Yu-Gi-Oh! Razor - Klabazaus Memories

  • Finalizada
  • Hirotogs
  • Capitulos 35
  • Gêneros Aventura

Tempo estimado de leitura: 8 horas

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    Capítulos:

    Capítulo 15

    (Underworld Diaries) Operação Yata-Garasu

    Tudo bem, tudo bem, está atrasado, eu sei. Peço desculpas, mas dessa vez não deu mesmo! Em compensação, este capítulo é bem extenso e um tanto quanto emocionante.

    Nos escritos passados, Klabazaus retorna para casa, e junto com seu irmão começa a desenvolver-se em sua vida militar.

    "Se passou por mim oculto,

    É seu dia de sorte.

    Se de ti notei um vulto,

    um tiro, uma morte."

    Castel, o Mosqueteiro Celeste

    (BGM: The Who - Cousin Kevin)

     Anos se passam, e tanto Raviel como Klabazaus conseguem posições de destaque: cada um deles se tornou General-de-Brigada dos dois exércitos do reino. Haviam granjeado o posto com árduo trabalho, e empenho dobrado. Era a época dos bárbaros Opticlops embarcarem em sua jornada de destruição pelas terras feudais, porém estes encontraram forte resistência nas inúmeras batalhas travadas contra estes filhos da guerra, e acabaram destacando os irmãos na guerra, fazendo-os ascender aos postos em questão. Klabazaus estava à frente do Urso vermelho, e colecionava brutais vitórias para seu reino. Mesmo em uma era de paz, gostava de encontrar motivos para atacar os reinos mais fracos e provar a soberania do punho negro, almejando a sucessão do trono algum dia. Viu as invasões como uma oportunidade de demonstrar e refinar a força esmagadora que dava nome à seu exército, e o fez com maestria. Raviel tornara-se General da divisão do Chacal das Trevas, e guarnecia as fronteiras, sempre utilizando-se de brilhantes estratégias que anteviam as ações do inimigo, pegando-os, como Coelho Negro, um dos mais engraçados e desinibidos cadetes do Chacal das Trevas dizia, “sem as calça”. Porém sua relativa passividade teve de ser interrompida a medida em que hordas de monstros nômades se lançavam à própria sorte, na intenção de conquistar glórias de batalha para seu povo, e Raviel demonstrou que erro é uma palavra desconhecida no código de guerra do Chacal das Trevas. Obelisco cuidava dos assuntos econômicos e sociais do reino, e os exércitos tinham certa autonomia no âmbito militar, podendo agir como Batista Hillking ordenasse e, na ausência deste, como os dois generais dissessem. Com o implacável poder militar de seu reino, agora sub liderado pelos seus próprios filhos, este não teve motivos para dar relevância às invasões, facilmente controladas pelos novos estrategistas. E Batista via tudo isto com bons olhos, apesar de pressentir que haveria uma inevitável discórdia entre os irmãos em algum ponto de suas vidas.

     Em dada semana, Batista ausentava-se dos quartéis e se dirigia à sacada do castelo. Reclinando-se sobre o terraço de marfim arquitetado por engenharia Goblin, perscrutava o horizonte com olhar sereno, que secretava preocupação. Raviel, braço direito do grande Marechal, não pode deixar de notar a súbita ausência do militar, e no ensejo da saída de Batista, este o seguiu. Observando a cena quase artística que se mostrava diante dos seus olhos, Raviel decide indagar seu superior, procurando compreender o que se passava.

    Raviel: Terminei o exercício diário com o pelotão, senhor. – Raviel não quis ir direto ao motivo de ter vindo ali. Antes, decidiu estabelecer certo clima agradável, pois temia que pudesse ser rejeitado por estar tocando em assuntos que não deveria.

    Batista: ...

    Raviel: Senhor?

    Batista: Hã? Ah sim, Raviel, muito bom. Execute uma última vez, esta semana, a manobra militar sorrateira da qual lhe mostrei naquele livro. – Numa visível surpresa, Batista responde ao príncipe, como que automaticamente. Mas não podia esconder mais sua preocupação.

    Raviel: Entendido. Mas, se me dás a oportunidade de perguntar... há algo o incomodando, senhor?

    Batista: Então você notou, hm?

    Raviel: Sim, senhor. Notei que pareci chegar despercebido aqui... fora o fato de o senhor estar há semanas sempre subindo aqui para vislumbrar nossas terras.

    Batista: Muito perspicaz, Raviel. Bem diferente do seu irmão. – De onde estavam, era possível ver o pátio do castelo, onde Klabazaus ordenava marchas de ataque coordenadas, ao som de uma Horn of Heaven.

    Raviel: Aquele miolo de Kuriboh é um completo tapado.

    Batista: Hahaha, pegue leve com ele, é seu irmão.

    Raviel: Eu não ligo muito. Mas então, vais me contar o que o aflige?

    Batista: Ah, sim. Você sabe quem é nosso maior inimigo, não?

    Raviel: O reino dos Skull Servants? Não os vejo há um bom tempo...

    Batista: Sim. Apesar de uma certa calmaria ter se instalado por aqui, nem sempre foi assim. Antes de você nascer, vivíamos em constante guerra.

    Raviel: Sim, meu pai me contou. E depois de uma grande derrota eles cessaram atividades. – Tal informação era de conhecimento público, mas mesmo os mais desatentos – como Klabazaus – poderiam confundir-se com algumas informações históricas. Raviel, sempre atento às histórias que edificaram seu lar, sabia muito bem do que se tratava.

