Bad Boy?s Vs Bad Girl?s,inimigos? Talvez não...

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    Capítulos:

    Capítulo 7

    Cap7: Pudim duro e bolo de leite ? O ataque individual.

    Álcool, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria

    O que poderia ser mais deprimente para um professor animado do que chegar em um sala repleta de adolescentes dorminhocos?

    Foi isso que aconteceu. Era sexta-feira: dia da educação física, com o professor Gai. O professor era um tanto quanto estranho e pra lá de animado, mas talvez tivesse que procurar outra sala,já que o único garoto animado ali, era Rock Lee, um adolescente tão estranho quanto o professor.

    Gai: Olá, queridos alunos, como estão? ? gritou animado ? Sinto muito por não poder ter comparecido na aula anterior.

    Gaara: Não sinta... ? resmungou baixo.

    Gai: Disse alguma coisa, Gaara?

    Gaara: Não, não.

    Gai: Que bom... E para recompensar faremos os exercícios dobrados hoje, o que acham?

    Lee: É ISSO AI, GAI-SENSEI!

    Gai: Isso ae Lee, vamos para quadra que eu quero ver o poder da juventude de vocês.

    Com a ordem do professor, todos foram para os vestiários se trocar, e depois foram para a quadra, sem nenhuma animação.

    Gai: Bem, para aquecer faremos um joguinho clássico de queimada.

    O animado professor entregou um bola aos alunos, e pediu que se dividissem em dois grupos. E não foi nenhuma surpresa quando as equipes foram meninos Vs meninas, a guerra dos sexos também era feita na quadra. O jogo começou, não foi nem um pouco difícil eliminar alguns competidores. Com o tempo se passando, só sobraram cinco competidores dos dois lados.

    Gai: Como só sobraram cinco em cada lado, vamos dificultar ? deu aos alunos mais duas bolas, agora teriam que jogar com três ? E para ficar mais divertido, para poder eliminar seu adversário, só vale queimar da cintura pra baixo.

    Gaara: O quê? - ?A cada dia eu odeio mais esse professor?

    Um sorriso diabólico surgiu no rosto das garotas.

    Tenten: Podem dizer adeus para seus futuros filhos.

    Com o apito do professor o jogo reiniciou. Um a um os garotos foram caindo de joelhos na quadra, ate que só restou um.

    Sasuke: Vai Naruto, só sobrou você.

    Temari: É só sobrou um, um grande bobão.

    Shikamaru: Você está com vantagem, Naruto, você tem as três bolas.

    O loiro respirou fundo. Tinha a sua frente cinco garotas e tinha que derrubar as cinco, mas com quem ele começaria?

    Neji: Joga na Hinata, ela é mais devagar.

    Mal o Hyuuga tinha acabado de falar e uma barreira foi montada na frente de Hinata. O Uzumaki não tinha escolha, tinha que derrubar as outras primeiro. Com bolas precisas e rápidas o Uzumaki derrubou Ino e Temari, e com a mesma agilidade se esquivou das bolas lançadas por Tenten e Sakura. Quando tinha novamente as bolas em seu campo, mirrou bem e jogou. Conseguiu! Tinha tirado Tenten e Sakura, agora só tinha sobrado ele e Hinata, cada um com uma bola em mãos,já que a outra tinha sido lançada para muito longe. Iria ser um mata, mata. Prepararam e lançaram. Conseguiu de novo! Tinha queimado Hinata na perna esquerda, enquanto a bola dela lhe acertou o braço.

    Naruto: Eu consegui!!!??? Há!!! Eu sou bom, você não é!!! Eu ganhei, você perdeu!!!

    Os garotos comemoravam a vitória do jogo, como quem tinha ganhado a guerra. Enquanto as garotas ficaram de cara de: comeu e não gostou.

    Gai: Isso ai!! Nesse jogo pude ver o poder da juventude de vocês queimando. Mas agora as garotas jogarão vôlei, e os meninos... Bem, tenho uma coisa especial para vocês.

    O professor montou a rede de vôlei e as garotas começaram a jogar. E com os garotos ele mostrou para eles o que ele tinha guardado de tão especial.

    Gai: Duzentas voltas aos redor do campo de futebol,já!

    Os garotos corriam em volta do campo de futebol, como porquinhos da índia correm nas rodinhas que ficam em suas gaiolas.

    Naruto: Por que agente tem que fazer isso, professor? Foi agente que ganhou. ? perguntou ofegante, enquanto corria, era sua qüinquagésima volta.

