameaçavam destruir a sua vida.
— E se eu dissesse que não vou a lugar nenhum e que deveríamos esquecer o que aconteceu?
— Acredito que você seja muito sensata para ousar me desafiar.
Nesse instante, ela sentiu a tensão reinar no ambiente. Os olhos dele se tomaram frios e escuros. Pela primeira vez, Sakura notou a frieza de Sasuke e ficou seriamente irritada.
— Eu gostaria de ter adivinhado antes no que eu estava me envolvendo. — ela desabafou.
— Agora você já sabe. — Sasuke observou calmamente.
Sakura estava muito abalada com o que tinha acontecido. Em seu coração, ela se sentia comprometida com Sasuke, mas não gostou da forma com que ele a estava tratando. Quais eram as chances de um príncipe tratá-la com respeito ? Ou se importar realmente com ela, para além de uma parceira sexual ? Sakura percebeu que tinha entrado em um jogo do qual não teve conhecimento e agora era tarde para voltar atrás e argumentar sobre as regras. Assim que obtivesse uma referência, ela poderia conseguir rapidamente outro emprego em Londres. Seja lá como for, a questão era que ela já havia arruinado o seu emprego em Woodrow Court.
Sajura voltou para o seu quarto e, enquanto tomava banho, as lágrimas rolavam desenfreadas,ao mesmo tempo em que ela se perguntava se teria cometido o maior erro da sua vida quando se entregou para Sasuke. Ele estava virando o seu mundo de cabeça para baixo, mas ela ainda não estava preparada para desistir da esperança de um futuro melhor depois de sua partida. Logo que terminou de se vestir, ela procurou por Zahrah e contou à pequena garota que teria que partir para ver a sua família. Ela detestou ter que mentir e Zahrah ficou em prantos até a criada vir buscá-la para o café da manhã.
Sakura sabia que a pequenina ficaria bem sem ela. Zahrah seria muito bem cuidada pela criada que estivera com ela desde o dia em que nascera.
Sakura subiu as escadas e terminou de arrumar as malas. Um criado bateu à porta do quarto afim de apanhar as bagagens. Ao meio-dia, Sasuke telefonou.
— Vejo você em Londres. — ele avisou. Ao entrar no carro que a aguardava em frente à casa, Sakura se admirou por não ter perguntado exatamente sobre o local para onde estaria sendo levada.
No meio da tarde, o motorista a acompanhou até o elevador do luxuoso edifício. Ele não falava uma palavra em inglês, então ela não podia questioná-lo e, assim que foi apresentada ao flat, Sakura se perguntou se esse seria o apartamento em que Sasuke ficava quando estava na cidade. Será que ela estaria se mudando para o apartamento dele ?
Sakura se lembrou de que possuía uma generosa conta bancária e estava longe de ser impotente quando se tratava de cuidar dos seus próprios interesses. Mas, ainda assim, as mudanças repentinas lhe custaram caro; ela sempre fora cautelosa, e, no entanto, a forte atração que sentiu por Sasuke fez com que ela perdesse o autocontrole.
Uma hora depois, Sasuke entrou no apartamento. Ele a puxou contra os seus braços e a beijou como se estivesse querendo lembrá-la do poder que conseguia exercer sobre ela. Sakura ficou corada e sentiu um frio percorrer-lhe a base da espinha. Tudo ficaria bem, ela prometeu a si mesma enquanto fitava os bonitos traços daquele rosto másculo. Ela apenas precisaria dar a eles um pouco de tempo e espaço.
— Essa noite eu pegarei um voo para Nova York, onde ficarei duas semanas. — Sasuke informou — É por isso que eu pedi que o motorista a deixasse aqui. Esse apartamento é meu e você ficará confortável enquanto eu estiver no exterior.
— Posso arcar com a minha acomodação, embora eu talvez nem precise por muito tempo. A maioria dos empregos de babá oferecem um quarto e, se você puder me conceder uma referência, eu já estarei trabalhando quando você voltar de Nova York...
