Sentimentos Incontroláveis

Tempo estimado de leitura: 3 horas

    12
    Capítulos:

    Capítulo 24

    Capítulo 24

    Heterossexualidade, Linguagem Imprópria

    Olá, pessoal! Como vocês estão?

    Não vou ocupar muito o tempo de vocês aqui nessas notas, pois hoje vocês tem logo abaixo mais um capítulo com a Sakura e o Sasuke! Para quem estava aguardando ansiosamente, aproveita!

    Boa leitura!

    O vento estava extremamente frio durante a noite. Soprava forte para dentro da gruta, dançando com as chamas da fogueira. Suigetsu havia tornado a fogueira uma pouco maior para esquentar a todos lá dentro.

    Karian sentou-se ao lado de Suigetsu e permaneceu quieta, assim como estava nos últimos dois dias que se passaram desde sua última conversa com Sakura. Suigetsu acrescentava galhos novos a fogueira de tempo em tempo para atiçar o fogo. Juugo ajudou Sakura a carregar o corpo de Sasuke para mais perto do fogo e sentou-se ao lado dos dois, de modo que o vento gelado não os alcançasse muito.

    Sakura tirou uma manta de sua mochila e cobriu Sasuke. Mas ainda precisava de mais uma. Direcionou o olhar para os três ao seu redor e antes que perguntasse se alguém tinha outra manta, Karin estendeu sua capa. O tecido não era como lã, mas evitaria que o vento deixasse o corpo de Sasuke frio.

    Sakura sorriu em agradecimento e colocou a capa de Karin por cima de sua manta. Em seguida olhou para Suigetsu, pensando se era uma boa ideia pedir para que ele se achegasse mais perto de Karin e dividisse sua capa com ela. Era óbvio que a ruiva estava morrendo de frio. Porém, pedir não foi necessário. Sem ao menos perceber a intenção de Sakura, Suigetsu se aproximou de Karin e cobriu o corpo dela com metade de sua capa.

    A ruiva ficou surpresa e o olhou feio, desconfiada. Mas, no final das contas, não contestou. Segurou a capa e encolheu um pouco mais o corpo. O frio não passou completamente, mas amenizou-se a medida que o calor do corpo dos dois aumentava e os aquecia. E, se Sakura percebeu bem, Karin começou a ficar levemente corada. Isso não seria devido a temperatura daquela noite, tinha certeza. Por mais que o corpo dos dois juntos ajudasse a elevar o calor e evitar o frio, ainda assim não era o suficiente para corar.

    Por mais que a ruiva tivesse lhe enchendo o saco antes, não era difícil perceber que Karin era uma mulher sensível e cheia de sentimentos, apesar de viver a vida como fugitiva. Para isso ela tem que ser muito forte, mas ainda assim era uma mulher. E era óbvio que Suigetsu até tinha um apreço pela ruiva, apesar de não demonstrar. Caso contrário, não teria tomado por conta própria a atitude de dividir sua capa com ela.  Uma atitude que não surpreendeu apenas Karin, mas Sakura também.

    Os olhos de Sakura voltaram-se para Juugo, por fim. Conhecia bastante sobre ele até. Uma vítima de Orochimaru, por isso se descontrolava facilmente e se transformava no mostro que o próprio tanto odiava ser. Ele observava a floresta através da entrada da gruta. Seus pensamentos estavam distantes e sua expressão demonstrava o quanto estava confuso e preocupado com algo. Por mais que seu tamanho e sua ira amedrontasse muitas pessoas, Sakura não conseguia sentir medo ao olhar para Juugo. Ela via pureza e gentileza. Achava Juugo um dos ninjas mais gentis e sensíveis que já conheceu em toda a sua vida até aquele momento. Ele era alguém muito especial, com sentimentos puros. Sakura percebeu que admirava aquele ninja e todo o mistério sobre sua história.

    Aos poucos, todos pegaram no sono. O vento parou de soprar forte e a gruta permaneceu silenciosa, apenas com os estalos dos galhos queimando na fogueira. Conforme amanhecia, o clima esquentava. O sol atravessava as folhas as árvores e iluminava levemente o ambiente dentro da gruta.

    A fogueira se apagou enquanto os galhos estavam completamente torrados. O cheiro não incomodava muito já que todos estavam acostumados e o vento leve o dissipava. Dormir sentado não era uma das melhores formas de descansar, mas um pouco, pelo menos, todos descansaram.