    Gai: Estão fazendo isso porque provavelmente ficaram as férias todas, dormindo e comendo, e eu não quero alunos obesos no meu time de futebol. E principalmente porque quase perderam para garotas, foi por pura sorte você ter eliminado elas, Naruto. Agora corram! Mais rápido.

    Enquanto os garotos corriam, as meninas riam de suas desgraças, mas iriam rir muito mais na semana seguinte.

    ***

    As aulas extra-curriculares davam início assim que as outras terminavam. A animação no rosto daquelas garotas não era por acaso. Tinham passado o final de semana pensando em algo que poderiam fazer, agora tinham pelo menos duas coisas que poderiam fazer, e só precisavam colocar em prática. Foram para o dormitório pegar o que precisavam para seu plano ou apenas para as aulas. Separaram-se no corredor. Cada uma foi para um lado, procurando o caminho de suas sala. Tenten sabia muito bem aonde ficava a sua, e sabia muito bem também que estava atrasada. Quando chegou se deparou com uma cena que já esperava: era a única garota ali. Deu uma bela olhada nos garotos ali, alguns eram de sua sala, e no canto estava ele, tinha que ser justamente ele, ela preferiria qualquer outro, mas era ele quem estava ali: Neji Hyuuga.

    Gai: Estavam esperando você para começar a aula, Tenten.

    A morena não respondeu, apenas se sentou no tatame. ?Tanto professor nesse mundo, e tinha que ser justo ele... Era o que me faltava? . Pensou enquanto apertava mais a faixa.

    Gai: Tenten, é o nosso único membro feminino na equipe de Karatê. E o bom é que ela já está na faixa roxa, e isso é bom, muito bom. Mas não quero ficar aqui falando, vamos para a técnica. Quero ver o fogo da juventude de vocês queimando. Que tal para começarmos você, Tenten, lutar com algum de seus novos companheiros?

    Tenten: Por mim tudo bem, só quero ver para eles. ?Escolhe o cabeludo, assim vai ser mais rápido, vai seu velho faz alguma coisa que preste!?

    Gai: É confiante, que tal lutar com um dos meus melhores alunos, Neji se levante. Vocês são da mesma faixa, mas o nível pode ser diferente. Podem começar.

    Os dois fizeram a saudação antes de começar a luta. Tenten tinha tudo já bem elaborado, na verdade ela era para estar com outra faixa, mas tinha faltado no dia da troca. Começaram a luta com ótimos golpes, Neji era rápido, mas Tenten era mais forte, pelo menos era o que ela imaginava ate que Neji a derrubou. Agora tinha ficado irritada, colocaria seu plano B em prática. Tinha ficado irritada e provavelmente iria agir de forma mais violenta como esperava. Os golpes que dava em Neji eram mais rápidos e violentos, até que conseguiu imobiliza-lo, o deixando de bruços com ela por cima lhe torcendo o braço. Aquilo não era um golpe de Karatê, também não parecia de judô, era mais para um golpe usado em lutas livres. Com dificuldade Neji conseguiu sair da imobilização, mas Tenten o segurou pelo braço o rodou no ar e o Hyuuga caiu de costas no tatame.

    Gai: A Tenten venceu!! ? interveio o professor, afastando Tenten de Neji.

    O garoto continuava no chão. Murmurava baixo, parecia que tinha se machucado.

    Gai: Você está bem, Neji?- perguntou ajudando o garoto a se levantar.

    Neji: O meu ombro.

    O professor a analisou. Depois do diagnóstico rápido, exclamou.

    Gai: Deslocou, espera que eu ajeito ? o professor deu um forte puxão, fazendo um barulhinho e tirando de Neji um grito. ? Pronto,já está no lugar. Agora vai até a enfermaria para imobilizar e colocar gelo.

    O Hyuuga saiu resmungando ou talvez gemendo de dor, mas isso ninguém conseguiu definir.

    Gai: Tenten você em noção do que fez? Poderia ter quebrado o braço dele.

    Tenten: Mas ele mereceu, ele me irritou.

    Lee: Ela tem razão, aquele medito mereceu. ? começou a bater palmas e elogiar Tenten, mas não foi o único pois os outros o acompanhavam.

    Gai: Sim. E finalmente teremos alguém para participar do campeonato como nossa representante feminina. Mas temos que tomar cuidado com aquele golpe, Tenten, ele não é permitido em campeonatos.

    O sensei riu junto com os demais alunos. Por aquela Tenten não esperava, tinha quase quebrado o Hyuuga e era aplaudida? Não era acostumada com aquilo, se fosse em seu antigo colégio, logo receberia apelidos maldosos,?sapatão? ou ?mulher macho?, coisa que já tinha passado muitas vezes, mas ali tinha sido diferente, ela não era a única que não gostava do Hyuuga. Estava começando a gostar daqueles idiotas ali.