Sasuke a estudou com admiração. Incapaz de acreditar que ela estivesse desejando seriamente ser auto-suficiente, ele soltou um riso de escárnio.
— Não há necessidade de você procurar outro emprego. Babás costumam trabalhar por muitas horas... como eu poderia vê-la ? Será que não entende o que estou lhe oferecendo ?
Sakura ficou pálida.
— Não, eu devo ser incrivelmente estúpida porque eu ainda não descobri o que você está me oferecendo...
Sasuke deu um passo à frente e afagou uma mecha dos cabelos sedosos dela.
— Naturalmente, eu quero cuidar de você...
— Não, obrigada. — Sakura forçou um sorriso e desejou mentalmente que ele não a depreciasse com algum tipo de proposta indecente — O único homem que irá cuidar de mim com o meu consentimento será o meu marido. Estou disposta a esperar por sua volta, mas não serei sua. Sou uma mulher muito independente e o que eu concedo é voluntariamente.
Sasuke franziu as sobrancelhas.
— Você faz tudo parecer tão sério.
— O que aconteceu entre nós na noite passada proporcionou um verdadeiro caos na minha vida. — ela confessou, enquanto repousava uma das mãos sobre a lapela do paletó que ele vestia. — Ficarei aqui por enquanto, mesmo porque no momento não tenho para onde ir, mas preciso voltar à realidade e será bom se você ficar afastado um tempo.
Sasuke apanhou a carteira e retirou um cartão.
— Meu número particular.
Antes de fechar a carteira, o polegar masculino roçou a embalagem de um preservativo e ele sentiu o sangue congelar nas veias. Sasuke se deu conta de que em seu entusiasmo na noite anterior ele havia negligenciado o uso de preservativos com Sakura. Levando uma das mãos à testa, ele se perguntava como poderia ter sido tão negligente. Embora Sasuke normalmente fosse cuidadoso, haviam feito sexo sem proteção diversas vezes durante a noite anterior. E se ela tivesse engravidado ? Sasuke se lembrou que, de acordo com Itachi, uma mulher não engravida tão facilmente. Certamente, Izumi havia sido muito desventurada nessa questão. Sasuke decidiu que deveria esperar pelo melhor. Ainda assim, ele sabia que uma gravidez indesejável seria uma avalanche em sua vida, exterminando a sua liberdade e deixando-o sufocado.
Um dia depois da despedida de Sasuke, Sakura assinou calmamente um contrato com uma agência para trabalhar como babá de emergência. Permanecer apenas alguns dias em cada residência era surpreendentemente agradável e a manteve ocupada demais para pensar. Ela sabia que não iria gostar desse tipo de mudança a todo instante, mas, por enquanto, essa liberdade parecia ser o que ela mais estava precisando.
Toda noite, Sakura retomava para o conforto do luxuoso apartamento e adormecia minutos depois de ter se deitado na cama.
Sasuke telefonava para ela quase todos os dias. As conversas eram curiosamente impessoais e insatisfatórias, apenas fazendo com que ela se sentisse ainda mais insegura. As únicas informações que Sasuke lhe dava sobre ele eram superficiais. Ele nunca mencionava sobre o futuro, ou que estivesse sentindo a falta dela.
Seu período menstrual deveria ter começado no final daquela primeira semana e, quando isso não aconteceu, Sakura tentou não se preocupar.
Ela começou a achar que tinha sido muito tola quando se lembrou de que Sasuke não tomara precauções naquela noite em Woodrow Court. Será que teria entendido que ela estaria tomando anticoncepcionais, como fazem muitas mulheres ? Como ela pôde ter sido tão estúpida ? Quando sentiu que não iria mais suportar essa espera angustiante, Sakura comprou um teste de gravidez. O teste garantia proporcionar um resultado acurado dentro de alguns dias de um funcionamento irregular do ciclo menstrual, então ela resolveu fazer uso imediato.
O resultado positivo a deixou em choque. De alguma forma, ela não acreditava realmente que pudesse ter engravidado. Agora, Sakura soube que estivera errada. Ela esperava um bebê! Em apenas uma noite de amor selvagem Sasuke havia conseguido engravidá-la.