    Batista: Mas nós perdemos algumas batalhas para eles, e muitos homens nossos foram dados como...desaparecidos. Tenho medo de que os Skull Servants os tenham tomado como prisioneiros de guerra.

    Raviel: Mas já faz um bom tempo, não?

    Batista: Relativamente, sim. Mas se eles realmente tivessem desaparecido, voltariam para cá o quanto antes conseguissem reverter a situação. Se não voltaram até agora, sinto que devem estar sob a condição de prisioneiros.

    Raviel: E como podemos ter certeza?

    Batista: Eu venho pensando nisso há algum tempo, e creio que deveríamos enviar um esquadrão de espionagem para termos certeza de que estão lá. Depois, com a informação, enviaríamos tropas para resgatá-los.

    Raviel: Espionagem, infiltração, resgate. Acho que são qualidades do Chacal das Trevas! – Numa síntese rápida, Raviel havia traçado as características e rumos da operação que nem sequer iniciara.

    Batista: Sim, mas não acho que o rei me permitiria enviar a ti, pois é uma missão muito arriscada.

    Raviel: Eu ficaria honrado em ir! Conversemos com ele!

    Batista: Mas quanta animação...

     Ambos se dirigem à sala do rei, e enquanto passavam pelo corredor que levava à sala do trono, Raviel, por diversas vezes, fazia observações sobre o que poderia ser realizado na missão, e Batista cada vez mais se impressionava com o talento do garoto, que não era mais um garoto, mas um jovem guerreiro. O rei estava enclausurado em seu trono como uma obra-prima de algum escultor, a meditar sobre o futuro, quando nota os passos que se aproximam. Um sorriso lhe é desenhado no rosto ao ver seu braço-direito e seu filho, e este logo se faz atento ao que ambos tem a dizer. Após saber da gravidade da operação, reluta por uma ou duas vezes, mas acaba consentido, ao ver que Raviel possuía valoroso epíteto.

    Obelisco: Raviel não é um tolo. Certamente voltará com a informação e poderemos então resgatar nossos companheiros, Marechal.

    Batista: A mesma confiança que depositas em Raviel, deposito eu, meu senhor. Creio que será um sucesso indubitável.

    Raviel: Partirei ao amanhecer com um grupo.

    Obelisco: Mesmo assim.... tome cuidado. – Consentira, afinal, mas não podia deixar de se preocupar com seu filho.

    Raviel: Tudo bem.

     Raviel passa a noite desenvolvendo a estratégia que iria usar. Havia estudado a geografia do submundo e pré-ordenado à divisão de inteligência militar roupas de camuflagem. Era uma missão que poderia lhe conceder passagem direta ao cargo de sucessor real, e Klabazaus estaria, oficialmente, abaixo de si, onde ele acreditava que sempre havia sido seu lugar. Raviel elege para acompanhar-lhe fiéis companheiros, subordinados seus, que logravam êxito nas mais difíceis tarefas ordenadas por si: Castel, um atirador de elite que se tornava um com sua escopeta, arma recém desenvolvida pela divisão de inteligência do reino dos Goblins, que haviam oferecido asilo a um foragido cientista, Kozaki, em troca de sua contribuição científica ao reino. Este desenvolvera algumas armas de longa distância, que eram comercializadas em larga escala. Em segundo lugar, Pablo, um assassino em potencial que desaparecia nas trevas e desferia golpes certeiros e ágeis. Junto a eles também foi o espadachim Proto Harold, também conhecido como PH. Este era uma soma da habilidade sorrateira e inteligência do exército de Raviel com a força e poder crítico do exército de Klabazaus.

    (BGM: Roger Waters - It's a Miracle)

     Pela manhã, recolheram o que lhes era necessário. Poucos artigos, pois era uma delicada missão, que exigiria austeridade em cada passo que, se falhasse, poderia ser fatal. Castel leva sua carta na manga: três granadas explosivas, um novo artefato que era muito útil em emergências.

     Na partida, encontraram uma árvore com Yata-Garasus, um corvo peculiar, que muitos acreditavam trazer mau agouro. Porém Raviel é racional, e ignora os folclores locais. A jornada até o reino dos Skull Servants não foi difícil. Saíram quando a lua ainda desaparecia, e pouca ou nenhuma movimentação era vista. Cruzando o Deserto Cinza, fizeram uma escala no Necrovale, onde foram recepcionados pelos Gravekeepers, aliados do reino. Em poucos dias, conseguiram chegar até a Garganta do Zumbi, formação geológica que designava o início dos domínios do Reino dos Skull Servants. Um castelo de uma aura impura mostrava-se imponente nas terras cobertas por cadáveres e túmulos, com Paladins of the Cursed Dragon rondando os céus. Como iriam se infiltrar? O grupo ficou horas analisando a rotina dos guardas e estudando possíveis entradas, e constataram que poderiam entrar pelo pátio do castelo, por uma escadaria que levava ao subsolo. Periodicamente, os portões eram abertos para que carruagens comerciais adentrassem, e logo após saíssem. Castel, de um ponto alto, observou a melhor hora para que os 3 restantes pudessem surpreender uma dessas carruagens e esconderem-se nela, a fim de entrar no castelo. O plano foi um sucesso, exceto pela escolta que os acompanhava, composta de dois Dark Grephers, facilmente abatidos por Castel, que estava atento e nunca errava. Raviel e PH se infiltraram na carroça, enquanto Pablo tomou o posto de condutor. Estavam muito receosos do que poderia acontecer, mas para a sorte do grupo, conseguiram se infiltrar e, no momento em que o móvel se localizava acima da escadaria, PH e Raviel desceram sorrateiramente, e conseguiram descer. Pablo continuou a guiar a carruagem, para não levantar suspeitas.

