Yu-Gi-Oh! Razor - Klabazaus Memories

  • Finalizada
  • Hirotogs
  • Capitulos 35
  • Gêneros Aventura

Tempo estimado de leitura: 8 horas

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    Capítulos:

    Capítulo 6

    Lírio dos Vales

    Anteriormente, Star havia aparecido no meio do duelo de Klabazaus com Jones, ativando uma carta Dark Hole que, para o espanto de todos, funcionou como se fosse de verdade, sugando todos num vortex para sabe-se lá onde....

    Eles não se esqueceram do passado de ouro

    Eles defendem o que acreditam

    Eles não aceitam injustiça

    Por isso, eles estão do meu lado

    (Batista Hillking)

    (BGM de abertura de toda a saga Underworld Diaries:

    Abertura CDZ Hades - Saga do Inferno)

     Todos os presentes são sugados pelo vortex e, ao adentrá-lo, não conseguem visualizar nada. Parece que aquela dobra entre as dimensões os fazia perder a consciência e desmaiar. Após uns breves minutos, todos acordam em um lugar totalmente diferente. Tinha uma aparência desértica, porém o local era mais escuro do que um deserto seria àquela hora do dia... Mas estariam no mesmo mundo de qual saíram? O céu é de um vermelho um tanto claro, e o que parecem ser nuvens ao alto possui a coloração negra. O único sinal de vida ao redor são uns punhados de vegetação morta, e ao longe é possível ouvir uma espécie de canto de algum tipo de ave, embora nos céus não seja possível visualizar animal algum. A atmosfera era claramente mais densa, e numa olhada mais atenta, além das nuvens, é possível ver o astro que se esforça para alumiar o local: um sol, ainda que negro. Todo o grupo está muito espantado com a situação, com o terror tomando conta de seus corpos a ponto de não conseguirem exprimir palavra alguma. Jones é o primeiro a dizer algo:

    Jones: Pessoal, estão todos bem?

    Monica: O que aconteceu? Onde estamos?

    Hector: MONICA! MONICA, VOCÊ ESTÁ BEM? ME DIGA QUE VOCÊ ESTÁ...

    Monica: Obrigada, Hector, estou bem sim!

    Hector: Viu isso, Ricardo? Ela me agradeceu! De verdade! – Mas não há resposta de Ricardo, possivelmente porque ele não se encontrava ali.

    Inácio: Onde está o Ricardo?

    João: Dimensão Alternativa, possivelmente um local muito mais antigo que nosso mundo.

    Monica: O quê? – João havia se empenhado em descobrir o local em que estavam, enquanto toda a conversa anterior discorria.

    Jones: Certo, o Ricardo sumiu! Devemos procurar por ele?

    Inácio: E aquela criatura estranha? E as meninas?

    Hector: E a infame da Star?!!

    Jones: Star... eu quase não a reconheci. Ela sumiu por muito tempo, e quando reaparece, utiliza algum tipo de mágica e nos manda para cá.

    João: Jones, acho que nós todos lhe devemos desculpas. Não acreditamos na sua história sobre o ser misterioso, e agora estamos aqui.

    Monica: É mesmo... se nós tivéssemos acreditado, acho que teríamos investigado antes, e possivelmente não teríamos acabado nesta situação.

    Jones: Pessoal, tudo bem, acho que nem eu acreditaria naquelas histórias, se eu ouvisse. Mas o que importa é que devemos permanecer com a moral alta agora, pois não sabemos onde estamos, e o desejo de sobreviver pode aumentar muito as chances de sobrevivência. Sem ressentimentos, pensem positivo! – Jones demonstrava suas capacidades pedagógicas com êxito, enquanto o grupo parecia se animar com o discurso ao mesmo tempo em que se sentiam perdoados pela sua descrença.

    Inácio: Marte... estamos em Marte, não estamos?

    Hector: E aquele sol negro?

    Jones: O João é o mais inteligente de nós, creio que ele poderá nos ajudar nesse ponto. O que descobriu João? – João sempre andava com sua mochila, onde carregava todo tipo de cadernos, livros, anotações e aparelhos de medição, como astrolábios e bússolas. Na aula, no intervalo, na enfermaria e até dormindo, ele carregava aquilo tudo como se fosse um centro de pesquisas que estaria sempre à mão.

    João: A bússola aqui fica girando muito. A partir disto, deduzo que não haja um pólo magnético fixo, ou seja, isto provavelmente não é um planeta separado. Todo planeta possui seus pólos, mas este lugar não parece ter um.

    Inácio: Certo, certo, senão eu veria uns marcianos e estaria convencido!

