Hakone

  • Finalizada
  • Keishi
  • Capitulos 4
  • Gêneros Shoujo

Tempo estimado de leitura: 26 minutos

    l
    Capítulos:

    Capítulo 1

    O primeiro verão

    Ola, eu sou o Keishi, Hakone foi a primeira fanfic que fiquei com vontade de terminar apos ter varias ideias, espero que gostem, tentarei dividi-la em 3 capítulos para não ser bem cansativo para eu escrever (apesar que eu estou amando escrever) e para quem ler (caso tenha xD).

    Peço desculpas pelos erros de português, tentarei corrigir sempre que eu ver algo errado.

    Obrigado a todos.

    - Os verões não são os mesmos desde aquele dia, para minha alegria e para minha tristeza.

    Haruko Isawaki e uma adolescente de 17 anos que mora no interior da cidade de Hakone na província de Kanagawa, na fazenda de seu avô desde a morte de seus pais dois anos atrás, um acidente de carro na cidade de Nagoya onde morava antes de se mudar, a única sobrevivente foi Haruko que estava no banco de trás, ela podia ver todo o acidente sem poder despedir de seus pais. Aquele dia foi um grande terror para sua vida, pois logo apos a morte de seus pais, Haruko desmaia e começa ter um sonho onde existiam centenas de raposas e lobos brincando em um bosque e a pequena estava no começo deste bosque, ao começar a caminhar em direção aos animais, eles começavam a desmaiar e suas almas começavam a sair de seus corpos e flutuavam pelo céu, subindo cada vez mais como balões ao serem soltos.

    - Onde eu estou? O que aconteceu?

    Perguntava a pequena deitada em uma maca enquanto acabava de acordar, sentia muitas dores, pois havia machucado seus braços, pernas e cabeça com o impacto da batida contra o outro carro.

    - Haruko, não se preocupe, eu lhe explico tudo apos sair deste hospital, por enquanto trate de dormir mais um pouco, foi um dia bem cansativo para você.

    Dizia um senhor magro, tinha aproximadamente 1,59cm de altura e aparentava ter uns 60 anos, estava usando uma camisa social branca sem nenhuma gravata, uma calça social de cor grafite e sapatos de cor preto.

    - Vovô, o que o senhor esta fazendo aqui? Onde está o papai e a mamãe?

    Apos terminar a frase veio um flash do que havia acontecido, a colisão de frente com o outro carro, logo lagrimas escorriam de seus olhos sem parar, mesmo sabendo que havia acontecido, não queria acreditar, seu avô não sabia muito bem o que iria fazer, como poderia ajuda-la, apenas ficava ao seu lado enxugando suas lagrimas ate Hakone pegar no sono novamente.

    No outro dia, na parte da manhã apos acordar, Hakone já havia recebido alta já estava deixando o hospital junto a seu avô, os dois seguiram viagem ate o interior da cidade de Hakone onde seria sua nova casa. Ao chegar a sua nova casa, Hakone começa a ver cenas nostálgicas de sua infância quando passava as ferias de verão naquele lugar, logo começava a caminhar ate o pequeno lago onde ficavam as carpas de seu avô, ficava um pouco surpresa que ainda havia o mesmo numero de carpas da ultima vez que havia contado e como estavam grandes, logo lembrou também do monte Hakone onde brincava quando era menor, Haruko estava bem curiosa para saber como estava o monte depois de tantos anos, rapidamente ela foi visitar o monte que ficava bem ao lado de sua casa.

    - Vovô! Estou indo ao monte Haruko um pouquinho!

    - Tudo bem, não demore em breve ira escurecer!

    Ela mal escutava seu avô, pois estava correndo ate a entrada, subindo as escadarias do monte onde no topo havia um torii bem velho, na lenda do monte dizia que aquele torri havia mais de 1000 anos que estava ali, Haruko escutava varias vozes bem fracas conversando, mas não conseguia entender muito bem o que diziam há deixando um pouco com medo, pois aquele local quase nunca recebia visitas.

    Apos subir e atravessar o torii, Haruko percebia que o começo do monte estava praticamente do mesmo modo que havia deixado exceto algumas arvores que haviam crescido a mais no local e um som que escutava, parecia que estava vindo atrás de uma grande arvore bem em sua frente, era sons de uma flauta doce, assim como a melodia que estava escutando, aos poucos Haruko se aproximava daquela arvore para ver quem estaria ali tocando aquela flauta, contornava aos poucos ate se surpreender com o que via, não era nada normal, havia um espirito que ao ser visto, ganhava cor e aparência assim como um humano, o espirito estava sentado encostando suas costas na arvore, ele usava roupas de samurai, um chapéu de palha e uma mascara com um rosto de um lobo, no momento estava um pouco suspendida, mostrando da boca ao seu queixo, pois estava tocando a flauta.

