Luck In Gambling.

  • Hansol
  • Capitulos 1
  • Gêneros Comédia

Tempo estimado de leitura: 10 minutos

    12
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Prólogo.

    Álcool, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Sexo

    (Fanfic postada no Social Spirits)

    Minakushi apenas por insistência de uma amiga, graças a ela, resolvi fazer uma fic desse casal maravilhoso!

    Universo Alternativo, personalidades Alternativas, e Personagens Originais estarão inclusos nessa obra. A fanfic não está concluída, por ter sido algo criado de momentâneo, então não sei quantos capítulos vão conter; ou quando irei postar. Nem sei se ela vai ser bem aceita.

    Acho que posso considerá-la Comédia. Não vai ter drama nenhum, coisas leves.

    Linguagem imprópria, não leia se sentir incomodado.

    O capítulo está consideravelmente pequeno por ser apenas o prólogo; porém os capítulos seguintes terão um número fixo de palavras.

    ~Só isso, espero que gostem/aprovem ^-^

    — Você sabe que é péssima, não é? — A voz rouca do velhinho, vulgo, meu patrão soou por aquela sala pequena demais para o meu belíssimo gosto. Não confiava na minha voz por sentir-se deveras humilhada – e com razão! – por isso apenas assenti, meio chateada.   — Não estamos vendendo quase nada há pouco mais de dois meses, Kushina. Nossas vendas estão caindo muito, estamos sem nenhum rendimento! — Esbaforiu de forma dramática com uma jogada simples de mãos.

    — Eu sei... — Sei mesmo e em parte, posso vos dizer que a culpa é minha. E saber disso é tudo menos legal.

    — Em especial, não saiu nenhuma edição daquela sua matéria do mês passado, Kushina... — Ele me informou – me jogou na cara –, com um ar de desapontamento que me fez sentir bem pior.  — Sabe que te manter aqui vai ser bem difícil, não é?

    — Aham. — Afirmei três vezes pior.  — Olha, eu juro, juro pra você que dessa vez eu consigo, ‘tá? Eu vou dar um jeito, vou arrumar um bafão aí dos grandes, só não me demita...

      Vamos ao caso aqui.

    Esse cara é meu patrão que está se referindo a minha linda e bela carreira de Paparazzi. Eu gostaria de vos dizer que, eu sou ótima, considerada a melhor funcionária quase todos os meses, mas eu estaria mentindo. E mentir é feio, segundo a minha avó – que deus a tenha. A grande verdade é que eu sou péssima. E as pessoas faziam questão de exagerar, o que não ajudava na minha humilhação. Certo, eu nunca consegui tirar uma foto descente, ou sequer fazer uma matéria interessante, mas, vejamos, eu não tenho culpa!

    Minha situação agora não é das melhores. Incluindo o fato que o clima nessa sala é meio tenso e eu tô com um medo danado de ser mandada pro olho da rua – um dos motivos pra eu ter enchido a cara ontem à noite, com a ajuda da Mikoto, minha melhor amiga. É uma coisa que eu me arrependo muito de ter feito por ter me rendido uma enxaqueca horrível – mais as consequências que eu vou ter se perder esse meu querido emprego, tornam minha vida um completo desastre.

    E ah, antes de qualquer coisa, prazer! Eu me chamo Kushina Uzumaki, estou no auge dos 24 e transpiro azar. Tenho pra dar e vender e, não vou me importar em doar um pouquinho pra alguém até ficar sem nenhum. É incrível que nada dá certo na minha vida. Em parte, a culpa é minha por ter me formado em fotografia, coisa que eu sou péssima. Como eu consegui me formar? Experimenta ter sido filha de um dos caras com um grande cargo no governo. Sim, eu passei graças ao meu papai – que deus o tenha, já que não está mais entre nós – e não me orgulho nem um pouquinho por isso. Mas, vamos citando: Junto com o meu azar de nascença me veio o bônus de não ter nenhum talento.