    ***

    Em uma sala mais afastada, começava a aula de culinária. Os principais alunos ali eram garotas que não tinha nenhum talento para a cozinha, muitas não sabiam nem fritar um ovo. A outra parcela de alunos eram garotos. O motivo pelo qual estavam ali? Não eram pelas panelas, o único motivo eram... as garotas. E uma dessas garotas, era Sakura. Não estava ali por que não sabia cozinhar, na verdade fazia algumas coisas, mas no fundo se interessava pela culinárias. Se sentou na penúltima bancada, atrás de si, por pura sorte ou azar, estava Sasuke Uchiha. Ela deu uma pequena olhava. Ele estava distraído brincando com uma colher. Ótimo! Por mais que ele a irritasse, se fosse para infernizar a vida de alguém que fosse a dele. Mas teve que parar de olhar para o Uchiha porque a professora tinha acabado de entrar.

    Anko: Como vão vermes? ? cumprimentou ?carinhosamente? os alunos, além de ser a instrutora daquela aula, também dava aulas de inglês. ? Vejo que temos mais alunos esse ano. Não vou perder o meu tempo conversando com vocês... Para começar quero testar suas habilidades, que provavelmente serão nenhuma, mas... Vocês deverão fazer qualquer tipo de sobremesa. Melhor dizendo: qualquer tipo de doce. Os ingredientes estão sobre a mesa... Ahh, mas não se esqueçam que sou alérgica a canela, então caso a receita de vocês leve canela... Eu acho bom que a tirem. Vocês tem uma hora e meia. Podem começar.

    Com a autorização da professora as panelas começara a ?trabalhar?. E Sakura já tinha a idéia perfeita, nada era melhor do que saber que a professora era alérgica. A rosada se virou, queria provocar sua vitima.

    Sakura: E ai emo de merda? Vai fazer o quê?

    Sasuke: Ahh, era o que me faltava... Eu sabia que conhecia esse cabelo rosa de algum lugar. O que você quer, hein?

    Sakura: Só queria te avisar que o meu prato vai ser muito melhor que o seu.

    Sasuke: Vai sonhando.

    Sakura: É, você talvez esteja certo, afinal lugar de moças indefesas é na cozinha... E você já esta acostumada com ela, não é mocinha? ? falou divertida, em um tom zombeteiro.

    Sasuke: Ora sua...

    Anko: Se vocês dois queriam namorar, não deveriam estar aqui. Agora silêncio e façam o que eu pedi.

    Os dois se calaram. Sasuke tinha ficado irritado, mocinha? Ela ia ver quem era a mocinha. Sakura por sua vez estava tranqüila, além de estragar o trabalho do Uchiha, colocaria uma coisinha a mais.

    A rosada tinha a meta de fazer biscoitos, estava quase acabando, só precisava dar mais uma mexida na massa, e colocar mais um pouco de chocolate. O Uchiha colocava alguns ingredientes na batedeira, quando o garoto se virou a rosada ligou a batedeira no maximo e se abaixou. No mesmo instante farinha voava para todos os cantos, o Uchiha foi pego de surpresa, não sabia o que fazer.

    Anko: Sasuke, seu idiota, desligue isso. ? ordenou nervosa,s e aproximando.

    Sasuke: Como? ? perguntou assustando, não por causa da batedeira e sim por causa da professora, não sabia o que fazer, como desligaria aquele monstro cuspidor de farinha?

    Anko: Assim! ? puxou com violência a batedeira da tomada ? Seu imbecil, não viu o que estava fazendo?

    Sasuke: Eu juro que a culpa não foi minha.

    Anko: Você quer me convencer de que a batedeira ligou sozinha?

    Sasuke: Eu...

    Anko: Não quero saber. Continue fazendo o seu trabalho, depois você vai se encontrar com essa cozinha, só que para limpá-la. ? a professora deu meia volta e voltou para sua mesa.

    O Uchiha ficou irritado, teria que faltar no treino de futebol para limpar aquele cozinha. Tinha uma vontade imensa de pegar aquela massa e a esfregar na cara da professora, mas se conteve não valia tanto a pena assim. Começou novamente a colocar as coisas na batedeira, quando viu a sua frente Sakura contendo o riso.

    Sasuke: Foi você, não foi, sua coisa rosa? ? perguntou irritado a cutucando com uma colher.