No final daquela mesma tarde, Sakura recebeu uma visita inesperada. O interfone tocou e quando ela atendeu ouviu a voz do príncipe Itachi. Sakura estava alarmada pela chegada dele e não teria nada que pudesse fazer para evitar a humilhação de ter que atender a porta e lidar com o seu ex-patrão.
— Posso entrar para conversarmos ? — ele indagou educadamente.
— É claro. — na elegante sala de estar, Sakura fitava o homem com nervosismo — O senhor deve estar se perguntando por que eu deixei a propriedade de Woodrow tão de repente...
— Sakura... deixe-me ser franco. Eu sei que esse edifício pertence ao meu irmão. — sua expressão demonstrava seriedade e preocupação — Eu sinto muito por você ter deixado o seu emprego e preferia que tivesse sido por qualquer outro motivo, exceto esse. Eu tenho um grande carinho por sua mãe e me sinto responsável por você. Sakura, você optou por dar o passo mais imprudente que poderia ter dado em sua vida.
Ela ficou tensa e enrubesceu.
— Sei que o senhor quer o meu bem, mas sou uma adulta e estou aqui por minha própria vontade, Alteza.
— Sasuke já teve muitas mulheres em sua vida, Sakura. Ele não amou nenhuma delas, e não irá se casar com qualquer mulher que já tenha morado com ele.
Sakura mordiscou o lábio inferior com nervosismo. Confrontada pela cruel honestidade, ela se sentia como se o seu coração estivesse se partindo em milhões de pedacinhos.
— Não estou procurando um casamento...
— Mas você merece algo melhor do que esse acordo barato. — Itachi falou com severidade. E, dando um suspiro, prosseguiu: — Eu amava e respeitava a sua mãe. Eu nunca exigiria que ela fosse minha amante. Esse não é o futuro que você deseja, certo ?
Embora ainda fosse cedo naquela noite, assim que Itachi deixou o apartamento, Sakura rumou para o quarto e, após se deitar na cama, debulhou-se em lágrimas. Ainda que tivesse ficado aborrecida com as palavras do príncipe Itachi, ela sabia que não estaria preparada para ser amante de Sasuke! A gravidez iria mudar tudo, pensou com melancolia. Quando Sasuke a levara para a cama com um desejo insaciável, conceber um filho com ela certamente teria sido a última coisa que passara na mente dele. Como ele iria reagir quando soubesse de sua gravidez ? Sakura se perguntava,aflita.
Sasuke tinha retomado de Nova York um dia antes. Avisado por sua equipe de seguranças de que seu irmão havia visitado Sakura, chegou ao apartamento algumas horas depois. O fato de Itachi tê-la procurado confirmava as suas suspeitas quanto à natureza do relacionamento deles, e Sasuke ficou furioso e cheio de desconfiança. Seu irmão nunca havia interferido antes em sua vida particular! Que tipo de poder Sakura exercia sobre Itachi para que ele sentisse a necessidade de ir até Londres especificamente para confrontá-la ?
— Sasuke... — Sakura sentou-se na cama, assustada ao ver a lâmpada do abajur ser acesa — Eu não imaginava que você fosse voltar essa noite!
Vestindo um temo cinza que se adaptava perfeitamente ao corpo másculo e poderoso, ele estava simplesmente espetacular. Sasuke observava a cama desarrumada, questionando-se por que ela estaria ali se ainda eram 8h da noite e perguntando-se se o seu próprio irmão teria dividido a cama com ela. As pálpebras inchadas de Sakura denunciavam que ela estivera aborrecida e chorando. Uma onda violenta de fúria e aversão o dominou.
— É óbvio que...
— O que quer dizer com isso? — ela indagou, confusa.
— Você dormiu com meu irmão?
Sakura arregalou os olhos, chocada ao ouvir a pergunta.
— Eu não acredito que esteja me perguntando uma coisa tão terrível...