    E bem, naquela época, segurar numa câmera e fotografar artistas alheios e criar um bafão na sociedade era a coisa mais fácil do mundo. Me enganei muito feio, nem tudo é tão simples. Talvez Mikoto, minha melhor amiga, se desse bem nesse cargo mais do que eu, visto que ela é uma fofoqueira de plantão e sempre tem um babado na ponta da língua, daqueles fortíssimos. Gostaria de ser ela e ter esse defeito – talento? – mas, como não sou, estou aqui nessa situação. A minha grande sorte é que o meu chefe é um cara super gente boa, que por um acaso foi um grande amigo do meu pai – e que no fundo, no fundo tem pena de mim – e sabe que eu não estou numa situação muito boa. Muitas contas atrasadas, e ainda o carro que está na oficina por eu ter batido pela terceira vez nesse mês – nem me perguntem como! –. Levando isto em conta, com o suspiro derrotado que o velhote deu eu posso dizer que tenho uma chance de permanecer aqui.

    — Kushina...

    — Senhor Tanaka... — Fiz minha melhor cena; minha melhor cara de “Pelo amor-de-Deus-me-deixa-aqui.”

    — Certo, certo, você sabe que eu não vou lhe demitir. — Dei meu maior sorrisão, diminuindo um pouco para deixar a cena mais dramática. Eu ainda tinha chances de sobreviver até o fim desse ano, ainda tinha chances de me livrar desse azar e ocupar o posto de ser, pelo menos, uma Paparazzi razoável. Um pouco de talento que eu possa adquirir, talvez.  — Mas...  — Alegria de pobre dura pouco, viu? Eu sabia que logo viria o maldito “mas...” Essa pequena palavrinha de três letrinhas já me rendeu muita merda na vida. Entre elas aqueles desafios estúpidos que os amigos te lançam, começando com algo fácil até vim o maldito “mas”, pra ferrar com a tua vida social.

    — Mas...? — Incentivei o velhote a continuar e acabar com aquela tortura. Não importa o que seja ou que macumba ele me mande fazer; desde que eu permaneça nesse emprego, eu dou até uma de Meu Malvado Favorito e roubo a lua.

    — Preciso que você faça uma matéria. Uma matéria exclusiva.  — Deu ênfase a palavra deixando o momento dramático. Assenti para o nada freneticamente, meio aérea por ainda estar comemorando internamente, enquanto o Patrão me dava as costas, parecendo pegar uma pasta dentro de uma gaveta do móvel ao meu lado. Passou uns segundos fuxicando por lá até me tirar uma pasta, com um letreiro em negrito imenso escrito “Minato Namikaze.”

    — Quem é esse? — Indaguei com uma sobrancelha arqueada. O velhote me olhou como se eu fosse uma idiota, uma lunática sem vida social – em partes é verdade. Em partes –, me encarando até por alguns segundos como se eu fosse saber quem era o indivíduo que carregava o nome de Minato Namikaze. Como eu não esbocei nenhuma reação, ele me olhou meio surpreso/desacreditado e sentou-se numa cadeira que tinha ali.

    — Este é Minato Namikaze, um ator de muito sucesso e grande quantidade de fãs por todo o mundo. Realmente muito belo e bem talentoso, se quer saber. — Fez a pequena propaganda, e se não me engano tinha um pouco de orgulho ao falar tais palavras, o que me levou a pensar que o cara era fã do tal ator. Abriu a pasta tirando inúmeras fotos e alguns documentos com poucas informações. No mínimo a idade, dia que nasceu, ou ano. Coisas simples, nada que cause especulações.  — Nunca, nem os meus melhores Paparazzis conseguiram alguma coisa... Chocante sobre ele. Quer dizer, esse cara aqui não se envolve em encrenca nem nada, nenhuma confusão, nenhum baf– Nenhuma coisa de grande porte para nossa empresa. — Explicou e eu concordei já entendendo tudo.

    — Então o loirinho é um santo do paô? — Perguntei e logo veio a sua afirmação concluindo o que eu pensava. Peguei uma das fotos e analisei o cara. Loiro dos olhos azuis, um sorriso bonito, corpo bem trabalhado e ar de galanteador. Em outras palavras, um tremendo gato, super bonito que se eu pudesse eu pegava – digo mesmo, sou cara dura.  — E você quer...

    — Quero uma matéria sobre ele. — Arregalei os olhos na mesma hora, me levantando da cadeira por impulso, e fazendo uma expressão chocada. Que diabos?

    — O quêê?! — Praticamente berrei aos quatro ventos, encarando o velhinho de cima a baixo, me distraindo por meros segundos naqueles sapatos marrons horríveis dele. Já citei que ele, apesar de super gente boa, é super brega também? Usa sempre cores dos tons entre marrom e arroxeado, e é meio calvo. Logo balancei a cabeça, me negando a aceitar aquilo.  — Como diabos eu vou conseguir uma matéria dessa cara aí, se o senhor mesmo afirmou que ele é um santo do paô que não se mete em confusão nenhuma?