    (BGM: Tchaikovsky (The Nutcracker) - Coffee, Arabian Dance)

     Agora no subsolo, o desafio era encontrar a câmara da prisão e conseguir sair em segurança, sem serem pegos. Os dois passaram pelo arsenal, onde conseguiram ver a produção em massa de armas que estava ocorrendo, mesmo em tempos de paz. Zombie Masters coordenavam as hordas de Skull Servants e Múmias Regeneradoras que fabricavam toda sorte de armas e armaduras, de diversos tamanhos. Apesar da grande quantidade bélica sendo fabricada, não conseguiram ver nenhum guerreiro relevante no local. Aquelas longas filas de trabalhadores mortos deveria ser atravessada de forma soturna, então Raviel e PH tiveram que se separar, indo cada um por um flanco. Tendo conseguido cruzar a grande sala, passaram pelo tão famoso e temido Tribunal Goku En, onde eram sentenciados os prisioneiros de guerra e outros criminosos do reino. A maioria das penas acabava em execução, mas havia uma chance de se sobreviver, mesmo que remota. O tribunal estava vazio, mas Raviel estava ciente de possíveis armadilhas, e preferiu seguir calmamente. PH, no entanto, havia baixado a guarda, visto que o local estava vazio. De repente, são atacados por uma patrulha zumbi, composta de alguns Plague Wolf e Goblin Zombie. Para a sorte de Raviel e PH, o grupo não alertou o resto do castelo. Ao invés disso, preferiram lidar eles mesmo com os invasores, não sabendo que se tratava de um elite do Punho Negro e do próprio príncipe. Após serem facilmente destruídos, Raviel alerta PH para que redobre sua atenção, não importando a aparente facilidade da situação. PH nota que os decrépitos monstros não desintegravam-se em pó de estrela, como acontecia com todos que morressem no submundo, mas ao invés disso, seus corpos permaneciam inertes no chão. Raviel concorda, mas crê que não podem se demorar mais no local, temendo uma segunda patrulha. Descendo mais a fundo, chegaram até Unidade Machina, um local onde eram guardados os veículos de guerra. Um enorme portão de ferro liso, sem nenhuma inscrição ou gravura, estendia-se do chão até aonde os olhos poderiam alcançar, e PH logo comentou que aquele portão servia de rampa para que as máquinas, do profundo subsolo, emergissem para a guerra. Mas aquela tecnologia não era característica dos usuários de magia negra do reino dos Skull Servants. Teriam eles estabelecido secretamente uma aliança com os Machina? Quanto mais os dois se aprofundavam no reino, mais questões controversas surgiam. Raviel e PH mais uma vez se dividiram, e Raviel foi escondendo-se nos panos que cobriam as máquinas, enquanto PH ia arrastando-se por debaixo dos carros. No último nível, estavam as prisões de Perséfone, considerado um dos piores locais para se estar em todo o submundo. Apenas uma pessoa havia conseguido escapar de lá, e sua lenda era contada por todo o submundo. A prisão estava muito mais bem guardada do que os outros andares, e o perigo, que já era enorme, aqui era maior. De repente, o grupo é abordado, mas por um rosto conhecido: Pablo, que havia conseguido chegar até onde Raviel e PH estavam. Ele diz ter ouvido dos guardas que os prisioneiros de ‘P61’ deveriam ser movidos em breve. Agora nova esperança adentrara o coração de Raviel, e ele agora tinha quase certeza de que os antigos cativos estavam realmente vivos. Reunidos, eles rapidamente pensaram numa maneira de chegar até a dita cela em pouco tempo. A manobra foi um pouco demorada, mas conseguiram realiza-la, chegando a uma sacada, de onde podiam ver, lá embaixo, o alvo de sua missão – cerca de 30 homens do antigo exército, alguns muito velhos e todos em péssimo estado. Agora que tinham certeza, deveriam voltar, mas são interrompidos por Summoned Skull, um renomado General do exército de Skull Servant, acompanhado de Dark Dust Spirit.

    Summoned Skull: Vejam só, achei que tínhamos exterminado todos os ratos mês passado! O que me diz? – Diz, brandindo seu enorme machado.

    Dark Dust: Hehehe, sabe que algumas pragas são bem resistentes! – Este lacaio era um pouco menor, mas possuía uma espada muito estranha, cheia de farpas ao longo da lâmina.

    Raviel: PH, Pablo, não demonstrem surpresa. Vamos acabar com isto rápido e evacuar o local pela escadaria. – Raviel tentava disfarçar sua voz, sussurrando baixo para que os inimigos não descobrissem o que estavam a planejar.

    Pablo: Suponho que a Unidade Machina seja o plano B, certo? – Pablo e PH seguem o mesmo esquema.

    PH: Aquele portão deve demorar demais para abrir, mas se conseguirmos forçar sua abertura e roubar um veículo, creio que nossas chances aumentariam.

    Summoned Skull: Sabem que é falta de respeito cochichar na frente de um general, certo?

    Dark Dust: Deixe-me começar, senhor?

    Summoned Skull: Com prazer, vá!

    Pablo: Lá vem eles! - Dark Dust ataca Raviel, que intercepta o ataque e o repele para o lado, enquanto PH avança em sua direção. Assim que o golpe do monstro é defendido, Summoned Skull já investia contra Raviel e Pablo, e conseguia facilmente dar conta dos dois ao mesmo tempo, com um único machado.