    Quando o sol se tornou mais alvo no céu, intensificando sua luz, Sakura começou a acordar e sentir-se estranhamente quente. Algo macio estava sobre seus ombros e sentia algo quente em seu rosto.

    Abriu os olhos e tocou o braço de Juugo. Afastou-se um pouco assustada e o vento fresco da manhã lhe causou arrepios.

    – Juugo? M-me desculpe.

    – Está tudo bem. Você precisava descansar.

    – Mas, e você? Ficou acordado a noite inteira?

    – Alguém precisava vigiar – a voz de Sasuke ecoou na gruta e Sakura virou-se para ele surpresa.

    Sasuke estava sentado, refazendo as bandagens em seus braços.

    – Sasuke... – sua voz saiu um pouco falha. Percebeu nesse momento que sua garganta amanheceu dolorida.

    Antes de pegar no sono, passou o tempo pensando em como seria a reação de Sasuke quando finalmente acordasse. Mas não pensou em nenhum momento como ela mesma reagiria ou o que falaria. Estava completamente sem palavras.

    – Você está bem? Você precisa...

    – O que você está fazendo aqui, Sakura? – a interrompeu. Seu tom de voz era frio e irritado.

    Karin e Suigetsu acordaram no mesmo momento ao ouvirem a voz de Sasuke ecoar na gruta. Ambos se afastaram rapidamente um do outro ao perceberem que estavam muito próximos.

    – O que você pensa que está fazendo, seu idiota? – disse Karin, levantando.

    – Eu não fiz merda nenhuma, ruiva maluca! – respondeu Suigetsu, recolhendo sua capa e se dando conta de que Sasuke estava, enfim, acordado. E muito irritado.

    – Olha só quem resolveu acordar! Bom dia, bela adormecida.

    Sasuke continuou olhando para Sakura, esperando impacientemente por uma resposta, enquanto Sakura não sabia nem por onde ou como começar.

    – Ih... Já percebi que a coisa ficou preta.

    – Sasuke-kun, você está bem? – perguntou Karin, se aproximando de Sasuke e sentando-se ao seu lado. Observava seu corpo e seus ferimentos quase cicatrizados em cada centímetro. O Uchiha ainda não parecia nada bem. Sua expressão facial cansada demonstrava o quão indisposto estava.

    – Você ainda não se recuperou totalmente. Deite-se e...

    – Alguém pode me dizer porquê a Sakura está aqui? Espero não precisar perguntar de novo.

    – Sasuke, se acalme. A rosada salvou a sua vida – respondeu Suigetsu.

    Sasuke terminou de refazer as bandagens em seus braços e tentou levantar-se. Seu corpo no mesmo instante protestou contra o esforço e a dor em suas costelas o fez senta-se de novo.

    – Sasuke-kun, por favor, fique deitado. Seu corpo não se recuperou ainda dos ferimentos, precisa descansar mais – disse Karin.

    – É verdade, Sasuke-sama. Você ainda está muito ferido – disse Juugo.

    Com um braço sobre as costelas, Sasuke podia sentir em quantas partes estavam quebradas, mas não sentia uma dor tão intensa como a de quando sofreu os ferimentos. Era muito óbvio que Sakura havia se dedicado a lhe curar, mas estava fazendo isso aos poucos. Deitou-se de volta sobre a manta e esperou a dor amenizar antes de voltar a questionar sua antiga companheira de time. Nesse instante, Sakura se aproximou dele e preparou-se para começar a curá-lo mais um pouco outra vez.

    – Eu vou lhe explicar, mas... por favor, vamos esperar até que você melhore – disse, torcendo para que ele entendesse o próprio estado e não lhe pressionasse. – Me deixa ajudar...

    Sasuke a observou por alguns segundos, pensando na possibilidade. Realmente estava sentindo-se muito indisposto e a dor em seu corpo só lhe deixava cada vez mais irritado. Por que ela estava ali, afinal? Não conseguia parar de pensar na questão, mas decidiu aceitar esperar até que estivesse mais disposto a lidar com aquele baita problema que era lidar com Sakura.

    As mãos dela foram envolvidas pela luz azul de seu chacra. Dedicou-se a curar as costelas quebradas. Focou em cada ferimento e concentrou-se em parecer o mais calma possível. 

    Suigetsu, Karin e Juugo, observaram os dois o tempo todo e perceberam o quão assustada Sakura estava. Suas mãos tremiam e seu peito mostrava o quanto sua respiração estava descompassada. Tinham a expectativa de que quase podiam ouvir o coração dela batendo forte e acelerado por dentro. Sakura estava completamente nervosa.   


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