Sentimentos Incontroláveis

Tempo estimado de leitura: 3 horas

    12
    Capítulos:

    Capítulo 5

    Capítulo 5

    Heterossexualidade, Linguagem Imprópria

    Olá, minna! Aqui está mais um capítulo para vocês. Contudo, também venho para aproveitar a chance de avisar, ou lembrar para quem já sabe, sobre a minha conta no NYAH!, onde eu comecei esta minha primeira fic. Posto os capítulos lá antes de postar aqui. Então, para quem também tem conta no site, prefere ler a fanfic lá, enfim, meu usuário se chama "Luna Maria". Caso não saibam/consigam encontrar, podem entrar em contato comigo.

    Espero que apreciem o capítulo. Boa leitura!

    Naruto caminhou para o lado da cama de Hinata, no qual estava antes de se levantar a fim de chamar Sakura, ao pensar que ela estava passando mal. Com os olhos no chão, ele sentou-se e por alguns segundos ficou a pensar em sua reação repentina, no quão estranha fora. Ele, realmente, havia a olhado com outros olhos. E num momento que considerou incabível. Ficou indignado de tão surpreso consigo mesmo. Ele parou para olhá-la! Ele, realmente, parou para olhá-la!!

    Ergueu a cabeça ao ouvir três batidas na porta, que uma vez aberta deu passagem a Sakura e Ino. Sentiu-se um tanto aliviado, não estava mais com coragem para olhar, ou simplesmente dirigir uma palavra, a Hinata.

    – Ohayou, Hinata-chan – disse Sakura. – Como você está?

    – Ohayou, Sakura-sama. Estou bem, não sinto nenhuma dor.

    – Shite kudasai, Hinata, nos conhecemos a muito tempo, não precisamos de formalidades, sim?

    – Gomen nasai – respondeu, com sua típica timidez e seu típico sorriso meigo formado nos lábios.

    – Daijoubu, não está sentindo nada mesmo? Está confortável?

    – Hai. Arigato, por tudo o que fez por mim, Sakura-sam... – Sakura a olhou. – Sakura-chan.

    – Isso, assim é melhor. Não precisa agradecer.

    – Hinata-chan, precisamos conversar com você – começou Ino. – Recebemos ordens de Tsunade, para a informarmos quando você acordasse. A ANBU precisa de informações, especialmente suas.

    – Hai, entendo, Ino-chan.

    – Tem certeza que pode recebê-los no momento?

    – Hai. O quanto antes informados, mais rápido eles podem agir.

    A expressão facial de Sakura decaiu enquanto verificava o soro de Hinata. Para ela, aquilo significa a prisão de Sasuke o mais rápido possível na Prisão de Segurança Máxima de Konoha. Ela mesma já havia visto com seus próprios olhos o horror do lugar, e imaginar Sasuke em uma daquelas celas... era de lhe partir consideravelmente o coração.

    Três batidas foram ouvidas na porta. Ino aproximou-se para atendê-la, e ao abri-la encontrou Tsunade com dois agentes mascarados da ANBU.

    – Tsunade-sama! – cumprimentou-a formalmente, em uma breve reverência, apesar da surpresa.

    – Podemos entrar? Segundo um agente soubemos que Hinata-san já acordou.

    – Claro, já iriamos lhe comunicar sobre isso. Onegai, entrem.

    Ino lhes deu passagem, e assim Tsunade se aproximou de Hinata junto aos dois agentes mascarados.

    – Tsunade-sama! – disse Sakura, também a recebendo com uma breve reverência, enquanto Naruto continuou sentado.

    – Mas já? – disse ele. – Como você soube que ela acordou, Obaa-chan?

    – JÁ MANDEI NÃO ME CHAMAR ASSIM, MOLEQUE!

    Naruto cruzou os braços e virou a cara.

    – Um agente estava disponível para vigiá-la, somente para nos informar quando acordasse, espero que não se importe, Hinata-san. Estamos com um pouco de pressa.

    – Daijoubu, Tsunade-sama. Direi tudo o que precisarem saber.

    – Ótimo, comecemos com: como, onde e em que momento você tentou parar o Uchiha?

    Hinata começou a contar detalhadamente como tudo ocorreu.

    Ela armou acampamento com sua equipe, Kiba, Akamaru e Shino. Descansariam antes de continuarem caminho até Konoha, pois haviam encontrado o grupo de rebeldes do país do Vento bem além das florestas ao redor da vila. Enquanto Kiba e Akamaru pagavam gravetos para ascenderem a fogueira, e Shino buscava água, Hinata organizava os colchonetes e cuidava de todos os pertences deixados ali. Sentiu o chakra de Sasuke pouco tempo depois que sentou-se para descansar. Se levantou, ativando seu Byakugan, o encontrando a 7 metros de distância de onde estava. No começo não sabia o que fazer. Sabia que a melhor opção era continuar ali, tranquila já que ele estava indo para um caminho oposto. Mas ao pensar em Naruto, em Sakura... a chance que tinha de ajudá-los... correu com toda sua velocidade para alcançá-lo.