    Summoned Skull: Vamos, vocês ao menos estão tentando?

    Raviel: Pablo, vamos de Doppia Spada! – Esta era uma técnica para ser realizada por dois combatentes, na qual alternariam golpes e defesas, como se fossem um único indivíduo. Porém, ao preparar seu golpe, Raviel é violentamente golpeado e lançado em direção à parede, e Pablo corre até seu líder para salvá-lo.

    Pablo: Droga! Raviel, levante-se rá.... ARGH! – Com sua força monstruosa, Summoned Skull atravessa o torso de Pablo e arranca suas vísceras, o que enfurece Raviel de tal forma, que este fica por um breve momento sem ação.

    Pablo: Arg... desculpe, meu príncipe, eu vou ficar por aqui.. eu acho. – Pablo aos poucos vai se desintegrando, enquanto Summoned Skull designa seu próximo alvo.

    Summoned Skull: Um já foi... agora você, punk. - Raviel, ignorando as palavras do algoz de seu companheiro, decapita Summoned Skull num movimento rápido, e observa que o monstro apenas desaba no chão, sem desintegrar-se. PH havia sofrido um corte no braço, mas consegue passar por uma brecha aberta pelo inimigo e golpeá-lo cabalmente. Dark Dust, como Summoned Skull, desaba no chão.

    PH: Raviel!

    Raviel: Arf... Arf... vamos embora!

    PH: E o Pablo?

    Raviel: Que ele nos veja... de onde que quer esteja...

    PH: O quê?! Quer dizer que ele foi...!?

    Raviel: Se chorarmos a queda de um aliado no meio da batalha, nos juntaremos a ele em pouco tempo. Deixemos as condolências para depois!

    PH: Pablo... eu não acredito... ele estava aqui a um segundo!

    (BGM: King Crimson - Level Five)

    Raviel: Vamos! – Os dois combatentes restantes correm para a saída. Subindo as escadas, saem no salão das máquinas, onde sua presença já era de conhecimento dos guardas. Para não serem identificados, PH e Raviel colocam suas máscaras de assalto, e desviam dos guardas, matando alguns no processo. A fuga era exaustiva, e no andar do tribunal, uma fileira de arqueiros havia se formado. Raviel joga-se nos bancos do júri, e desvia do jeito que pode. PH, numa demonstração impressionante de destreza, desvia das flechas como se as visse em câmera lenta. Um Wightmare desfere uma flecha explosiva contra Raviel, que a deflete contra a barreira que bloqueava a porta, explodindo-a e abrindo caminho para ele e PH. Subindo para o arsenal, o caos era geral. Raviel faz seu caminho até a escadaria se pendurando nos ganchos e garras que pendiam do teto, desviando das flechas no processo. PH corre pela esteira da linha de produção, e usa alguns dos lacaios que ali estavam como escudos humanos (ou não tão humanos assim). Ambos chegam ao pátio, onde uma fila de arqueiros estava em posição da sacada do castelo. Uma flecha atinge de raspão a perna de Raviel, que cai no chão. Quando este vê um projétil vindo para sua morte, PH se interpõe no trajeto da seta, que o atinge em cheio, seguido de dezenas de outras pontas de flecha.

    Raviel: PH! Não! Por que fez isso!?

    PH: Vá, a missão é mais importante! – PH permanecia na mesma posição, enquanto se desintegrava.

    Raviel: Não! Primeiro o Pablo e agora você... o que farei?!

    PH: Deixe as condolências para depois, meu amigo. Até um outro dia...

    Raviel: NÃO! NÃO! – Os assassinos de arco se preparavam para lançar mais uma rajada mortal, quando são alvejados por uma granada por Castel, que deixara sua posição e agora estava ali, a estender a mão para Raviel.

    Castel: Levante-se! Eles vão vir aos montes! – Castel auxilia Raviel, que se apoia no seu ombro, com dificuldades para andar. Castel vai derrubando do jeito que pode os arqueiros e soldados que vem vindo, quando as maciças portas do castelo se abrem, revelando hordas de mortos vivos prontos para guerrear. Castel e Raviel seguem para o estábulo, e Raviel nota que os equinos dali são todos mortos vivos, exceto um cavalo que era tido como troféu de guerra dos Skull Servants: The Fabled Unicore. Raviel monta o animal, e corre para os portões de saída, esperando que Castel suba. Castel vai recuando muito lentamente, atirando rajada após rajada contra a legião que se aproxima. Vendo que alguns reforços chegavam pelas muralhas, prontos a pularem em si, Raviel apressa Castel, mas este o responde:

    Castel: Vá, Raviel! Galope para casa!

    Raviel: Suba, venha!

    Castel: São muitos, eles vão segui-lo, com certeza. Vou diminuir o número deles aqui mesmo!

    Raviel: Não cometa esta loucura! Não perderei mais um aliado!

    Castel: Vá logo! – Castel atira uma granada explosiva na direção dos portões. A explosão assusta o Unicore, que marcha rumo ao oriente.

    Raviel: NÃÃÃÃO! Corra, venha!

    Castel: Desgraçados, vou levar quantos puder comigo! – Enquanto o bravo atirador é cercado e amontoado por incessantes ondas de zumbis, este usa sua última granada e se explode, levando centenas consigo.

