O Livro preciso

  • Finalizada
  • Lgbida
  • Capitulos 32
  • Gêneros Aventura

Tempo estimado de leitura: 3 horas

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    Capítulos:

    Capítulo 10

    Formigão

    No outro dia, Mike acordou e suas sobrancelhas estavam inteirinhas, como se nada tivesse acontecido “estou gostando desse negócio de magia” .Na escola não conseguia prestar atenção direito na aula, agora que estava aprendendo magia, matérias como português, matemática, história, pareciam muito sem graça.

    —Vamo joga bola hoje de novo?—falou Tomi, enquanto o professor falava alguma coisa sobre potenciação e expressões numéricas que eles não estavam entendendo nada.

    —To dentro também— falou Murano tentando acertar uma bolinha de papel no lixo. Eles jogavam num campinho de Terra à cinco quadras da casa de Mike, eles os chamavam de Formigão, por que tinha uns cinco formigueiros pelo meio, que só serviam pra atrapalhar a brincadeira. Uma vez entraram formigas dentro das calças de Murano, que começou a pular com as pernas abertas, parecia dançar, enquanto os outros se partiam de rir.

    —Num sei, eu ...—falou Mike pensando no livro e na varinha em casa, queria treinar já estava quase conseguindo consertar os óculos quebrados de sua mãe com o feitiço “reparo”.

    —Qual é? Vamos—Murano errando outra bolinha.

    —Tá, ok intão—Disse Mike, já estava praticando a dias, tinha que se distrair um pouco.

    Depois da aula, Mike almoçou e foi direto ao formigão, encontrar os outros dois, que já estavam jogando. Mas ele não conseguia tirar a magia da cabeça, na hora que conseguiu fazer a folha flutuar tinha sido fantástico, a hora que sua mãe quase o viu fazendo magia, tinha sido tenso, mas ele conseguiu jogar um “colloportus” na porta fechar antes que ela entrasse.

    —O que aconteceu com você hoje Mike?—perguntou Murano sentando em cima da bola pra descansar. Mike deu de ombros em resposta—Parecia que você nem estava aqui.

    —cansado eu acho, jogamos a tarde inteira—falou Mike.

    —não venha com essa, desde o começo você mal corria no campo.

    —Preciso ir agora— falou Tomi ficando em pé—ta tarde já.

    —Vamo vê quem chega antes, lá na frente do bar do seu Manuel?—Mas Tomi saiu correndo antes que Murano pudesse se preparar.—Ei— disse ele e saiu atrás.

    —Até amanhã—Os dois gritaram la da esquina.

    Rindo Mike deu com a mão e falou Mike baixinho—Até— Ficou olhando os amigos indo embora brincando, e correndo um atrás do outro. Se virou pra ir embora também, e viu a bola meio murcha com pedaços soltando, Murano a tinha ganho de um politico nas últimas eleições.

    Faltava alguns minutos pra seis horas, Mike ia chutando a bola devagar pelo campinho, pensando em tudo que estava acontecendo, no que o diretor tinha falado. “Um bruxo, se ele for um bruxo de verdade, com certeza do bem não é, ninguém do bem precisaria de crianças pra ter mais poder. E o que ele quis dizer com: nenhum trouxa faz aquilo,” já tinha escutado aquela palava antes, mas não lembrava onde, e levar ele pra onde? Havia muitas perguntas mas uma só certeza, ele tinha que fazer alguma coisa, mas o que?

    Mike se abaixou pra pegar a bola quando se levantou, três garotos encapuzados, o agarraram pelos braços e o jogaram no chão com força, batendo cabeça e jogando a bola longe

    —Leve ele prali—falou uma voz , que Mike não podia deixar de reconhecer, “Nicolas”.O dois garotos, o arrastaram pro meio da terra, a pouco centímetros de um formigueiro.

    —O que vocês querem?—Mike falou, mas sabia exatamente o que Nícolas queria, se vingar dele, tinha humilhado o garoto na frente da escola toda, ele com certeza não ia deixa barato.

    —Dinheiro—falou uma voz que Mike não conhecia, e deu uma gargalhada.

    —Quero da de comer formigas hoje?—Nícolas com aquela voz irritante.