— Mas é uma coisa ainda mais terrível para se suspeitar. — Sasuke devolveu com zombaria e aproximando-se da cama, agarrou-a por um dos braços e forçou-a a se levantar para que ela pudesse encará-lo — Responda-me.
— Por quê ? Você e seu irmão têm o hábito de dividir mulheres ? — Sakura indagou com a voz embargada — Eu dormi com você, mas isso não lhe dá o direito de achar que sou uma mulher vulgar que ficaria feliz em dormir com o seu irmão também! — profundamente magoada pela falta de confiança dele, Sakura o fitou com censura — Como soube que o seu irmão me visitou ?
— Minha equipe de seguranças está atenta ao que se passa nesse apartamento.
Sakura assentiu com gesto de cabeça e, em seguida, se dirigiu ao armário.
— Vou me trocar. Nós precisamos conversar. — ela avisou.
Tensa e constrangida na presença dele, Sakura rumou para o toalete e vestiu jeans e uma camiseta que havia escolhido na pressa. Ela desejou que tivesse sido avisada de que ele retomaria antes, para que pudesse ter a chance de se vestir adequadamente. Quando fitou o próprio reflexo no espelho, ela deu um gemido de frustração, notando o rímel manchado pelas lágrimas derramadas e apalidez de cansaço estampada em seu rosto.
Assim que ela retomou ao quarto, Sasuke se encontrava de costas, fitando a paisagem através da enorme janela. Ao se virar para encará-la, ele indagou em um tom severo de voz:
— O que o meu irmão queria com você ?
Sakura sentiu as faces se aquecerem e desejou ter sido mais franca com Sasuke sobre a relação de sua falecida mãe com o príncipe Itachi. Porém, em seu primeiro dia de trabalho em Woodrow Court, ele a havia feito prometer que ela jamais revelaria a história a alguém, pois temia que a verdade pudesse ser mal interpretada, causando-lhes embaraço. Desde que sua amiga Ino fizera insinuações sobre o mesmo assunto, Sakura decidira que o príncipe Itachi havia sido mais astuto do que ela em prever o que os outros pudessem pensar da história, e ela não tinha intenção de ser igualmente franca com mais ninguém.
— O príncipe achou que eu estava cometendo um erro ao deixar o meu emprego e me envolver com você. Ele disse que se sente responsável por mim.
Sasuke sentiu o corpo ficar tenso. Bem, certamente ela estava lhe contando uma grande mentira! Itachi havia ficado suficientemente furioso para viajar até Londres e questioná-la sobre as atuais circunstâncias. Dirigindo o olhar para ela, Sasuke estudou o rosto delicado e os cabelos sedosos e brilhantes. Como ele pôde ter falhado em ignorar o fato óbvio de que uma mulher tão bela pudesse ter o poder de colocar irmão contra irmão ? Mas agora era tarde para reparar esse erro. Não era ? Sasuke se sentia insultado por Itachi ter ousado se aproximar dela, cruzando fronteiras que ele esperava que fossem respeitadas. Ela era dele agora.
Sakura sentou-se na poltrona e ergueu os olhos para encará-lo.
— Eu tenho que lhe contar uma coisa. — e, dando um profundo respiro, ela declarou sem rodeios: — Estou grávida.
Sasuke ficou imóvel. No minuto em que ouviu a notícia, ele soube que a sua vida sairia do controle.
— É minha culpa. — ele reconheceu — Quando passamos aquela noite juntos, eu não usei proteção. Eu mereço pagar o preço por isso. — ele finalizou com um tom amargo de voz.
— O preço ? Não existe preço...
— Você está errada. Ou pagamos o preço, ou o nosso filho pagará. Se você der a luz a um menino, ele será um herdeiro do trono de Quaram, mas ele só poderá assumir essa posição se casarmos e ele nascer dentro do casamento. Se isso não acontecer, minha família jamais o reconhecerá.
— Um herdeiro do trono... ele seria... honestamente ? — Sakura exclamou com espanto — Casar ?