    (BGM: Moody Blues - Our Guessing Game)

     Batista, como de costume, coloca-se na sacada do castelo e observa o horizonte. O sol está se pondo, e a escuridão característica das terras enegrecidas começa a tomar forma, como um véu de morte posto sobre uma casa em luto. Na árvore morta, do lado de fora do castelo, Yata-Garasus deixam a árvore da qual estavam para lançarem-se aos céus, sabendo que a noite se aproxima. Ao longe, Batista nota que um homem vem lentamente se aproximando, a cavalo.

    "Se passou por mim oculto,

    É seu dia de sorte.

    Se de ti notei um vulto,

    um tiro, uma morte."

    Castel, o Mosqueteiro Celeste

    (BGM: The Who - Cousin Kevin)

     Anos se passam, e tanto Raviel como Klabazaus conseguem posições de destaque: cada um deles se tornou General-de-Brigada dos dois exércitos do reino. Haviam granjeado o posto com árduo trabalho, e empenho dobrado. Era a época dos bárbaros Opticlops embarcarem em sua jornada de destruição pelas terras feudais, porém estes encontraram forte resistência nas inúmeras batalhas travadas contra estes filhos da guerra, e acabaram destacando os irmãos na guerra, fazendo-os ascender aos postos em questão. Klabazaus estava à frente do Urso vermelho, e colecionava brutais vitórias para seu reino. Mesmo em uma era de paz, gostava de encontrar motivos para atacar os reinos mais fracos e provar a soberania do punho negro, almejando a sucessão do trono algum dia. Viu as invasões como uma oportunidade de demonstrar e refinar a força esmagadora que dava nome à seu exército, e o fez com maestria. Raviel tornara-se General da divisão do Chacal das Trevas, e guarnecia as fronteiras, sempre utilizando-se de brilhantes estratégias que anteviam as ações do inimigo, pegando-os, como Coelho Negro, um dos mais engraçados e desinibidos cadetes do Chacal das Trevas dizia, “sem as calça”. Porém sua relativa passividade teve de ser interrompida a medida em que hordas de monstros nômades se lançavam à própria sorte, na intenção de conquistar glórias de batalha para seu povo, e Raviel demonstrou que erro é uma palavra desconhecida no código de guerra do Chacal das Trevas. Obelisco cuidava dos assuntos econômicos e sociais do reino, e os exércitos tinham certa autonomia no âmbito militar, podendo agir como Batista Hillking ordenasse e, na ausência deste, como os dois generais dissessem. Com o implacável poder militar de seu reino, agora sub liderado pelos seus próprios filhos, este não teve motivos para dar relevância às invasões, facilmente controladas pelos novos estrategistas. E Batista via tudo isto com bons olhos, apesar de pressentir que haveria uma inevitável discórdia entre os irmãos em algum ponto de suas vidas.

     Em dada semana, Batista ausentava-se dos quartéis e se dirigia à sacada do castelo. Reclinando-se sobre o terraço de marfim arquitetado por engenharia Goblin, perscrutava o horizonte com olhar sereno, que secretava preocupação. Raviel, braço direito do grande Marechal, não pode deixar de notar a súbita ausência do militar, e no ensejo da saída de Batista, este o seguiu. Observando a cena quase artística que se mostrava diante dos seus olhos, Raviel decide indagar seu superior, procurando compreender o que se passava.

    Raviel: Terminei o exercício diário com o pelotão, senhor. – Raviel não quis ir direto ao motivo de ter vindo ali. Antes, decidiu estabelecer certo clima agradável, pois temia que pudesse ser rejeitado por estar tocando em assuntos que não deveria.

    Batista: ...

    Raviel: Senhor?

    Batista: Hã? Ah sim, Raviel, muito bom. Execute uma última vez, esta semana, a manobra militar sorrateira da qual lhe mostrei naquele livro. – Numa visível surpresa, Batista responde ao príncipe, como que automaticamente. Mas não podia esconder mais sua preocupação.

    Raviel: Entendido. Mas, se me dás a oportunidade de perguntar... há algo o incomodando, senhor?

    Batista: Então você notou, hm?

    Raviel: Sim, senhor. Notei que pareci chegar despercebido aqui... fora o fato de o senhor estar há semanas sempre subindo aqui para vislumbrar nossas terras.

    Batista: Muito perspicaz, Raviel. Bem diferente do seu irmão. – De onde estavam, era possível ver o pátio do castelo, onde Klabazaus ordenava marchas de ataque coordenadas, ao som de uma Horn of Heaven.

    Raviel: Aquele miolo de Kuriboh é um completo tapado.

    Batista: Hahaha, pegue leve com ele, é seu irmão.

    Raviel: Eu não ligo muito. Mas então, vais me contar o que o aflige?

    Batista: Ah, sim. Você sabe quem é nosso maior inimigo, não?

    Raviel: O reino dos Skull Servants? Não os vejo há um bom tempo...

    Batista: Sim. Apesar de uma certa calmaria ter se instalado por aqui, nem sempre foi assim. Antes de você nascer, vivíamos em constante guerra.

    Raviel: Sim, meu pai me contou. E depois de uma grande derrota eles cessaram atividades. – Tal informação era de conhecimento público, mas mesmo os mais desatentos – como Klabazaus – poderiam confundir-se com algumas informações históricas. Raviel, sempre atento às histórias que edificaram seu lar, sabia muito bem do que se tratava.

    Batista: Mas nós perdemos algumas batalhas para eles, e muitos homens nossos foram dados como...desaparecidos. Tenho medo de que os Skull Servants os tenham tomado como prisioneiros de guerra.

    Raviel: Mas já faz um bom tempo, não?