    - Um espirito! P-porque eu estou vendo um espirito?

    Dizia Haruko com bastante medo do espirito a sua frente, aos poucos sua canção parava e o espirito um pouco admirado por uma humana poder lhe ver.

    - Hmmm...Você consegue me ver Haruko?

    - C-como sabe o meu nome?

    Estava espantada, um pouco de seu medo havia desaparecido ao escutar aquela doce voz falar seu nome como se a conhecesse há vários anos.

    - Eu sempre vivi nas florestas do monte Hakone, eu gostava dos verões aonde você vinha brincar aqui, ficava sorrindo, me admirava muito, mas não sabia que algum dia eu realmente conseguiria conversar contigo. Prazer, me chamo Seishirou, o espirito do dragão de gelo.

    Apenas poucas palavras foram necessárias para retirar todo o medo de Haruko, ela não sabia por que, se era sua voz com doçura e confiança, se era o seu jeito, ou se era o destino, mas Seishirou conseguiu expulsar todo o medo que estava dentro da garota.

    - Eu já havia escutado algumas lendas de espíritos do monte Hokone, mas não sabia que era verdade.

    - As lendas que espalham do monte Hakone são diferentes da verdadeira historia, eles falam que os espíritos do monte são mortos que não conseguem ir para o céu e nem para o inferno, mas e tudo mentira.

    - Mas então como tem espíritos neste monte?

    Dizia com um pouco de curiosidade, já que a lenda que ela conhecia não era verdadeira.

    - Desde quando existiu o deus do monte, varias pessoas como você vinha aqui brincar, mas como ficavam sozinhos, acabava que as pessoas criavam amigos imaginários, então o deus da montanha criava espíritos destes amigos imaginários.

    Haruko ficava admirada, pois sabia que havia muitos espíritos naquela floresta, mesmo vendo apenas Seishirou, mas logo se lembrou dos amigos imaginários que criava a cada verão.

    - Então quer dize-

    - Sim, quando você criava amigos imaginários como Jintoki, o coelho atrasado, a fada da lua, e alguns outros amigos imaginários, eles eram criados pelo deus do monte.

    - Incrível! Mas onde esta eles? Será que eu consigo vê-los?

    - Não sei te informar, mas eles existem e estão vagando pela floresta, como alguns são bons espíritos, eles estão brincando pela floresta.

    - Entendi, mas e você Seishirou, como você foi criado?

    A curiosidade da Haruko ecoava sobre o inicio da floresta, logo veio um silencio como se Seishirou estivesse resgatando suas memorias da época que foi criado.

    - Eu? Há aproximadamente uns 200 anos atrás uma princesa vivia nesta floresta, o único lugar onde ela podia escapar para brincar, então ela criou alguns espíritos bons e outros maus e entre os bons, ela me criou para ser o guarda costas dela e para derrotar o príncipe que iria se casar com ela contra sua vontade. A única vez que o deus do monte me liberou para sair deste lugar era no dia do casamento da princesa com este príncipe, ninguém conseguia ver, mas ela chorava por dentro, seu coração sangrava, sua alma se despedaçava aos poucos naquela cerimonia. Apos o casamento eu voltei ao monte e nunca mais vi a princesa.

    - Nossa, realmente isto e horrível, mas como você era um espirito, não havia como defender a princesa.

    - Eu poderia defender, mas os espíritos não deixaram, então eu assisti em silencio ela ser torturada naquele lugar, era difícil assistir seu sofrimento sem poder ajuda-la.

    Dizia Seishirou com uma voz de um pouco falha, como se estivesse a chorar a qualquer momento, mas naquele momento, Haruko segurava uma de suas mãos e com sua destra, levava em sua face acariciando lentamente, o que deixava surpreso o espirito do dragão de gelo, já que poderia sentir pelas mãos da Haruko, a generosidade e o conforto que ela passava e amparando suas angustias.

    - Eu entendo bem como se sente, não conseguiria ficar em um lugar sem poder ajudar uma pessoa que esta morrendo aos poucos, realmente e muito deprimente isto, mas já passou, agora você esta aqui no monte e pode viver em paz.

    - Haruko, obrigado.

    Era apenas o que Seishirou conseguia dizer enquanto a lua se erguia ao céu.

    - Não se preocupe, passei por problemas também, meus pais vieram a falecer, mas aos poucos ao perceber que não estou sozinha, consigo me reerguer, saiba também que não esta sozinho, eu estou com você. Mas por enquanto eu preciso ir se não o vovô vai ficar preocupado comigo, amanha eu volto para conversar contigo.

    - Estarei aguardando Haruko.

    Despediam-se enquanto Haruko corria de volta para sua casa descendo as escadarias.

    Desde seu primeiro encontro com Seishirou, Hakone se encontrava todos os dias com ele no monte, e a amizade entre eles cresciam cada vez mais.


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