    João: Continuando: o solo aqui não parece ter sido devastado por secas nem por queimadas. Na verdade, parece que ele tem sido assim desde sempre!

    Monica: O lugar então é deserto por natureza...

    João: Correto. A pouca vegetação, ainda que morta, indica que há indícios de água por aqui. Mas as formas destas plantas não me são familiares de nenhuma região da Terra, o que, junto com a conclusão acerca do pólo magnético, sustenta minha hipótese de não estarmos em nosso mundo, nem em outro planeta, mas em uma dimensão alternativa, que tem sua própria biocomposição.

    Hector: Traduzindo....

    João: Você não vê um sol negro e céu vermelho todos os dias, certo?

    Jones: Muito bom, mas, será que tem alguma chance de termos viajado no tempo?

    João: Por meios naturais e científicos, é impossível voltar no tempo. Se avançássemos no tempo, ainda estaríamos em nossa Terra, e ainda haveria os pólos. Mas este lugar não tem um... e se a Terra não tivesse, não existiria. Por isso, é impensável esta afirmação.

    Monica: Muito bem João! Ainda bem que temos você conosco!

    João: Ora, não foi nada. – Hector estava perplexo com o que havia acabado de escutar. Sua musa, sua Vênus, sua Monalisa estava a elogiar um outro cara que não ele? Apesar de tudo, não conseguia pensar em alguma coisa para contornar a situação e voltar os holofotes de Monica para si, pois as conclusões de João haviam realmente sido espetaculares.

    Hector: O-O..Ora, claro! Eu estava pensando a mesma coisa, acreditam?

    João: Incrível, Hector! Parece que pensamos juntos! – Diz João, que era muito bondoso, e não conseguia ver aspectos negativos nas pessoas.

    Hector: Er..er, sim, mas acho que você pensou primeiro, João! – Monica lhe sorri, como que querendo informar-lhe que havia captado suas intenções. Aquilo foi o bastante para Hector ganhar o dia.

    Jones: Certo, agora sabemos que estamos em outra dimensão. Pra onde vamos?

    Inácio: Não tem pra onde ir, parece tudo igual! – Esta parecia ser uma das poucas afirmações lógicas de Inácio.

    Monica: Talvez... devêssemos tentar a sorte, já que não podemos nos orientar por nada.

    João: Tenho uma sugestão.

    Jones: Certo João, você será o líder do grupo.

    João: Oh, não, camarada, creio que este papel pertença a você.

    Monica: Eu concordo!

    Hector: Claro, Capitão Jones!

    Inácio: Manda ver! – Jones nutria grande admiração por seus amigos, mas ele se sentira muito honrado com essa constatação.

    Jones: Obrigado, pessoal, darei meu melhor! João, você será então... o cérebro, logicamente.

    João: Oh, gostei do cargo! Como eu dizia, minha hipótese é que fiquemos um tempo aqui e meçamos o tempo de alguma forma, e observemos o movimento do sol. Dessa forma, poderemos também verificar se a atmosfera daqui tem alguma influência negativa sobre nós.

    Inácio: Sem chance! Na Terra, em Marte ou no submundo, eu estou sempre em forma! – Dizia, ao exibir seus bíceps.

    Hector: Submundo... bom nome.

    O grupo aguarda um espaço de trinta minutos, e o sol parece se mover com um pouco mais de atraso do que no mundo normal. Com isso, decidem seguir o a direção da qual o sol saíra, para ver o que encontravam. Uma caminhada tem início, e após mais ou menos vinte minutos, o grupo se depara com uma fenda no chão, e Hector faz uma observação interessante.

    Hector: Isto se parece com um leito de rio, não?

    João: Muito boa observação. Jones, que acha de seguirmos pra ver se encontramos alguma fonte de água?

    Jones: Eu apoio, vamos.

    Mais vinte minutos se sucedem, e o grupo parece estar mais cansado do que o normal. Haviam concluído que a atmosfera ali era diferente, e que precisavam tomar cuidado com a exaustão. Uma nascente é encontrada.

    João: Aí está a nascente.

    Monica: Como faremos pra saber se é água... normal?

    Inácio: Há, o que não me mata me deixa mais trincado!

    Jones: Cuidado, Inácio... – Inácio bebe da água desavisadamente, mas não parece lhe surtir nenhum efeito negativo. Era água comum.

    João: Isto é bom e ruim. Agora sabemos que há água, e podemos ter uma chance de não morrer por aqui. Mas por outro lado... água significa vida, então podemos não estar sozinhos aqui!

    Monica: Que horrível!

    Hector: Er... sigamos viagem.