    Batista: Relativamente, sim. Mas se eles realmente tivessem desaparecido, voltariam para cá o quanto antes conseguissem reverter a situação. Se não voltaram até agora, sinto que devem estar sob a condição de prisioneiros.

    Raviel: E como podemos ter certeza?

    Batista: Eu venho pensando nisso há algum tempo, e creio que deveríamos enviar um esquadrão de espionagem para termos certeza de que estão lá. Depois, com a informação, enviaríamos tropas para resgatá-los.

    Raviel: Espionagem, infiltração, resgate. Acho que são qualidades do Chacal das Trevas! – Numa síntese rápida, Raviel havia traçado as características e rumos da operação que nem sequer iniciara.

    Batista: Sim, mas não acho que o rei me permitiria enviar a ti, pois é uma missão muito arriscada.

    Raviel: Eu ficaria honrado em ir! Conversemos com ele!

    Batista: Mas quanta animação...

     Ambos se dirigem à sala do rei, e enquanto passavam pelo corredor que levava à sala do trono, Raviel, por diversas vezes, fazia observações sobre o que poderia ser realizado na missão, e Batista cada vez mais se impressionava com o talento do garoto, que não era mais um garoto, mas um jovem guerreiro. O rei estava enclausurado em seu trono como uma obra-prima de algum escultor, a meditar sobre o futuro, quando nota os passos que se aproximam. Um sorriso lhe é desenhado no rosto ao ver seu braço-direito e seu filho, e este logo se faz atento ao que ambos tem a dizer. Após saber da gravidade da operação, reluta por uma ou duas vezes, mas acaba consentido, ao ver que Raviel possuía valoroso epíteto.

    Obelisco: Raviel não é um tolo. Certamente voltará com a informação e poderemos então resgatar nossos companheiros, Marechal.

    Batista: A mesma confiança que depositas em Raviel, deposito eu, meu senhor. Creio que será um sucesso indubitável.

    Raviel: Partirei ao amanhecer com um grupo.

    Obelisco: Mesmo assim.... tome cuidado. – Consentira, afinal, mas não podia deixar de se preocupar com seu filho.

    Raviel: Tudo bem.

     Raviel passa a noite desenvolvendo a estratégia que iria usar. Havia estudado a geografia do submundo e pré-ordenado à divisão de inteligência militar roupas de camuflagem. Era uma missão que poderia lhe conceder passagem direta ao cargo de sucessor real, e Klabazaus estaria, oficialmente, abaixo de si, onde ele acreditava que sempre havia sido seu lugar. Raviel elege para acompanhar-lhe fiéis companheiros, subordinados seus, que logravam êxito nas mais difíceis tarefas ordenadas por si: Castel, um atirador de elite que se tornava um com sua escopeta, arma recém desenvolvida pela divisão de inteligência do reino dos Goblins, que haviam oferecido asilo a um foragido cientista, Kozaki, em troca de sua contribuição científica ao reino. Este desenvolvera algumas armas de longa distância, que eram comercializadas em larga escala. Em segundo lugar, Pablo, um assassino em potencial que desaparecia nas trevas e desferia golpes certeiros e ágeis. Junto a eles também foi o espadachim Proto Harold, também conhecido como PH. Este era uma soma da habilidade sorrateira e inteligência do exército de Raviel com a força e poder crítico do exército de Klabazaus.

    (BGM: Roger Waters - It's a Miracle)

     Pela manhã, recolheram o que lhes era necessário. Poucos artigos, pois era uma delicada missão, que exigiria austeridade em cada passo que, se falhasse, poderia ser fatal. Castel leva sua carta na manga: três granadas explosivas, um novo artefato que era muito útil em emergências.

     Na partida, encontraram uma árvore com Yata-Garasus, um corvo peculiar, que muitos acreditavam trazer mau agouro. Porém Raviel é racional, e ignora os folclores locais. A jornada até o reino dos Skull Servants não foi difícil. Saíram quando a lua ainda desaparecia, e pouca ou nenhuma movimentação era vista. Cruzando o Deserto Cinza, fizeram uma escala no Necrovale, onde foram recepcionados pelos Gravekeepers, aliados do reino. Em poucos dias, conseguiram chegar até a Garganta do Zumbi, formação geológica que designava o início dos domínios do Reino dos Skull Servants. Um castelo de uma aura impura mostrava-se imponente nas terras cobertas por cadáveres e túmulos, com Paladins of the Cursed Dragon rondando os céus. Como iriam se infiltrar? O grupo ficou horas analisando a rotina dos guardas e estudando possíveis entradas, e constataram que poderiam entrar pelo pátio do castelo, por uma escadaria que levava ao subsolo. Periodicamente, os portões eram abertos para que carruagens comerciais adentrassem, e logo após saíssem. Castel, de um ponto alto, observou a melhor hora para que os 3 restantes pudessem surpreender uma dessas carruagens e esconderem-se nela, a fim de entrar no castelo. O plano foi um sucesso, exceto pela escolta que os acompanhava, composta de dois Dark Grephers, facilmente abatidos por Castel, que estava atento e nunca errava. Raviel e PH se infiltraram na carroça, enquanto Pablo tomou o posto de condutor. Estavam muito receosos do que poderia acontecer, mas para a sorte do grupo, conseguiram se infiltrar e, no momento em que o móvel se localizava acima da escadaria, PH e Raviel desceram sorrateiramente, e conseguiram descer. Pablo continuou a guiar a carruagem, para não levantar suspeitas.