    Mike não falou nada, sabia que estava em desvantagem, tres contra uma era covardia, isso sim. Os outros dois entraram no campo de visão de Mike, um era o Murilo ou Muro como era conhecido, e outro ele não conhecia, era grande e bem magro, tinha uns catorze anos pelo menos, uma cara toda torta, uma mistura de seu madruga com corcunda de Notre Dame.

    —Bom deixa eu apresentar meus amigos aqui, Muro você já conhece, e este aqui é “Dedos leves”, não sei por que o chamam assim.—O garoto soltou uma gargalhada alto meio fungando, fazia um som que lembrava um porco.

    —Por que ele é um ladrãozinho meia tigela—saiu sem Mike pensar.

    —O que? Seu bastardinho—falou o “Dedos leves”

    Mike não falou nada, sabia que tinha sido um erro.

    —Filho da mãe—e deu um chute, Mike sentiu uma pontada aguda de dor na boca do estômago.

    —Calma eu quero que ele saiba que vai morrer hoje—falou Nícolas. Rindo de prazer por ver o garoto se contorcendo de dor. Puxou Mike pela camisa.

    —Você sabe por que tá apanhando neguinho?Ãã?—e deu um soco na cara de Mike—eu vou te bater, por ter me feito, passar vergonha na frente da escola inteira—deu mais um chute nas pernas dele—E você Muro?

    —Porque odeio gente como você—Mike sentiu uma pontapé nas costas.

    —E eu, vou te bater porque você é pobre—disse o “Dedos leves”

    —E depois, vou te jogar no meio dessas formiguinhas aí —Disse Nícolas fazendo os três rirem e começassem a chutá-lo, todos de uma vez só, Mike sentiu o corpo gritar de dor, as costas, a barriga, cabeça,protegeu o rosto com as mãos, mas não ia aguentar muito tempo, tentava gritar, mas estava sem ar, a dor só não era maior que o ódio que crescia dentro dele, porque? Porque eles o escolheram? Lembrou da primeira vez que se encontrou com Nícolas, foi na terceira série, Mike estava conversando com o bolinha, um garoto gordinho que estudava com ele na época, e acabou mudando de escola por causa das perseguições dos colegas. Nícolas empurrou bolinha, derrubando-o, Mike o ajudou a se levantar e o incentivou a contar para professora, Nicolas ficou de castigo e não gostou nada, então começou, a partir dali nunca mais teve paz na escola, já tinham colocado sua cabeça no vaso e dado descarga, uma vez Nícolas abaixou sua calça na frente da sala inteira, mas isso foi no começo agora eles o ameaçavam, e já tinham até tentando surrá-lo, mas da outra vez um guarda chegou e não deixou, mas agora não teve policial nenhum eles estavam o espancando e ele não podia fazer nada, não ser rezar pra alguém o ajudar. Até que Mike percebeu que eles tinham parado estava com a vista embaraçada, com um uma tonteira, viu Tomi na frente dele, fazendo sinal e falando algo que Mike não intendia, só viu que tinha mais gente com ele.

    —Ta melhor mano?—falou Tomi

    —To, valeu— falou Mike tentando sentar.

    —Covardes—falou Murano

    —Três contra um, e menor ainda— falou um dos garotos que estava junto com eles, eram os irmãos mais velhos de Murano, um era alto e forte parecido com Murano tinha quinze anos, chamavam ele de Zeca, o outro era Maquinhos, tinha treze, era gordo e baixo quase da mesma altura que Murano, falavam que Marquinho tinha puxado a mãe deles.

    —Sorte que eles correram, porque se a gente pegasse, eles iam vê—falou Marquinhos. Mike levantou, estava melhor do imaginava, um pouco cor dor nas costas, os braços esfolados, mas nada de grave, o rosto, diferente da outra vez, não tinham machucado.

    —Tava indo embora quando Tomi me lembrou da bola,—Murano apontou atrás de Mike, lá estava ela a bola murcha acabara de salvar dua vida.

    —Por sorte a gente tava vindo jogar e também, quando encontramos Tomi e Murano —disse Zeca dando um tapinha nas costas de Mike, que doeu e Mike deu um gemido.—Desculpe.

    —Ja estou melhor—Disse Mike— agora eu vo embora já vai escurecer.

    —Eu vou com você— disse Tomi com uma cara de preocupado.

    —Não precisa.

    —Precisa sim, todo nós vamos —falou Zeca.


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