— Não acho que temos escolha. Assim que você tiver a gravidez confirmada por um médico, eu terei que me casar com você. Recuso-me a envergonhar a minha família com um escândalo.
Sakura percebeu que as decisões dele eram baseadas em uma série de parâmetros diferentes dos dela, mas ela estava impressionada com a disposição de Sasuke em ficar ao lado do filho e zelar pelo futuro dele.
— Eu poderia ter uma menina.
— Ela também terá a herança negada se não nascer dentro do casamento. O nascimento deu ma criança ilegítima ainda é um assunto muito sério em minha província.
— Você está preparado para se casar comigo a fim de impedir que isso aconteça ?
— Estou. A questão mais importante aqui não é garantir o futuro do nosso filho ?
— Mas nós mal nos conhecemos. — ela ergueu os olhos para ele, sentindo-se embaraçada — Sou apenas uma babá... e você é um príncipe.
— Nosso filho não irá se importar com quem somos. O importante é que ele seja amado. — Ele respondeu.
Sakura ficou comovida ao ouvir a declaração. Sasuke era responsável e seria um bom pai; ele já estava se preocupando com um bom futuro para o filho deles. Está certo que ela podia ver que ele não estava exatamente celebrando a expectativa de se casar com ela, mas ele também não estava pensando em abandoná-la e deixar que ela lidasse sozinha com a gravidez.
— Você acha que conseguiremos ter um bom casamento ? — Sakura murmurou.
— Estou disposto a fazer o esforço. — O brilho dourado dos olhos dele repousou sobre os lábios de Sakura e depois para os seios fartos e sensuais, provocando rubor — Eu a considero muito atraente. Isso é um ótimo fundamento.
Sakura sabia que com um pequeno encorajamento ele a ergueria em seus braços e a levaria para a cama a fim de saciar o seu desejo. Ela sentia os mamilos enrijecidos pressionarem o tecido do sutiã e uma dor familiar começou a despertar a região mais íntima de seu corpo. Mas se sentia muito vulnerável para se entregar a Sasuke. Sakura queria ser mais do que apenas a mulher que satisfizesse as necessidades sexuais dele. Mas, ainda assim, estava preparada para se casar com ele da forma prática e fria que havia descrito. Se ele estava pronto para lhe dar total apoio, ela estava disposta a fazer o que fosse para assegurar um futuro seguro e feliz para o seu bebê.
— Está certo, eu me casarei com você. — Ela declarou rispidamente.
Sasuke quase deu risada com a idéia de que pudesse ter precisado daquela confirmação. É claro que ela se casaria com ele e agarraria a chance de ter uma vida luxuosa pelo resto de seus dias! Em momento algum, ele duvidara desse fato.
— Eu vou cuidar disso. Por favor, não divida os nossos planos com ninguém por enquanto. Precisamos manter isso como um segredo, se quisermos nos livrar dos tablóides. — E, dizendo isso, ele rumou para a porta do quarto.
Sasuke estava chocado e furioso ao mesmo tempo. Ele sabia que estava lidando com uma jovem desonesta e mercenária que estivera disposta a seduzir um homem casado. No entanto, ainda que tivesse consciência disso, ele também tinha caído na armadilha sexual dela, e ainda havia a culpa induzida de ter recebido o presente de sua virgindade. Sakura Haruno tinha simplesmente vendido o seu corpo para o licitante mais alto e o seu pagamento prometia ser enorme.
O casamento com um membro da família Uchiha iria recompensá-la com uma riqueza imensa e essa verdade o enfurecia.
Exibindo incerteza no brilho dos olhos verdes, Sakura quis saber:
— Você vai embora ?
— Tenho trabalho a fazer. — Ele falou, lançando um olhar frio para ela — Entrarei emcontato.
No dia do casamento, Sakura estava totalmente indecisa.
Ela mal havia visto Sasuke desde o dia em que contara a ele que estava grávida.