    (BGM: Tchaikovsky (The Nutcracker) - Coffee, Arabian Dance)

     Agora no subsolo, o desafio era encontrar a câmara da prisão e conseguir sair em segurança, sem serem pegos. Os dois passaram pelo arsenal, onde conseguiram ver a produção em massa de armas que estava ocorrendo, mesmo em tempos de paz. Zombie Masters coordenavam as hordas de Skull Servants e Múmias Regeneradoras que fabricavam toda sorte de armas e armaduras, de diversos tamanhos. Apesar da grande quantidade bélica sendo fabricada, não conseguiram ver nenhum guerreiro relevante no local. Aquelas longas filas de trabalhadores mortos deveria ser atravessada de forma soturna, então Raviel e PH tiveram que se separar, indo cada um por um flanco. Tendo conseguido cruzar a grande sala, passaram pelo tão famoso e temido Tribunal Goku En, onde eram sentenciados os prisioneiros de guerra e outros criminosos do reino. A maioria das penas acabava em execução, mas havia uma chance de se sobreviver, mesmo que remota. O tribunal estava vazio, mas Raviel estava ciente de possíveis armadilhas, e preferiu seguir calmamente. PH, no entanto, havia baixado a guarda, visto que o local estava vazio. De repente, são atacados por uma patrulha zumbi, composta de alguns Plague Wolf e Goblin Zombie. Para a sorte de Raviel e PH, o grupo não alertou o resto do castelo. Ao invés disso, preferiram lidar eles mesmo com os invasores, não sabendo que se tratava de um elite do Punho Negro e do próprio príncipe. Após serem facilmente destruídos, Raviel alerta PH para que redobre sua atenção, não importando a aparente facilidade da situação. PH nota que os decrépitos monstros não desintegravam-se em pó de estrela, como acontecia com todos que morressem no submundo, mas ao invés disso, seus corpos permaneciam inertes no chão. Raviel concorda, mas crê que não podem se demorar mais no local, temendo uma segunda patrulha. Descendo mais a fundo, chegaram até Unidade Machina, um local onde eram guardados os veículos de guerra. Um enorme portão de ferro liso, sem nenhuma inscrição ou gravura, estendia-se do chão até aonde os olhos poderiam alcançar, e PH logo comentou que aquele portão servia de rampa para que as máquinas, do profundo subsolo, emergissem para a guerra. Mas aquela tecnologia não era característica dos usuários de magia negra do reino dos Skull Servants. Teriam eles estabelecido secretamente uma aliança com os Machina? Quanto mais os dois se aprofundavam no reino, mais questões controversas surgiam. Raviel e PH mais uma vez se dividiram, e Raviel foi escondendo-se nos panos que cobriam as máquinas, enquanto PH ia arrastando-se por debaixo dos carros. No último nível, estavam as prisões de Perséfone, considerado um dos piores locais para se estar em todo o submundo. Apenas uma pessoa havia conseguido escapar de lá, e sua lenda era contada por todo o submundo. A prisão estava muito mais bem guardada do que os outros andares, e o perigo, que já era enorme, aqui era maior. De repente, o grupo é abordado, mas por um rosto conhecido: Pablo, que havia conseguido chegar até onde Raviel e PH estavam. Ele diz ter ouvido dos guardas que os prisioneiros de ‘P61’ deveriam ser movidos em breve. Agora nova esperança adentrara o coração de Raviel, e ele agora tinha quase certeza de que os antigos cativos estavam realmente vivos. Reunidos, eles rapidamente pensaram numa maneira de chegar até a dita cela em pouco tempo. A manobra foi um pouco demorada, mas conseguiram realiza-la, chegando a uma sacada, de onde podiam ver, lá embaixo, o alvo de sua missão – cerca de 30 homens do antigo exército, alguns muito velhos e todos em péssimo estado. Agora que tinham certeza, deveriam voltar, mas são interrompidos por Summoned Skull, um renomado General do exército de Skull Servant, acompanhado de Dark Dust Spirit.

    Summoned Skull: Vejam só, achei que tínhamos exterminado todos os ratos mês passado! O que me diz? – Diz, brandindo seu enorme machado.

    Dark Dust: Hehehe, sabe que algumas pragas são bem resistentes! – Este lacaio era um pouco menor, mas possuía uma espada muito estranha, cheia de farpas ao longo da lâmina.

    Raviel: PH, Pablo, não demonstrem surpresa. Vamos acabar com isto rápido e evacuar o local pela escadaria. – Raviel tentava disfarçar sua voz, sussurrando baixo para que os inimigos não descobrissem o que estavam a planejar.

    Pablo: Suponho que a Unidade Machina seja o plano B, certo? – Pablo e PH seguem o mesmo esquema.

    PH: Aquele portão deve demorar demais para abrir, mas se conseguirmos forçar sua abertura e roubar um veículo, creio que nossas chances aumentariam.

    Summoned Skull: Sabem que é falta de respeito cochichar na frente de um general, certo?

    Dark Dust: Deixe-me começar, senhor?

    Summoned Skull: Com prazer, vá!

    Pablo: Lá vem eles! - Dark Dust ataca Raviel, que intercepta o ataque e o repele para o lado, enquanto PH avança em sua direção. Assim que o golpe do monstro é defendido, Summoned Skull já investia contra Raviel e Pablo, e conseguia facilmente dar conta dos dois ao mesmo tempo, com um único machado.

    Summoned Skull: Vamos, vocês ao menos estão tentando?

    Raviel: Pablo, vamos de Doppia Spada! – Esta era uma técnica para ser realizada por dois combatentes, na qual alternariam golpes e defesas, como se fossem um único indivíduo. Porém, ao preparar seu golpe, Raviel é violentamente golpeado e lançado em direção à parede, e Pablo corre até seu líder para salvá-lo.

