Sentimentos Incontroláveis

Tempo estimado de leitura: 3 horas

    12
    Capítulos:

    Capítulo 10

    Capítulo 10

    Heterossexualidade, Linguagem Imprópria

    Yo, minna! Estou de volta com mais um capítulo. Tive tempo de escrever um pouco enquanto meus parentes estavam aqui, mas o capítulo não está lá grande coisa. Eu mesma não gostei muito do que escrevi, achei que ficou meio sem sal, mas se eu contar tudo o que tenho em mente de uma só vez vamos perder a emoção da história e, consequentemente, vou demorar mais para postar, por isso vou escrevendo aos poucos. Peço desculpas a todos os leitores se realmente não gostaram desse capítulo, e prometo me redimir.

    Boa leitura!

    O dia, apesar de belo, estava monótono e melancólico para Hinata. Em sua penúltima consulta com Ino, a loira teve de informá-la que Naruto não apareceria mais para ficar ao seu lado. A jovem Hyuuga havia lhe perguntado sobre ele, e Ino, por mais que não quisesse magoá-la, não achou justo lhe esconder a verdade. Talvez, ele também não chegaria a tempo de acompanhá-la no dia em que receber alta. Hinata tinha certeza que não, mas não o culpava. Nunca o culparia. Nem a ele nem a ninguém. O que ela poderia dizer, ou fazer? Ele era livre para fazer tudo o que bem queria, e amava Sakura. Por isso não ficou surpresa ao saber que ele fora atrás dela. Durante todos os dias em que ele ficou ao seu lado naquele momento tão delicado, no qual quase não sobreviveu, ela via o quanto ele ainda estava preocupado com a rosada. Por mais que Naruto tentasse disfarçar, era impossível perante ela. Hinata o conhecia tão bem quanto Sakura conhecia Sasuke. A tristeza acima de sua compreensão e entendimento, era inevitável. Ela queria ter acordado sentindo a mão dele segurando a sua, assim como sentiu na noite passada antes de cair completamente no sono. Porém rezava, para que Kami os protegesse, e tudo desse certo no final das contas.

    Contudo, naquela tarde seu pai e sua irmã mais nova foram visitá-la, para sua tamanha felicidade. Passaram o dia conversando, e Hisashi a deixou a par sobre a missão de capturar o falso Sasuke. Zetsu podia se esconder facilmente, por isso estavam demorando tanto para achá-lo. Por outro lado, Aos olhos de Neji ele não poderia se esconder. Já haviam o localizado uma vez, chegaram perto de pegá-lo, não falhariam outra vez. Tomaram mais conhecimento sob a forma de ataque e defesa dele, armaram planos e novas estratégias para pegá-lo, na próxima vez não falhariam. Hinata ficou feliz por saber que logo Zetsu se tornaria uma preocupação a menos, mas ficou sentida pelos agentes que foram gravemente feridos. Perguntava uma vez ou outra para Ino como Sai estava, e para alívio geral ele estava se recuperando muito bem.

    Hanabi, que também não era muito de conversar, trocou algumas palavras com a irmã mais velha. Levou sushi’s, feito por si própria, e comeram juntos enquanto contava como estava indo seu treinamento. Falava sobre seus ataques mais reforçados e sua defesa redobrava, das novas técnicas que havia adotado e tudo mais que estava enchendo Hisashi de orgulho. Podia ver a satisfação estampada nos olhos de seu pai enquanto a mais nova do clã contava sem expressão alguma no rosto o quanto estava se tornando forte. A satisfação e o orgulho que ela queria ter lhe proporcionado, e sentia-se feliz por Hanabi estar conseguindo. Contudo, o que mais lhe surpreendeu além da visita deles, fora as palavras de Hanabi antes de ir embora. “Eu vou treinar bastante, para me tornar forte como você. Onee-san.”

    ***

    Por quê não estava surpresa? Bem que sua preocupação não era atoa. Sabia – no fundo, no fundo – que aquilo podeira acontecer. Só tinha esperança que não acontecesse.