    Sakura: Fui eu o quê? ? se virou e olhou para o garoto sujo de farinha e voltou a rir.

    Sasuke: Não se faça de desentendida, foi você que ligou a batedeira.

    Sakura: Aprenda a assumir suas próprias burrasdas, seu emo. Faz a merda e quer colocar a culpa em mim. ? se virou e voltou a mexer a massa dos biscoitos.

    Sasuke: ?Acho que é bom eu ficar de olho aberto, com essa coisa aqui, algo me diz que vou acabar me ferrando?

    O Uchiha estava desconfiado, mas continuou a fazer seu bolo. Dessa vez a batedeira obedeceu suas ordens, mas o problema era que não tinha mais chocolate, e o jeito foi pedir. Foi ate a mesa ao lado pedir para uma garota.

    Aquela era a chance de Sakura. A rosada pegou um pequeno pote que tinha em cima da bancada e o despejou na massa do bolo de Sasuke, com uma colher deu uma mexida para disfarçar, e antes que o moreno voltasse ela já estava colocando seus biscoitos no forno.

    O Uchiha voltou e acabou de bater seu bolo, não tinha tempo de ver se a massa estava boa, tinha que colocar o bolo no forno por que o tempo já estava acabando. Por sorte, o bolo tinha ficado pronto antes do tempo, e ele ainda conseguiu fazer uma cobertura.

    A professora já estava passando pelas mesas, avaliando os pratos, quando Sakura finalmente tinha tirado seus biscoitos. A professora chegou em sua bancada, deu um bela olhada, pegou um biscoito o comeu, e finalmente disse:

    Anko: Muito bom, Sakura, ficou ótimo. Mas espero que não seja só isso que saiba fazer. Agora o próximo.

    Sakura: ?Essa véia vai ver só. Primeiro elogia pra depois criticar... Ela vai ver só quem é que não sabe fazer quando eu colocar uma barata em um bombom e dar pra ela comer... Esse daí vai ver só..?

    A rosada foi tirada de seus pensamentos quando ouviu a professora elogiar o trabalho do Uchiha.

    Anko: Um bonito bolo, Sasuke, mas vamos ver se o gosto é tão bom quanto a visão.

    A professora pegou uma faca e cortou o bolo. Levou duas pequenas garfadas a boca, a cara que fazia era de aprovação.

    Anko: Bem fofo, saboroso...Mas... esse gosto, isso é... é canela? ? os olhos da professora se esbugalharam, largou o prato e saiu correndo.

    Todos ficaram pasmo, o que tinha acontecido? Sasuke, assim como muitos, pegou um garfo e espetou o fofo bolo de chocolate. Ao comerem todos sentiram o forte gosto de canela. Aquilo estava horrível.

    Sakura: Como pode, Sasuke? Queria matar a professora?

    Sasuke: Sua fingida, foi você!

    Sakura: Você vai ter que falar isso pra Tsunade, mas duvido que ela acredite... Afinal ela não acreditou em nós, quando falamos que foi você e seus amigos que picharam o muro.

    Sasuke: Vingança, não é? O que vai fazer caso a professora morra? Por que algumas pessoas tem uma alergia tão forte que podem morrer.

    Sakura: Isso não é problema meu. ? se levantou e andou na direção da porta ? O problema agora é seu... Ah... Quem quiser os meus biscoitos ? apontou para o prato em cima de sua bancada ? Pode comer, está gostoso.

    Sasuke: Me fudi...

    ***

    Já estava ali a algum tempo, deveria ter escolhido outra coisa, mas não, era melhor aquilo mesmo. Estava sentada no assoalho liso, da sala cheia de espelhos, esperado a aula de dança começar. A professora Kurenai estava ali, como alguém que dava aulas de química, também dava aulas de dança? Temari não queria se preocupar com aquilo, olhou em volta e viu o resto dos alunos chegarem, um deles andava vagarosamente, parecia que estava dormindo em pé, e aquele Nara preguiçoso se sentou ao seu lado.

    Kurenai: Bem, acho que todos já chegaram, então podemos começar...

    O Nara olhou vagarosamente para o lado, enquanto a professora falava, e disse quase em um resmungo.

    Shikamaru: De todas as problemáticas do mundo, eu tenho que ficar preso durante uma hora e meia, com a mais problemática delas.

    Temari: Seu preguiçoso desgraçado, pára de me chamar assim.

    Kurenai: Vejo que o papo de vocês dois está bom... ? disse furiosa fitando os dois ? E já que estavam prestando tanta atenção no que eu dizia, que tal vocês serem a dupla a fazerem a abertura do show de talentos? ? antes que qualquer um deles pudesse articular qualquer frase de protesto, a professora continuou ? Que bom que concordaram. Bem, o nosso tema será a arte do tango, espero que aprendam rápido.