    A caminhada dura mais um pouco, com pausas regulares para o descanso, pois era difícil estar ali. Sinais de vida são finalmente avistados: algumas construções a leste, e o grupo se aproxima com cautela do local. Ao chegar, notam que se parece com um vilarejo comum. Há pessoas a caminhar, em grande maioria mulheres, com vasos, comércios e algumas crianças.

    Inácio: Galerinha, vão na frente, este é meu ponto! Cheio de gatas esperando pelo papai!

    Monica: Não abusa da sorte, Inácio!

    Inácio: Qualé, Monica? Você acha que metade da vila não se encantaria por isso aqui? – Faz uma pose, exibindo seu físico impecável. – Sou um dinossauro de titânio!

    Monica: Me poupe... – Monica parece sentir a vergonha alheia. Mas Inácio leva a melhor: muitas moças se aproximam e parecem estar fascinadas por aquele “dinossauro de titânio”, como ele mesmo descrevera.

    João: Hahaha! Parece que o Inácio se deu bem! – Hector analisa que cabem quase 4 vezes o braço dele no de Inácio.

    Hector: Há, do jeito que ensinei!

    ???: Hahaha, seu amigo tem carisma de sobra, hã?

    (BGM: Black Sabbath - Planet Caravan)

    Jones: Hã? Quem é você? – Aquele que falava com o grupo era um homem de aparentemente 26 anos, mas era de um tamanho incomum – parecia ter além dos dois metros. Estava sentado num barril, na frente de uma casa. Vestia uma armadura de cor azul cobalto, meio desgastada, e era notável sua espada, que estava apoiada ao seu lado. Mais notável ainda era o fato de que, mesmo estando vestido para guerra, usava óculos escuros e um moicano loiro.

    Monica: Q-q-quem é você?

    Batista: Me chamo Batista. Não é muito comum um grupinho desses aparecer por aqui... são de fora?

    João: O que quer dizer com ‘de fora’? Pode nos dizer onde estamos?

    Batista: É, são de fora sim. Esta é a dimensão chamada de Testudinata Koilia, mas a maioria só chama de submundo.

    Hector: Então... o João estava certo. É outra dimensão;

    Monica: Existem outras dimensões?

    Batista: Creio que sim... pense como se fosse uma... tartaruga.

    Jones: O quê?

    Batista: Deixa pra lá. O que fazem aqui?

    Hector: Bem, nosso amigo Jones aqui é professor, e uma de suas alunas, não sei como, ativou a carta Dark Hole e viemos pra cá.

    Batista: Hmm... é necessário muito poder para isso, sabiam?

    João: Como será que ela adquiriu tanto poder?

    Monica: Olha, nós somos da Terra. Um tal de Klabazaus foi lá também.

    Batista: Klabazaus... não suporto ouvir este nome. Vivíamos em paz, sabe... mas desde que Klabazaus assumiu o trono, tudo é desespero.

    Jones: Espera, está querendo dizer que Klabazaus é rei por aqui?

    Batista: Isso mesmo. Klabazaus passa por vilarejos de toda a região cobrando tributos e, por vezes, acaba por atacar estes mesmos vilarejos cruelmente.

    Hector: E ninguém faz nada a respeito? Quer dizer, ninguém pode fazer nada?

    Batista: Eu vago por toda a terra, buscando guerreiros que saibam pelo menos como se portar na guerra, tentando montar um exército para quem sabe um dia retornar à antiga paz.

    João: Um golpe de estado, hã? Pretende se tornar o Rei?

    Batista: Não me acho digno de tal... na verdade, penso que um verdadeiro rei ainda surgirá. – Nisto, Batista, bate na janela da casa em que estava apoiado, e muitos soldados, alguns humanos, outros monstros e todo tipo de aberração, saem de lá. As moças que estavam ao redor de Inácio se intimidam e tentam usá-lo como escudo.

    Inácio: Ei, ei, calma lá, meninas. Quem são esses aí?

    Batista: Bom, tenho que ir andando.

    Jones: Pode nos ajudar a sair daqui?

    Batista: Se vocês vieram de outra dimensão, creio que Klabazaus tenha o poder para tirá-los daqui. Mas com certeza ele não o faria por bem... talvez tenha outras pessoas que possam, mas por hora, se querem alguma chance, vão ao castelo de Klabazaus.

    João: Quase me esqueço: as bússolas não funcionam por aqui. Como se orientam?

    Batista: Bússolas convencionais não, pois elas apontam para pólos magnéticos. Fique com esta, que aponta para campos mágicos. – Pelo que eles entenderam, a magia exercia um tipo de força dominante naquela dimensão, e a bússola agora parecia funcionar.

    Batista: Sigam sempre ao Noroeste e acabarão por sair no topo de uma colina, de onde poderão avistar o castelo ao longe.