    Pablo: Droga! Raviel, levante-se rá.... ARGH! – Com sua força monstruosa, Summoned Skull atravessa o torso de Pablo e arranca suas vísceras, o que enfurece Raviel de tal forma, que este fica por um breve momento sem ação.

    Pablo: Arg... desculpe, meu príncipe, eu vou ficar por aqui.. eu acho. – Pablo aos poucos vai se desintegrando, enquanto Summoned Skull designa seu próximo alvo.

    Summoned Skull: Um já foi... agora você, punk. - Raviel, ignorando as palavras do algoz de seu companheiro, decapita Summoned Skull num movimento rápido, e observa que o monstro apenas desaba no chão, sem desintegrar-se. PH havia sofrido um corte no braço, mas consegue passar por uma brecha aberta pelo inimigo e golpeá-lo cabalmente. Dark Dust, como Summoned Skull, desaba no chão.

    PH: Raviel!

    Raviel: Arf... Arf... vamos embora!

    PH: E o Pablo?

    Raviel: Que ele nos veja... de onde que quer esteja...

    PH: O quê?! Quer dizer que ele foi...!?

    Raviel: Se chorarmos a queda de um aliado no meio da batalha, nos juntaremos a ele em pouco tempo. Deixemos as condolências para depois!

    PH: Pablo... eu não acredito... ele estava aqui a um segundo!

    (BGM: King Crimson - Level Five)

    Raviel: Vamos! – Os dois combatentes restantes correm para a saída. Subindo as escadas, saem no salão das máquinas, onde sua presença já era de conhecimento dos guardas. Para não serem identificados, PH e Raviel colocam suas máscaras de assalto, e desviam dos guardas, matando alguns no processo. A fuga era exaustiva, e no andar do tribunal, uma fileira de arqueiros havia se formado. Raviel joga-se nos bancos do júri, e desvia do jeito que pode. PH, numa demonstração impressionante de destreza, desvia das flechas como se as visse em câmera lenta. Um Wightmare desfere uma flecha explosiva contra Raviel, que a deflete contra a barreira que bloqueava a porta, explodindo-a e abrindo caminho para ele e PH. Subindo para o arsenal, o caos era geral. Raviel faz seu caminho até a escadaria se pendurando nos ganchos e garras que pendiam do teto, desviando das flechas no processo. PH corre pela esteira da linha de produção, e usa alguns dos lacaios que ali estavam como escudos humanos (ou não tão humanos assim). Ambos chegam ao pátio, onde uma fila de arqueiros estava em posição da sacada do castelo. Uma flecha atinge de raspão a perna de Raviel, que cai no chão. Quando este vê um projétil vindo para sua morte, PH se interpõe no trajeto da seta, que o atinge em cheio, seguido de dezenas de outras pontas de flecha.

    Raviel: PH! Não! Por que fez isso!?

    PH: Vá, a missão é mais importante! – PH permanecia na mesma posição, enquanto se desintegrava.

    Raviel: Não! Primeiro o Pablo e agora você... o que farei?!

    PH: Deixe as condolências para depois, meu amigo. Até um outro dia...

    Raviel: NÃO! NÃO! – Os assassinos de arco se preparavam para lançar mais uma rajada mortal, quando são alvejados por uma granada por Castel, que deixara sua posição e agora estava ali, a estender a mão para Raviel.

    Castel: Levante-se! Eles vão vir aos montes! – Castel auxilia Raviel, que se apoia no seu ombro, com dificuldades para andar. Castel vai derrubando do jeito que pode os arqueiros e soldados que vem vindo, quando as maciças portas do castelo se abrem, revelando hordas de mortos vivos prontos para guerrear. Castel e Raviel seguem para o estábulo, e Raviel nota que os equinos dali são todos mortos vivos, exceto um cavalo que era tido como troféu de guerra dos Skull Servants: The Fabled Unicore. Raviel monta o animal, e corre para os portões de saída, esperando que Castel suba. Castel vai recuando muito lentamente, atirando rajada após rajada contra a legião que se aproxima. Vendo que alguns reforços chegavam pelas muralhas, prontos a pularem em si, Raviel apressa Castel, mas este o responde:

    Castel: Vá, Raviel! Galope para casa!

    Raviel: Suba, venha!

    Castel: São muitos, eles vão segui-lo, com certeza. Vou diminuir o número deles aqui mesmo!

    Raviel: Não cometa esta loucura! Não perderei mais um aliado!

    Castel: Vá logo! – Castel atira uma granada explosiva na direção dos portões. A explosão assusta o Unicore, que marcha rumo ao oriente.

    Raviel: NÃÃÃÃO! Corra, venha!

    Castel: Desgraçados, vou levar quantos puder comigo! – Enquanto o bravo atirador é cercado e amontoado por incessantes ondas de zumbis, este usa sua última granada e se explode, levando centenas consigo.

    (BGM: Moody Blues - Our Guessing Game)

     Batista, como de costume, coloca-se na sacada do castelo e observa o horizonte. O sol está se pondo, e a escuridão característica das terras enegrecidas começa a tomar forma, como um véu de morte posto sobre uma casa em luto. Na árvore morta, do lado de fora do castelo, Yata-Garasus deixam a árvore da qual estavam para lançarem-se aos céus, sabendo que a noite se aproxima. Ao longe, Batista nota que um homem vem lentamente se aproximando, a cavalo.


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