    Sasuke estava sozinho, e ao ver a Hyuuga lhe seguindo virou-se no mesmo momento para pará-la. Não lutaram por muito tempo. Ele, obviamente, era mais forte. Entretanto, não era o que parecia.

    – Ele não usou nenhum de seus típicos jutsos. Talvez por achar que poderia acabar comigo somente com Taijutso. Mas quando ele me feriu pela última vez, gravemente como a Sakura-chan relatou que eu estava, foi através de uma planta. Ele a gerou do solo, uma planta que se prendeu em volta do meu corpo, me reprimindo o quanto podia. Apesar disso, me soltou assim que comecei a perder a consciência. Havia alguma coisa errada...

    – Hai, obviamente porque não era o Sasuke-kun! O elemento dele é fogo, não terra – disse Sakura, um tanto quanto exaustada.

    – Exatamente – concordou Tsunade, com os dedos das mãos entrelaçados em frente a boca, demonstrando estar pensativa. – Hinata-san, conte-nos como era a planta.

    – Hai. Era verde, com extensões pontudas que se encaixavam perfeitamente umas com as outras.

    Alguns segundos de silêncio se estenderam. Tsunade permanecia profundamente pensativa enquanto Sakura a olhava convicta de que não era Sasuke que havia feito aquilo com Hinata. Seja lá quem estivesse se passando por ele, ela o conhecia tão bem quanto as palmas de suas mãos.

    – Tsunade-sama, não foi ele. Eu tenho certeza!

    – Sim, Sakura. Eu já sei quem foi – respondeu Tsunade, ao levantar-se. – Ino, você ficará encarregada de cuidar da Hinata-san a partir de agora. Naruto, sua missão é zelar e garantir o bem estar da senhorita Hyuuga. Não permitam visitas a não ser o de familiares. Sakura, você vem comigo!

    Ela não sabia o que lhe aguardava. Foram as pressas para a cede da Godaime, e assim que chegaram na porta do escritório de Tsunade, a mesma pediu para que Sakura lhe aguardasse ao lado de fora, continuando a segui-la somente os dois membros da ANBU. No corredor pouco iluminado, Sakura ficou a andar de um lado para o outro a medida que a conversa dentro do escritório durava mais tempo que ela achava que duraria, afinal, ela apenas tinha que instruí-los e mandá-los diretamente procurar por aquele que fez machucou seriamente Hinata. Só Kami sabia o quanto ela estava aliviada por não ser Sasuke. Sabia que não havia sido ele. Sasuke escaparia facilmente de Hinata, não precisaria lutar com ela para isso.

    Parou de caminhar ao chegar em constatações um tanto quanto desagradáveis. Saber que não foi ele, significa que Sasuke não estava por perto. Significa que tão longe quanto o sentia estar. Afinal, não havia motivos para ele estar perto da vila. Mas qual motivo o fazia permanecer longe ainda? Por quê não ficou após os ajudarem na guerra? Céus! Como odiava não ter respostas para suas perguntas.

    – Sakura-san – lhe despertou, a voz de uma dos agentes da ANBU – Tsunade-sama ordena que entre.

    – Arigato.

    Sakura passou pela porta que um dos agentes segurava para a sua passagem, fechando logo após.

    – O que deseja, Tsunade-sama?

    – Sakura, você sairá em missão com mais dois agentes da ANBU. É uma ninja importante agora, requer que tenha o máximo de proteção possível, o que lhe será muito mais que cabível nesta missão. Será necessário.

    – Doushite?

    – Você irá para o país da Água, para a vila oculta da Névoa. Será uma longa e perigosa viagem. Lá você treinara uma série de alunos de medicina, por três dias. A Mizukage lhe instruirá sobre o local e os horários de aula, e onde se hospedara. Por cortesia, claro.

    – Demo, Tsunade-sama... e Sasuke?

    Tsunade demonstrou em um longo suspiro o quanto desejava que ela não tocasse nesse assunto. Sabia que se a mandasse para essa missão, Sakura provavelmente aproveitaria qualquer chance que tivesse para encontrá-lo.

    – Você não pode fugir das suas responsabilidades, Sakura. E o Uchiha não é responsabilidade sua.

    – Demo...

    – Já terminamos, Sakura – interrompeu-a, fazendo voltar o passo que tinha dado para frente. Seu semblante se entristeceu, e um quase inaudível pedido de desculpa saiu por seus lábios. – Não gosto de lhe ver assim, Sakura. Mas entenda que também não posso permitir que vá procurá-lo. Ele não é o mesmo Sasuke que você conheceu, já tentou lhe matar uma vez e eu não quero, e não vou, arriscar perdê-la. Não somente por ser valiosa como médica-nin para mim, mas também como minha pupila, que você nunca deixara de ser pelo carinho enorme que tenho por você. Entende?

    – Hai, Tsunade-sama. Arigato.


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!