    Voltou para a frente da sala, bateu duas palmas, era uma ordem: queria que os alunos ficassem de pé, e foi o que fizeram. Kurenai então começou a passar os passos básicos de tango com a ajuda de um aluno mais experiente. As passadas de perna, giros e conduções não eram difíceis, Temari já tinha feito aulas de dança quando era menor, porque fora obrigada por seu pai, e nunca conseguiu esquecer alguns daqueles passos que estavam presos em sua memória assim como algumas lembranças. Mas iria se aproveitar um pouco de sua condição e daria uma de quem não sabe o que está fazem, só pra se divertir um pouco. Após demonstrar os passos, Kurenai ordenou que os alunos fizessem os mesmo passos com suas duplas. Temari e Shikamaru não estavam mal, isso porque Temari ainda não tinha começado a se divertir. Em uma das passadas de perna, o joelho da loira ?acidentalmente? bateu entre as pernas de Shikamaru. Os olhos do garoto quase saltaram, ele mordeu o lábio inferior para conter o gemido de dor, depois disse entre dentes:

    Shikamaru: Temari, sua problemática desprezível.

    Temari: Foi sem querer! (mentira)

    Shikamaru: Eu estou odiando fazer isso.

    Temari: Olha pelo lado bom, você não é o único.

    Tiveram que interromper a briga porque a professora passou por eles verificando se estavam fazendo direito. Eles continuavam a dançar, Shikamaru temia que ela ?sem querer, mais que querendo? lhe acertasse novamente. E quando o moreno menos esperava, a loira, com seu sapatinho de salto baixo mais grosso, pisou ?levemente? no pé de Shikamaru. Dessa vez o moreno não conseguiu segurar um grito de dor, o que fez com que chamasse a atenção da professora.

    Kurenai: O que aconteceu, por que todo esse escândalo?

    Shikamaru: Arg... Ela deu um pisão no meu pé.

    Kurenai: E precisa fazer esse escândalo? Seja homem... E se você quer se apresentar na abertura do show de talentos, vai ter que suportar um pisão no pé.

    Shikamaru: Mas eu nunca disse que queria participar da abertura do show.

    Kurenai: Isso não importa, agora voltem a dançar.

    Os dois voltaram a dançar. Shikamaru agora imaginava o que a sua acompanhante faria a seguir: torcer o seu pulso? Ou talvez o derrubar de tal maneira que quebrasse sua bacia? Mas por sorte ficou só imaginando, pois a professora bateu palmas duas e fez um sinal com as mãos para que os alunos se sentassem, parou o ensaio por causa de um visitante inesperado. Asuma entrou na sala e foi na direção de Kurenai, que o barrou antes que se aproximasse muito, isso por que o professor de matemática estava fumando. A professora de química e de dança pegou o cigarro da boca de Asuma e o colocou em cima da mesa, depois o empurrou para um canto da sala onde ficaram a conversar.

    A loira de olhos verdes via ali uma oportunidade de se divertir. Olhou para o lado e viu Shikamaru quase cair pra frente de tanto que o sono era pesado, deu um meio sorriso, iria ser engraçado. Andou graciosamente até a mesa, sem fazer nenhum barulho ou ser notada por alguém, pegou o cigarro. Foi sorrateiramente ate Shikamaru, puxou a calça do garoto e colocou o cigarro ,que ainda nem tinha sido fumado até a metade, dentro das calças dele. A loira correu para um canto da sala onde tinha duas garotas de outra turma.

    O moreno dorminhoco, sentiu um certo calor, mas não ligou. Até que sentiu sua pele ser queimada, foi ai que deu um pulo e gritou irritado:

    Shikamaru: Ahhh que merda é essa??? Tá queimando!!!

    Os alunos riam desesperadamente da cena que viam, enquanto os dois professores presentes ali nem se importaram ou simplesmente não viram. Com uma certa dificuldade, Shikamaru conseguiu tirar o cigarro e o jogou no lixo. Ele olhou para os garotos e garotas que riam, mas uma certa loira em particular o chamou mais atenção, sabia que tinha sido ela, e foi tirar a prova.

    Shikamaru: Foi você, sua...

    Temari: Eu...haha... Eu não...hahaha... Eu não fiz nada...

    Shikamaru: Não se faça de cínica, isso foi a sua vingança?

    Temari: Não. Isso foi só porque você me irritou e eu estava chateada.