Sasuke a havia acompanhado pessoalmente ao consultório de um ginecologista, que havia confirmado a gravidez dela. Desde então, apesar de Sakura ter desistido do emprego temporário, Sasuke não visitara o apartamento novamente e nem a acompanhara a lugar algum; eles só se comunicavam por telefone. De todas as maneiras possíveis, ele havia se distanciado dela.
Ela havia se apaixonado loucamente por um homem que não correspondia aos seus sentimentos, Sakura pensou com melancolia. Será que ele nunca a amaria ? Ou será que o fato de ele ter que se casar com ela pelo bem da criança significava que jamais poderia inspirá-lo a sentir qualquer coisa por ela ? Essas eram as questões cujas respostas Sakura se esforçava para encontrar, enquanto se preparava para o que uma vez pensara que pudesse ser o dia mais feliz da sua vida.
Sentindo-se muito insegura para comprar o vestido de noiva branco dos seus sonhos e prová-lo, Sakura arrumou-se com um terninho rendado na cor creme, composto por um casaco e saia levemente abaixo dos joelhos. Nenhum dos enfeites que a maioria das mulheres desejava nesse dia parecia ser apropriado. Sasuke mandou um carro para apanhá-la e Sakura foi conduzida até o cartório onde seria realizada a cerimônia civil.
A atenção dela se voltou diretamente para Sasuke, vestido com um terno escuro, combinando com a gravata de seda dourada; a expressão do rosto másculo exibia preocupação e seriedade. Sakura sentiu o estômago se revirar, notando que o seu noivo parecia mais estar indo a um funeral do que a um casamento. Dê a ele a opção de ir embora, uma voz interior a alertava.
— Posso falar com você em particular ? — Sakura indagou com nervosismo.
Sasuke destacou-se da companhia dos dois assessores e se aproximou dela.
— O que foi ? Não temos muito tempo.
— Você não é obrigado a fazer isso. Se não quer se casar comigo, apenas vá embora. Não voui mpedir que você veja o bebê. — Ela sussurrou — Apenas não se case comigo porque se sente obrigado, pois isso só irá trazer infelicidade a nós dois.
— Nós temos um futuro junto com o nosso filho. Eu não posso abandonar nenhum de vocês dois.
— Mas eu não quero um marido nobre, um herói altruísta. — Sakura declarou, apesar de ele ter virado o rosto para o outro lado.
Sasuke alcançou-lhe uma das mãos e conduziu-a de volta para o lugar onde o escrivão estava situado.
— Não temos tempo para besteiras.
A cerimônia foi rápida. Usando uma linda aliança, Sakura entrou na limusine que os levou de volta às ruas barulhentas da cidade até chegarem a uma enorme residência georgiana, com um exuberante jardim.
Sasuke durante o trajeto inteiro foi falando ao celular, o que o salvou do desafio de ter que conversar com ela, Sakura reconheceu amargamente.
Eu cometi um erro, ela admitiu em pensamento. Eu cometi um erro terrível ao me casar com ele e agora é muito tarde para fazer qualquer coisa a respeito!
— Nós vamos almoçar agora — Sasuke murmurou, conduzindo-a para o interior da casa — Por que está tão calada ?
Salura quase perdeu a calma, quase disse a ele que a cerimônia tinha sido horrível e que ela havia lhe dado a oportunidade de desistir do casamento, e, uma vez que ele não agarrou a chance, o mínimo que poderia ter feito seria ter se esforçado para assegurar que tivesse sido uma ocasião agradável! Porém, estando ciente de que os seguranças e a governanta os assistiam, ela preferiu conter sua fúria.
— Acho que estou apenas cansada.
— Você deveria se deitar por uma hora. — Sasuke chamou a governanta e Sakura foi escoltada até um elegante quarto.
Ao sentir as lágrimas de indignação brotando nos olhos verdes devido à facilidade com que ele a dispensara, Sakura logo decidiu que deveria descer e dizer a Sasuke exatamente o que ela pensava do casamento que ele a forçara a aceitar. Afinal, se ele não soubesse o que ela sentia, como poderia melhorar a situação ? Mas e se ele não se importasse com isso e nem tentasse melhorar as coisas ? Esse era o seu pior medo.
