O protegido

Tempo estimado de leitura: 22 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 3

    Próximos...

    Álcool, Adultério, Bissexualidade, Drogas, Estupro, Heterossexualidade, Homossexualidade, Incesto, Linguagem Imprópria, Sexo, Suicídio, Violência

    Eu não sei o que me deu para ter saído daquele jeito de lá! Eu o achei! Pude sentir perigo, preciso o proteger!

    Já tinha anoitecido, por sorte, arranjei uma casa. Porém, tinha um problema... Não tinham me convidado para entrar, na verdade, nem sabia quem era os donos da propriedade.

    - Ótimo... - Falei irritada, quando escuto passos atrás de mim, me viro rapidamente e não vejo nada. Me viro novamente para a porta da casa e a encaro.

    - Desisto sem mesmo não ter tentado. - Falei para mim mesma, devia estar parecendo uma maluca nestas horas. 

    -Comecei a andar pela pista sem iluminação, aos dois lados da mesma, era tudo mato. O céu estava escuro, parecia que iria cair uma tempestade. Não passava nenhum carro nesse fim de mundo! 

    [...]

    Horas andando e nada de achar um motel ou até mesmo um hotel. Estava exausta! Quando sinto algo pingar sobre meu rosto, até que foi ficando mais forte. Só me faltava essa... Chuva. 

    Meu dia não estava sendo nada bom, está sendo péssimo! Um vento frio bateu contra meus braços e meu rosto, causando cala frios e arrepios. Tudo por aqui era silencioso... Não tinha grilo, vagalumes, cobras, o que era de se estranhar! 

    - Oi, posso ajudá-la? - Dei um pulo para frente, com o coração aos saltos, me virei rapidamente.

    - É... Estou perdida... - Minha voz falhava por conta do susto, dei um sorriso fraco. Analisei bem as vestimentas do homem que aparentava ter uns 38 anos ou mais, ele era um xerife. Voltei meu olhar para ele.

    - É nova na cidade? - Perguntou novamente, assenti com a cabeça. - Certo... Venha comigo. - Ele andou na frente e o segui. Estava com um carro de policial, abriu a porta de trás para mim, entrei sem pronunciar nada.

    Ele já tinha entrado, ligou o carro e deu partida. Olhava a paisagem de fora, tudo escuro, árvores, verdes.

    - Qual é o seu nome? - Perguntou sem tirar os olhos da pista.

    - Valery Moore. - Respondi o olhando, até que me. mandou olhar através do retrovisor.

    - Sou xerifi Stilinkis. - Ergui uma sobrancelha, então... Ele é o pai do Stiles? Bom saber. - Essa hora não tem nenhum hotel aberto, se quiser ficar lá em casa até arranjar um lugar. - Propôs

    - Não quero incomodar, mas obrigado. - Dei uma de boa moça e um sorriso falso.

    - Que isso, não irá incomodar em nada! - Eu queria muito pular de alegria, mas preferi ficar quieta. Quando sinto que o carro foi estacionado. Pude ver uma casa enorme, engoli seco. Sai rapidamente para fora, ele colocou os braços em volta do meu pescoço e começamos a caminhar para dentro da casa.

    - Stiles, cheguei! Temos visita. - Disse alto.

    - Pai, o senhor viu meu... - Desceu as escadas falando, mas parou quando me viu. Nos encaramos por um momento, fiquei quieta e passei encarar o chão de madeira.

    - Se você não se importa, ela irá passar uns dias aqui até poder arranjar um lugar para ficar, é nova aqui na cidade. - Não sei o que me deu, mas não consegui erguer a cabeça.

    - Tudo bem. - Aquilo foi muito estranho! No mesmo instante, ergui a cabeça o encarando. Sua expressão estava calma, assustada e serena ao mesmo tempo. 

    - Pode mostrá-la o quarto de hóspedes? - Assentiu com a cabeça, o Xerife retirou seus braços do meu pescoço e me deu um sorriso reconfortante. Ele fez movimento com a cabeça para segui-ló e assim fez.

    Subiamos as escadas quietos, um clima estranho. Quando chegamos no corredor, parou de andar, fiz o mesmo, se virou para mim e disse:

    - Certo... Se esbarramos hoje pela tarde, conversamos, você do nada sai toda estranha quando eu falo meu nome. Horas depois aparece com o meu pai aqui. - Disse fazendo gestos com as mãos e com cara de confuso.

    - Foi coincidência, eu sou nova aqui na cidade. Cheguei hoje e estava perdida quando seu pai me achou. - Esperei ele cair nessa, engoli seco. Pus uma mecha atrás da orelha e passei encarar meus pés.

    - Tudo bem. - Finalizou o assunto e começou andar, o segui. Abriu a porta e me deu espaço para entrar. Deduzi que era ali que ficaria, me sentei na cama que por sinal era confortável. 

    Quando olhei para o corredor, ele não estava mais ali.

     Narradora

    Minutos depois da chegada de Valery na casa dos Stilinkis, Scoot tocou a campainha e Stiles abriu nervoso.

    - Cadê ela? - Perguntou ansioso, quando começou a farejar o ar, fazendo ele estranhar. - Nem responde. - Ficou quieto e subiu rapidamente, quando deu cara com ela sentada ainda na cama na mesma posição.

    - Você não é humana. - Franziu a testa, fazendo a menina dar um pulo da cama, percebeu que os dois a observava.

    - E você também não. - Rebateu em tom de deboche.

    - O que você é? - Perguntou sério, ela decidiu falar a verdade.

    - Vampira. - Respirou fundo. - E sim! Eu sei me controlar diante de humanos. - Finalizou.

    - Nunca tinha visto um vampiro por aqui. - Disse desta vez, Stiles.