    O Nara ficou furioso, voltou para a onde estava. Tinha pagado o maior mico na frente de todos, mas tinha tirado um lição daquilo tudo: não dormiria mais nas aulas de dança, não enquanto a problemática estava lá.

    ***

    Todos já estavam lá, só faltava o professor chegar. Ino gostava de artes, e aquela aula de pintura e artesanato seria divertida, pelo menos para ela. A loira olhou para o lado e viu o ruivo que tanto a irritava, se não tivesse um plano em mente aquela aula seria horrível, pelo menos a daquele dia não seria horrível.

    Finalmente o professor tinha chegado. Ele era um tanto quanto estranho, não parecia ter mais de vinte e dois anos.

    Deidara: Boa tarde alunos, sou Deidara o professor de vocês.

    Gaara: ?Aff, fala sério? Já não me basta ate aqui ter que aturar a loira de farmácia, o professor também é oxigenado? E ainda por cima devem freqüentar o mesmo cabeleireiro?

    Aquele pensamento idiota só lhe veio em mente por causa do penteado do professor. O jovem professor tinha uma enorme franja que lhe cobria um dos olhos.

    Deidara: Antes de começar essa aula, eu queria mostrar para vocês o meu trabalho ? mexeu dentro da bolsa e tirou uma espécie de escultura de argila.

    Gaara: Que diabo é isso?

    Deidara: Não me impressiona que vocês não tenham gostado... Ninguém entende a minha arte.. ? disse guardando o estranho objeto com uma voz chorosa.

    Gaara: ?Alem de ser oxigenado é emo... Era o que me faltava...?

    Deidara: Deixando isso um pouco de lado... Para começarmos essa aula, faremos algo clássico: um vaso de argila.

    Gaara: Tá. Será que dá pra eu ir no banheiro?

    Deidara balançou a cabeça dizendo que sim. O ruivo saiu, e Ino viu sua oportunidade de agir. Abaixada foi ate a mesa de Gaara. Seu plano de ação era simples: iria sabotar o trabalho do ruivo. A máquina que Gaara usaria era a mesma dos outros, uma versão mais moderna de um daqueles equipamento antigos com uma espécie de prato aonde a argila era colocada, e em baixo avia um pedal aonde a velocidade do disco era controlada. Na versão mais nova tudo era igual, exceto o pedal que tinha sido substituído por um botão. E era naquele botão que Ino iria mexer. A loira abriu a pequena caixa aonde o botão ficava, e se deparou com alguns fios. Não sabia o que fazer, e com isso tinha aprendido três coisas quando se mexe em uma coisa que você não sabe o que é, a 1° ou ele para de funcionar, 2° quebra ou pifa e a 3° fica completamente descontrolado. E era em busca da terceira opção que Ino estava atrás, cortou fios,juntou outros com chiclete e antes que Gaara voltasse, foi para o seu lugar. Assim que o ruivo chegou e se sentou, Ino levantou a mão chamando a atenção do professor:

    Ino: Posso ir no banheiro?

    Deidara: Claro ? disse sorrindo.

    A loira sentiu um arrepio na espinha. Cruzou a sala o mais rápido que pode, não queria continuar ali com aquele professor, e muito menos quando Gaara começasse seu trabalho.

    O ruivo não estava muito animado com aquilo, mas tinha que fazer. Molhou as mãos pegou a argila e colocou em cima do disco, molhou as mãos novamente e ligou a máquina. O disco de madeira começou a girar rápido, espalhando argila para todos os cantos, Gaara girou o botão para o outro lado ,mas tudo o que fez foi fazer com que girasse mais rápido,jogando argila na sala, alunos e professor.

    Deidara: O que pensa que está fazendo, Gaara? ? perguntou irritado, depois de ter recebido uma bola de argila na cara.

    Gaara: Esse negócio que tá doido.

    Deidara: Desligue isso.

    Gaara: Não adianta.

    O professor com certa dificuldade conseguiu passar pelo alunos, e tirar o equipamento da tomada (é triste quando agente num sabe o nome). Mas já era tarde, as paredes e o teto da sala já estavam completamente sujos de argila.

    Deidara: Direto para diretoria.

    Gaara: Mas...

    Deidara: Nada de mais, agora vai!

    O ruivo andou até a porta, quando estava preste a sair, a loira estava preste a entrar e conferir a sua ?obra de arte?.

    Gaara: Eu sei que foi você.

    Ino nada respondeu, apenas entrou na sala e contemplou sua obra. Não deixou de sorri.

    Deidara: A aula de hoje está cancelada, podem ir embora.

