Uma semana.

Tempo estimado de leitura: 38 minutos

    12
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Domingo, dia de folga!

    Violência

    O sistema de postagens vai ser o seguinte: Um capitulo por semana, sem atrasos, com uma possível pausa programada para o capitulo quatro.

    Essa Fanfic faz parte de uma coletânea de fic's que irão contar minhas própias histórias, escritas e imaginadas ao longo de anos e que agora serão traduzidas em histórias.

    Então eu voz desejo uma boa leitura e bem vindos ao meu mundo.

     - Brincadeira... Sério que já é de dia? - Falei, ao abrir os olhos logo de manhã, deitado na cama do meu quarto.

    A luz do sol invadia meu quarto, batendo direto em meu rosto e me acordando de um sonho com cavalos pulando entre rosquinhas... Espera, por que diabos eu sonhei com aquilo? Acho que Mark havia me prendido até tarde demais com aqueles malditos relatórios.

    - Pelo menos, hoje é domingo. 

    Eram 06h30min da manhã. Após me despertar melhor, eu me dirigi para o banheiro anexado ao meu quarto e tomei uma boa ducha quente. O inverno havia chegado a Pixia, e nada era pior que sair molhado e com frio do banheiro num dia de inverno. 

    Logo depois me vesti com uma calça de algodão preta, Uma camisa de manga longa azul petróleo com um veio de luz passando pelo tórax, nada mais que um enfeite e calcei umas pantufas meio velhas, saindo para tomar o café no Grande Hall de alimentação, no 35º andar, 25 andares abaixo do meu, na gigantesca "Torre" onde moro. 

    Logo ao sair de meu quarto, me deparo com Anthony, meu mordomo organizando todas as tarefas dos empregados da torre que era seu dever (Coitado...).

     - Senhor Guilhard, bom dia. Teve um bom sono? - Perguntou ele ao notar minha presença.

     - Acho que sim, só tive uns sonhos estranhos. Tem alguma coisa na minha lista para hoje? 

     Consultando a sua prancheta eletrônica, ele olha para ela por alguns segundos e depois olha para mim negando com a cabeça. 

     - Não senhor, felizmente hoje o senhor possui um dia livre.

    Com isso, eu me despedi dele e fui para os elevadores daquele andar, aonde desci até a área de refeições. Chegando a sala cheia de mesas e bancos eu me dirigi para o balcão da cozinha.

     - Bom dia Marta! Que delicias você guarda para mim hoje de manha? 

    A chefa de cozinha, Marta era uma mulher de meia idade bem encorpada e em minha opinião a melhor cozinheira que já existiu, ela consegue fazer do café da manhã, uma refeição ainda absurdamente simples e muito saborosa.

     - Bom dia seu Gui! Eu tenho aqui um cuscuz amanteigado, torradas com geleia caseira e um misto quente da hora esperando pelo senhor! - Falou ela, sorrindo e dando uma piscada para mim. 

     - Amém! Mais uma vez você me salvou da fome. - Falei quando ela me passou a bandeja com minha comida, acompanhada por uma caneca de café adoçado com mel. Sentei-me numa mesa do inicio da sala, onde saboreei meu café e logo estava já de saída do lugar. 

     - Ai ai ... E agora? - Me perguntei falando sozinho. 

    Com esta dúvida, logo eu estava me dirigindo para meu quarto. Pensei que até que minha presença fosse solicitada em algum lugar (o que infelizmente ocorria com muita frequência) iria ficar descansando no quarto.

    Enquanto ia voltando para o quarto eu estava refletindo que realmente, a minha carga de obrigações tinha diminuído drasticamente desde o mês passado.

    De fato, gerenciar uma nação de grande porte como Pixia consumia grande parte do meu tempo e da minha vida e também sempre dava oportunidades de fazer tanto os trabalhos de escritório tanto quanto a parte campestre, como as missões militares que eu assumo com vontade.

    Mas de fato, depois da ultima guerra na qual os invasores darkanianos entram tomar as fronteiras de Pixia visando uma grande invasão, conseguimos assumir uma estabilidade pacifica derivada do renome que alcançamos em toda a Galáxia.

    Acho que meu modo de governar Pixia foi essencial para o seu crescimento. Como presidente eu estava disposto a governar de modo responsável e depositar minha confiança numa comitiva de ministros e secretários escolhidos a dedo. Como o Supremo Comandante das forças pixianas, eu lutei lado a lado com os homens que confiavam em meu comando para guia-los até a glória da vitória e me envolvi em meus momentos mais... Digamos “inusitados”.

    Ao abrir a porta de meu quarto, eu fui até uma pequena porta na lateral do meu quarto, mas que ao ser aberta revelava o meu cantinho secreto. O local era surpreendentemente grande e nele estava instalada uma pequena academia destinada a sempre aprimorar meu condicionamento físico. Neste aposento também havia minha Área Criativa, aonde as paredes eram praticamente cobertas de papéis onde haviam desenhados projetos e rascunhos das minhas invenções (era realmente um bom “Papel de parede”), considerando que eu era responsável pela criação de toda tecnologia pixiana. E por último no fundo do lugar estava meu arsenal ou a sala de armas, onde estavam guardadas em prateleiras e armário de pixeis transparentes minhas armas e a minha Pixian Armor negra, que eu usei durante todas minhas guerras até os dias atuais.

    Com isso fui até a área da academia, me apossando dos halteres e iniciando meu treino. Após meia hora, passei para a esteira e após outros trinta minutos fiz um circuito completo por todos os aparelhos durante duas horas, fazendo eu me deixei cair no tapete exausto.

    Teria até dormido lá se não tivesse recebido uma ligação surpresa de um de meus amigos.

    Peguei meu celular e atendi:

     - Alô?