    “Gomen-nasai”

    Eram as únicas palavras presentes no bilhete deixado por sua preciosa pupila, já em suas mãos. E sabia, sentia, apesar de ser apenas isso, o peso com que Sakura as escreveu, e o tamanho da dor que a fazia sentir.

    A informação de que Naruto já havia encontrado a equipe que fora buscar Sakura, havia a aliviado. Por precaução, mandou mais outra equipe para ajudá-los a encontrá-la. Torcia – e como torcia – para que eles conseguissem encontrá-la e trazê-la de volta. Todavia, por outro lado, caso não conseguissem, torcia para que Naruto, assim como ela, por mais que fosse difícil e lhe custasse todo o desespero e preocupação que fosse capaz de sentir por todo sentimento materno que criou ao ter Sakura como sua pupila, que ele entendesse o significado de suas últimas palavras na última conversa que tiveram.

    “Ela sabe o que faz, Naruto... Confie!”

    ***

    Ele queria... Pedia a Kami, almejava com todas as suas forças que tudo aquilo fosse apenas um pesadelo. Não poderia perder Sakura. Mesmo que ela não sentisse por ele tudo aquilo que ele sentia por ela, ainda assim era sua amiga. A qual foi uma das primeiras a reconhecê-lo como um grande ninja apesar de considerá-lo também um baka por irritá-la tanto. Não se conformaria em deixar o time sete se dissolver daquela forma. Ela e Sasuke foram seus primeiros amigos, e Sakura fora a única que restou ao seu lado. A encontraria, mas até então estava cada vez mais desesperado a procurando às cegas. Não havia uma pista sequer para qual direção ela fora. Não sentia seu chakra nem conseguia qualquer simples informação de alguém. Ninguém tinha a visto, a não ser os alunos de medicina na última aula que tiveram. Ela fora mais ágil e esperta que Sasuke. Sempre fora a mais inteligente entre os dois, isso era fato. Mas a encontraria! Não desistiria dela assim como até então nunca desistiu de Sasuke, e se Sakura conseguisse encontrá-lo, encontraria os dois de uma vez só. Então continuaria procurando, mesmo que a única coisa que tivesse consigo fosse somente esperança.

    ***

    Queria que tudo fosse diferente. Desejava que a humanidade não fosse tão cruel e insensível. Se assim fossem, não armariam contra seus próximos, Itachi não precisaria sacrificar sua própria família para salvar aqueles de bem, e consequentemente o Sasuke feliz ainda existiria. Desta forma, ele não teria se fechado para o mundo, afundando-se em rancor, e ela não precisaria ter se voltado contra sua tão amada vila, para tentar salvá-lo do ódio que o cegava. Não haveria guerra, não haveria mortes, não haveria famílias destruidas nem corações quebrados. E o de Sakura pesava. O rosto banhado em lágrimas era a prova mais concreta da dor que ela sentia por estar abandonando tudo. Sua casa, seus amigos, sua shishou, seu trabalho... Mas assim fez por aquilo que mais amava, acima de qualquer outra coisa. Por isso não se arrependia, e corria... e fugia... para onde seu coração e seus instintos a guiassem, pois desta forma, tinha certeza, encontraria Sasuke. Porque seu coração batia por ele, e seus pensamentos estavam nele e conhecia o jeito de agir dele. Ela o sentiria, em breve.

    Em meio a uma floresta imensa, densa, fechada por diversas árvores e coberta por névoa, Sakura já estava longe, mais do que o suficiente, para não ser encontrada. Ocultando seu chakra a todo momento para não correr o risco de sentirem sua presença, seja lá quem fosse. Áquela altura, os agentes já haviam encontrado seu bilhete no quarto em que estava hospedada na vila da Névoa, antes de fugir durante a manhã. Informações já deveriam ter chegado a Tsunade. Conhecia bem a maneira como a ANBU trabalhava, por isso não fora difícil deduzir que naquele exato momento já deveria estar lhe procurando. Naruto, principalmente.

     “Naruto... Onegai... Me perdoa.”


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