    O professor não precisava dizer duas vezes, os alunos já tinham ido embora. E um deles tinha ido com um sorriso.

    ***

    No andar mais alto da escola, ficava a sala de música, aonde estava começando a aula da turma da banda da escola. Todos os violinistas, flautistas e mais uma outra porção de alunos estava lá, incluindo Hinata e sua flauta. A professora, Rin,já tinha lhes entregado a melodia que iriam tocar. Na frente de Hinata estava Naruto, o mesmo loira hiperativo com quem teve que fazer o trabalho, iria ser legal fazer aquilo com ele. A morena viu no chão, ao lada da cadeira do Uzumaki, um oboé, velho e um tanto quando feio. A Hyuuga se aproveitou que o loiro quase sempre estava distraído, e colocou no bocal do oboé uma espécie de apito, prendeu bem, não iria sair.

    Rin: Naruto, venha aqui por favor.

    O Uzumaki se levantou, era a chance de Hinata. A morena tirou do bolso um tubinho e o despejou por completo na cadeira do Uzumaki. Quando o loiro voltou não notou nada de diferente, e Hinata não conteve em soltar um risinho.

    Rin: Obrigada por ter me ajudado aqui, Naruto.

    Naruto: Que isso, 'fessora.

    Hinata: Fica puxando o saco da professora de música não vai ajudar você nas outras notas.

    Naruto: O que eu faço ou deixo de fazer, não é da sua conta.

    Hinata: Ui! Tá nevosinha.

    Naruto: ?É melhor eu ficar esperto com a gaguinha... Sei não, mas acho que ela ta aprontando alguma...?

    Rin: Silêncio. Vamos começar.

    Com os movimentos da professora os alunos começaram a tocar. Até que não estavam indo mal, estavam no ritmo e até que estavam sincronizado. Tudo muito lindo, ate um certo Uzumaki, começar a tocar ? ele era o único com o oboé ? um barulho irritante e agudo preencheu a sala, que só foi contido por causa da professora.

    Rin: Naruto, o que pensa que está fazendo?

    Naruto: Tocando oboé?

    Rin: Não venha dar uma de engraçadinho pra cima de mim, para de fazer esse barulho e toque direito. Vamos novamente.

    Começaram a tocar novamente, e novamente aquele ruído horrendo voltou a ser ouvido.

    Rin: Naruto,já estou perdendo a paciência. Se você não parar de fazer isso, vai ter que ir tocar na sala Tsunade, está ouvindo?

    O loiro balançou a cabeça dizendo que sim. Novamente voltaram a tocar e o barulho também voltou.

    Rin: Está achando engraçado,não é mesmo? Mas o caso é que eu já perdi a paciência... Agora você pode ir testar ela com a diretora.

    Naruto: Mas eu estou tocando direito, não sei porquê está fazendo esse barulho.

    Rin: Eu também não sei, então que tal você ir rapidinho pra sala da diretora assim vocês descobrem juntos. Agora vai.

    O loiro colocou o oboé no chão. Se levantou, mas quem disse que conseguia? O que parecia era que sua bunda estava grudada na cadeira.

    Naruto: Não dá pra levantar.

    Rin: Como não? Pode ir para sala da diretora.

    Pelo que parecia Naruto não tinha escolha. Se levantou segurando a cadeira grudada em sua calça.

    Rin: O que pensa que está fazendo?

    Naruto: Indo pra diretoria como você mandou.

    Rin: Ahh quer saber? Some da minha frente.

    O loiro ia fazer exatamente isso. Saiu pela porta... Ele saiu, porque a cadeira junto com sua calça ficou. A porta era estreita e a cadeira tinha ficado presa. E nem mesmo a professora conteve o riso quando viu o loiro com aquela cueca samba-canção branca com corações vermelhos. Mas aqueles corações não estavam tão vermelhos quanto o rosto do Uzumaki, que correu o máximo que pode.

    Hinata: ?Não é, que foi engraçado...?

    ***

    A loira não podia acreditar no que estava acontecendo. Cada dia era um aluno em sua sala, mas o incrível que eram sempre os mesmo. A loira respirou fundo, tinha três jovens a sua frente e queria resolver aquilo o mais rápido possível.

    Tsunade: Vamos lá... Gaara, você causou uma grande confusão na sala de artes, e me parece que ficou extremamente suja.

    Gaara: Eu posso explicar. ? disse aparentemente calmo, o jovem coberto de argila.

    Tsunade: Eu acho bom se explicar, e rápido.

    Gaara: A culpa não é minha...