    — Com as poucas informações que os meus melhores Paparazzis conseguiram, posso lhe passar sua moradia, seus horários, e os lugares que costuma ir. — Franzi as sobrancelhas por um momento por ele estar se mantendo calmo e, ao mesmo tempo, estar sempre frisando que os “melhores Paparazzis” dele conseguiram tal e tal coisa, o que me levou a pensar que se nem os melhores Paparazzis do velho conseguiram um bafo sobre esse loiro, porque diabos eu iria conseguir?  — Sei o que deve estar pensando, mas essa é sua última chance. — Cruzou os braços me encarando duvidoso, me fazendo ponderar.

    Ou era isso, ou era perder o emprego. E se eu não conseguir no final eu fico sem ele mesmo... Só que pelo menos, eu posso tentar, não é? Não, eu duvido que eu vá conseguir um bafo do cara, mas com o resto de dignidade que ainda tem em mim, vou aceitar.

    — Certo. — Peguei naquela pasta, tentando não mostrar hesitação. Firmei meus pés no salto que eu calçava, e fiz minha melhor pose de auto-confiança. 

    — Mas... — Lá vem essa porra de “mas”, sabia, não sei porque ainda me deixo levar.  — Você tem um prazo, três meses.

    — É brincadeira comigo, não é? — Esbravejei, me atrapalhando na minha pose de auto-confiança e fazendo meus saltos ficarem bambos, o que me resultou em papéis ao ar e meu corpo em queda livre indo de encontro com o chão. Disposta a tentar me manter em pé, me inclinei para frente enquanto caia, fazendo meu corpo tombar para o lado e esbarrar na cadeira giratória, batendo meu quadril e resmungando alto de dor. Acabei caindo ali mesmo, no chão, morrendo de vergonha ao ouvir murmúrios e risadinhas nem um pouco discretas do povo fofoqueiro que resolveu entrar na sala para me ver naquela situação.

    Respirei fundo. Eu ainda tinha dignidade!

    Levantei, arrumei meus belos cabelos ruivos que eu tanto me orgulho, fiz a mesma pose, e juntei os papéis jogados no chão. Virei para o meu Patrão, vendo o puto filha da mãe – nada de filha da puta ou filho de uma vadia, mãe nem tia da merenda se xinga –, me encarar risonho enquanto esperava minha confirmação.

    — Eu aceito. — Soei firme, forte, assim como a mulher que eu sou.

    — Lhe mandarei as informações via e-mail. — Concordei e logo sai daquela sala em passos firmes e com o nariz de pé, olhando de canto de olho e fazendo cara feia pra quem ainda estivesse rindo.

    Nada pode ficar pior, nada pode. Continuei com esse mantra enquanto ignorava as pessoas alheias e saia daquela empresa. Estava confiante disso, apesar de nervosa ao pensar na questão de onde diabos eu vou conseguir um bafão desse cara? Meu Pai do Céu! Eu tô literalmente ferrada! Adeus emprego. Talvez eu deva voltar e falar que já desisto, porque acho difícil conseguir uma matéria.

    Não, não. O pior: Como? Como é que eu vou fazer isso, senhor? Não importa endereço, horários, o negócio é: como? Se nem os “melhores Paparazzis”, conseguiram, porque eu, uma sem talento, desastrada, a dita cuja que foi considerada a pior Paparazzi, iria conseguir? Realmente, nada pode ficar pior.

    Passei a mão pelos meus cabelos enquanto andava por aí, sem nem mesmo ver por onde andava. Acabei por tomar um susto e quase desandei no salto novamente, quando meu telefone tocou com aquele toque horroroso que eu não sabia com o que estava na cabeça quando pus tal música como toque.

    “O que é?” Falei meio rude, já que havia conferido o número de quem me ligava. Mikoto, minha melhor amiga.

    “Ahh! Kushina!” Logo franzi as sobrancelhas. A animação na voz da guria era excessiva, o que fez minha mente recorrer a: Ela fez merda.

    “O que tu fez, é onde é que você tá?” Fui rápida e ríspida, cruzando os braços no meio da rua. O que eu ouvi me fez, literalmente, cair pra trás.

    “Ah... Na prisão... Junto com o Fugaku.”

    Nada pode piorar, Kushina. Nada pode.


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