Da janela do quarto, Sakura vislumbrou uma limusine estacionar em frente à casa. Ela franziu as sobrancelhas quando avistou Izumi, já que nenhum membro da família real havia comparecido à cerimônia de casamento. Saindo do quarto, Sakura rumou para a escadaria.
Antes de alcançar o hall, ela ouviu Izumi aos berros.
— Sinto-me culpada por você ter se envolvido com a garota... Afinal, eu lhe implorei para que mostrasse interesse por ela a fim de que ela perdesse o interesse pelo meu marido! — A mulher gritou fervorosamente — Agora eu arruinei a sua vida! Não posso acreditar no que fez. Você nem pediu a permissão do seu pai para se casar com ela!
— O rei jamais me concederia essa permissão... — Observou Sasuke.
— Então não é tarde para voltar atrás. O casamento pode ser anulado! — Izumi exclamou — Não importa se ela está grávida, isso pode ser omitido. Dê dinheiro a ela, faça qualquer coisa, mas não sacrifique a sua felicidade com esse casamento ridículo!
Ao ouvir o diálogo revelador, Sakura sentiu como se o seu coração estivesse sendo arrancadode dentro do peito. O suor escorria por sua testa e ela apressou-se em rumar ao toalete da suíte, sentindo-se terrivelmente enjoada. De uma só vez, Sakura se deu conta de que tinha sido uma completa idiota em não questionar o motivo de um príncipe espetacularmente lindo começar a demonstrar interesse por ela.
A esposa de Itachi havia temido que o seu marido estivesse correndo o risco de ser desviado pela babá e persuadiu o príncipe Sasuke a apresentar-se como uma opção alternativa.
Meu Deus, realmente eles temiam que ela pudesse ter um caso com um homem casado e bem mais velho ? Sasuke tinha sido um sucesso arrasador quando tratou de seduzi-la e muito viril para o seu próprio bem, Sakura reconheceu dolorosamente. Não era de admirar que a complicação de uma gravidez o tivesse golpeado! Sasuke nunca a quisera de verdade, quanto mais se casar com ela.
Sakura abriu a torneira e com as mãos trêmulas refrescou o rosto. Ela faria um último favor a Sasuke: pelo bem de ambos, ela deveria abandoná-lo. Sakura não poderia sonhar em ter um bom futuro ao lado de um homem que não a amava. Desde o início, o relacionamento deles havia sido uma grande mentira, uma armadilha para atraí-la e capturá-la. Ela fora uma tola em acreditar que ele pudesse considerá-la irresistível... E agora tudo o que lhe restava era a profunda dor da humilhação. Quanta tolice e ingenuidade! Sakura se repreendia em pensamento.
Remexendo nas malas, ela apanhou jóias, documentos importantes e alguns itens necessários para mantê-la vestida até que tivesse tempo de ir às compras. Ela não se importava em abandonar o restante... aliás, tudo o que ela queria era sumir dali o mais rápido possível.
Sakura reuniu tudo o que precisava dentro de uma bolsa e vestiu uma roupa mais prática, jeans e uma blusa. Em seguida, ela arrancou a aliança do dedo e repousou-a sobre o pequeno móvel ao lado da cama. No mesmo instante, ela se sentiu melhor. Sasuke era um homem lindo, rico e poderoso, mas ele a havia manipulado de maneira cruel e ela jamais se esqueceria disso.
Como ela tinha sido imatura em entregar sua confiança tão facilmente!
Ela não precisava dele enquanto poderia depender de si mesma. Sakura possuía disposição para trabalhar e uma boa conta bancária. Ela e o seu bebê poderiam viver perfeitamente bem sem ele.
Ainda assim, lágrimas desciam por seu rosto, enquanto ela caminhava através do hall e escapava silenciosamente pela porta da frente. Sakura caminhou a passos largos pela rua e não olhou para trás em nenhum momento. Ela já estava fazendo planos para se assegurar de que, ainda que Sasuke a procurasse, seria muito difícil encontrá-la novamente.