    Monica: Obrigada!

    Batista: A propósito... o grandalhão aí, você não gostaria de se juntar a nós? Poderíamos usar sua força para grandes feitos.

    Inácio: Agradeço o convite mano, mas minha galera é essa daqui. – Todos vêem o orgulho com o qual Inácio diz estas palavras. No fim das contas, era um grupo extremamente bem unido.

    Batista: Entendo. Adeus, então. – O exército de Batista sobe em cavalos que estavam atrelados numa estaca próxima, e marcham descendo a rua da cidade. Toda a cidade parecia conhecê-los como uma espécie de defensores.

    Monica: Só queria saber por que aqui tem tantas mulheres...

    Inácio: Tá na cara que é pra eu me sentir a vontade, né?

    Monica: Claro... claro. Agora vamos.

    Todo o grupo se dirige para o castelo, seguindo as direções de Batista. Não chegaram a encontrar mais nenhum vilarejo, pois o terreno por onde passavam era ascendente, formando colinas íngremes. Ao avistar o castelo de Klabazaus, vêem o quão grande era. Havia uma muralha que cercava o castelo. Por dentro, era possível ver uma pequena capela, nada convidativa, e algumas casas no pátio. Muitos corpos estavam jogados ali, e seres semelhantes a Skull Servants removiam os corpos. Quem entendesse de arquitetura poderia ver que o castelo possuía quatro andares. No último, havia um grande vitral, o qual ficava acima do chão, não sendo possível ver nada do que ocorria lá dentro. A única entrada era o portão frontal, decorado com um rosto tenebroso esculpido no próprio portão. Este parecia ter sido muito golpeado.

    Hector: Ainda bem que não está chovendo...

    João: Sim, porém não tem como saber se choverá ou não.

    Monica: Fora isso... será que nos deixarão entrar?

    Inácio: Podíamos escalar, sabe?

    Jones: Aí é que nos tratarão como instrusos de verdade!

    Monica: Por hora, vamos descer até lá.

    Foi uma descida difícil, na qual Hector se arranhou todo, enquanto Inácio parecia estar caminhando no parque. Numa olhada atenciosa, podiam ver no chão o rastro do que poderia ser uma estrada até o castelo, que agora estava muito apagada. Ao chegar no portão, notam uma tranca com quatro fechaduras.

    João: É, está trancado.

    Hector: Brilhante observação.

    Monica: E agora? Quem será que tem as chaves? Alguém de lá de dentro, ou o próprio Klabazaus?

    Jones: Bem, vamos tentar escalar, como Inácio disse. Talvez tenhamos sorte...

    ???: Vocês não vão escalar nada. – Essa voz era familiar. Uma figura vem caminhando pelo lado leste da muralha, e ao chegar mais perto, notam que é Ricardo, com uma armadura que com certeza não cabia muito nele.

    Monica: Ricardo! Onde esteve? E que armadura é essa? Não me diga que...

    Ricardo: Acho que vou duelar aqui pra impedir que vocês passem.

    Hector: Ficou maluco? Somos seus amigos!

    Ricardo: É... eu sei, mas Klabazaus pediu que eu não deixasse que vocês passassem daqui.

    Inácio: Você está recebendo ordens daquele monstro?! Eu não acredito! Você é muito burro!

    Ricardo: Ah... bem, ele me deu essa armadura maneira, e tal... – Na verdade, ao adentrar o portal, Ricardo teve seu curso desviado, e teve o azar de parar na sala do trono de Klabazaus. Lá, ele tentou resistir, mas seu deck era tão fraco que Klabazaus achou melhor usar Ricardo contra seus próprios amigos. Deu-lhe uma armadura e o mandou para que os parasse.

    Jones: Ricardo, vamos fazer assim: se eu vencer, você vem com a gente, certo?

    Ricardo: Mas, só isso?

    Hector: Te pago um dogão depois.

    Ricardo: Então vamos! Mas seu eu vencer, além de vocês serem presos, vocês me pagam um dogão a mais!

    João: Melhor ainda! Se nós vencermos, nós pagamos um, você paga outro e depois nós pagamos dois, e você mais três. Mas se você vencer, você ganha dois, e paga mais quatro!

    Ricardo: Há! Mas claro! Fechado! – O incrível golpe de lógica aplicado por João parecia ter surtido efeito em Ricardo, que também não era lá um gênio.

    Monica: De qualquer jeito ele sai perdendo, haha! – Comenta ela com Hector.

    Hector: É verdade.... (ela, ela comentou algo comigo... ela dirigiu a palavra à minha pessoa... ela.. ela...)

    Jones: Duelo!

    ...Continua


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