     - Gui, é você?  Sou eu Ralph.

     - Sim, oi Ralph, o que é que foi?

    Ralph é um amigo meu que participava junto a mim e a outros caras de corridas de rua que em Pixia são legalizadas, considerando que a atual tecnologia de locomoção pixiana permitia um tráfego facilitado sem utilizar os meios terrestres, onde a população usava um transporte de trilhos magnéticos que era “suspenso no ar”, parando nas estações instaladas nos principais prédios de todos os setores (Comercial, Residencial, Administrativo e Militar) e assim, garantindo uma eficiente locomoção aérea.

     - Nada demais, é mais pelo Riley que eu estou ligando. Ele acabou de tunar o novo Porsche dele e queria saber se vocês topavam uma carreira pela Via 101, e ai?

    Eu não demorei muito para aceitar a questão. Estava tão entediado que se alguém me pedisse para fazer um castelo de cartas gigante eu aceitaria na hora.

     - Claro, já vou indo ai. A gente se encontra na praça da conquista? – Perguntei, já vestindo meu casaco e pegando um dos meus Headphones de corrida.

     - Ótimo, vou indo parceiro, Até lá. – Falou ele se despedindo e em seguida desligando o celular.

    Olhando rapidamente para o relógio na parede vi que já eram 09h30min e decidi avisar a Anthony que almoçaria fora de casa. Tanto para variar na rotina, quanto para evitar a burocracia e politica que invadia até mesmo a hora do almoço.

    Ainda em meu quarto secreto, eu vou até minha área do Arsenal e procuro até achar uma parede de aspecto normal, a não ser por um Code Reader (Aparelho que permite a digitação de códigos para a ativação de portas e passagens). Colocando uma senha neste aparelho, a parede revela ser a porta de um elevador, cujo único destino é uma garagem subterrânea onde guardo meus carros. Ao escolher um dos meus preferidos modelos, um 370z (Nissan) eu aciono o portão automático da garagem.

    Como o meu carro estava em ótimas condições e teve vários incrementos para as corridas, em 5min eu cheguei a Praça (Do setor Administrativo até o Residencial). Nossa turma de quatro pilotos estava ainda se reunindo.

    Só faltavam Ralph e Riley, que eram irmãos e estavam levando a nova maquina para o local da reunião.

    Não tivemos que esperar muito até eles chegarem. Com um pano sobre o carro, eles o trouxeram rebocado pelo carro de Ralph.  E graças aos pedidos para retirar a cobertura e pelos olhares curiosos que tentavam ver através do pano, assim eles o fizeram.

    Foi descoberto que era um Muscle Car Dodge Coronet vermelho, com decalques de linhas duplas brancas no teto e o Logo da Equipe, Um Headphone laranja.

    Chegando mais perto eu deslizei a mão pelo capô do carro e suspirei admirado.

     - Mas é mesmo um belo carro. Quanto foi gasto nele? – Perguntei já me dirigindo ao dono da maquina.

     - Isso ai. Foram U$ 275.000, com o Carro, as peças, decalques, aditivos e a mecânica. – Falou ele com um sorriso orgulhoso, mas logo fazendo uma careta ao se lembrar do dinheiro gasto.

     - Poxa... Bem, vamos logo ao que interessa senão esse seu brinquedo vai enferrujar antes da hora. – Falei esfregando as mãos em sinal de expectativa.

    E com um breve murmurar de concordância por parte dos outros, todos foram para dentro dos seus carros e ligaram seus carros, causando o agradável (pelo menos para mim) som de ronco dos motores.

     - Vamos dar uma volta pela área dos shoppings, contornar essa praça e terminar... – Parei de falar, pensando numa localidade para terminarmos a corrida.

     - Que tal na frente da Torre? – Perguntou alegremente Kord, o membro mais novo que entrou no time, que comentou a ideia como quem de repente notou uma pipa passando no céu.

     - Acho que não tem problema. Afinal... Se o Presidente concordasse... – Ajuntou Ralph com um olhar sonhador.

     - Vocês nem se preocupam com a minha reputação honorável caso eu saia por ai com um bocado de corredores barulhentos, fazendo drift no meio do pátio da Torre não é? – Perguntei fazendo um ar sofrido, mas sorrindo.

    - Não! – Responderam em coro alegremente.

     - Bem, sendo assim acho que devo pelo menos vencer a corrida para manter um pouco de minha reputação honorável – Anunciei sorrindo e rapidamente acelerando o carro iniciando de repente a corrida.

    Apesar da surpresa inicial, logo estávamos todos correndo nivelados e tão rápidos que por onde passávamos deixávamos um rastro quente e empoeirado. Nos metros iniciais eu mantive a liderança com poucos centímetros, mas após isso permanecemos todos alinhados, com algumas alavancadas, mas sem manter uma grande dianteira.

    Até que nos últimos metros Riley que estava a um bom tempo ocupando a 3ª posição nos mostrou um segredo que não havia nos contado: Nitro.

    Com uma sinistra explosão azul saindo do cano de escape, o Coronet é impelindo para frente e assume uma larga dianteira, sendo o primeiro a finalizar a corrida, Ralph o segundo, eu o terceiro e por último Kord.

     - É... Da próxima vez é melhor falar antes de trapacear usando Nitro. - Falei ao sair do carro com uma expressão de falsa chateação.

     - Mas ai você não me deixaria participar. – Falou Riley imperturbável.

     - É bem possível... – Falei depois de fingir pensar um pouco.

     - E agora, fazer o quê? – Perguntou Kord.

     - Comer é claro, perder dá uma fome desgraçenta. – Falei sem hesitar.

     - Mas aonde? – Perguntou Ralph, sabendo que eu já tinha algo em mente.

     - Eu... Não sei.


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