    - É... - Não soube o que dizer.

    - Quantos anos você tem? - Perguntou Scott se sentando na cama e a olhando, enquanto Stilinkis estava apoiado na porta com os braços cruzados na altura do peitoral.

    - Quinze anos. - Respondeu se apoiando na parede.

    - Você aparenta ter mais.- Opinou Stiles fazendo seu melhor amigo concordar com ele.

    [...]

    Eles ficaram conversando, se conhecendo melhor. Até que McCall olhou no retrovisor do seu celular as horas:

    - Então galera, eu tenho ir. - Disse se levantando e dando um beijo no rosto de Valery e fazendo toque com Stiles. - Até amanhã. - Despediu-se, ambos só viram ele sumir na virada do corredor

    - Então, vou pegar um travesseiro e cobertor para você. - Deu um sorriso fraco,  Val concordou com a cabeça. Minutos depois, o menino apareceu com um cobertor preto grosso liso e um travesseiro preto em seus braços. Ela o ajudou colocar na cama. 

    - Obrigado.. - Agradeceu sinceramente.

    - Por nada, qualquer coisa estou no quarto ao lado. - Ao terminar de falar, fechou a porta.

    [...]

    Ás 02:00 

    Moore acordou assustada com gritos vindo do quarto de Stilinkis, ou,ou a coberta que a cobria e jogou para o lado. Correu rapidamente para o quarto ao lado, quando abriu a porta, viu ele se debatendo na cama e tremendo, soava frio. 

    Se sentou na beirada, o puxou para o seu colo:

    - Stiles acorda... Acorda! - Pediu desesperada o balançando, até que acordou assustado de olhos arregalados.

    - O que ... Aconteceu? - Perguntou com dificuldade tentando controlar sua respiração.

    - Pesadelo, mas já passou. Estou aqui... - Respondeu calmamente o olhando. 

    Até que ele deitou em seu colo, o que a surpreendeu. Não sabia o que fazer, quando começou a fazer carinho na sua cabeça, o cobriu direito. Dei um sorriso fraco para o menino que retribuiu logo após apagou. Ao tentar tirar a cabeça de Stiles de seu colo, ele pegou em sua mão apertado. Respirou bem fundo e tirou com máximo cuidado que pôde.

    Saiu do quarto na ponta dos pés, fechou a porta cuidadosamente e voltou para o quarto, deitou-se apagando completamente.

    Stiles

    Acordei com o meu despertador, levantei-me, tomei um banho, me vesti e fiz minha higiene matinal. Pude ouvir risadas vindo do andar de baixo, curiosamente desci e fui até a cozinha. 

    Vi meu pai e Scott tomando café, conversando animadamente com Valery, o que me fez estranhar. Meu pai nunca toma café em casa. Ergui uma sobrancelha, tentando achar uma explicação para aquilo tudo, até que notaram minha presença.

    - Ei filhão! Senta aqui, venha tomar café conosco. - Disse animado, fiz o que ele pediu sem questionar.

    - Valery, você é realmente um anjo! Conseguiu colocar o pai dele para tomar café da manhã em casa. - Disse Scott rindo e dando uma mordida em seu pão, apenas observava tudo.

    - Que isso... Não fiz nada. - Deu um sorriso envergonhado. Fiquei a admirando por um momento, como era linda... Para Stiles!! Você namora, se controla! - Não vai comer? - Perguntou.

    - Estou sem fome. - Respondi seco.

    - Então tá bom. - Notou que eu não queria assunto.

    - Tenho uma notícia boa para ti, Moore. - Disse meu pai, foquei meu olhar nele. - Consegui a matricular na escola dos meninos. - Agora ferrou de vez! Percebi que ela não tinha ficado feliz.

    - Algum problema? - Perguntei preocupado

    - Não tenho roupa, material e acho que estou dando muito trabalho para vocês . - Respirou fundo. - Licença. - Se retirou da mesa sem deixar ao menos alguém se pronunciar.

    [...]

    Subi para o meu quarto para pegar minha mochila, a porta do quarto dela estava aberta. A vi coberta até na altura dos seios, abraçada com o travesseiro. Bati duas vezes na porta e entrei. Me sentei com cuidado na beirada da cama ao seu lado.

    - Está tudo bem? - Assentiu com a cabeça, porém podia ver que não estava. - Desabafa comigo. - Pedi baixinho.

    - Não quero incomodar. - Disse seca, fungando.

    - Não estou perguntando nem nada e sim mandando. - Falei ríspido a assustando, quando se deu por vencida.

    - Senti falta dos meus pais. - Respondeu baixinho com os olhos fechados, senti que ela queria chorar.

    - Eles estão... Mortos? - Falei com delicadeza a palavra "mortos" até que fez sim com a cabeça.e encostei na cabeceira da cama que era de casal a puxei a fazendo apoiar a cabeça no meu peitoral enquanto fazia cafuné.

    - Você não tem aula? - Perguntou franzino a testa.

    - Hoje entro 09:20, ainda são... - Peguei meu celular encima da mesinha que tinha ao lado da cama, vi a hora. - 07:30. 

    Quando ela ia falar alguma coisa, Scott entrou quarto sem entender nada.

    - Sabe que a Malia não vai gostar nada disso né? Quando ficar sabendo? - O fuzilei com o olhar, quando ela levantou a cabeça do meu peitoral e começou a me olhar.

    - Quem é Malia? - Perguntou sem entender nada, a olhei. Nos encaravamos.

    - Minha... Namorada. - Respondi virando o rosto, seco.

    Ela se sentou na cama, olhando para o nada sem reação. Seus cabelo estava bagunçado, todo desgrenhado. Falei um "obrigado, Scott" sem emitir som, ele deu um sorriso sem graça e coçando a nuca.


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!