Sentimentos Incontroláveis

Tempo estimado de leitura: 3 horas

    12
    Capítulos:

    Capítulo 11

    Capítulo 11

    Heterossexualidade, Linguagem Imprópria

    Boa leitura!

    Estava a ponto de explodir, literalmente. Francamente! Custava para aquela maldita raposa considerar a situação desesperadora em que se encontravam e parar de reclamar? Precisava do chakra dela emprestado para achar Sakura o mais rápido possível, isso era primordial para aumentar sua força e sua velocidade. Não havia parado para descansar e não pararia até encontrá-la. Já era noite. Já completaria dois dias que passara a procurando e nenhum sinal de Sakura, nenhuma informação. Não poderia dar bobeira. Precisava ser mais rápido, e que aquela maldita raposa parasse de reclamar!

    Fizeram buscas por toda extensão da vila Oculta da Névoa, até mesmo em cidades e qualquer lugar aos arredores. Com a equipe ANBU a mais que Tsunade havia mandado, além de avisos à outras encarregadas de outras missões, já era para terem a encontrado, mas Sakura fora simplesmente perfeita em sua fuga. Nem Sasuke conseguiu partir sem enfrentá-los, todavia não era surpresa que Sakura havia conseguido. Sempre fora boa em arquitetar planos, estratégias. Sempre a mais esperta.

    “Demo, Sakura-chan... Por quê está sendo tão tola agora?”

    Era tudo o que Naruto gostaria de compreender.

    ***

    – Ohayo, dorminhoco – disse Ino ao notar que Sai começara a se despertar. Demorou até que ele acordasse completamente, e enquanto ele não se dava conta de que ela estava ao seu lado, ficou a observá-lo se remexendo sob o leito em que se encontrava.

    Ao abrir os olhos e olhar para seu lado esquerdo após ouvir a voz de Ino, vislumbrou a figura loira feminina com uma prancheta em mãos.

     – O-Ohayo, Ino.

     – Está se sentindo bem?

     Sai assentiu.

     – Nenhuma dor?

    Balançou a cabeça para os lados.

     – Lembra-se de tudo? Até o momento em que chegou ao hospital?

     – H-Hai. Demo... quanto tempo estou aqui?

     – Dois dias. Ficará em torno de uma semana. Seus ferimentos não foram tão graves quanto o da pobre Hinata, mas mesmo assim foram graves, então precisa ficar em observação.

     – Entendo. E você está encarregada desse missão?

     – Hai! Euzinha.

     – Arigato.

     – Imagina, estou fazendo meu trabalho. E falando nisso, preciso ver outros pacientes sob meus cuidados. Logo uma enfermeira aparecerá para lhe servir uma sopa. Se alimente bem e descanse, combinado?

    Sai assentiu e a observou caminhando até a porta, onde parou sob o patente e admirou um sorriso simpático enfeitando o rosto delicado de sua cuidadora. Não soube ao certo o que aquele sorriso significou antes de Ino fechar a porta. Mas ficou a pensar em como havia o achado bonito. De certo por não ter sido falso nem forçado. Apenas verdadeiro.

    ***

    As buscas para tentar achar Zetsu estavam quase se finalizando. Neji arquitetou um plano sem falha. Suas estratégias teriam um resultado perfeito. Não havia como errar. Calculou tudo perfeitamente. Reuniu todas as equipes encarregadas de capturá-lo para encurralá-lo de uma só vez. O jutsu que ele usava para se passar por Sasuke usufruía de uma grande quantidade de chakra para ser realizado. Contando com a luta que tiveram, o chakra de Zetsu deveria estar escasso. Ele não suportaria enfrentar duas equipes ANBU’s novamente, já deveria ter voltado para sua forma verdadeira com a quantidade de chakra que usou para confrontá-los.

    Passaram horas conhecendo mais a fundo as habilidades de Zetsu. Já tinham experiência quando enfrentaram vários dele na guerra. Conheciam onde e como ele se camufla e quais seus principais ataques e defesas. Desta vez o encontrariam. Aos olhos de Neji nada nem ninguém se escondia. Não seria uma mera cópia que escaparia do Byakugan. Ele o capituraria, e vingaria Hinata por todo o clã. Quanto menos Zetsu esperasse. Neji já o tinha na palma de sua mão.

    ***

    – Com licença, Tsunade-sama – pronunciou-se Shizune ao bater e abrir a porta do escritório da Godaime.

     – Sim, Shizune – respondeu ela, com a mesma voz arrastada e sonolenta de dois dias atrás. – Por favor, me diga que a encontraram.

     – Sinto muito, tenho más notícias.  

    – Aah... – resmungou.

     – Já fazem dois dias, Tsunade-sama. Logo duas noites. Se fossemos conseguir, já a teríamos diante nossos olhos.

    Shizune percebeu a tristeza nos olhos de sua mestra. Apesar de ser linha dura, uma das mulheres mais fortes, literalmente, que conhecera em toda sua vida, Tsunade tinha um coração muito mole e sentimentos muito sensíveis.

     – Também estou muito preocupada com a Sakura. Com medo do que possa ou não acontecer com ela lá fora, ainda mais se ela conseguir encontrá-lo. Mas estamos precisando dos agentes de volta, Tsunade-sama. As missões estão se acumulando, e estamos ficando desprotegidos contando com a quantidade de agentes que mandamos para capturar Zetsu, também.

     – Hai... eu sei.

    A tristeza que via estampada no rosto de Tsunade piorou ao constatar as outras necessidades que exaltou. Ela precisaria abandonar Sakura. Pelo menos por um tempo e essa escolha pesaria muito em seu coração.

     – Como você mesma me disse, e a Naruto também... A Sakura sabe o que está fazendo.

    Tsunade olhou para Shizune, depois novamente para qualquer coisa a sua volta. Custava a aceitar isso. Por mais que houvesse mesmo dito, por mais que reconhecesse e desejasse que Naruto também entendesse... sua preocupação não a permitia aceitar tão fácil. Contudo, não poderia procurá-la por mais tempo. Não lhe havia escolha, a não ser aturar seus sentimentos e depositar sua esperança em sua preciosa pupila. Se sabia que ela era forte, muito mais que sua mentora, sabia que ela seria difícil – quase impossível – de dobrar.

     – Mande uma ordem de retirada das equipes a procura de Sakura. Quero todas aqui em três dias.

     – Hai, Tsunade-sama. Com licença.

    Shizune saiu, e Tsunade ficou a sós com seus sentimentos conturbados. Nada confortável com a escolha que havia feito.

    “Perdão, Naruto.”


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