    Tsunade: Tá, você finge que me engana e eu finjo que acredito. Vou fingi que não me lembro desse incidente e você terá apenas que limpar a sua bagunça, e a sala de artes durante um mês.

    Gaara: Mas... ? o ruivo tampou a própria boca, era melhor não questionar aquela mulher furiosa.

    Tsunade: Sasuke... Você sujou toda a cozinha... e... quase matou a professora? Você não sabia que ela é alérgica?

    Sasuke: Não fui eu. Cassete!

    Tsunade: Olha como fala comigo, garoto. E você quer que eu acredite que magicamente a canela em pó pulou no seu bolo, que a propósito a professora comeria? Vai limpar a bagunça que fez e a cozinha durante um mês.

    O moreno bufou.

    Tsunade: E Naruto... ? a loira deu uma bela olhada no garoto e exclamou ? Aonde estão as suas calças.

    Desde o incidente anterior o loiro não tinha conseguido calças novas e perambulava pelos corredores com a cueca samba-canção.

    Naruto: Se eu contar você acredita?

    Tsunade: Não. O seu castigo será... Você já foi castigado o suficiente tendo que andar pela escola com essa cueca horrorosa.

    Os dois garotos parados ao lado de Naruto não conseguiram conter o riso.

    Tsunade: Do que os dois idiotas estão rindo? Essa não é uma situação da qual vocês deveriam estar rindo.

    Os dois pararam e Naruto se encolheu mais.

    Tsunade: Em menos de um mês, vocês três e seus amiguinhos,juntos com aquelas garotas me causaram mais problemas do que eu já tive em todos esses anos de profissão.

    Naruto: ?E ela lembra de coisas que aconteceram a séculos atrás??

    Tsunade: O caso é que eu estou deixando passar, pois já deveria ter expulsado vocês desde o primeiro dia de aula. Vocês deveria aproveitar a minha boa vontade e tentarem melhorar... Eu não quero mais ver vocês aqui... Porque da próxima vez vocês não vão ter que apenas limpar o chão... Sumam da minha frente, e você ? apontou para o loiro ? Vai comprar uma cueca decente.

    Os garotos saíram e foram para o dormitório. Lá encontram Shikamaru deitado e Neji com algumas bandagens.

    Naruto: O que aconteceu com você? ? perguntou enquanto procurava uma calça.

    Neji: A Pucca deslocou o meu ombro.

    Sasuke: Fala sério?

    Neji: Eu tenho cara de quem brinca?

    Com o início do relato de Neji, os outros também contaram o que tinha acontecido naquele dia. Com o final dos relatos, chegaram a uma conclusão: que tinha que arrumar um jeito de atacar aquelas garotas, se uma já tinha chegado ao ponto de deslocar o ombro de Neji, o que mais podiam fazer? Teriam que arrumar uma resposta.

    ***

    No dormitório feminino, assim como no masculino, as garotas contavam o que tinha acontecido naquele dia. Mas ao contrário dos garotos, elas não se lamentavam, e sim riam e ate já preparam o resto de seu ataque.

    Sakura: Mas quando faremos?

    Tenten: Temos que esperar o momento certo... Que eu imagino que seja daqui a um mês, mais ou menos.

    Ino: Mas e os garotos? Eles podem fazer alguma coisa.

    Temari: Eu acho que não, um ombro deslocado não é algo que se possa curar rapidamente. Provavelmente eles vão demorar para reagir, e quando fizerem não vamos cair.

    Com a afirmação da loira riram juntas, estavam se sentindo bem como se já não tivesse que se preocupar com os garotos.

    ***

    De repente os dias se passaram como se fossem horas. O ombro de Neji já estava curado, Gaara e Sasuke já tinham acabado de fazer suas punições e Naruto tinha conseguido uma calça nova. Mas mesmo depois de tanto tempo não tinham conseguido bolar nada, as idéias daqueles jovens tão arruaceiros se evaporaram, será que tinham perdido a guerra?

    Estavam sentados na mesa do refeitório, as aulas daquele período já tinham acabado e eram os únicos ali. Estavam abatidos com suas latas de refrigerantes.

    Shikamaru: Essas garotas nos deixaram na fossa...

    Gaara: Já faz mais de um mês...

    Neji: Então... Quer dizer que desistimos...?

    Sasuke: Não, pelo menos eu não. Não vou deixar uma garota passar por cima de mim.

    Naruto: Mas o que vamos fazer então?

    Os cinco se entre olharam, eis a grande questão. O que estava em jogo era mais do que uma guerrinha entre sexos, era a honra masculina.


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